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Mercado repercute resultados de blue chips enquanto monitora anúncios de novos lockdowns

Tudo o que você precisa saber sobre os mercados nacional e internacional, com análises econômicas e políticas sobre fatos que podem impactar seus investimentos.

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IBOVESPA -4,30% | 95.369 Pontos

CÂMBIO 0,75% | 5,75/USD

O que pode impactar o mercado hoje


O Ibovespa encerrou o pregão de ontem em forte queda de 4,25%, fechando em 95.369 pontos, com o agravamento de uma segunda onda da Covid-19 nas principais economias do mundo e o anúncio de novos lockdowns. Na França, o presidente Macron disse que as restrições devem durar até dezembro. Já na Alemanhã, Angela Merkel chegou a acordo para que durem um mês e já prepara um pacote de estímulos de até EUR 10 bilhões.

O movimento de baixa do índice não poupou nenhuma ação, já que todas fecharam no vermelho. As principais quedas foram as de CIEL3 (-11,65), CVCB3 (-9,88%) e AZUL4 (-9,58%). Seguindo o temor dos impactos de uma segunda onda no mundo, o dólar comercial subiu 1,31% a R$ 5,75, maior cotação desde maio. As taxas futuras de juros fecharam a sessão de ontem em alta, em dia de aumento na percepção de risco global após anúncio de novo lockdown na França e Alemanha e antes da decisão do Copom. DI jan/21 fechou em 1,97%; DI jan/23 encerrou em 4,99%; DI jan/25 foi para 6,66%; e DI jan/27 fechou em 7,42%.

Nessa quinta-feira, ações europeias e futuros americanos operam em leve alta diante das quedas de quarta-feira, embora os ganhos tenham sido modestos. Contratos S&P 500, por exemplo, recuperaram menos de um terço da queda de 3,5% do índice no pregão de ontem.

Ainda no cenário político internacional, nos EUA, o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Anthony Fauci, disse que a vacina contra a Covid-19 não deve ficar pronta até janeiro, no mínimo. Diante do fato que a administração da pandemia pelo governo Trump é um dos principais temas que favorece democratas no debate eleitoral, o avanço da doença também implica maior risco para as chances do presidente americano na disputa. Em especial, destacamos aumento de casos em “swing states”, como Wisconsin. 

A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, disse que o presidente americano se importa muito com os mercados, portanto, a queda da bolsa nos EUA poderia deixá-lo mais propenso a negociar um pacote de estímulo “de maneira séria”. 

No Brasil, destaques para a forte em pressão dos parlamentares sobre Davi Alcolumbre, inclusive do seu próprio partido, o DEM, para manter a sessão do Congresso que irá analisar os vetos, marcada para a semana que vem. Por enquanto, a tendência é de manutenção da sessão, a menos que haja grande esforço do governo em sentido contrário. Uma vez que chegue a ser votado é quase consenso no Congresso Nacional que o veto cairá, o que deve representar até R$ 10 bilhões de gastos para a União. Seguindo essa linha, ontem o TCU adicionou mais um problema para o governo e, principalmente para os parlamentares, ao fazer um alerta sore a falta de meta fiscal para 2021. Segundo técnicos do tribunal, há falhas que precisam ser corrigidas no projeto da LDO, sob pena de infringir a Lei de Responsabilidade Fiscal e artigos da Constituição que visam fiscalizar o controle dos gastos. Por fim, Campos Neto fez apelo à Rodrigo Maia para deixar de lado disputas políticas e focar na aprovação de medidas para melhorar a situação fiscal.

Ainda no cenário brasileiro, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica Selic em 2,00% ao ano, como amplamente esperado pelo mercado. O comunicado que acompanhou a decisão manteve as principais mensagens da reunião anterior: i) “a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado”; ii) a Selic deve permanecer estável enquanto as expectativas de inflação não se aproximarem das metas, desde que o regime fiscal não mude (forward guidance). A decisão de hoje é consistente com nosso cenário de Taxa Selic em 2,00% a.a. até o segundo semestre de 2021, subindo gradualmente até 3,00% a.a. no final do ano.

