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Temporada de balanços ganha força; Vale e Twitter estão entre os destaques  

Agenda movimentada nessa quinta-feira, com destaque para o IGP-M de abril no cenário local, inflação de preços ao consumidor de abril na Alemanha e números do PIB do 1º trimestre dos EUA.

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IBOVESPA +1,1% | 109.349 Pontos

CÂMBIO -0,7% | 4,97/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Destaque do dia

Agenda movimentada nessa quinta-feira, com destaque para o IGP-M de abril no cenário local, inflação de preços ao consumidor de abril na Alemanha e números do PIB do 1º trimestre dos EUA. No mercado brasileiro, os investidores devem repercutir os números do balanço da Vale e do relatório de produção da Petrobras, divulgados ontem à noite, enquanto que nas bolsas globais são aguardados números de mais gigantes da tecnologia, como Twitter, Amazon e Apple.  

Brasil

O sentimento positivo do exterior, combinado com um movimento de apetite ao risco aqui no Brasil, deu impulso para o Ibovespa depois de uma sequência de sete baixas seguidas. O índice subiu (+1,05%) aos 109.349 pontos no fechamento, com mineração e siderurgia à frente. Enquanto o dólar, que acumulava alta superior a 8% nos últimos 4 dias, teve uma tarde de queda (-0,69%) ante o real, terminando o dia cotado a R$4,97.

Por aqui, teve também a divulgação do IPCA-15 (prévia da inflação) de abril, que ficou abaixo das expectativas de mercado, mas segue revelando uma inflação alta e espalhada. Não parece haver alívio para o Banco Central. Nesse sentido, os juros futuros fecharam o dia em queda após divulgação do IPCA-15 ficar abaixo do esperado pelas projeções. Apesar do cenário de inflação pressionada, o alívio na curva de juros ocorre a medida que o mercado diminui a precificação de uma política monetária mais agressiva. DI jan/23 fechou em 12,975%; DI jan/24 em 12,55%; DI jan/25 em 12,005%; DI jan/27 encerrou em 11,865%; e DI jan/29 em 12%.

Mundo

Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +1,6% e Europa +1,1%) puxadas pela melhora no sentimento dos investidores em relação às empresas de tecnologia (Nasdaq-100 +2,1%), após surpresa positiva nos resultados do Facebook. Ainda nos EUA, hoje teremos a divulgação dos dados do PIB do primeiro trimestre de 2022, além de novos resultados relevantes como os do Twitter, Amazon, Apple e Caterpillar. Na Europa, a temporada de balanços também começa a ganhar tração, cerca de 70 companhias divulgarão seus resultados nesta quinta-feira e, até o momento, o tom segue positivo com 61% das divulgações acima das expectativas consenso, segundo a Sanford C. Bernstein. Na China, o índice de Hang Seng (+1,7%) encerrou em alta à medida que os casos da Covid-19 desaceleram no país e catalisam esperanças sobre uma flexibilização dos lockdowns. A cidade de Xangai reportou queda nos casos pelo quinto dia consecutivo, segundo oficiais. Por fim, o Bitcoin (+2,3%) e o Ethereum (+2,8%) também acompanham a alta dos ativos de risco globais.

Moedas e política monetária

O dólar dos EUA vem se fortalecendo em relação às principais moedas devido à perspectiva de ajuste monetário mais intenso por parte do Fed, o banco central americano. O índice DXY do dolar subiu cerca de 6% em abril. O movimento pode reduzir as pressões inflacionárias nos EUA e produzir efeito contrário na Europa e na Ásia.

Mercado em Gráfico

O Lucro por ação (LPA) é um indicador importante para apresentar quanto lucro a empresa está gerando para cada ação. É a partir desses indicadores que o investidor consegue obter informações valiosas sobre o posicionamento das empresas no passado, futuro e presente. Um fator que sempre analisamos a cada temporada de resultados é o LPA do Ibovespa e, para temporada de resultados do primeiro trimestre de 2022 (1T22) que se iniciou no dia 20 de abril não foi diferente. Em meio ao conflito na Ucrânia e pressões nos preços das commodities, as projeções de lucros para o Ibovespa daqui a 12 meses, 2023 e 2024, foram revisados pra cima ao longo do trimestre. Porém, incertezas em relação ao crescimento econômico da China, que enfrenta o pior surto de Covid-19 desde 2020 levaram as projeções a começarem a cair marginalmente. Além disso, por conta de um macro doméstico ainda desafiador, o mercado espera um desempenho misto nos resultados das empresas nesse primeiro trimestre de 2022. Acesse o relatório completo para saber mais sobre nossa prévia dos resultados do 1T22, com as estimativas e comentários sobre empresas e setores.

