Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de segunda-feira em território misto, com o IBOV avançando 0,15%, enquanto o ISE andou de lado (0,01%).
• No Brasil, (i) o Banco Central tem se preocupado com o resultado cumulativo dos eventos climáticos, segundo o presidente, Roberto Campos Neto – o dirigente ressaltou que o crescimento do número de anomalias climáticas influencia muito a decisão do BC, reforçando que eventos extremos podem desorganizar preços de alimentos, logística e até o sistema financeiro; e (ii) investidores interessados na privatização da Sabesp têm negociado com o governo de São Paulo mudanças no formato final da desestatização – um dos pleitos é ampliar o poder de controle do acionista de referência, que terá 15% das ações e um terço do conselho de administração.
• No internacional, os países da União Europeia aprovaram hoje uma lei para impor limites de emissões de metano às importações de petróleo e gás da Europa a partir de 2030, pressionando os fornecedores internacionais a reduzir suas emissões – o limite exato será definido pela Comissão Europeia até 2030.
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Brasil
Empresas
Vale e BNDES lançam edital para fundo de investimento em projetos de minerais estratégicos
“A Vale e o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) lançaram um edital para selecionar um fundo de investimento focado em projetos de pesquisa, desenvolvimento, implantação ou operação de ativos de minerais estratégicos para transição energética e descarbonização e minerais fertilizantes. Segundo a Vale, o edital tem o objetivo de estimular atividades de pesquisa e exploração mineral no Brasil, e prevê que a BNDES Participações e a Vale irão subscrever cotas no valor mínimo de R$ 100 milhões e máximo de R$ 250 milhões, observado o percentual máximo de 25% de participação para cada uma no capital comprometido total do fundo. Após a definição do fundo gestor, que deverá ocorrer até o início de outubro de 2024, o investimento será submetido à aprovação das alçadas competentes dos cotistas âncoras, com aportes a serem realizados conforme as necessidades do fundo de investimento, diz a Vale. “Este acordo reforça nosso compromisso de apoiar a exploração e produção de minerais estratégicos no Brasil e fomentar futuras parcerias”, afirma o presidente da Vale, Eduardo Bartolomeo. “O fundo contribui diretamente para os objetivos estratégicos do governo do presidente Lula de expandir a capacidade produtiva da indústria brasileira por meio da produção e da adoção de insumos, inclusive materiais e minerais críticos”, diz o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.”
Fonte: Valor Econômico, 27/05/2024
Investidores pedem ao governo ajustes na privatização da Sabesp
“Investidores interessados na privatização da Sabesp têm negociado com o governo de São Paulo mudanças no formato final da desestatização, apurou o Valor. Um dos pleitos é ampliar o poder de controle do acionista de referência, que terá 15% das ações e um terço do conselho de administração. Uma questão é o limite de voto, que ficou estabelecido em 30% – a demanda é por ampliar para 35%, que representa a participação conjunta do acionista de referência e do Estado. Nas próximas duas semanas, deverá haver rodadas de negociação, em que poderão ser feitos ajustes. A expectativa é que o prospecto preliminar da oferta pública saia no fim de junho e que a operação ocorra em julho.”
Fonte: Valor Econômico, 28/05/2024
Preferia que investimento em energia limpa não fosse feito pela Cemig, diz vice-governador de MG
“O vice-governador de Minas Gerais, Mateus Simões, disse a jornalistas que a Cemig deveria concentrar seus investimentos na melhoria da distribuição de energia no Estado, e não investir em geração de energia limpa. O vice-governador participa da abertura da terceira reunião do Grupo de Trabalho de Transição Energética do G20, que começa nesta segunda-feira (27) em Belo Horizonte e vai até quarta-feira, representando o governo do Estado. “Nós temos que lembrar que o papel essencial da Cemig é na distribuição. Temos 99,5% de geração limpa em Minas Gerais. (…) Eu preferia que [novos investimentos em geração de energia limpa] não fossem feitos pela Cemig. A Cemig precisa investir mais em subestações, em rede trifásica”, afirmou Simões. O vice-governador observou que o mercado é aberto e o Estado já recebe investimentos pesados em geração de energia fotovoltaica. “Temos que voltar a pensar em geração de energia hidrelétrica no Estado “, acrescentou. O vice-governador disse que estudos indicam que o Estado pode dobrar a capacidade de geração de energia hidrelétrica, sem a necessidade de investir em grandes barragens, como foi feito no passado.”