Na agenda econômica do dia, destaque para a divulgação da primeira prévia do PIB do terceiro trimestre dos EUA, e para entrevista da presidente do Banco Central Europeu (BCE), Christine Lagarde, sobre a qual crescem as pressões para o anúncio de novos estímulos monetários diante de novas medidas de restrição na Zona do Euro. No Brasil, teremos a divulgação do resultado primário do governo central referente a setembro, e os números de empregos formais com o Caged.

Do lado das empresas, diversas companhias tiveram seus resultados referentes ao terceiro trimestre de 2020 divulgados ontem. A Vale reportou mais um conjunto de fortes resultados, com destaques para o EBITDA ajustado em US$6,1 bilhões, alta de 78% no trimestre, e fluxo de caixa livre das operações em US$3.8 bilhões, como resultado do forte EBITDA e da normalização do capital de giro. Acreditamos em uma reação positiva do mercado e reiteramos nossa recomendação de Compra para a Vale com preço-alvo de R$86/ação. O Bradesco também reportou resultados positivos no período, com lucro exatamente como o esperado em R$ 5 bilhões), implicando em um ROE de 15%. Os destaques positivos do resultado foram: i) menor custo de crédito, uma vez que as recuperações vieram acima das expectativas e houve redução de provisões; ii) maiores receitas de serviços; e iii) custos surpreendentemente controlados. Mantemos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 27.

Também temos uma visão positiva sobre os números reportados pela Petrobras. Em um trimestre em que preços de petróleo Brent foram em média de US$43/barril, a companhia conseguiu registrar uma geração de caixa em patamares que consideramos extraordinários, demonstrando a maior resiliência da companhia a menores preços de petróleo. Reiteramos a recomendação de Compra das ações. Nessa linha, a AmBev divulgou resultados também acima do esperado para o 3º trimestre, sinalizando uma recuperação em V, com volume de cerveja Brasil crescendo impressionantes 25% na comparação anual, em linha com as nossas expectativas. Reiteramos nossa recomendação de Compra para o papel, com preço alvo de R$ 17,15 por ação. Por fim, os resultados do Grupo Pão de Açúcar vieram em linha com nossas estimativas, mas esperamos uma reação mista do mercado, dado que a companhia teve uma performance de vendas mesmas lojas abaixo do seu principal concorrente, mas reportou margens muito sólidas em todas divisões. Além disso, a companhia anunciou o lançamento de seu marketplace próprio em Novembro. Por fim, mantemos nossa recomendação Neutra para o papel.

Tópicos do dia

Agenda de Resultados

B2W Cia Digital (BTOW3): após o fechamento
Lojas Americanas (LAME4): após o fechamento
Ambev (ABEV3): antes da abertura
ISA Cteep (TRPL4): após o fechamento
Usiminas (USIM5): após o fechamento

Temporada de resultados do 3º trimestre – o que esperar?
Calendário de resultados do 3T20

Para ler mais conteúdos, clique aqui.

Brasil

  1. Copom: frio e confiante diante dos Riscos

Internacional

  1. Política internacional: agravamento de segunda onda da Covid-19 nos EUA e Europa
  2. Petróleo: Aumento no estoque dos EUA acima do esperado pelo mercado, negativo
    Acesse aqui o relatório internacional

Empresas

  1. Petrobras (PETR4): Resultados do 3T20 excelentes mesmo diante de preços de petróleo baixos; Reiteramos COMPRA
  2. Vale (VALE3): Maior EBITDA desde o 4T13, com forte geração de caixa
  3. AmBev (ABEV3): recuperação em V no terceiro tri supera expectativas; volume de Cerveja Brasil cresce 25% A/A; reiteramos Compra
  4. Bradesco (BBDC4): Lucro de alta qualidade com provisões mais positivas | Revisão 3T20
  5. Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): Resultados 3T20 em linha; Abram alas para o novo integrante do marketplace
  6. Gerdau (GGBR4): Resultados do 3T melhores do que o esperado com volumes mais fortes
  7. CESP (CESP6): Análise dos resultados do 3T20
  8. EDP Energias do Brasil (ENBR3): Resultado do 3T20 acima das expectativas devido a controle de custos; Mantemos Compra
  9. Multiplan (MULT3) – Resultado: Primeiros Sinais Positivos após a Tempestade; reiteramos Compra


