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Mercados cautelosos à espera da ata do FED

Tudo o que você precisa saber sobre os mercados nacional e internacional, com análises econômicas e políticas sobre fatos que podem impactar seus investimentos.

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IBOVESPA 0,00% | 122.980 Pontos

CÂMBIO -0,2% | 5,26/USD

O que pode impactar o mercado hoje

Ontem, o Ibovespa fechou o dia praticamente estável, a quarta sessão consecutiva sem quedas do índice, que atingiu seu maior patamar de fechamento desde 14 de janeiro. Lá fora, após um início de pregão em alta, as bolsas americanas também passaram a registrar desempenho errático e, no final, todos os principais índices acionários de Wall Street encerraram em baixa.

Já no mercado de juros, as taxas futuras de juros fecharam a sessão da terça-feira em alta, a despeito do câmbio bem comportado. A alta pode ser explicada pela elevação da oferta de NTN-Bs no leilão do Tesouro Nacional, com lote relevante no ativo de vencimento para 2055, o que disparou o risco da operação. DI jan/22 fechou em 4,98%; DI jan/24 encerrou em 7,805%; DI jan/26 foi pra 8,59%; e DI jan/28 fechou em 9,07%.

Nessa manhã, mercados globais estendem queda (EUA -0,9% e Europa -1,1%), puxados por ações de tecnologia (Nasdaq -1,2%) à medida que o otimismo com a reabertura é substituído por preocupações com inflação e possível redução dos estímulos monetários do Federal Reserve (Banco Central norte-americano). A discussão ganha especial relevância hoje, quando os mercados voltarão suas atenções para a divulgação da ata da última reunião de política monetária FED, após dados recentes de inflação pressionados.

De maneira similar ao observado nos EUA, os índices de inflação na região da Europa subiram de forma generalizada em abril, em grande medida devido à elevação dos preços de energia.

No Brasil, em dia com agenda fraca de indicadores econômicos, destaque para a provável votação, na Câmara dos Deputados, da Medida Provisória relacionada à capitalização da Eletrobrás. Em política, destaque também para o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello na CPI da Pandemia, um dos mais aguardados até aqui.

Tópicos do dia

Acesse aqui o relatório internacional

Economia

  1. Ata da última reunião de política monetária nos EUA no radar dos mercados

Política

  1. Câmara tenta avançar na MP da Eletrobrás
  2. CPI escuta ex-ministro Eduardo Pazuello

Commodities

  1. Siderurgia: Vendas de aço por distribuidores cresce em abril

Empresas

  1. Resumo dos resultados do 1º tri de 2021: 44% dos resultados acima das nossas expectativas
  2. Copel (CPLE6): Anuncia aquisição de Complexo Eólico Vilas; Positivo
  3. Ultrapar (UGPA3): Contrato para venda da Extrafarma por R$ 700 milhões é assinado
  4. Pague Menos (PGMN3): Notícias indicam aquisição da Extrafarma por R$700 milhões
  5. Notícias Diárias do Setor Financeiro
  6. Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional

