IBOVESPA +0,15% | 124.496 Pontos
CÂMBIO +0,12% | 5,17/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na segunda-feira, o Ibovespa fechou em alta, aos 124.496 pontos (+0,2%). O mercado evitou uma sétima queda consecutiva em um dia marcado por baixa liquidez, devido ao feriado do Memorial Day nos EUA, e por uma cautela por investidores em relação a dados de inflação, como o deflator dos gastos de consumo (PCE), a ser divulgado na sexta-feira e referente ao mês de abril.
O principal destaque positivo foi a Petrobras (PETR3, +1,0%; PETR4, +1,1%), acompanhando a valorização do preço do Brent, impulsionada por renovadas tensões no Oriente Médio. Com a queda dos juros futuros na sessão, papéis mais cíclicos foram impulsionados, como CVC (CVCB3, +3,4%) e Pão de Açúcar (PCAR3, +2,5%). O destaque negativo foi Yduqs (YDUQ3, -4,0%), seguindo um movimento de realização após a empresa ter estabelecido uma projeção de longo prazo para os principais itens do seu balanço em seu Investor Day.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de ontem com fechamento por toda a extensão da curva. O destaque do dia foi a fala de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, no qual reconheceu que as expectativas de inflação se elevaram, e que a credibilidade do BC contribuiu com a piora. Contudo, também ressaltou o caráter técnico das decisões de juros do Copom e que as expectativas de inflação tornarão a cair. O pronunciamento de Campos Neto foi considerado menos restritivo pelo mercado, que mesmo aguardando a divulgação dos dados do IPCA-15 nesta terça-feira, já iniciou o movimento de diminuição da precificação de risco na curva de juros. DI jan/25 fechou em 10,37% (queda de 3bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 10,74% (queda de 10bps); DI jan/27 em 11,045% (queda de 10,5bps); DI jan/29 em 11,48% (queda de 9bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros nos Estados Unidos operam em alta (S&P 500: 0,1%; Nasdaq 100:0,3%) após o feriado de Memorial Day. Nesta semana, são aguardados dados de atividade econômica e inflação.
Na Europa, as bolsas operam mistas, e o índice pan-europeu se retrai (Stoxx 600: -0,2%), e o mercado permanece atento às sinalizações para um possível corte de juros em junho pelo Banco Central Europeu. Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -0,7%; HSI: -0,03%).
Economia
Indicadores econômicos relevantes serão publicados no Brasil. No centro das atenções, o IPCA-15 de maio (prévia da inflação mensal) deve mostrar aceleração. A mediana das estimativas de mercado aponta para elevação de 0,47% em comparação a abril, enquanto a XP prevê aumento de 0,51%. O indicador subiu 0,21% na leitura anterior. Os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul tendem a ser modestos nessa divulgação. A agenda doméstica também inclui a publicação do resultado primário do governo central referente a abril.
Ontem, o boletim Focus do Banco Central mostrou expectativas de inflação ainda mais distantes da meta de 3,0%. Para o ano corrente, a mediana das projeções de mercado subiu de 3,80% para 3,86%, possivelmente refletindo os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul. O consenso para 2025 aumentou marginalmente, de 3,74% para 3,75%, enquanto a previsão para 2026 atingiu 3,58%, após ter ficado em 3,50% desde o início de julho de 2023.
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Economia
IPCA-15 e contas fiscais são destaques da agenda doméstica
- Indicadores econômicos relevantes serão divulgados no Brasil. No centro das atenções, o IPCA-15 de maio (prévia da inflação mensal) deve mostrar aceleração. A mediana das estimativas de mercado aponta para elevação de 0,47% em comparação a abril, enquanto a XP prevê aumento de 0,51%. O indicador subiu 0,21% na leitura anterior. O grupo de bens monitorados provavelmente mostrará alta expressiva, especialmente gasolina e produtos farmacêuticos. Por sua vez, os preços livres devem apresentar dinâmica bem-comportada, embora com reversão da queda em passagens aéreas observada nos últimos meses. Os efeitos das chuvas no Rio Grande do Sul tendem a ser modestos nessa divulgação. A agenda doméstica também inclui a publicação do resultado primário do governo central (XP: R$ 12,7 bilhões; consenso: R$ 13,0 bilhões);
- Ontem, o Boletim Focus do Banco Central mostrou elevação das expectativas inflacionárias entre 2024 e 2026. Para o ano corrente, a mediana das projeções de mercado subiu de 3,80% para 3,86%, possivelmente refletindo os impactos da tragédia no Rio Grande do Sul. O consenso para 2025 aumentou marginalmente, de 3,74% para 3,75%, enquanto a previsão para 2026 atingiu 3,58%, após ter ficado em 3,50% desde o início de julho de 2023. Ou seja, expectativas de inflação ainda mais distantes da meta de 3,0%;
- O Presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, disse ontem que as expectativas de inflação subiram em meio a ruídos recentes, mas que a autoridade monetária acredita em estabilização ao longo do tempo e posterior melhora. Entre os fatores que contribuíram para a maior desancoragem, Campos Neto mencionou ruídos relacionados às contas públicas, credibilidade do Banco Central e especulações sobre o compromisso com a meta de inflação. Enquanto isso, o Diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, afirmou na segunda-feira que o Banco Central vai dirimir dúvidas que causam desancoragem de expectativas, e que cabe à autoridade colocar o juro em patamar restritivo o suficiente para perseguir a meta inflacionária;
- Na volta do feriado de Memorial Day, destaque para as falas públicas de vários membros do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA): Loretta Mester; Neel Kashkari; Lisa Cook. Além disso, os agentes de mercado irão monitorar os dados de confiança do consumidor (Conference Board) e da sondagem industrial do Fed Dallas relativos a maio.