Veja todos os detalhes

Brasil

Copom: frio e confiante diante dos Riscos

  • O Copom decidiu, por unanimidade, manter a taxa básica Selic em 2,00% ao ano. A decisão veio em linha com o esperado pela XP Investimentos e pelo mercado, como apontou nossa pesquisa Pré-Copom;
  • O comunicado que acompanhou a decisão manteve as principais mensagens da reunião anterior: i) “a conjuntura econômica continua a prescrever estímulo monetário extraordinariamente elevado”; ii) a Selic deve permanecer estável enquanto as expectativas de inflação não se aproximarem das metas, desde que o regime fiscal não mude (Forward Guidance);
  • O Copom avaliou que o regime fiscal não mudou desde a sua última reunião. Sobre as expectativas de inflação, o comitê reconhece a pressão corrente, mas “mantém o diagnóstico de que esse choque é temporário”. Desta forma, o risco de um comunicado mais duro, que demonstrasse maior preocupação com esses riscos, não se materializou;
  • A decisão de hoje é consistente com nosso cenário de Taxa Selic em 2,00% a.a. até o segundo semestre de 2021, subindo gradualmente até 3,00% a.a. no final do ano. Caso a perspectiva das contas públicas se deteriore, gerando um ambiente em que a alta da inflação corrente se propague por prazos mais longos, o Copom pode optar por elevar a SELIC mais cedo do que o contemplado em nosso cenário. Clique aqui para conferir mais detalhes.

Internacional

Política internacional: agravamento de segunda onda da Covid-19 nos EUA e Europa

  • Diante do agravamento da segunda onda da doença, governos Europeus anunciaram novos ‘lockdowns’. Na França, o presidente Macron disse que as restrições devem durar até dezembro. Na Alemanha, Angela Merkel, chegou a acordo para que durem um mês. O governo alemão já prepara um pacote de estímulos de até EUR 10 bilhões;
  • Nos EUA, o diretor do Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), Anthony Fauci, disse que a vacina contra a Covid-19 não deve ficar pronta até janeiro, no mínimo;
  • Diante do fato que a administração da pandemia pelo governo Trump é um dos principais temas que favorece democratas no debate eleitoral, o avanço da doença também implica maior risco para as chances do presidente americano na disputa. Em especial, destacamos aumento de casos em ‘swing states’ como Wisconsin;
  • A presidente da Câmara dos EUA, Nancy Pelosi, disse que o presidente americano se importa muito com os mercados, portanto, a queda da bolsa nos EUA poderia deixá-lo mais propenso a negociar um pacote de estímulo “de maneira séria”.  

Petróleo: Aumento no estoque dos EUA acima do esperado pelo mercado, negativo

  • Ontem a Agência de Informação de Energia dos EUA (EIA) divulgou, em seu relatório oficial de fornecimento, um aumento no estoque de +4,230 milhões de barris contra expectativa de +1,230 milhões de barris. O aumento do estoque é visto como negativo por indicar uma maior oferta em relação à demanda. Com isso, ontem a commodity encerrou o pregão em queda de -5,05% em US$39,12/barril;
  • Já os estoques de gasolina nos EUA caíram -0,892 milhões de barris, ligeiramente mais menor que das expectativas de mercado de uma redução de -0,961 milhões de barris;
  • Nessa manhã de quinta-feira, os preços de petróleo operam em território fortemente negativo devido às preocupações desencadeadas pela nova onda da COVID-19 e imposição de novos lockdowns. O petróleo Brent opera em queda de -3,3%, aos US$37,83/barril.