Veja todos os detalhes

Economia

Fed duro impulsiona o dólar americano

  • O dólar dos EUA vem se fortalecendo em relação às principais moedas devido à perspectiva de ajuste monetário mais intenso por parte do Fed, o banco central americano. O índice DXY do dólar subiu cerca de 6% em abril. O euro, por exemplo, está seu nível mais baixo desde 2016. O iene japonês está acima de 130 dólares pela primeira vez em 20 anos, também afetado pela postura expansionista do Banco do Japão. Moedas de mercados emergentes, como o real brasileiro e o yuan chinês, também se desvalorizaram significativamente nos últimos dias. O movimento pode reduzir as pressões inflacionárias nos EUA e produzir efeito contrário na Europa e na Ásia;
  • Os sólidos resultados das empresas estão sustentando os mercados de ações hoje, amenizando o clima negativo dos dias anteriores. Ainda assim, os analistas de mercado continuam monitorando de perto os riscos macro relevantes, como os lockdowns na China, a guerra na Ucrânia e o aperto monetário nos EUA. Os preços das commodities estão de lado hoje;
  • Na frente de dados, os destaques de hoje são a inflação de preços ao consumidor na Alemanha em abril e os números do PIB do 1º trimestre dos EUA;
  • No Brasil, o IPCA-15 de abril subiu 1,73% M/M, abaixo do consenso de mercado e da nossa projeção (1,84% e 1,89%, respectivamente). Em 2022, o IPCA-15 acumula alta de 4,31%, e em 12 meses, 12,03%. Apesar do resultado acima do esperado, os números revelam que a inflação continua alta e espalhada, sem sinais claros de alívio apesar do aperto monetário implementado pelo banco central;
  • O Banco Central publica hoje os números de crédito de fevereiro, que foram adiados por uma greve dos funcionários do banco central. Os números de criação de empregos de março também serão divulgados hoje.

Empresas

Petrobras (PETR4): Sem maiores surpresas; Mais um conjunto sólido de produção e vendas no 1T22

  • Petrobras divulgou seu relatório de Produção e Vendas referente ao primeiro trimestre de 2022, em linha com nossas estimativas;
  • A produção de petróleo no Brasil apresentou um aumento de +3,7% no trimestre, principalmente em razão da continuidade do ramp-up dos FPSOs Carioca e P-68, e a recuperação após paradas de manutenção no 4T21. As refinarias continuaram aumentando as taxas de utilização, enquanto a participação das importações mostrou tendência divergente do diesel vs gasolina. Com relação aos resultados financeiros, esperamos mais um trimestre sólido de geração de caixa e projetamos um EBITDA de US$ 13 bilhões (em linha com o consenso de mercado);
  • Adicionalmente, também estamos divulgando nossas estimativas para os resultados financeiros da Petrobras referentes ao 1T22 (a serem divulgados em 5 de maio). Esperamos outro trimestre sólido para a Companhia, impulsionado por um aumento nos preços médios do Brent (+23% T/T), compensado apenas parcialmente por um BRL mais forte (média R$ 5,29/USD, -4% T/T);
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Vale (VALE3) Resultados do 1T22 – Show me the Money: Vale anuncia novo programa agressivo de recompra de ações

  • A Vale apresentou resultados financeiros piores do que o esperado no 1T22. O EBITDA Ajustado Proforma ficou em US$ 6,5 bilhões, abaixo dos nossos números (-9%) e consenso (-3%);
  • O Fluxo de Caixa Livre das operações foi de US$ 1.229 milhões (yield de 1,5% sobre o valor de mercado atual, ou 6% anualizado), devido ao aumento sazonal do imposto de renda no trimestre;
  • Os menores volumes no primeiro trimestre afetaram os resultados da Vale, apesar de um ambiente de preços muito saudáveis ​​para Minério de Ferro e Níquel;
  • O anúncio de um novo programa agressivo de recompra de ações (~10% das ações em circulação) representa um claro sinal de confiança da administração no valuation atrativo das ações (2,9x EV/EBITDA 2022). Concordamos com a opinião da Vale e mantemos nossa classificação de Compra no nome;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Vamos (VAMO3) 1T22: Crescimento Acelerando Com Melhora na Precificação; Positivo

