IBOVESPA +0,49% | 134.194 Pontos
CÂMBIO +0,21% | 4,83/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou a quarta-feira com alta de 0,5%, aos 134.194 pontos. O desempenho foi conquistado em meio a um dia de baixa liquidez em razão do fim de ano, e representa a maior pontuação de fechamento do índice. A performance positiva foi impulsionada pela nova redução em 10bps da taxa da Treasury de 10 anos, que encerrou o dia em 3,79%. O mercado também espera pela divulgação de medidas econômicas pelo governo nesta quinta-feira.
Os destaques positivos do pregão foi o setor de Varejo, com Magazine Luiza (MGLU3) e Casas Bahia (BHIA3), subindo 6,6% e 6,0%, respectivamente, em razão do fechamento da curva de juros no Brasil.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros fecharam em queda, seguindo o movimento de baixa dos rendimentos (‘yields’) dos Títulos Públicos dos Estados Unidos (‘Treasuries’) de longo prazo. Enquanto isso, o mercado local também monitorou as declarações do presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto. Como resultado, mais vértices passaram a operar abaixo de 10%. DI jan/25 fechou em 9,99% (-3,5bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 9,54% (-4bps); DI jan/27 em 9,65% (-3bps); DI jan/29 em 10,01% (-3bps).
Mercados globais
Nos Estados Unidos, os futuros operam em leve alta na última quinta-feira do ano (S&P 500: 0,02%; Nasdaq 100: 0,2%), em meio a rali que já se estende por mais de oito semanas. As ações da Apple sobem (+0,4 nas negociações pré-mercado) após a retirada temporária de restrições à importação do Apple Watch, devido à conflitos envolvendo patente. Questões de propriedade intelectual também causaram outro movimento importante, após New York Times (subiu 2,8% no pregão de ontem) processar Microsoft (caiu 0,2% ontem e se recupera nas negociações pré-mercado) por infringimento de copyright da ferramenta ChatGPT, da OpenAI.
Na China, os índices fecharam em alta (CSI 300: 2,3%; HSI: 2,5%), na continuação de rali iniciado ontem após notícias positivas do lado regulatório. Já na Europa, os mercados operam mistos, e o índice pan-europeu permanece praticamente estável (Stoxx 600: 0,02%) com alta liderada pelo setor de saúde e queda em ações de óleo e gás.
Economia
A quarta-feira (27) teve poucos indicadores relevantes no Brasil e no exterior. Lá fora, destaque para os dados de produção industrial e vendas no varejo do Japão, que mostraram sinais mistos sobre atividade econômica. No Brasil, tivemos a divulgação do resultado primário do governo central, que registrou o maior déficit para o mês desde 2016. Na agenda de hoje, o destaque é a divulgação do IPCA-15, que deve mostrar uma alta de 0,25% em relação ao mês anterior, puxado por uma alta de preços de alimentação e bebidas parcialmente compensada pela queda em combustíveis. Além disso, teremos o anúncio da criação de empregos formais do Caged (consenso: 150k, XP: 167k) e a entrevista do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que deve apresentar medidas para compensar as perdas decorrentes da derrubada do veto à desoneração da folha. Lá fora, com poucos indicadores relevantes, o destaque fica por conta dos dados de pedidos de auxílio desemprego e as vendas pendentes de casas, ambas nos EUA.
