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Não faça sua reserva de emergência antes de ler este texto

Se a marcação a mercado afeta todos os títulos de Renda Fixa, onde está a tão desejada estabilidade? Onde o investidor conservador deve colocar dinheiro? Quais são as opções mais seguras para a reserva de emergência? Confira a seguir!

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Não faça sua reserva de emergência antes de ler este texto

Caro investidor, existem máximas que usamos com recorrência para falar sobre os cuidados que precisam ser tomados na hora de investir os seus recursos. Mas é importante assumir que nada como a prática para mostrar a importância dessas máximas, ou melhor, são em momentos de estresse que alguns investidores começam a prestar atenção para o que realmente importa: obter mais conhecimento antes de investir.

Então fica aqui o primeiro recado:

Evite investir sua reserva de emergência em fundos que tenham crédito privado ou que representam algum tipo de risco se não o soberano ou bancário de alta qualidade.

Com o recente Fato Relevante da Americanas S.A. o mercado segue monitorando quais são os desdobramentos de uma mudança nos fundamentos de uma empresa – seja para os credores ou para os investidores da companhia. Mas, no curto prazo, os efeitos da marcação a mercado – que já existe a mais de 20 anos nos fundos de investimentos – trouxeram alguns questionamentos aos investidores mais inexperientes.

A renda fixa pode variar?

Pois é, pelo visto não foram só os investidores de títulos púbicos e privados que conheceram na pratica os efeitos de uma marcação a mercado nos retornos dos ativos de Renda Fixa. Muitos investidores foram pegos de surpresa ao ver os fundos de investimentos em Renda Fixa que possuíam crédito na carteira oscilarem negativamente nos últimos dias. Por isso, montamos esse material para explicar (i) a finalidade da reserva de emergência, (ii) o que é a marcação a mercado e (iii) onde investir a sua reserva de emergência. Confira a seguir.

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O que é a reserva de emergência?

A reserva de emergência é o ponto de partida para entrar no mundo dos investimentos com segurança. Conquistar essa reserva é um marco na vida do investidor iniciante, que a partir daí passa a ter um colchão de segurança para imprevistos financeiros. Os benefícios da construção da reserva de emergência são inúmeros. Uma pessoa preparada financeiramente para imprevistos tem maior conforto psicológico, melhor saúde mental e qualidade de vida.

A partir dessa construção, um(a) investidor(a) iniciante se sente mais confiante para conhecer outros tipos de investimentos e ampliar seu planejamento financeiro.

Para conseguir formar uma reserva de emergência, a pessoa precisa antes de tudo avaliar a sua vida financeira, fazendo um raio-x. Entender exatamente qual a sua renda mensal líquida, separar os gastos essenciais dos supérfluos e organizar o orçamento cortando excessos para liberar espaço para começar a poupar todos os meses.

O montante indicado para a reserva de emergência precisa de ser no mínimo o equivalente a 6 meses dos gastos essenciais da pessoa. Ou seja, se ela tiver algum imprevisto financeiro e não tiver renda, ela conseguirá se manter, mesmo que eliminando o que não for essencial.

E por se tratar de uma reserva para imprevistos, e dado que não fazemos ideia de quando um imprevisto pode acontecer, os investimentos para a reserva de emergência precisam ter liquidez. Ou seja, precisam ser transformados em dinheiro no bolso imediatamente. E também é importante destacar que esse investimento será para cobrir imprevistos. Ou seja, o objetivo não será obter a maior rentabilidade. E sim o retorno permitido dentro da maior previsibilidade, segurança e liquidez possíveis. 

O que é a marcação a mercado

A marcação a mercado é a atualização de preços que ocorre todos os dias nas cotas de fundos de investimentos, em ativos negociados na Bolsa e também em títulos de renda fixa.

