IBOVESPA +0,04% | 136.563 Pontos
CÂMBIO +0,57% | 5,68/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na segunda-feira, o Ibovespa fechou praticamente estável, com valorização de 0,04%, aos 136,563 pontos, com o mercado no aguardo da ata do Copom, divulgada nesta terça-feira. Enquanto isso, na esfera global, múltiplas classes de ativos reagiram positivamente ao acordo comercial entre EUA e China, como os mercados globais e o petróleo tipo brent (+1,69% para 64,99 USD/BBL).
O principal destaque positivo na Bolsa brasileira foi a Braskem (BRKM5, +6,05%), repercutindo a valorização do petróleo e a divulgação do resultado 1T25 considerado positivo pelo mercado (leia nossa análise aqui). Já o principal destaque negativo foi Marcopolo (POMO4, -3,52%), continuando momento de desvalorização – no mês acumula -6,53%, e no ano -10,84%.
Nesta terça-feira, além da ata do Copom, haverá divulgação do CPI nos EUA referente ao mês de abril. Pela temporada de resultados do 1T25, destaque para os balanços de Banco do Brasil, Direcional, Natura, Petrobras, Sabesp, e Vivo. Pela temporada internacional, os principais balanços serão de Fox e Hertz.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com abertura ao longo da curva. Em meio à expectativa do mercado pela ata da última reunião do Banco Central, os investidores começaram a precificar que o acordo comercial entre China e EUA diminui o risco de recessão na maior economia do mundo. Essa percepção fortaleceu o dólar e elevou os rendimentos das Treasuries, resultando em uma alta dos juros no mercado doméstico. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,81% (+0,8bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,04% (+6bps); DI jan/29 em 13,47% (+10,9bps); DI jan/31 em 13,6% (+10,3bps). Nos EUA, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,03% (+12,6bps), enquanto os de dez anos em 4,47% (+8,5bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros dos EUA operam em leve queda (S&P 500: -0,3%; Nasdaq 100: -0,4%) após a forte alta da véspera. Investidores aguardam a divulgação do CPI de abril, que deve mostrar inflação estável em 2,4% no comparativo anual e núcleo em 2,8%, segundo consenso da Dow Jones. O dado ganha ainda mais relevância após o alívio nas tensões comerciais com a China, que reacendeu o apetite por risco. Na segunda-feira, o S&P 500 subiu mais de 3% e o Nasdaq saltou 4,4%. O movimento seguiu o anúncio do acordo entre EUA e China, que reduz as tarifas recíprocas para 10% por 90 dias. As tarifas específicas para produtos relacionados ao fentanil, porém, foram mantidas.
As Treasuries operam estáveis, com a taxa do título de 10 anos avançando +1 bp e a de 2 anos recuando-1 bp, refletindo a cautela antes do CPI.
Na Europa, as bolsas sobem (Stoxx 600: +0,1%), com destaque para a alta de 9% da Bayer após lucro acima do esperado. Apesar da trégua tarifária, o clima ainda é de incerteza no médio prazo. Na China, os mercados fecharam mistos. O CSI 300 subiu levemente, enquanto o Hang Seng recuou com força, devolvendo parte dos ganhos da véspera (HSI: -1,9%; CSI 300: +0,2%). O anúncio do acordo impulsionou a recomendação de overweight para ações chinesas por parte do Nomura, um dos maiores conglomerados financeiros do Japão.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou a semana com leve queda de 0,03%. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolo registraram desempenhos negativos, com desvalorizações médias de 0,05% e 0,02%, respectivamente. PATL11 (+3,0%), SPXS11 (+2,9%) e TGAR11 (+1,8%) subiram, enquanto GZIT11 (-2,0%), BARI11 (-1,6%) e SNCI11 (-1,5%) tiveram queda.
Economia
A decisão de Estados Unidos e China de uma redução temporária nas tarifas continua repercutindo no mercado. A governadora do Fed Adriana Kugler declarou que a pausa reduz as as chances de o Fed precisar reduzir as taxas de juros em resposta à desaceleração econômica. Ela ainda espera um impacto das tarifas, mas agora mais moderadas. Em tom semelhante, o presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, concordou que o acordo do fim de semana reduziria o impacto das tarifas sobre a economia.
