IBOVESPA -0,5% | 109.717 Pontos
CÂMBIO 1,3% | 5,16/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Mercados amanhecem em alta, com investidores avaliando dados e tentando traçar a trajetória da política monetária e do crescimento econômico americano. No Brasil, a sexta-feira conta com agenda esvaziada, após uma intensa divulgação de resultados das empresas ontem. Na agenda internacional, teremos o índice de confiança do consumidor medido pela Universidade de Michigan nos EUA.
Brasil
O Ibovespa encerrou uma sequência de sete pregões de alta nesta quinta-feira (11), caindo 0,47%, aos 109.717 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira, em parte, acompanhou o movimento visto no exterior. Os juros futuros fecharam a quinta-feira em alta nos vencimentos intermediários e longos, refletindo ajuste às quedas recentes nos prêmios de risco e estimulados ainda pela alta do dólar e das taxas dos títulos globais, apesar da inflação no atacado nos Estados Unidos ter ficado abaixo do esperado. DI jan/23 fechou em 13,715%; DI jan/24 em 12,935%; DI jan/25 em 11,93%; DI jan/27 encerrou em 11,755%; e DI jan/29 em 11,97%.
Mundo
Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +0,4% e Europa +0,2%) impulsionadas por mais sinais de arrefecimento nos dados de inflação. Nesta quinta-feira, o PPI (inflação ao produtor) americano contraiu -0,5% mês contra mês vs. uma alta de 0,2% esperada pelo consenso do Dow Jones. Os novos números contribuem para a narrativa de que o problema da inflação nos EUA pode não ser tão grave quanto o antecipado e, o Federal Reserve talvez tenha espaço para desacelerar o ciclo de alta na taxa de juros. O otimismo do mercado já catalisou uma entrada de fundos semanal em torno de US$ 11 bilhões em ações americanas, o maior volume registrado das últimas 8 semanas, segundo a EPFR Global Data. Na China, o índice de Hang Seng (+0,5%) encerra em alta, acompanhando os pares globais. Além disso, a próxima semana será movimentada com resultados relevantes na China, como o da Tencent e NetEase. Por outro lado, dados do PIB de Hong Kong sugerem que a cidade está em uma recessão técnica, ao registrar contração econômica pelo segundo trimestre seguido. Ainda assim, a queda de -1,3% no trimestre vs. o mesmo período do ano anterior, indica uma desaceleração na margem da contração econômica vs. o dado do trimestre anterior de -3,9%.
Índice de preços ao produtor nos EUA
O índice de preços ao produtor, também conhecido como PPI, dos EUA recuou 0,5% em julho na comparação com junho. No acumulado em 12 meses, o PPI desacelerou de 11,3% em junho para 9,8% em julho. O resultado veio muito melhor que o esperado pelo mercado, pois o consenso Refinitiv projetava uma alta mensal de 0,2% e anual de 10,4%. A queda no PPI elevou apostas nos mercados futuros de que o Fed aumentará as taxas em 50 pontos-base em setembro, em vez de 75 pontos-base, como esperado mais cedo na semana. Contudo, a percepção ainda é de que o banco central dos Estados Unidos precisa aumentar agressivamente os juros para domar totalmente a inflação.
Setor de serviços no Brasil
No Brasil, a receita real do setor de serviços cresceu 0,7% em junho em relação a maio, acima da nossa expectativa e do consenso de mercado (ambos em 0,4%). A taxa de crescimento de maio foi revisada para baixo para 0,4% de 0,9%, como esperado. A atividade de serviços cresceu 6,3% em relação a junho de 2021. A leitura de junho trouxe sinais positivos para as atividades de serviços, uma vez que quatro dos cinco grupos monitorados pelo IBGE aumentaram mensalmente. E a maioria das atividades de serviços cresceu no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre (4 de 5), reforçando a visão de uma recuperação sólida no setor terciário. Segundo nossas projeções, a economia brasileira deve crescer 2,2% em 2022. Atribuímos um leve viés de alta a essa projeção.