Fonte: Valor Econômico, 27/05/2024
“Uma das principais dificuldades associadas às fontes renováveis no Brasil, a dependência do clima para a geração, pode estar próxima de uma solução, conforme as empresas de diferentes perfis se movimentam para estocar em baterias a energia gerada pelas usinas eólicas e solares. As companhias interessadas veem no leilão de reserva de capacidade deste ano a primeira grande oportunidade para o armazenamento ganhar espaço no país. A inclusão do armazenamento no certame está em análise e a decisão final será do Ministério de Minas e Energia (MME). A Empresa de Pesquisa Energética (EPE) também trabalha na análise dos prós e contras da contratação das baterias no leilão. A decisão será tomada em breve – na sexta (24/5), um seminário técnico discutiu o tema com empresas e associações. “É uma questão de construir as condições de segurança jurídica”, afirmou o secretário executivo de transição energética e planejamento do Ministério de Minas e Energia (MME), Thiago Barral, em recente audiência pública na Comissão de Minas e Energia da Câmara dos Deputados. O objetivo do leilão é contratar geração despachável para o sistema, ou seja, a disponibilidade necessária para atender à carga. Desse modo, seria inviável a participação da geração eólica e solar. São as chamadas fontes variáveis, que dependem da frequência dos ventos e da insolação para gerar energia.”
Fonte: Epbr, 27/05/2024
FS atesta que captura de carbono é viável
“A produtora de etanol de milho FS Agrisolutions, controlada pelo Summit Agricultural Group, dos Estados Unidos, informou que testes comprovaram a viabilidade geológica de seu projeto de injeção de gás carbônico no solo em Lucas do Rio Verde (MT). Maior produtora de etanol de milho do Brasil, a empresa aguarda agora a definição regulatória e uma avaliação de mercado para dar início ao primeiro projeto no Brasil de captura e estoque de carbono no solo, considerada uma das soluções para a mitigação do aquecimento global. “Nas ultimas semanas conseguimos comprovar que há viabilidade geológica para fazer injeção do CO2 no site de Lucas do Rio Verde”, afirma Rafael Abud, CEO da FS. Os testes mostraram que há viabilidade para a companhia poder injetar no solo toda a sua emissão atual de carbono na planta, de 423 mil toneladas ao ano. A injeção, de forma líquida, ocorreria por 30 anos, o que resultaria em uma estocagem de 12 milhoes de toneladas de carbono no subsolo. Após as três décadas, será preciso fazer novos testes para analisar a viabilidade de seguir com a atividade. Os estudos identificaram uma camada de rocha selante com características compatíveis para a manutenção do gás no subsolo, além de uma camada inferior de rocha porosa com características adequadas para armazenar o gás carbono de forma líquida.”
Fonte: Valor Econômico, 28/05/2024
Eventos climáticos extremos podem desorganizar preços e até sistema financeiro, diz presidente do BC
“O Banco Central tem se preocupado com o resultado cumulativo dos eventos climáticos, disse o presidente do BC, Roberto Campos Neto, em evento do Lide, em São Paulo. “Cada ano que passa essa média está mais elevada em termos de [frequência de] anomalias e de temperaturas”, afirmou. Segundo Campos Neto, esse crescimento do número de anomalias climáticas “influencia muito a decisão do BC”. O dirigente ressaltou que eventos extremos podem “desorganizar preços de alimentos, logística e até o sistema financeiro”. Sobre as chuvas no Rio Grande do Sul, Campos Neto avaliou que o evento pode impactar a inflação, mas não no curto prazo. Em um cenário mais grave, em caso de pressão sobre alimentos e efeitos de queda de atividade econômica, estudos indicam um impacto de 0,6 ponto no IPCA. Segundo o presidente do BC, o Rio Grande do Sul representa 6,5% do PIB e 12,7% do PIB do agro. “O que parece que tem maior peso é o arroz e o trigo, a boa notícia é que quase toda a colheita de arroz tinha terminado [quando começaram as enchentes] e não temos efeitos de curto prazo”. O tema mais importante entre os investidores globais continua sendo a inflação, afirmou Campos Neto, no evento do Lide. Segundo ele, há uma preocupação pelo fato de o processo de desinflação ter ficado mais lento e de dúvidas sobre de onde virão os impulsos para que a queda cumpra a “última milha”. “A inflação está na última milha e ninguém ganha corrida sem correr essa última milha”, disse. “Esse tem sido um tema de grande debate entre os BCs mundiais”, complementou.”