No Brasil, dados da pesquisa Focus continuaram mostrando alguma redução nas projeções de inflação deste e do próximo ano e mantiveram as projeções de 2027. No entanto, todas as estimativas permanecem acima da meta do Banco Central. As demais variáveis não tiveram alteração.
Na agenda do dia, destaque para a inflação do CPI para o mês de abril nos Estados Unidos, na qual se espera a manutenção dos valores de março – 2,4% para a inflação cheia e 2,8% para o núcleo. No Brasil, o Copom divulgou hoje a ata da última reunião, na qual houve um aumento de 0,5 p.p. na taxa de juros básica. O documento traz detalhes sobre a decisão e, mais importante, sinaliza os próximos passos da política monetária.
Veja todos os detalhes
Economia
Mercado atento à inflação nos Estados Unidos e à ata do Copom no Brasil hoje
- Nos EUA, a governadora do Federal Reserve, Adriana Kugler, disse que a pausa de 90 dias nas tarifas de importação em níveis que ameaçavam paralisar o comércio bilateral reduz as chances de o banco central americano precisar reduzir as taxas de juros em resposta à desaceleração econômica. Ela disse que as tarifas, agora de 30% sobre as importações chinesas pelos próximos 90 dias, ainda são “bastante altas” e que espera “definitivamente um aumento nos preços e uma desaceleração na economia” como resultado. Mas Kugler espera que esses impactos sejam mais moderados. “Minha perspectiva básica, em certo sentido, pode ter mudado em termos da extensão em que precisamos usar nossas ferramentas e da magnitude”, disse ela. O presidente do Fed de Chicago, Austan Goolsbee, concordou que o acordo do fim de semana reduziria o impacto das tarifas sobre a economia — por enquanto. “É definitivamente menos impactante em termos de estagflação do que o caminho que eles estavam seguindo”. Ainda assim, essa tarifa é “três a cinco vezes maior do que era antes, então vai ter um impulso estagflacionário sobre a economia. Vai tornar o crescimento mais lento e fazer os preços subirem”;
- No Brasil, a pesquisa Focus mostrou que as projeções para a inflação continuam em queda, com a mediana para o IPCA neste ano caindo de 5,53% para 5,51%, marcando a quarta queda consecutiva, influenciada por um cenário mais fraco para as commodities e o dólar americano. Para 2026, as projeções voltaram a 4,50% e, para 2027, permanecem em 4,00%, ainda acima da meta de 3,00%. As projeções de crescimento do PIB permanecem em 2,00% para 2025 e 2027 e em 1,70% para 2026, com novas medidas do governo que devem estimular a demanda. A taxa Selic permanece em 14,75% para o final deste ano, com projeções de 12,50% para 2026 e 10,50% para 2027. A taxa de câmbio também apresentou uma ligeira valorização, com expectativas de R$/US$ 5,85 para 2025, R$/US$ 5,90 para 2026 e R$/US$ 5,80 para 2027;
- Na agenda internacional, o destaque é o índice de preços ao consumidor (CPI) de abril nos EUA. O consenso do mercado é de que tanto o índice geral quanto o índice básico permanecerão estáveis em relação ao mês anterior (2,4% e 2,8%, respectivamente). O IPC é um indicador de inflação monitorado pelo Fed (embora não seja sua medida preferida de inflação) e pode abrir caminho para cortes nas taxas de juros. No Brasil, o Comitê de Política Monetária (Copom) publica a ata de sua última reunião. O documento fornece mais detalhes sobre a última decisão sobre as taxas de juros.