Commodities
Comentário Semanal Agro | Oferta brasileira
- Grãos. Acumulam outra semana de alta generalizada, puxados pelo trigo que reflete novas tensões em torno da guerra e o clima seco no Mar Negro. Já soja e milho têm revisões negativas de safra no hemisfério sul, mas início positivo, porém com atraso na safra dos EUA;
- Açúcar e Etanol. Açúcar busca consolidação após queda à mínima de 18 meses, chuvas da última semana podem atrasar colheita do Centro-Sul, mas beneficiar fim de safra. Etanol segue pressionado por avanço da colheita e petróleo em queda;
- Carnes. Fim das chuvas pressiona desova de final de safra, pressionando boi gordo. No atacado, carne suína tem valorização no mês, contra queda de frango e carne bovina;
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Empresas
BRF (BRFS3): Nós estávamos errados. O momentum é muito melhor do que antecipávamos.
- As ações da BRF tiveram uma performance sólida, impulsionada não apenas pelo momento positivo do ciclo . Embora os fundamentos de mercado sejam realmente sólidos, atribuímos o desempenho superior às iniciativas estratégicas implementadas pela nova administração, que impulsionaram os ventos favoráveis do setor, permitindo que a BRF superasse tanto o desempenho de seus pares quanto as expectativas do mercado;
- Os fundamentos de oferta, demanda e custo permanecem sólidos, uma visão apoiada por nossos channel checks. Projetamos que o segundo trimestre provavelmente servirá como outro catalisador para revisões de lucros, continuando o momentum que sustentou o forte desempenho das ações da BRF desde o quarto trimestre de 2023;
- Estamos revisando nossas estimativas para cima: nosso EBITDA ajustado agora está 21% e 12% acima do consenso para 2024 e 2025, respetivamente. Estamos elevando nosso preço-alvo para R$ 21.8/ação.
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Bancos & Instituições Financeiras: Extrato da Temporada de Resultados do 1T24
- Consideramos que a temporada de resultados do 1T24 foi positiva. Embora os NPLs tenham sido afetados por fatores sazonais, a maioria dos bancos continuou a registrar uma tendência descendente. Além disso, as empresas abrangidas pela nossa cobertura concentraram-se na melhoria da eficiência, o que teve um impacto positivo nos seus resultados;
- Os bancos incumbentes registraram números que estavam, em grande medida, em linha com os seus guidances;
- No segmento de mercado de capitais, as receitas mantiveram-se resilientes, com destaque para o BR Partners;
- Além disso, os Neobanks apresentaram melhorias sequenciais em suas operações, levando a melhores resultados. Em relação ao Nubank, a qualidade de crédito se deteriorou, e há incertezas sobre a sustentabilidade e qualidade de seus resultados nos próximos trimestres;
- No geral, mantemos uma visão positiva sobre o setor e mantemos ITUB4 (Top Pick), BRBI11 e INBR32 como nossos nomes preferidos. Também mantemos uma visão positiva sobre o Banco do Brasil após seu forte guidance para 2024;
- Embora Nu e BTG tenham sustentado uma dinâmica positiva de ganhos, seus altos valuations ainda justificam alguma cautela;
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Bancos | Data Expert: Dados mensais de crédito (Abril/2024); Análise dos dados do Banco Central
- Os dados de crédito do Bacen referentes a abril, divulgados hoje (27), continuaram a mostrar sinais positivos para o setor financeiro, com aceleração da expansão do saldo de crédito em relação ao ano anterior. Embora tenha havido um ligeiro aumento na inadimplência, houve uma redução na inadimplência em uma base anual por mais um mês, reforçando nossa crença na reversão da tendência;
- Os números de abril vieram em linha com a política monetária em curso, em que a redução da taxa de juro básica da economia aumenta a probabilidade de aceleração do saldo e das originações, mantendo os NPLs sob controle. Como resultado, mantemos a nossa visão de que 2024 poderá ter um desempenho superior a 2023, com um crescimento saudável do crédito combinado com uma melhor qualidade do crédito;
- O saldo do crédito registou um crescimento de 8,7% A/A, dentro do intervalo sugerido pelos guidances fornecidos pelos grandes bancos para 2024. As taxas de juro diminuíram sequencialmente e em termos anuais. Os NPLs permaneceram relativamente estáveis em termos mensais. Em comparação com 2023, os NPL diminuíram 19 pontos base, indicando uma redução ligeiramente maior numa base anual em comparação com o mês anterior (-5 pontos base em março);
- Assim, mantemos uma perspectiva positiva para os grandes bancos e continuamos a preferir o Itaú (ITUB4) na nossa cobertura;