Veja todos os detalhes
Agenda de Resultados
Brisanet (BRIT3): Após o fechamento
Cia Energetica de Minas Gerais (CMIG4): Após o fechamento
M. Dias Branco (MDIA3): Após o fechamento
Cosan (CSAN3): Após o fechamento
Economia
Economia britânica cai no 2T22; setor de serviços mostra recuperação sólida no Brasil
- No Reino Unido, o PIB caiu 0,1% no segundo trimestre, um resultado ligeiramente melhor do que os 0,2% esperados, mas uma queda acentuada em relação ao ganho de 0,8% registrado no trimestre anterior. A economia cresceu por cinco trimestres consecutivos desde a segunda onda da pandemia, mas deve entrar em uma longa recessão ainda este ano, já que o aumento global dos preços da energia após a invasão da Ucrânia pela Rússia pressiona intensamente os gastos das famílias;
- Na zona do euro, a produção industrial mensal aumentou 0,7, abaixo da leitura revisada para cima de 2,1% em maio. Economistas esperavam alta de 0,2%. Em base anualizada, o número saltou 2,4%, também bem acima das projeções de 0,8%. A desaceleração na produção de bens de consumo não duráveis foi parcialmente compensada pelo fortalecimento do setor de bens de capital;
- Como dados relevantes de hoje, teremos a confiança do consumidor medida pela Universidade de Michigan e, mais importante, as expectativas sobre a inflação de 1 ano e de 5-10 anos;
- No Brasil, a receita real do setor de serviços cresceu 0,7% em junho em relação a maio, acima da nossa expectativa e do consenso de mercado (ambos em 0,4%). A taxa de crescimento de maio foi revisada para baixo para 0,4% de 0,9%, como esperado. A atividade de serviços cresceu 6,3% em relação a junho de 2021. A leitura de junho trouxe sinais positivos para as atividades de serviços, uma vez que quatro dos cinco grupos monitorados pelo IBGE aumentaram mensalmente. E a maioria das atividades de serviços cresceu no segundo trimestre em relação ao primeiro trimestre (4 de 5), reforçando a visão de uma recuperação sólida no setor terciário. Segundo nossas projeções, a economia brasileira deve crescer 2,2% em 2022. Atribuímos um leve viés de alta a essa projeção;
- A Petrobrás reduziu o preço do diesel nas distribuidoras em 4% ontem, segunda queda em menos de um mês, com impacto de apenas -1bp no IPCA.
Empresas
JBS (JBSS3): a diversificação mostra sua força
- Resiliência rara da JBS traz destaque para a companhia entre os player de commodities, que tem uma característica cíclica;
- A JBS (JBSS3) reportou números mistos no 2T22, porém o resultado em geral foi forte. O resultados vieram positivos no Brasil (superando as expectativas em Seara, abaixo do esperado em Friboi), enquanto os EUA também foram positivos (em linha para o segmento de carne bovina, números fortes em carne suína);
- A estratégia multi-proteína e multi-geográfia da companhia está “pagando a conta”, uma vez que, enquanto as margens de carne bovina nos EUA estão acomodando, Friboi e carne bovina da Austrália melhoram e o forte momentum para PPC e Seara contribuem para atenuar a queda de carne bovina;
- Apesar da crescente preocupação com uma recessão global, com a perspectiva de preços mais baixos para grãos, a atuação global, juntamente com um portfólio de produtos cada vez mais diverso, deve fornecer uma resiliência rara para um player de commodities em um setor normalmente cíclico, o que destacamos como positivo;
- Continuamos otimistas sobre a capacidade da JBS de arbitrar diferentes ciclos e uma base de consumidores diversificada, reiterando JBSS3 como nossa principal escolha no setor de proteínas com uma recomendação de compra e preço-alvo de 51,8/ação para 2022.
- Para ler a análise dos resultados e ver os números, leia o relatório completo.