Fonte: Valor Econômico, 27/05/2024
Vibra (VBBR3) celebra reconhecimento em ESG, com 6 ações de destaque em 2023
“A Vibra Energia (VBBR3) detalhou nesta segunda-feira (27), as ações e iniciativas sustentáveis que desenvolveu ao longo do ano de 2023, além de destacar as principais atividades realizadas no primeiro trimestre de 2024, com um relatório sobre os períodos. O Relatório de Sustentabilidade 2023 da Vibra apresenta suas adesões a diversas iniciativas e pactos, como o Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU), o Pacto Nacional pela Erradicação do Trabalho Escravo, o Conselho Empresarial Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (CEBDS), o Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, o Movimento Transparência 100%, o Movimento Conexão Circular do Pacto Global da ONU, o Programa Na Mão Certa e o Programa Laço Amarelo. “O lançamento deste relatório reafirma o compromisso da Vibra Energia com a transparência, a sustentabilidade e o alinhamento às melhores práticas globais em ESG. A empresa continua a se esforçar para liderar com responsabilidade, promovendo iniciativas que beneficiem a sociedade e o meio ambiente enquanto sustenta seu crescimento e sucesso no setor energético’, destaca a empresa.”
Fonte: SpaceMoney, 27/05/2024
Acelen quer exportar SAF a partir de 2027, diz Yuri Orse
“A Acelen Renováveis planeja iniciar a exportação de combustível sustentável de aviação (SAF, na sigla em inglês) a partir de 2027, afirmou Yuri Orse, diretor da cadeia de renováveis da empresa, nesta segunda (27/5), ao estúdio epbr durante o evento ESG Energia e Negócios, promovido pelo IBP. “Estamos prontos para contribuir com o mercado global de SAF e diesel renovável a partir de 2027”, afirmou Orsi, destacando que a capacidade de produção será de um bilhão de litros por ano. “Esse volume é além do que o mercado brasileiro pretende ter no início de 2027. Então, a gente tem uma atuação já de imediato como um player global exportando para outros mercados.” A empresa está investindo mais de US$ 3 bilhões na primeira fase do projeto, que inclui o cultivo de macaúba em 200 mil hectares e a construção de uma planta de biorefino. O executivo explicou que a macaúba é uma planta nativa brasileira com alta produtividade de óleo, ideal para a produção de biocombustíveis como o SAF e o diesel renovável. O Centro de Desenvolvimento Tecnológico da Macaúba, em Montes Claros, Minas Gerais, será inaugurado no segundo semestre deste ano. “Este centro será crucial para a escalabilidade da cultura de macaúba, desde o manejo agrícola até o processamento do fruto”, disse Orse. Além do biocombustível, a Acelen Renováveis planeja expandir seus investimentos em mais de US$ 13 bilhões, explorando outras oportunidades no mercado de carbono e desenvolvimento de coprodutos da macaúba, como biochar e hidrogênio verde.”
Fonte: Epbr, 27/05/2024
Banco do Brasil capta US$ 100 milhões em operação ligada a sustentabilidade
“O Banco do Brasil captou US$ 100 milhões em uma operação internacional denominada “Triple Sustainable Repo”, realizada junto ao banco de investimento francês Natixis. Segundo o BB, trata-se da primeira operação deste tipo no mundo, combinando três elementos sustentáveis em uma única transação. Um destes elementos se refere ao uso dos recursos captados. Eles serão destinados ao refinanciamento da carteira de crédito sustentável do BB, com foco especial em projetos de moradia social. Outro elemento é o compromisso público e com metas concretas em padrões ambientais, sociais e de governança. No seu Framework de Dívidas Vinculadas à Sustentabilidade, o BB se compromete a aumentar seus investimentos em negócios sustentáveis, visando atingir R$ 320 bilhões até o fim de 2030, do nível de R$ 207 bilhões no fechamento de 2023. Por fim, o título público sustentável emitido pelo governo brasileiro em novembro do ano passado é utilizado na operação como “colateral”, ou seja, como garantia que fortalece a segurança da operação. Daniel Bogado, diretor da tesouraria global do BB, diz que além do ineditismo e do custo atrativo, a transação reforça a importância do Brasil para o mercado global de finanças sustentáveis.”