Empresas

Petrobras (PETR4): Resultados do 3T20 excelentes mesmo diante de preços de petróleo baixos; Reiteramos COMPRA

  • Ontem após o fechamento do mercado, a Petrobras reportou seus resultados do terceiro trimestre de 2020 (3T20). O EBITDA Ajustado foi de R$33,6 bilhões, +11,4% acima da nossa estimativa de R$30,1 bilhões +8,5% acima do consenso de mercado de R$30,9 bilhões (compilado pela Bloomberg). No mesmo período, a Petrobras registrou prejuízo de R$(1,5) bilhão em comparação à nossa estimativa de prejuízo de R$(723) milhões e expectativa do consenso de mercado de Lucro Líquido de R$1,1 bilhão. Entretanto, notamos que tal prejuízo está relacionado principalmente ao impacto de variações cambiais sobre a dívida da companhia em moeda estrangeira de R$(13,8) bilhões, resultado que não possuí efeito caixa;
  • Além disso, a Petrobras divulgou uma geração de caixa (excluindo efeitos não-recorrentes, como venda de ativos) de R$27,5 bilhões. Consideramos tal patamarde geração de caixaextraordinário;
  • Temos uma visão positiva dos resultados da Petrobras. Em um trimestre em que preços de petróleo Brent foram em média de US$43/barril, a companhia conseguiu registrar uma geração de caixa em patamares que consideramos extraordinários, demonstrando a maior resiliência da companhia a menores preços de petróleo. Reiteramos a Compra das ações, com preços-alvo de R$30/ação para PETR4 e R$29/ação para PETR3. Clique aqui para acessar o relatório completo.

Vale (VALE3): Maior EBITDA desde o 4T13, com forte geração de caixa

  • Após o fechamento do mercado de ontem, a Vale reportou seus resultados operacionais referente ao 3º trimestre. Temos uma avaliação positiva dos números divulgados, uma vez que os resultados vieram acima das nossas expectativas, com EBITDA ajustado de US$6,1 bilhões, alta de 78% no trimestre. Destacamos a geração de caixa operacional de US$3,8 bilhões, com o EBITDA mais forte e impactos reduzidos de capital de giro;
  • No segmento de minério de ferro, a Vale reportou um EBITDA de US$5,9 bilhões, alta de 65% no período, resultante de preços e volumes mais altos, além da redução do seu custo caixa. Os resultados também foram impulsionados pela alta no preço spot de minério;
  • Acreditamos em uma reação positiva no mercado hoje e mantemos nossa recomendação de Compra para a Vale com preço-alvo de R$86/ação. Confira o relatório completo clicando aqui.

AmBev (ABEV3): recuperação em V no terceiro tri supera expectativas; volume de Cerveja Brasil cresce 25% A/A; reiteramos Compra

  • A AmBev divulgou resultados acima do esperado para o 3º trimestre, sinalizando uma recuperação em V. O EBITDA ajustado de R$ 5.074mn ficou 20% acima das nossas projeções e cresceu 52% versus o segundo trimestre de 2020 (T/T). Com isso, a margem EBITDA subiu para 33%, em linha com nossa projeção (XPe: 32%) mas ainda 319 pontos-base (bps) abaixo do 3T19. Confira o relatório completo clicando aqui;
  • A melhora nos resultados ocorreu em 7 dos 10 principais mercados, mas a surpresa positiva veio (novamente) de Cerveja Brasil, com volumes crescendo 25,4% A/A, exatamente nossa estimativa (XPe +26% A/A) e acima do consenso do mercado. A receita líquida consolidada veio 17% acima da nossa estimativa, uma vez que todas as regiões surpreenderam, exceto para Cerveja Brasil, mas neste caso éramos os mais otimistas do mercado. O lucro líquido ajustado de R$ 2,496 milhões também veio acima da expectativa (+29% XPe), mas em linha com o 3T19 (+2%);
  • Reiteramos nossa recomendação de Compra para AmBev frente aos resultados fortes, apesar dos desafios frente às pressões na margem no curto-prazo. Os riscos de uma 2ª onda de Covid-19 e da desvalorização do Real frente ao Dólar preocupam, mas as iniciativas de inovação da AmBev, além da liderança no mercado e o contínuo foco na excelência operacional tem trazido bons resultados.