Veja todos os detalhes
Economia
IPCA-15 e criação de empregos formais em foco hoje
- – A produção industrial do Japão caiu 0,9% em novembro em relação ao mês anterior, em comparação com a previsão mediana do mercado de uma queda de 1,6%, mostraram os dados na quinta-feira. Outros dados mostraram que as vendas no varejo japonês aumentaram 5,3% em novembro em relação ao ano anterior. Isso ficou mais ou menos em linha com a previsão mediana do mercado de um ganho de 5,0% e marcou o 21º mês consecutivo de expansão desde março de 2022. Em comparação com o mês anterior, as vendas no varejo cresceram 1,0% em novembro, após uma queda de 1,7% em outubro, mostraram os dados;
- No Brasil, o resultado primário do governo central registrou um déficit de R$ 39,4 bilhões em novembro. O resultado ficou abaixo do consenso (R$ -38,1 bilhões), mas em linha com nossa previsão (R$ -39,2 bilhões). No acumulado do ano, o saldo primário apresenta um déficit de R$ 114,3 bilhões, e no acumulado em 12 meses um déficit de R$109,7 bilhões (1,1% do PIB). A receita líquida cresceu 4,2% em termos reais, enquanto a despesa total avançou 20,0% em relação ao ano anterior. O saldo primário do governo central em novembro foi muito afetado por transferências extraordinárias (R$ 12,1 bilhões), principalmente relacionadas a compensações aos estados por perdas de ICMS. Excluindo esses efeitos, notamos que o aumento da receita líquida devido às medidas de aumento de receita não foi suficiente para compensar o crescimento das despesas acima da inflação. Olhando adiante, esperamos que o saldo primário do governo central atinja R$ 240,1 bilhões (2,2% do PIB). Em relação a 2024, esperamos que a aprovação de medidas de aumento de receita tenha um efeito positivo, mas não o suficiente para atingir a meta de déficit zero;
- O destaque de hoje é o IPCA-15 de dezembro, referente à inflação do meio do mês no Brasil. O consenso de mercado e nossa previsão são de um avanço de 0,25% M/M. O mercado espera que a média dos núcleos de inflação avance 0,23% M/M (as estimativas variam de 0,11% a 0,35%) e os serviços subjacentes, 0,34% (as projeções estão entre 0,20% e 0,53%). Prevemos uma variação de 0,20% M/M na média dos índices do núcleo da inflação e de 0,26% M/M nos serviços básicos. Com relação a outras medidas relevantes, uma fonte de incerteza são os preços das “passagens aéreas”, que apresentam algumas discrepâncias entre diferentes coleções de preços. Nos preços de bens industriais, esperamos uma variação de -0,2% M/M, mas com algum retorno dos descontos da Black Friday;
- Além disso, esperamos a divulgação de dados sobre a criação de empregos formais em novembro no Brasil, onde o consenso de mercado e nossa previsão é de uma criação de 150 mil e 167 mil empregos, respectivamente. Também no Brasil, o Ministério da Fazenda deve anunciar medidas adicionais para compensar a perda de receita decorrente da derrubada do veto à desoneração da folha de pagamento. Nos EUA, os dados de pedidos de auxílio desemprego e vendas pendentes de casas devem mostrar sinais adicionais sobre a atividade econômica.
Empresas
Bens de Capital: Acompanhamento Mensal do Setor Automotivo
- Nesta edição do nosso Acompanhamento Mensal do Setor Automotivo, destacamos:
- (i) o investimento de R$ 50 milhões da Marcopolo na expansão da capacidade produtiva da Attivi (além da continuidade das entregas para as capitais do Brasil);
- (ii) fluxo constante de notícias sobre a recuperação das vendas de veículos no Brasil em 2024 (Anfavea espera +7% A/A nas vendas consolidadas);
- (iii) forte nível de vendas de implementos rodoviários de 7,6k em nov’23 (+22% A/A e +45% vs. nov’19), com um desempenho de vendas relativamente melhor do que os caminhões;
- (iv) recuperação gradual das vendas de veículos leves na Europa e nos EUA (+6% e +7% A/A);
- (v) mais uma vez, forte receita mensal da Frasle (+26% A/A) contribuindo para a estabilidade das vendas A/A para a Randon em base consolidada;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
AgroGalaxy (AGXY3) | Reforço da Estrutura de Capital
- O AgroGalaxy publicou um fato relevante anunciando um mútuo de R$38 milhões, além de um adiantamento para um futuro aumento de capital de R$150 milhões, ambos os compromissos firmados com seu acionista controlador (Private Equity Aqua Capital);
- Em nossa opinião, o aumento de capital é essencial para que a empresa cumpra com seus covenants, devido à atual perspectiva desafiadora para os varejistas agrícolas;
- O dinheiro novo é bem-vindo, mas somos da opinião de que o cumprimento do covenant dependerá principalmente da recuperação das margens da empresa e da capacidade de negociar prazos com os fornecedores. A principal questão agora é qual metodologia definirá o preço final do aumento de capital e se os minoritários irão acompanhar;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Dasa anuncia o encerramento da oferta pública de debêntures (RI da Companhia);