Fonte: Valor Econômico, 27/05/2024
Política
“O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira (PSD), disse, nessa segunda-feira (27), que é contra a criação de um mandato para o diesel coprocessado da Petrobras no âmbito do projeto Combustível do Futuro, que está em discussão no Senado. O ministro acrescentou que o governo busca estimular investidores a criar novas indústrias de biodiesel no país para fazer o mercado de combustíveis renováveis avançar. “A Petrobras já é monopolista e ela já tem musculatura suficiente para não precisar de mandato. Queremos, além de descarbonizar, estimular novos investimentos. Essa nova indústria é menor, são investidores menores, eles precisam captar recursos no mercado financeiro e têm mais dificuldade para isso que a Petrobras”, afirmou o ministro. Silveira acrescentou que o investimento no coprocessado da Petrobras é “importantíssimo” e será competitivo financeiramente para a empresa no futuro. Mas não pode competir com biodiesel e nem com o diesel verde. A Petrobras defende que seu diesel R, que tem 5% de óleos renováveis, dispute um mandato de 3% de biocombustíveis avançados.”
Fonte: Valor Econômico, 27/05/2024
Internacional
Empresas
Perto do Círculo Polar Ártico, autoridades alertam para calor intenso
“O Instituto Meteorológico da Finlândia emitiu, nesta segunda-feira, 27, um alerta de calor intenso, depois do país ter experimentado dias extraordinariamente quentes em maio. As temperaturas em boa parte da Finlândia, cuja região norte fica sobre o Círculo Polar Ártico, devem superar os 27°C a partir desta terça-feira, informou a instituição. “Esta é provavelmente a primeira vez na história em que emitimos em alerta de onda de calor em maio”, disse à AFP Iiris Viljamaa, do Instituto Meteorológico da Finlândia, acrescentando que esses alertas normalmente são emitidos no mínimo em junho. O objetivo do alerta finlandês é avisar as pessoas sobre o aumento dos riscos associados às temperaturas durante o dia, que tem chegado aos 27ºC. Especialmente os idosos, pessoas com doenças crônicas, deficiências, bebês e crianças pequenas são aconselhados a se proteger do calor, advertiu o Instituto Finlandês de Saúde e Bem-Estar em um comunicado. “Na Finlândia, estamos acostumados com o frio e as pessoas já começam a desenvolver alguns problemas de saúde nesse tipo de clima (quente)”, disse Viljamaa. Os cientistas afirmam que as ondas de calor recorrentes são um marcador claro do aquecimento global e que esses fenômenos devem se tornar mais frequentes, longos e intensos. “O clima finlandês sempre apresentou alterações meteorológicas, mas agora as mudanças climáticas estão aumentando esse tipo de fenômeno”, disse à AFP a meteorologista Leena Laakso.”
Fonte: Exame, 27/05/2024
Amazon aposta em inteligência artificial para desafios de ESG
“A Amazon está ampliando o uso de inteligência artificial (IA) para encontrar soluções para desafios ambientais, sociais e de governança, afirmou Werner Vogels, diretor de tecnologia da bigtech durante palestra na VivaTech, um dos principais eventos de startups e tecnologia na Europa, que ocorreu entre 22 e 25 de maio em Paris. De acordo com o doutor em ciências da computação pela Universidade Livre de Amsterdã, os avanços da IA podem revolucionar vários setores, da saúde ao gerenciamento de energia. Entre os exemplos abordados pelo executivo da Amazon, estão mudanças climáticas, segurança alimentar, enfrentamento à pobreza, e detecção do câncer logo nos primeiros sinais da doença. Ele também destacou a necessidade de administração e responsabilidade contínuas, as quais encoraja o aumento da cooperação entre o governo, a indústria e as empresas. E defendeu que primeiro é preciso encontrar os dados e depois projetar a abordagem de IA. A Amazon usa a tecnologia de inteligência artificial há 25 anos, aplicada sobretudo à experiência de compra dos clientes. Ultimamente, utiliza a IA também para aumentar a eficiência energética e reduzir as emissões de carbono da companhia. A empresa integrou a inteligência artificial com os sistemas de armazenamento de baterias e instalações solares para otimizar a distribuição de eletricidade. Os modelos preditivos ajudam a determinar os melhores momentos para distribuir energia à rede ou armazená-la em baterias, aumentando assim a eficiência do uso de energia renovável. Tal abordagem faz parte da estratégia da empresa para cumprir a sua meta net zero, ou seja, chegar a emissões líquidas zero de carbono até 2040. E pode servir de modelo para outras empresas que se comprometeram a reduzir a sua pegada ambiental.”