Diariamente, de acordo com o apetite de compradores e vendedores, estipula-se novos valores para títulos como o Tesouro IPCA, Tesouro Prefixado, debêntures (títulos de dívida de empresas), Letras Financeiras (títulos de dívida de bancos), dentre outros.

Em poucas linhas, se há uma demanda alta por determinado ativo, seu preço sobe. Por sua vez, se a demanda é baixa e há mais vendedores do que compradores, o preço desse mesmo ativo cai.

Ou seja, essa dinâmica precifica naquele momento um investimento de acordo com as atuais condições do mercado, independentemente do valor que foi pago pelo título originalmente.

Embora a marcação a mercado não altere a rentabilidade definida em um investimento de renda fixa, caso o investidor aguarde até a data do vencimento em que será pago os juros, ela pode impactar consideravelmente a rentabilidade caso o investidor opte por vender aquele título antes do vencimento.

Essa variação de preços na renda fixa também impacta os fundos que investem em títulos de renda fixa, principalmente dos tipos de títulos que sofrem maior variação como os de debentures ou crédito privado (Títulos de dívidas emitidas por empresas), conforme o seu patrimônio alocado é reprecificado pela marcação a mercado, causando variações no valor da cota do fundo.

A marcação a mercado nos preços dos títulos de renda fixa ocorre diariamente, e podem acontecer de acordo movimentações das expectativas do mercado para a taxa básica de juros futuro, percepção em relação ao risco dos emissores, liquidez do mercado, entre outros fatores.

Nesse momento você pode estar se perguntando: mas se a marcação a mercado afeta todos os títulos de Renda Fixa, onde está a tão desejada estabilidade? Onde o investidor conservador deve colocar dinheiro? Quais são as opções mais seguras para a reserva de emergência? Confira a seguir!

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Onde investir a reserva de emergência

A parcela do patrimônio destinada à reserva de emergência não deveria (i) ter prazo de resgate maior que D+0 ou no máximo D+1; e (ii) ter custos elevados, como as taxas de administração no caso de fundos de investimentos. Normalmente os fundos de investimentos são boas opções para destinação dos investimentos da reserva de emergência, sendo os fundos de Renda Fixa da categoria “Referenciados DI” os mais adequados, porém é importante estar atento a um “detalhe”: o fato de ter ou não crédito privado em seu portfólio. 

Por definição, os Referenciados DI investem no mínimo 95% do seu patrimônio em Títulos Públicos atrelados à Selic, oferecendo liquidez e segurança como componente principal da alocação. Esses títulos são pós-fixados e sua rentabilidade é expressa em Selic + um percentual e com pagamento de juros e principal apenas no vencimento. A LFT tem risco soberano e um mercado com bastante liquidez, permitindo a venda do ativo a qualquer momento via mercado secundário.

As recomendações que listamos a seguir apresentam as características reforçadas anteriormente, com baixa volatilidade e rendimentos próximos ao CDI, com redução apenas do custo da taxa de administração no caso das estratégias que possuem, confira a seguir:

1 – Tesouro Selic – título público federal de renda fixa criado e disponibilizado através do Tesouro Direto. Ele tem rentabilidade pós-fixada que acompanha a variação da principal taxa do mercado financeiro: a Selic.

2- Trend Pós Fixado –  tem exposição ao índice DI através de uma carteira de ativos de renda fixa pós-fixada emitidos pelo governo (títulos de dívida pública federal). Aplicação inicial de R$ 100,00.

3- Trend DI Simples – disponível para novos clientes, o fundo tem exposição ao índice DI através de uma carteira de ativos de renda fixa emitidos pelo governo (títulos de dívida pública federal). Aplicação inicial: R$ 100,00 – limite de alocação: R$ 100.000,00

4- Trend Cash – fundo que investe em títulos públicos federais e compromissadas. Aplicação inicial:  R$ 100,00.

5- CDBs de grandes bancos que remuneram um percentual do CDI e têm liquidez imediata (D+0), sem taxa de custódia

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