Empresas
Telefônica Brasil (VIVT3) | Revisão do 1T25: Receita em linha com margem acima; divulgação positiva sobre benefícios do novo regime
- A Vivo apresentou crescimento de receita em linha com nossas estimativas e surpresas positivas em EBITDA e lucro líquido. A companhia manteve trajetória consistente de crescimento, com avanços de 10,6% em FTTH e 6,5% em MSR;
- A margem EBITDA atingiu 39,6% (+60 bps vs. XPe e vs. 1T24), com lucro líquido de R$1.058 milhões, alta de 18,1% A/A e 4,5% acima da nossa projeção. A Vivo também trouxe novidades importantes sobre a migração das concessões de voz fixa para o regime de autorização;
- A empresa espera levantar ~R$3 bilhões com venda de cobre e ~R$1,5 bilhão com imóveis — valores próximos aos estimados previamente. A expectativa de economia recorrente com o desligamento da rede de cobre pode gerar um VPL de ~R$1,5 bilhão segundo nossas estimativas;
- Também há potenciais sinergias com o plano atual de investimentos. Vemos esse conjunto de fatores como um catalisador importante para a tese. Reiteramos nossa recomendação de compra e mantemos a Vivo como nossa top pick no setor de telecomunicações;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Lojas Renner (LREN3): Atualização após os resultados do 1T25
A Lojas Renner divulgou seus resultados do 1T e realizou sua teleconferência de resultados. Assim, aproveitamos a oportunidade para atualizar nosso modelo considerando:
- Dinâmicas de vendas mesmas lojas ligeiramente melhores, à medida que a demanda permanece sólida e as medidas do governo devem ajudar a mitigar os desafios de consumo no 2S25;
- Uma leve expansão na margem bruta , já que o discurso da diretoria é de “pelo menos estável a/a”, enquanto vemos espaço para que o preço/mix surpreenda para cima;
- Melhores resultados da Realize, com menores despesas operacionais e efeito da resolução 4.966. Como resultado, aumentamos nossa previsão de Lucro Líquido para 2025-26 em 8-3%, respectivamente, enquanto continuamos a ver riscos de alta em nossas estimativas. Dessa forma, ajustamos nosso preço-alvo para o final de 2025 para R$20,0/ação, de R$17,0; e reiteramos nossa recomendação de Compra;
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BTG Pactual (BPAC11): Sólido e em linha
O BTG reportou resultados positivos no 1T25, em grande parte em linha com as expectativas:
- Apesar da dinâmica desafiadora do mercado de capitais, o banco apresentou outro trimestre consistente em termos de crescimento de receita, com um aumento de 16% A/A;
- O lucro líquido do banco alcançou R$3,4bn (+17% A/A e 2% vs. XPe), resultando em um ROE de 23,2% (+40 bps A/A);
- Com exceção de IB e Sales & Trading, todas as outras linhas apresentaram melhora A/A;
- O Crédito Corporativo continua demonstrando um forte crescimento (+35% A/A);
- Os segmentos de Asset e Wealth também se destacaram, com crescimento de 28% e 19%, respectivamente;
- O banco continua avançando em novas linhas de negócios, com boa tração na dinâmica de NNM (R$105bn no 1T, incluindo R$60bn inorgânicos do Julius Baer), o que deve contribuir para uma maior diversificação e crescimento rentável.
- De modo geral, vemos o forte desempenho financeiro já refletido no recente desempenho da ação (+50% no ano), o que nos leva a reiterar nossa recomendação de Neutro;
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Inter & Co (INBR32): 1T: Neutro com Melhoria Modesta na Aceleração da Rentabilidade
Inter & Co (INBR32) reportou resultados neutros no 1T25, em grande parte em linha com os nossos números e o consenso, mantendo sua trajetória de crescimento de rentabilidade, mesmo em um trimestre sazonalmente mais fraco:
- O banco alcançou um lucro líquido de R$307mn, crescendo 4% T/T, resultando em um ROE de 13,6%;
- Os principais destaques incluem: i) um aumento de 19% A/A na base de clientes ativos; ii) uma carteira de crédito que cresceu 33% A/A; iii) a qualidade do crédito continua a melhorar, com uma queda de 10 bps T/T, atingindo 4,1%;
- Pelo lado negativo, o ARPAC líquido apresentou queda de 6,5% T/T, impactado pela sazonalidade do período e pelo diferimento de receitas (Resolução 4.966);
- A Inter reforçou que o indicador deve retomar sua trajetória ascendente nos próximos trimestres;
- A despeito dos desafios macroeconômicos, vemos o banco bem-posicionado entre os neobanks, com uma carteira de crédito diversificada e métricas de qualidade de ativos melhorando;
- Além disso, acreditamos que o banco está bem-posicionado para aumentar sua carteira de crédito com empréstimos consignados privados.
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Sabesp (SBSP3): resultados operacionais em linha com as estimativas
Os resultados ajustados do 1T25 da Sabesp estiveram alinhados com nossas expectativas.
- O EBITDA ajustado de R$2.997 milhões ficou 1% abaixo de nossas estimativas, explicado principalmente por uma tarifa média faturada abaixo do esperado, que foi parcialmente compensada por uma despesa operacional melhor do que esperado (principalmente em materiais e outros custos).