Fonte: CNN, 28/05/2024
Política
UE aprova lei para aumentar a produção doméstica de tecnologia verde
“Os governos da União Europeia aprovaram formalmente na segunda-feira uma nova lei destinada a garantir que o bloco produza 40% dos seus painéis solares, turbinas eólicas, bombas de calor e outros equipamentos de tecnologia limpa e a ajudar a indústria europeia a competir com os rivais dos EUA e da China. A Lei da Indústria Net Zero (NZIA) entrará em vigor no próximo mês ou no início de julho, assim que for assinada pelos presidentes do Parlamento Europeu e do Conselho e publicada no jornal oficial da UE. A lei é uma peça central do esforço da UE para garantir que não é apenas um líder global na redução das emissões de gases com efeito de estufa, mas também na produção da tecnologia necessária. A Europa depende cada vez mais da China, que deverá ter 80% da capacidade global de produção de energia solar. A UE também teme que os 369 mil milhões de dólares em subsídios verdes previstos na Lei de Redução da Inflação dos EUA possam motivar os produtores europeus a deslocalizarem-se. O bloco estabeleceu uma meta para 2030 de produzir 40% dos produtos necessários para reduzir as emissões de gases de efeito estufa. Estas abrangerão energias renováveis, energia nuclear, bombas de calor, eletrolisadores e outras tecnologias de descarbonização, incluindo a captura de carbono. A UE também pretende atingir 15% da produção mundial destas tecnologias até 2040. A NZIA propõe simplificar a concessão de licenças para projetos que impulsionem a produção na UE, garantindo que a maioria seja emitida dentro de seis a nove meses. As autoridades públicas que compram produtos de tecnologia limpa terão de basear as suas escolhas não apenas no preço, mas também com uma ponderação de 30% na sustentabilidade e resiliência de uma oferta – o grau em que a UE depende do fornecimento de um único país terceiro.”
Fonte: Reuters, 27/05/2024
UE aprova lei para limitar as importações de gás com limite de emissões de metano
“Os países da União Europeia aprovaram na segunda-feira uma lei para impor limites de emissões de metano às importações de petróleo e gás da Europa a partir de 2030, pressionando os fornecedores internacionais a reduzir as fugas do potente gás com efeito de estufa. O metano é o principal componente do gás natural que os países queimam em usinas de energia e para aquecer residências. É também a segunda maior causa das alterações climáticas, depois do dióxido de carbono, e alimenta o aquecimento global quando escapa para a atmosfera através de oleodutos e gasodutos e infra-estruturas com fugas. Os ministros da agricultura dos países da UE – que, tal como todos os ministros, têm o poder de aprovar leis sobre qualquer assunto – deram a aprovação final dos seus governos à política numa reunião em Bruxelas, o que significa que esta pode agora entrar em vigor. Apenas a Hungria votou contra. A partir de 2030, a UE imporá “valores máximos de intensidade de metano” aos combustíveis fósseis colocados no mercado europeu. A Comissão Europeia definirá os limites exatos do metano até essa data. Os importadores de petróleo e gás que desrespeitem o limite poderão enfrentar sanções financeiras. As regras de importação provavelmente afetarão os principais fornecedores de gás, como os EUA, a Argélia e a Rússia. Moscovo reduziu as entregas para a Europa desde a invasão da Ucrânia em 2022 e desde então foi substituída como o maior fornecedor de gás gasoduto da Europa pela Noruega, cujo fornecimento tem uma das mais baixas intensidades de metano do mundo.”
Fonte: Reuters, 27/05/2024
Janet Yellen alerta empresas para não dependerem de créditos de carbono para salvar o clima
“As empresas devem dar prioridade à redução das suas emissões de carbono e não depender da compra de créditos de carbono para salvar o clima, dirá na terça-feira a secretária do Tesouro dos EUA, Janet Yellen. As observações surgem no momento em que ela revela novas diretrizes para créditos voluntários de carbono, que são populares entre as empresas que procuram compensar as suas emissões, mas que atraíram críticas por não conseguirem cumprir as remoções de carbono que prometem. Yellen dirá que a administração Joe Biden quer que os mercados de créditos de carbono “tenha sucesso”, mas apelará a um “compromisso com a integridade” por parte dos promotores que vendem os créditos e das empresas que os compram para compensar as suas emissões. “Os compradores empresariais devem dar prioridade à redução das suas próprias emissões, especialmente através do planeamento de transição, da adoção de metas líquidas zero e da comunicação transparente sobre o progresso”, dirá Yellen. “A participação em [mercados voluntários de carbono] deve complementar estes esforços.” Os créditos adquiridos devem representar reduções reais de emissões ou remoções de carbono. “Até o momento, vimos muitos exemplos em que os créditos não atendiam a esses critérios”, acrescenta ela. Vários projetos foram criticados por imprecisões nos seus métodos de contagem de carbono.”
Fonte: Financial Times, 28/05/2024
Índices ESG e suas performances
(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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