ESG

  1. Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 19/05

Veja todos os detalhes

Economia

Ata da última reunião de política monetária nos EUA no radar dos mercados

  • A inflação ao consumidor na zona do euro exibiu elevação anual de 1,6% na leitura final de abril (março: 1,3%), exatamente em linha com as estimativas do mercado. Já a medida de núcleo de inflação registrou alta anual de 0,7%, ligeiramente abaixo das expectativas (0,8%). Em relação a março, a inflação aumentou em 23 dos 27 estados-membros do bloco. A maior contribuição para a elevação do índice geral de preços em abril veio do grupo de energia (0,96pp). Esses resultados corroboram nossa avaliação de que o aumento recente nos índices inflacionários da zona do euro tem sido puxado sobretudo pela alta de preços de energia e por fatores transitórios relacionados à Covid-19. Acreditamos que a inflação do bloco subirá adicionalmente nos próximos meses, e que encerrará 2021 ao redor de 2%;
  • Os dados de inflação no Reino Unido em abril também vieram em linha com as projeções. O índice cheio apresentou elevação anual de 1,5%, enquanto a medida de núcleo registrou alta de 1,3%. Ambas as métricas subiram bastante em relação à leitura de março (quando a inflação geral foi de 0,7% na comparação anual). A atividade econômica britânica vem mostrando recuperação acelerada no período recente, e discussões sobre pressão inflacionária têm sido mais frequentes;  
  • Ainda na agenda econômica de hoje, os mercados voltarão suas atenções para a divulgação da ata da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA). Os dados de inflação mais alta têm intensificado especulações de que o Fed poderia reduzir os estímulos monetários (redução das compras de ativos e aumento da taxa básica de juros) antes do originalmente previsto. Dito isso, os mercados parecem precificar que a autoridade monetária reforçará sua postura dovish (expansionista) na ata que será divulgada hoje. Por exemplo, o índice do dólar americano (DXY), que mede o valor da moeda dos EUA ante divisas de economias desenvolvidas, caiu abaixo do patamar de 90 pontos ontem, atingindo os menores valores em quase três meses. Vários dirigentes do Fed discursaram nos últimos dias, reiterando avaliações de aumento transitório da inflação americana;
  • No Brasil, em dia com agenda fraca de indicadores econômicos, destaque para a provável votação, na Câmara dos Deputados, da Medida Provisória que abre caminho para a capitalização da Eletrobrás. A expectativa é que o Senado tenha um mês para analisar o texto e promover alterações, que devem ser depois chanceladas ou rejeitadas pelos deputados;
  • Publicamos ontem um relatório que detalha a revisão do nosso cenário de atividade econômica no Brasil (“Vamos crescer mais do que 4% este ano! Contudo, riscos permanecem no radar”). Projetamos que o PIB Brasileiro crescerá 4,1% em 2021 e 2,0% em 2022 (as previsões anteriores eram 3,2% e 1,8%, respectivamente). Para acessar o material, clique aqui.

Política

Câmara tenta avançar na MP da Eletrobrás

  • A Câmara tentará hoje votar a medida provisória que prevê a capitalização da Eletrobrás. O relatório foi protocolado ontem pelo deputado Elmar Nascimento, com alterações em relação ao texto que havia sido distribuído na semana passada – entre os principais pontos está a manutenção de recebíveis na empresa desestatizada. O governo trabalha para concluir a votação ainda esta semana, para que haja ao menos um mês para a análise do Senado – a media perde a validade em 23 de junho.

CPI escuta ex-ministro Eduardo Pazuello

  • A CPI da Pandemia tem agendado o depoimento do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, um dos mais aguardados até aqui. Senadores devem questioná-lo sobre a participação do presidente Jair Bolsonaro em decisões que levaram ao atraso no cronograma de vacinação, uma vez que o ex-ministro tem habeas corpus para silenciar sobre temas que possam incriminá-lo.

Commodities

Siderurgia: Vendas de aço por distribuidores cresce em abril

  • De acordo com os dados divulgados pelo Instituto Nacional dos Distribuidores de Aço (INDA), a indústria do aço vem demonstrando forte recuperação impulsionada pelo aumento na demanda dos principais setores consumidores e formação de estoques;
  • Segundo a entidade, as vendas de aço pelos distribuidores cresceram 106,1% em abril no comparativo com o mesmo mês do ano passado, para 343,1 mil toneladas. O volume de vendas diárias de 17,4 mil toneladas foi o maior desde 2013. Vale destacar que também houve forte crescimento nas compras pelos distribuidores de 93% em relação a abril de 2020, apesar da base de comparação baixa;
  • O principal ponto de atenção foi a formação de estoques que, apesar do aumento nas compras, permaneceram estáveis em relação a março. O volume equivalente a 2,1 meses de vendas ainda é abaixo do estoque ideal de 2,5 meses, segundo o INDA;
  • Para 2021, a expectativa é que haja um aumento de 8% nas vendas, além de haver uma acomodação nos preços das principais matérias primas (minério de ferro, carvão e sucata). No entanto, a manutenção dos preços altos deve gerar novos reajustes de preços por parte das siderúrgicas a fim de repassar os custos aos consumidores.