Bradesco (BBDC4): Lucro de alta qualidade com provisões mais positivas | Revisão 3T20

  • O Bradesco reportou ontem bons resultados no terceiro trimestre de 2020 (3T20), com lucro exatamente como o esperado, em R$ 5 bilhões (vs. R$ 4,6 do consenso da Bloomberg), implicando em um ROE de 15%. Os destaques do resultado foram: i) menor custo de crédito, uma vez que as recuperações vieram acima das expectativas e houve redução de provisões; ii) maiores receitas de serviços, dado que o banco se beneficiou de um maior nível de atividade econômica no trimestre; e iii) custos surpreendentemente controlados, uma vez que o banco manteve seus custos estáveis ​​no trimestre, embora o segundo trimestre tenha sido um período de menor atividade;
  • No entanto: i) a margem financeira do banco surpreendeu negativamente caindo 8% T/T embora os ativos rentáveis tenham crescido 7% no mesmo período, devido a uma queda de 72bps na margem financeira sobre os ativos rentáveis (NIM); e ii) um número mais normalizado de sinistros e resultados financeiros deterioraram a operação de seguros que, apesar disso, acreditamos que a seguradora ainda se beneficia da baixa utilização pelos clientes;
  • No geral, temos uma visão positiva e de alta qualidade para os resultados, pois não acreditamos que a margem financeira com o mercado e a sinistralidade de seguros do 2T sejam sustentáveis. No entanto, o sinal do banco sobre possíveis menores provisões pode tornar as estimativas de mercado conservadoras, implicando em um P/L de 2021 atraente. Dito isso, reiteramos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 27, com o banco negociando a atrativos 1,3x P/PL e 9,3x P/E. Clique aqui para acessar o relatório completo.

Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): Resultados 3T20 em linha; Abram alas para o novo integrante do marketplace

  • Grupo Pão de Açúcar (GPA) reportou resultados do 3T20 sólidos, em linha com nossas estimativas. No Brasil, o faturamento bruto foi de R$17,5bn, +20,1% A/A, e 2,6% acima da nossa estimativa, com o principal destaque sendo a operação de atacado (Assaí) com crescimento de vendas mesmas lojas em 18,1% A/A. Na divisão internacional (Grupo Éxito), o faturamento bruto foi de R$5,95bn, subindo 0,7%YoY excluindo o efeito cambial, e 4,3% abaixo da nossa estimativa. Outro importante destaque do resultado foi o nível de rentabilidade sólido em todas as divisões. Dessa forma, o EBITDA ajustado consolidado foi de R$1,66bn, 4% acima do nosso, e com uma margem EBITDA de 7,8%, +0,5p.p. A/A e +0,2p.p. T/T. Finalmente, o lucro líquido foi de R$339mn (+97% A/A), e 10% acima do consenso;
  • Nós esperamos uma reação mista do mercado. Apesar da companhia ter tido uma performance abaixo do seu principal concorrente em termos de crescimento de vendas mesmas lojas, o GPA entregou margens bastante sólidas em todas divisões enquanto ele também abriu uma nova avenida de crescimento através do lançamento do seu marketplace em novembro. Entretanto, nós acreditamos que eles devem enfrentar forte competição de outros competidores listados e bem capitalizados, enquanto ainda não temos muitas informações sobre a iniciativa. Nós mantemos nossa recomendação Neutra para as ações do Grupo Pão de Açúcar (PCAR3) e preço-alvo de R$70,0 para o final de 2020. Clique aqui para acessar o relatório completo.

Gerdau (GGBR4): Resultados do 3T melhores do que o esperado com volumes mais fortes

  • Ontem, a Gerdau reportou seus resultados operacionais referente ao 3º trimestre. De modo geral, os números foram acima do esperado, com EBITDA de R$2.140 milhões. Os principais destaques foram os volumes mais fortes nas unidades do Brasil e dos EUA, e margens saudáveis em praticamente todas as linhas, além da redução da alavancagem e forte geração de caixa;
  • No segmento Brasil, o aumento no volume vendido no mercado interno com a retomada vigorosa do setor de construção civil e atividade industrial foram o principal destaque. Já no segmento América Latina, o aumento do EBITDA foi resultado da forte demanda na construção civil do Peru e Argentina, visto a existência de uma demanda represada nesses países;
  • Vemos os resultados reportados como positivos e reiteramos nossa recomendação de Compra (preço-alvo de R$25/ação).Clique aqui para acessar o relatório completo.