- O lucro líquido ajustado de R$1.176 milhões ficou 7% abaixo de nossa estimativa, explicado principalmente por despesas financeiras mais altas.
- Mantemos nossa recomendação de Compra para a Sabesp, com um preço-alvo de R$129/ação.
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Petrobras: dividendos próximos do esperado
Nesta segunda-feira (12), a Petrobras divulgou os resultados do 1T25 que ficaram geralmente ligeiramente abaixo de nossas expectativas.
- O EBITDA de US$ 10,7 bilhões (+1% t/t, -11% a/a) ficou -4% abaixo da nossa estimativa, enquanto o lucro líquido de US$ 6,0 bilhões foi +16% acima da XPe.
- Esperamos que os investidores se concentrem nos dividendos e no FCFE.
- Os dividendos de aproximadamente US$ 2,1 bilhões (cerca de 2,8% de yield) ficaram -9% abaixo de nossas expectativas (XPe de aproximadamente US$ 2,3 bilhões), enquanto o FCFE de US$ 2,8 bilhões ficou alinhado com nossas estimativas (yield anualizado para cerca de 14%).
- No geral, os resultados foram uma pequena discrepância das estimativas, mas não fora da incerteza comum nas previsões financeiras.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Mudança do regime de concessão para autorização na telefonia fixa pode render R$ 4,5 bi à dona da Vivo;
- Desktop deve crescer 15% ao ano até 2027, aponta S&P;
- Acordo entre EUA e China faz valor de mercado das ‘big techs’ superar US$ 16 trilhões;
- Governo cria grupo de trabalho para gestão do plano brasileiro de inteligência artificial.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields flat as investors parse China-U.S. trade deal, await inflation print (CNBC);
- Caixa contabiliza 190 mil simulações de crédito na nova faixa do Minha Casa, Minha Vida (Estadão);
- Raízen anuncia venda da usina Leme para Ferrari e Agromen por R$ 425 milhões (Nova Cana);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
Factor Pulse: Momentum perde… Momentum
- Atualizamos nossos modelos de fatores e apresentamos uma lista atualizada de cestas de fatores, resultados do nosso modelo proprietário, oferecendo insights sobre seus desempenhos recentes.
- Valor é o fator de melhor desempenho em 2025, com fortes ganhos no mês de abril;
- O drawdown de Momentum continua, e as perdas do fator chegaram a 20,5% no ano;
- Qualidade apresenta um valuation mais atrativo comparado ao histórico recente, devido à valorização de ações de Baixa Qualidade nas últimas semanas;
- Exploramos o efeito do “acaso da data de rebalanceamento” (em inglês, rebalance timing luck) analisando como a escolha do dia em que executamos as mudanças nos nossos portfólios de fatores impacta o desempenho.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Com vacância em queda, valor de mercado de escritórios de São Paulo continua a crescer (SiiLA);
- IFIX oscila e abre semana em queda; TGAR11 se destaca entre altas (FIIs);
- FII GGRC11 adquire quatro galpões do RELG11 por R$ 133 milhões (InfoMoney);
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ESG
Ministério de Minas e Energia coloca em consulta pública decreto regulamentador do biometano | Café com ESG, 13/05
- O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território misto, com o IBOV andando de lado (+0,03%), enquanto o ISE recuou 0,61%;
- No Brasil, (i) o Ministério de Minas e Energia colocou ontem em consulta pública a minuta de decreto regulamentador do biometano, um próximo passo para viabilizar o mandato previsto na lei do Combustível do Futuro – de acordo com a minuta, caberá ao Conselho Nacional de Política Energética (CNPE) estabelecer, até 1º de novembro do ano anterior, a meta anual compulsória de redução de emissões de GEE no mercado de gás natural, começando em 1% já em 2026; e (ii) em missão à China e à Rússia, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, afirmou que a adoção de reatores nucleares modulares será essencial para garantir energia limpa aos projetos de data centers que já começam a se instalar no país – na semana passada, a estatal russa Tenex, subsidiária da Rosatom, manifestou interesse em ampliar sua atuação no Brasil, com foco na exploração de urânio e lítio;
- No internacional, a fabricante chinesa de baterias para veículos elétricos CATL anunciou que busca levantar pelo menos US$ 4 bilhões no que deve ser a maior venda de ações de Hong Kong e a maior listagem global até agora neste ano – a listagem secundária da empresa será precificada esta semana e as ações começarão a ser negociadas em 20 de maio;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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