  • A Vamos apresentou resultados fortes no 1T22, com lucro líquido atingindo R$ 122 milhões (+51% A/A), em linha com nossas estimativas. Destacamos:
    • (i) fortes resultados operacionais com o negócio principal (locação) mostrando continuidade do momento positivo (EBITDA +64% A/A, 13% T/T), bem como concessionárias recuperando níveis de margem para próximo do recorde histórico (EBITDA +58% T/T, com margem de 12,6% +3,0p.p. T/T);
    • (ii) capex contratado encorajador de R$ 1,6 bilhão (~35% do guidance  da empresa para 2022, indicando forte atividade comercial no trimestre e crescimento de receita à frente); e
    • (iii) divulgação de precificação reconfortantes (rendimento mensal de 2,5% em novos contratos, vs. 2,2% no 1T21).
  • Reiteramos nossa visão positiva sobre a Vamos (nossa top-pick no setor de Transportes);
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Vivo (VIVT3): Vivo anuncia R$ 5,4bn de sinergia líquida com a integração dos ativos da Oi

  • A Vivo divulgou R$ 5,4 bi de sinergias potenciais (VPL) com a aquisição de parte da Oi Móvel (excluindo valor pago de ~R$ 5,3bn). A maior parte das sinergias referem-se à infraestrutura (rede e espectro: ~65%) e o restante relacionado a Comercial e Ágio. Diferente em relação à TIM, a companhia não incluiu o market repair e outras sinergias de receita na conta;
  • Apesar do conservadorismo no disclosure entendemos que o maior benefício para a Vivo será uma dinâmica de mercado mais favorável com a redução de churn;
  • Clique aqui para conferir o conteúdo completo.

Saúde: Sala de Espera XP – Prévia dos Resultados do 1T22 (Parte 2)

  • Publicamos a segunda parte de nossa prévia de resultados de saúde – cobrindo RDOR, KRSA, HAPV e ONCO:
    • Hapvida (pro-forma, considerando GNDI) ainda está integrando várias aquisições, atrasando a redução da sinistralidade e redução de despesas. Além disso, o ajuste de preço negativo dos planos individuais também deve ser um empecilho para as margens;
    • Tanto a Rede D’Or quanto a Kora cresceram amplamente por meio de aquisições em 2021. Embora a consolidação seja um dos pilares da estratégia das empresas, as margens podem ser prejudicadas enquanto os ativos adquiridos não estiverem totalmente integrados;
    • A Oncoclínicas deve apresentar bons resultados operacionais como resultado de aquisições e aumentos de preços, apesar de alguma pressão de despesas. No entanto, não esperamos lucro animador, uma vez que ainda está endereçando ineficiências tributárias.
  • No geral, esperamos resultados um pouco negativos, mas acreditamos que a maioria já está precificada;
  • Acesse o relatório completo aqui.

Frigoríficos: Resultados mistos na prévia do 1T22

  • A JBS (JBSS3) mais uma vez mostrará força em sua diversificação geográfica e de proteínas, e as operações nos EUA juntamente com as operações de carne bovina no Brasil mais do que compensarão a operação mais fraca da Seara no trimestre;
  • a Marfrig (MRFG3) apresentará resultados fortes e acima dos níveis históricos, impulsionados pelas operações nos EUA, mas também devido às fortes operações na América do Sul, para as quais projetamos margens melhores tanto na comparação anual quanto trimestral;
  • Projetamos que a BRF (BRFS3) seja o ponto baixo no trimestre devido às pressões de custos e à piora das perspectivas macro, afetando negativamente o poder de precificação da empresa;
  • Dessa forma, restabelecemos nossa recomendação de Compra para JBSS3 (nosso Top Pick) e MRFG3, e reiteramos nossa recomendação de Neutro para a BRF;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Shoppings e Propriedades: Prévia de resultados do 1T22