- Reclamações contra planos de saúde cresceram quase 50% em 2023 (Agência Brasil);
- Oncoclínicas Grande Florianópolis expande estrutura de atendimento (Informe Floripa);
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- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Enauta quase dobra capacidade com aquisições e mira mais M&As em 2024 (Pipeline Valor);
- Acordo da cúpula da Petrobras para pagar R$ 100 milhões ao governo do RN dividiu conselho (O Globo);
- Unigel tem prejuízo de R$ 1 bilhão até setembro e patrimônio fica negativo (Valor Econômico);
- PetroReconcavo retoma operações no Rio Grande do Norte após parada temporária
- (Valor Econômico);
- Operadoras de navios começam a retomar rota do Canal de Suez (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Campos Neto diz querer entregar os juros no patamar ‘mais baixo possível’ quando deixar o BC (Valor);
- Mercado imobiliário termina 2023 com mais otimismo (Valor);
- Governo planeja dar novo fôlego ao MCMV (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- SPIC e Eneva anunciam aportes bilionários em projetos de geração (MegaWhat);
- Brasil registra aumento de 11,4% no consumo de energia em novembro, aponta CCEE (Energia Hoje);
- Aneel estipula quotas provisórias da CDE em R$ 2,4 bi (Canal Energia);
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Renda fixa
Rating ‘A-(bra)’ atribuído ao Banco C6 pela Fitch; Perspectiva ‘Estável’
- A Fitch atribuiu o rating em escala nacional ‘A-(bra)’ ao Banco C6, com Perspectiva Estável;
- Segundo a agência, a nota do C6 reflete o seu perfil de crédito individual, fortemente influenciado pelo suporte de seu acionista relevante, o JPMorgan Chase & Co;
- Na visão da Fitch, o suporte do JPM influencia positivamente o perfil de negócios e a avaliação de capitalização e alavancagem do Banco;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Central banks rethink forecasting after failures on inflation (Financial Times);
- Roberto Campos Neto diz que análises econômicas têm errado e que juros serão o mais baixo possível (O Globo);
- Governo central deve fechar 2023 com déficit entre R$ 125 bi e R$ 130 bi, diz Tesouro (Valor);
- Agrogalaxy assina contrato de adiantamento de capital (Globo Rural);
- Moody’s Local retira rating da Mills Locação, Serviços e Logística S.A (Moody’s Local);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
Geração de energia no Brasil cresce em 2023, puxada por eólica e solar | Café com ESG, 28/12
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE registrando altas de 0,49% e 0,45%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a capacidade instalada para geração de energia no Brasil cresceu 8,4 gigawatts (GW) em 2023, puxada principalmente por novas usinas das fontes eólica e solar, segundo dados do Ministério de Minas e Energia (MME) – as duas fontes somaram juntas 7,6 GW de expansão, o que corresponde a 90,4% do crescimento; e (ii) a Nestlé vai substituir o gás natural e GLP em caldeiras e fornos pelo biometano, como parte das iniciativas para reduzir as emissões – o projeto será implementado inicialmente na fábrica de Araçatuba (SP), e até o final de 2024, cerca de 20% da matriz de gases combustíveis da companhia no país será suprida pela nova fonte de energia;
- No internacional, os efeitos das mudanças climáticas na economia mundial, cada vez mais conhecidos, começam a aparecer em relatórios sobre inflação e discursos de autoridades monetárias de diferentes países, inclusive do Brasil – segundo um estudo do Banco Central Europeu, em parceria com o Instituto de Potsdam para a Pesquisa de Impacto Climático, é estimado um acréscimo de 0,3 a 1,2 ponto percentual às taxas anuais de inflação mundial até 2035 devido aos impactos do aquecimento do planeta;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
De olho na retrospectiva ESG em 2023
- O ano de 2023 foi marcado por muita volatilidade nos mercados globais, e o tema ESG não passou ileso;
- No Brasil, vimos avanços regulatórios importantes na agenda, ao mesmo tempo em que o interesse dos investidores na temática ESG seguiu alto, bem como por parte das empresas, com um número cada vez maior de companhias adotando estratégias sustentáveis visando destravar valor para seus negócios;
- Com a virada do ano se aproximando, aproveitamos a oportunidade para trazer uma retrospectiva da agenda ESG no ano que passou, além de abordar o que esperar para 2024;
- Para cada mês, você encontra: (i) um acontecimento; (ii) qual a nossa visão; e (iii) um relatório XP sobre o tema;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.


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