CESP (CESP6): Análise dos resultados do 3T20

  • No dia 28 de outubro, a CESP divulgou o resultado do 3T20. A empresa reportou Prejuízo Líquido de R$(58,5) milhões, abaixo da nossa expectativa de R$31,5 milhões e o consenso da Bloomberg de R$71,0 milhões;
  • O EBITDA ajustado ficou em R$223,5 milhões, -4,1% abaixo de nossa estimativa de R$233,1 milhões e -9,5% abaixo do consenso da Bloomberg de R$247,0 milhões. O desempenho refletiu principalmente uma menor margem de contribuição (receita menos custos de compra de energia) de R$254,2 milhões vs. nossa estimativa de R$273,1 milhões (-6,9%).  Além do menor resultado operacional, o menor resultado líquido também refletiu despesas financeiras líquidas mais altas em relação às nossas estimativas, principalmente devido à maior correção monetária de passivos devido à aceleração do IGP-M;
  • Temos visão negativa dos resultados da CESP no 3T20, tendo em vista que tanto EBITDA como o Prejuízo Líquido registrados vieram abaixo das nossas expectativas e do consenso de mercado. Dito isso, continuamos a enxergar um risco-retorno positivo nas ações, pois (i) vemos uma alta probabilidade de expansão da margem bruta até 2021 com base na compra de contratos de energia a preços mais baixos; (ii) ao alto potencial de geração de caixa da companhia, que acreditamos que culminará ou em maiores distribuições de dividendos ou em investimentos em oportunidades de crescimento (iii) no risco-retorno positivo implícito no gerenciamento de passivos contingentes e com um eventual resultado positivo relacionado à indenização da UHE Três Irmãos e (iv) uma potencial extensão da concessão da Usina de Porto Primavera como parte das atuais discussões para a repactuação do risco hidrológico (também conhecido como GSF);
  • Mantemos recomendação de Compra nas ações da CESP, com preço-alvo de R$37/ação.

EDP Energias do Brasil (ENBR3): Resultado do 3T20 acima das expectativas devido a controle de custos; Mantemos Compra

  • Em 28 de outubro, após o fechamento do mercado, a EdP Energias do Brasil reportou um EBITDA Ajustado do 3T20 de R$ 594,5 milhões, +16% acima da nossa estimativa de R$ 511,7 milhões, mas em linha com o consenso da Bloomberg de R$603,3 milhões (-1,5%%);
  • Esse desempenho reflete uma combinação de (1) uma margem de contribuição (receita menos custos de compra de energia e encargos de transmissão) em linha com nossas expectativas e (2) custos gerenciáveis (pessoal, materiais, serviços e outros, normalmente agrupados sob a sigla PMSO) -25% abaixo das nossas expectativas e -14% inferiores aos níveis do 3T19, o que sinaliza um forte controle de custos pela companhia que consideramos positivo;
  • O lucro líquido reportado no 3T20 foi de R$ 299,8 milhões, bem acima da nossa expectativa de R$ 221,1 milhões e do consenso de R$ 234,8 milhões, refletindo principalmente a melhor performance nas linhas de resultados operacionais (receitas e custos);
  • Temos uma visão positiva dos resultados da EdP no 3T20 dado que os números de EBITDA e Lucro vieram acima das nossas expectativas como resultado de um forte controle de custos gerenciáveis (aqueles sobre os quais a companhia tem espaço de gestão para reduzir). Mantemos recomendação de Compra na EdP Energias do Brasil, com preço-alvo de R$21/ação.