Empresas

Resumo dos resultados do 1º tri de 2021: 44% dos resultados acima das nossas expectativas

  • A divulgação dos resultados do 1° trimestre de 2021 (1T21) das empresas listadas na Bolsa começou no dia 23 de abril e todas as empresas do Ibovespa já reportaram seus resultados;
  • Vemos os resultados do 1o trimestre como sólidos, pois 77% das empresas reportaram resultados em linha ou acima do esperado. 44% dos resultados superaram as nossas expectativas, 33% foram em linha e 23% vieram abaixo. Já em relação às projeções do consenso, 48% deles vieram acima dos números projetados pelo mercado, 29% vieram em linha, enquanto 23% foram abaixo das estimativas;
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Copel (CPLE6): Anuncia aquisição de Complexo Eólico Vilas; Positivo

  • Em 17 de maio de 2021, a Copel divulgou fato relevante informando que assinou um contrato de aquisição de 100% do Complexo Eólico Vilas, com 186,7 MW de capacidade instalada;
  • Com a aquisição, a capacidade instalada de geração eólica da Companhia será incrementada em 29%, com a mesma estrutura de gestão operacional, permitindo assim uma sinergia operacional com as demais empresas do grupo que compartilham a mesma estrutura. Com a adição de capacidade, a fonte eólica passará a representar 13% do portfólio de geração de energia da Copel, o que traz benefícios ao portfólio com o incremento de energia incentivada e a redução da exposição ao risco hidrológico;
  • Temos uma avaliação positiva da operação para a Copel. Embora notemos um impacto limitado no valuation da companhia (NPV ~ 0,5% do valor de mercado da CPLE), estimamos taxas de retorno atrativas para os projetos adquiridos (TIR real de ~ 10,5%) com base em nossa análise;
  • Reiteramos nossa recomendação de compra para Copel com um preço alvo de R$ 7,5/ ação para CPLE6 (que ainda não incorpora a transação analisada neste relatório);
  • Clique aqui para acessar o relatório completo.

Ultrapar (UGPA3): Contrato para venda da Extrafarma por R$ 700 milhões é assinado

  • Nesta terça-feira (18) a Ultrapar anunciou, via fato relevate, a assinatura de contrato para a venda da totalidade das ações da Extrafarma para o grupo farmacêutico Pague Menos. O valor total da venda é de R$ 700 milhões, sujeito a ajustes devido a variações de capital de giro e à posição da dívida líquida da Extrafarma na data de fechamento da transação;
  • O pagamento da transação será em três parcelas: 50% na data de fechamento e 25% em cada aniversário de um e dois anos do fechamento, com fiança prestada por acionista como garantia para as duas últimas parcelas. A consumação da transação está sujeita a determinadas condições usuais, incluindo aprovação pelas autoridades antitruste e pela assembleia geral de acionistas da Pague Menos;
  • Por um lado, o saldo da operação é negativo dado que a Ultrapar pagou R$ 1 bilhão pela Extrafarma em 2014  e vai receber R$ 700 milhões por sua venda à rede varejista Pague Menos. Por outro lado, o negócio é visto como positivo, uma vez que a companhia sairá de uma atividade que vinha perdendo valor ao longo dos anos e ainda poderá usar os recursos em sua reorganização de portfólio, que prevê a concentração nos setores de óleo e gás.

Pague Menos (PGMN3): Notícias indicam aquisição da Extrafarma por R$700 milhões

  • Ontem, a Pague Menos anunciou a aquisição da Extrafarma, rede de farmácias do Grupo Ultrapar, por R$700 milhões, sendo 50% do valor a ser pago em 2 parcelas nos próximos 12-24m. Estimamos um múltiplo para a transação entre 2,8-4,7x EV/EBITDA, considerando sinergias;
  • Vemos a transação como positiva uma vez que ela: fortalece o posicionamento da Pague Menos em seu público alvo, protege a companhia de um potencial competidor, implica em um valuation atrativo e tem espaço para a captura de sinergias;
  • Estimamos que a transação poderia adicionar até R$ 3,5/ação, assumindo que a companhia capturasse o topo da estimativa de sinergias. Reiteramos nossa recomendação de Compra para as ações da Pague Menos e preço-alvo para o fim de 2021 de R$13,0/ação;
  • Clique aqui para o relatório completo.

Notícias Diárias do Setor Financeiro

  • Acesse este relatório com notícias do setor financeiro que complementam nossos comentários publicados no Morning Call, mas que não consideramos relevantes o suficiente para serem analisadas. Aqui você encontra o título com o link para a fonte original da notícia, além de uma breve descrição do conteúdo;
  • Clique aqui para acessar o relatório.

Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional

  • Nesta publicação diária, trazemos as principais notícias do setor de varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.) nacional e internacional, complementando nossa visão sobre as tendências e acontecimentos mais importantes do dia. Além disso, o relatório contém um resumo dos múltiplos e recomendações para as empresas de nossa cobertura;
  • Clique aqui para acessar o relatório.

ESG

Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 19/05

  • Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo falam sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança;
  • Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance histórica do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP;
  • Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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