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A semana na Renda Fixa (13/09 a 17/09)

Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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Resumo: As taxas futuras de juros encerraram a semana em relativa estabilidade frente o fechamento da última sexta-feira, com os agentes de mercado em compasso de espera pela decisão do Copom na semana que vem. Enquanto isso, as taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, encerraram a semana em baixa nos vencimentos curtos e intermediários, mesmo com as pressões na inflação corrente.

Em razão do pessimismo no mercado local e cautela no exterior, houve desvalorização dos títulos do Tesouro Direto na semana, com exceção do Tesouro Selic. Já as curvas de spreads das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e "A" apresentaram fechamento na semana.

Para a semana que vem, as reuniões dos comitês de política monetária no Brasil e nos EUA ocupam o centro da pauta econômica. No que diz respeito a indicadores domésticos, destaque para a inflação, com o IPCA-15 e a prévia do IGP-M, ambos referentes a setembro.

Cenário macroeconômico

Elaborado pelo time de Economia da XP

Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.

Juros

As taxas futuras de juros encerraram a semana em relativa estabilidade frente o fechamento da última sexta-feira. Os agentes de mercado seguem em compasso de espera pela decisão do Copom na semana que vem.

Enquanto isso, as taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, encerraram a semana em baixa nos vencimentos curtos e intermediários, mesmo com as pressões na inflação corrente.

O mercado espera Selic de 8,51% ao fim de 2021 (ante 8,68% na sexta feira anterior), 10,25% em 2022 (vs. 10,33%), 11,03% em 2023 (vs. 11,01%) e 11,04% (vs. 11,03%). Quanto à inflação, é esperado 8,80% em 2021 (contra 8,68% na última semana), 4,80% em 2022 (vs. 4,54%), 5,53% em 2023 (vs. 5,58%) e 5,80% em 2024 (vs. 5,86%). O time de Economia da XP revisou as estimativas da Selic para 8,50% ao fim de 2022 (antes 7,25%).

Fonte: Bloomberg, XP.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 14/09 - NTN-B

No leilão da última terça-feira (14), o Tesouro Nacional ofertou 1,15 milhão de Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-Bs), volume superior aos 750 mil títulos do leilão anterior. Os lotes foram postos em sua integralidade no mercado, com giro financeiro de R$ 4,5 bilhões, ante R$ 3,1 bilhões da sessão anterior.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Leilão do dia 16/09 - LTN, NTN-F e LFT

Já no leilão da quinta-feira (16), o TN aumentou os lotes ofertados de Letras do Tesouro Nacional (LTN) de 450 mil para 7 milhões enquanto os de Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) avançaram de 50 mil para 300 mil. O volume de Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), ainda que significativo, apresentou redução de 2,5 milhões para 1,5 milhão.

O TN colocou no mercado todos os lotes ofertados. O giro financeiro somou R$ 22,4 bilhões, ante R$ 22,8 bilhões na última semana.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.

Mercado Secundário

Destaca-se na semana o aumento do fluxo já recorrente de NTN-Bs, em especial nos ativos com vencimento até 2028, com os agentes de mercado tentando se posicionar em inflação dados os temores com a atual dinâmica de preços.

Após movimento grande de compra de títulos prefixados com a abertura da curva nos intervalos anteriores, destacamos maior volume de realizações na semana, principalmente na parte intermediária.

Nas LFTs, ênfase para o ativo com vencimento em setembro de 2023, que vem apresentando demanda relevante no mercado secundário nas últimas sessões.

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F). Ambos são calculados pela Anbima.

Fonte: Economatica. Elaboração: XP.

Tesouro Direto

Em razão do pessimismo no mercado local e cautela no exterior, houve desvalorização dos títulos do Tesouro Direto na semana, com exceção do Tesouro Selic.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Crédito Privado

Fluxo

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 695 milhões (ante R$ 1 bilhão na semana anterior), R$ 429 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 552 milhões), R$ 204 milhões em CRAs (vs. R$ 158 milhões) e R$ 142 milhões em CRIs (vs. R$ 339 milhões).

Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures Movida e Eletrobras, CRI Edifício Luna e CRA BRF.

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado. Para trazer uma aproximação do resultado em cinco dias, os dados abrangem desde a sexta-feira da semana anterior até a quinta-feira da semana corrente.

Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.

Spreads de crédito

As curvas de spreads das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e "A" apresentaram fechamento na semana.

Assim como nos dados de fluxo, os números da sexta-feira para os spreads de crédito também não são considerados e podem alterar o apresentado.

As curvas são extraídas a partir de debêntures precificadas diariamente pela ANBIMA (DI Percentual, DI+spread e IPCA+spread) e refletem estruturas de spread zero-cupom sobre a curva soberana para diferentes níveis de risco.

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

Fonte: Fitch Ratings e Moody's. Elaboração: XP.

Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.

O que esperar - Semana de 13/09 a 17/09

Agenda econômica

O principal destaque da semana que vem no cenário internacional será a reunião do comitê de política monetária do Federal Reserve (Fed, banco central americano). Além disso, haverá divulgação dos índices de gerentes de compras (PMI) nos países desenvolvidos, estoques de petróleo nos EUA e outras decisões de taxas básicas de juros, como na China e no Japão.  

No Brasil, a atenção fica concentrada no anúncio da taxa Selic (reunião do Copom) na quarta-feira. O IPCA-15 e a prévia do IGP-M de setembro também serão divulgados. No campo político, esperamos ver a repercussão do anúncio de aumento do IOF tanto na tramitação do Auxílio Brasil quanto no TCU, que irá avaliar a medida enquanto solução para a questão fiscal gerada pelo aumento do valor do programa de transferências de renda.

Acesse aqui o Boletim Focus do dia 17/09 (disponível a partir de segunda-feira)

Leilões do Tesouro Nacional

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Relatórios publicados na semana de 13/09 a 17/09

Renda Fixa

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