Multiplan (MULT3) – Resultado: Primeiros Sinais Positivos após a Tempestade; reiteramos Compra

  • Ontem, a Multiplan publicou seus resultados referente ao terceiro trimestre do ano. Ela registrou forte receita líquida de R$1.022 milhões, impulsionada pela venda da torre corporativa Diamond Tower por R$810 milhões. A receita de aluguel foi de R$150 milhões (+125% contra o trimestre anterior e -44% contra o ano passado), ainda amplamente impactada pelos descontos concedidos aos lojistas durante a pandemia. A receita de estacionamento foi de R$22 milhões, mostrando os primeiros sinais de recuperação do fluxo de automóveis nos shoppings pós-pandemia. O EBITDA foi de R$704 milhões após um aumento das despesas gerais e administrativas. Por fim, o FFO ajustado terminou em R$599 milhões (3% abaixo das nossas estimativas);
  • No balanço patrimonial, a empresa reportou uma geração de caixa substancial após a venda da torre corporativa, o que levou sua alavancagem para 1,3x dívida líquida/EBITDA, o que consideramos como baixo. Além disso, os recursos da venda foram direcionados para aprimorar a gestão de passivos da companhia e a aquisição de cerca de 2 milhões de ações em seu programa de recompra de ações;
  • O terceiro trimestre confirmou a tendência de recuperação dos números operacionais, após mais shoppings serem autorizados a reabrirem e/ou funcionarem em horário integral (em níveis pré-pandemia). Por fim, a companhia informou que seu portfólio já está operando acima de 74% do seu horário normal de funcionamento, 75% das vendas (vs. vendas de 2019) e 74% das receitas de aluguel (vs. 2019). Olhando para frente, acreditamos que os números irão continuar melhorando com a flexibilização do horário de funcionamento do restante de seu portfólio. Reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$25,0/ação. Para mais detalhes, acesse nosso relatório.
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O investimento em ações é indicado para investidores de perfil moderado e agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos Ação é uma fração do capital de uma empresa que é negociada no mercado. É um título de renda variável, ou seja, um investimento no qual a rentabilidade não é preestabelecida, varia conforme as cotações de mercado. O investimento em ações é um investimento de alto risco e os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros e nenhuma declaração ou garantia, de forma expressa ou implícita, é feita neste material em relação a desempenhos. As condições de mercado, o cenário macroeconômico, os eventos específicos da empresa e do setor podem afetar o desempenho do investimento, podendo resultar até mesmo em significativas perdas patrimoniais. A duração recomendada para o investimento é de médio-longo prazo. Não há quaisquer garantias sobre o patrimônio do cliente neste tipo de produto. O investimento em opções é preferencialmente indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. No mercado de opções, são negociados direitos de compra ou venda de um bem por preço fixado em data futura, devendo o adquirente do direito negociado pagar um prêmio ao vendedor tal como num acordo seguro. As operações com esses derivativos são consideradas de risco muito alto por apresentarem altas relações de risco e retorno e algumas posições apresentarem a possibilidade de perdas superiores ao capital investido. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. O investimento em termos é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. São contratos para compra ou a venda de uma determinada quantidade de ações, a um preço fixado, para liquidação em prazo determinado. O prazo do contrato a Termo é livremente escolhido pelos investidores, obedecendo o prazo mínimo de 16 dias e máximo de 999 dias corridos. O preço será o valor da ação adicionado de uma parcela correspondente aos juros – que são fixados livremente em mercado, em função do prazo do contrato. Toda transação a termo requer um depósito de garantia. Essas garantias são prestadas em duas formas: cobertura ou margem. O investimento em Mercados Futuros embute riscos de perdas patrimoniais significativos, e por isso é indicado para investidores de perfil agressivo, de acordo com a política de suitability praticada pela XP Investimentos. Commodity é um objeto ou determinante de preço de um contrato futuro ou outro instrumento derivativo, podendo consubstanciar um índice, uma taxa, um valor mobiliário ou produto físico. É um investimento de risco muito alto, que contempla a possibilidade de oscilação de preço devido à utilização de alavancagem financeira. A duração recomendada para o investimento é de curto prazo e o patrimônio do cliente não está garantido neste tipo de produto. As condições de mercado, mudanças climáticas e o cenário macroeconômico podem afetar o desempenho do investimento.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


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