  • Esperamos resultados sólidos do segmento de shoppings no primeiro trimestre de 2022 (1T22), com a maioria das empresas se beneficiando de um aumento nas vendas, uma vez que o uso de máscara se tornou opcional em março. Assim, esperamos novas reduções de descontos para lojistas no trimestre, especialmente para portfólios de alto padrão e dominantes, que vemos como mais resilientes nesse cenário desafiador com inflação mais alta;
  • Como resultado, projetamos maior crescimento do aluguel nas mesmas lojas (SSR) para todas as empresas em nossa cobertura, impulsionando a receita de aluguéis no 1T22;
  • Na LOGG3, esperamos que a tendência do e-commerce impulsione o crescimento da empresa, que deve continuar sustentando dados operacionais sólidos;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Principais notícias dos setores

Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).

  • Notícias Diárias do Setor Financeiro
    • Visa surpreende em receita e lucro no pós-covid; ação dispara 8% (Brazil Journal);
    • Credit Suisse tem prejuízo de US$ 284 milhões no 1º trimestre (Valor);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
    • Nova onda de reajustes de preços avança na indústria e no varejo (Valor);
    • Inflação faz consumidor reduzir as compras para levar apenas o básico (Estadão);
    • Preço do gás de cozinha é o maior do século e afeta 9,4% do salário mínimo (Exame);
    • Clique aqui para acessar o relatório.
  • Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
    • Pilgrim’s Pride, da JBS, quase triplica seu lucro líquido (Valor);
    • Suas compras estão prestes a ficar ainda mais caras. Culpe a proibição do óleo de palma da Indonésia (Bloomberg);
    • Cana-de-açúcar deve ter aumento de produção na safra 2022/2023 (Notícias Agrícolas);
    • Clique aqui para acessar o relatório completo.
  • Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
    • Rússia ameaça cortar fornecimento de gás dos demais países da Europa. (Valor Econômico);
    • Governo ainda teme ‘risco Eletrobras’ no TCU. (Valor Econômico);
    • Petróleo reverte perdas no fim da sessão e fecha em alta, mesmo com dólar forte. (Valor Econômico).
    • Clique aqui para acessar o relatório.

Mercados

Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Meta surpreende com usuários e sobe; Spotify despenca e mais destaques dos resultados

  • Ações da Meta (Facebook) disparam após surpresa nos lucros;
  • Faturamento da Qualcomm salta 41% impulsionado pelas vendas de chips para smartphones;
  • Spotify alcança 182 milhões de assinantes;
  • Ações de tecnologia chinesas caem mais de 60% desde o pico em 2021;
  • Acesse aqui o relatório internacional.

Alocação & Fundos

Principais notícias

  • Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
    • Ganhar dividendos com FoFs? Confira quatro FIIs que investem em outros fundos e têm rendimentos de até 10% ao ano (InfoMoney);
    • O FII de galpão com ‘elevado desconto’ para você comprar agora, segundo a Genial (MoneyTime);
    • HCTR11: A Desilusão dos Apaixonados por Fundos Imobiliários (Investing);
    • Clique aqui aqui para acessar o relatório completo.

ESG

Mudanças climáticas podem fazer com que 4% do PIB global anual seja perdido até 2050, diz S&P | Café com ESG, 28/04

  • O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +1,0% e +0,3%, respectivamente;
  • No internacional, um novo estudo da S&P Global mostrou que as mudanças climáticas podem fazer com que 4% do PIB global anual seja perdido até 2050 e atingir muitas partes mais pobres do mundo de forma desproporcional;
  • No que tange energias renováveis, (i) a atual conjuntura, marcada pela guerra entre Rússia e Ucrânia, ampliou a pressão pela adoção de tecnologias de eficiência energética e pela redução das importações de gás russo, com a União Europeia anunciando o interesse em aumentar em 9% a atual meta de economia de energia, que é de 32,5% até 2030; e (ii) o governo Biden identificou ontem novas áreas para potencial desenvolvimento de energia eólica offshore nas costas do Oregon e de vários estados do Atlântico central, seu mais recente passo para fortalecer a indústria nascente dos EUA, com a energia eólica offshore sendo um pilar fundamental do plano do presidente Joe Biden de combater as mudanças climáticas. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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