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Intelbras (INTB3): Tudo pronto para a decolagem? Update do modelo
- Estamos atualizando nossas estimativas para incorporar os resultados do 1T24 e novas projeções em todos os segmentos de negócios. No 1T24, a Intelbras apresentou resultados mistos, com um crescimento fraco da receita em todos os segmentos. No entanto, o mercado reagiu positivamente à recuperação do lucro líquido e à maior margem EBITDA, resultando em uma valorização de 22% no preço das ações desde então. Como resultado, estamos ajustando nossas estimativas;
- Estamos reduzindo nossas estimativas de receita em todos os segmentos, com uma nova estimativa de CAGR de receita para 2023-26e de +12% (de +15% anteriormente) e aumentando nossa margem EBITDA em +50+40+50bps em nossas estimativas de 2024-25-26;
- Vemos a INTB3 atualmente negociando a múltiplos EV/EBITDA e P/E de 10,7x e 12,6x, respectivamente, para 2024E. No geral, reiteramos nossa recomendação de Compra e mantemos nosso preço-alvo para o final de 2024 em R$ 29,0/ação.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Conselho reduz para 1,66% ao mês teto de juros do crédito consignado para beneficiários do INSS (Estadão);
- Nubank e Itaú disputam cabeça a cabeça qual é o banco mais valioso (Valor);
- BC: Estoque de crédito sobe 0,2% em abril, para R$ 5,894 trilhões (Valor);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Shein e Shopee garantem que nacionalização das vendas é prioridade (Diário do Comércio);
- Haddad diz que tema da taxação de compras até US$ 50 está ‘polarizado’ e defende debate técnico (Estadão);
- Mudanças climáticas tendem a reduzir apostas do varejo em peças de inverno (Estadão);
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- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Planos de saúde: Lira convoca relator de projeto que atualiza lei do setor para reunião nesta terça-feira (O Globo);
- Setor de saúde segue enfrentando desafios este ano, diz Fitch (Valor Econômico);
- ANS atualiza dois conjuntos de dados abertos (ANS);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Empréstimos pelo MCMV dobram em um ano e incorporadoras aguardam suplementação (Valor);
- Vendas de imóveis sobem 6% no 1º trimestre de 2024 puxadas pelo Minha Casa Minha Vida (CBIC);
- Setor de materiais de construção retoma atividades no RS (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Sabesp assina contrato de concessão com grupo de cidades de São Paulo (Folha de S. Paulo);
- MME deve propor em agosto a abertura total do mercado livre (Epbr);
- Consumo de energia no Brasil aumenta 10,4% em abril, maior alta em 5 meses, diz CCEE (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Focus: Rating firms cautious ratifying some private credit loans (Reuters);
- Galípolo: ‘Cabe ao BC colocar o juro em patamar restritivo o suficiente para perseguir a meta’ (Estadão);
- Light já tem quórum para aprovar plano da RJ em assembleia (Valor Econômico);
- Moody’s Local atribui ao Banco Inter S.A. o Rating de AA+.br com perspectiva estável (Moody’s Local);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FII vende galpão logístico em Guarulhos por R$ 126 milhões; saiba mais (FIIs);
- KNCR11: 2º maior fundo imobiliário do mercado faz nova emissão de cotas (Valor Investe);
- FIIs: Todos os setores recuam na semana passada (Investing);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
UE aprova limite de emissões de metano às importações de gás a partir de 2030 | Café com ESG, 28/05
- O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território misto, com o IBOV avançando 0,15%, enquanto o ISE andou de lado (0,01%);
- No Brasil, (i) o Banco Central tem se preocupado com o resultado cumulativo dos eventos climáticos, segundo o presidente, Roberto Campos Neto – o dirigente ressaltou que o crescimento do número de anomalias climáticas influencia muito a decisão do BC, reforçando que eventos extremos podem desorganizar preços de alimentos, logística e até o sistema financeiro; e (ii) investidores interessados na privatização da Sabesp têm negociado com o governo de São Paulo mudanças no formato final da desestatização – um dos pleitos é ampliar o poder de controle do acionista de referência, que terá 15% das ações e um terço do conselho de administração;
- No internacional, os países da União Europeia aprovaram hoje uma lei para impor limites de emissões de metano às importações de petróleo e gás da Europa a partir de 2030, pressionando os fornecedores internacionais a reduzir suas emissões – o limite exato será definido pela Comissão Europeia até 2030;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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