Vitrine XP – Resultados do 2T22: Americanas, Arezzo&Co, Enjoei, Magazine Luiza, Natura&Co, Via e Vivara divulgam seus resultados do 2T22
- Tivemos oito empresas reportando resultados do 2T22 hoje;
- Os destaques positivos foram Arezzo&Co., Grupo Mateus e Vivara, enquanto players de e-commerce e Natura&Co. se destacaram negativamente;
- Clique aqui para acessar os relatórios.
brMalls (BRML3) – Resultados do 2T22: Números sólidos auxiliados pela venda do Shopping Uberlândia
- A brMalls apresentou resultados sólidos conforme o esperado no 2T22, principalmente devido ao forte crescimento do aluguel mesmas lojas (SSR) de 33,2% vs. 2019. Como resultado, a receita de locação acelerou para R$ 258 milhões (+19,6% vs. 2019 e +26,7 % A/A), mantendo custos de ocupação saudáveis de 10,6% e inadimplência líquida de -1,4%, levando a um resultados de PDD de R$ 6,9 milhões. Dito isso, a receita líquida foi de R$ 356 milhões (+22,9% vs. 2019 e +36,1% A/A), principalmente em linha com nossas estimativas;
- o EBITDA ajustado foi de R$ 328 milhões, beneficiado pela venda de 30% do Shopping Uberlândia. Dito isso, excluindo o efeito da venda de R$ 91,7 milhões, o EBITDA ajustado atingiu R$ 237 milhões (+69% A/A e -7% T/T), estável em relação à nossas estimativas. Com isso, o FFO ajustado, excluindo o efeito da venda de ativos de R$ 55,9 milhões, atingiu R$ 128 milhões (+86,2% A/A e +23,2% T/T), acima de nossas estimativas de R$ 105 milhões, apesar das maiores despesas financeiras (+70,7% vs. 2019 e +65,6% A/A), devido a maiores taxas de juros no trimestre;
- No balanço, a alavancagem (LTM) reduziu significativamente para 2,4x vs. 3,2x no 1T22, devido à geração de caixa de R$ 307mn com a venda do Shopping Uberlândia;
- Dito isso, mantemos nosso rating de compra para BRML3 com TP de R$ 12,00/ação;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
BR Partners (BRBI11): Resultados Sólidos, Como Esperado | Revisão 2T22
- O BR Partners (BRBI11) apresentou resultados sólidos no 2T22, que vieram em linha com nossas estimativas e beneficiados pela crescente diversificação de fontes de receita. Isso permitiu que o banco apresentasse números resilientes, apesar do ambiente pouco ideal para a atividade de DCM e M&A;
- Embora não esperemos que isso seja um gatilho para a ação, reiteramos nossa visão positiva sobre o papel e reiteramos nosso recomendação de Compra (TP de R$ 17,00/unit);
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Azul (AZUL4) – 2T22: Receita Recorde Parcialmente Compensada por Ambiente de Custos Difícil; Neutro
- A Azul apresentou resultados mistos no 2T22, com EBITDA de R$ 615 milhões (vs –R$ 51 milhões no 2T21 e +4% no trimestre);
- A forte combinação de demanda recuperada (RPKs +64% A/A) e preços unitários mais altos (rendimentos +53% A/A) levou a receita da empresa a R$ 3,9 bilhões (+131% A/A), com o RASK também melhorando significativamente (+44% A/A);
- A companhia destaca consideráveis ajustes tarifários e iniciativas de redução de custos fixos para fazer frente ao ambiente de aumento de custos, principalmente no que diz respeito aos preços dos combustíveis – mesmo assim, a rentabilidade foi pressionada no período (margem EBITDA ajustada em 15,7%, -2,9 p.p. T/T);
- Mantemos nossa visão Neutra para as empresas aéreas e para a Azul;
- Clique aqui para acessar nosso relatório completo.
Locaweb (LWSA3): Seguindo no caminho certo; Sólida recuperação de margem no 2T22
- A Locaweb (LWSA3) reportou resultados sólidos no segundo trimestre, superando ligeiramente nossas estimativas;
- A receita líquida cresceu 53,3 % A/A, impulsionada principalmente pelo crescimento de 105% A/A no segmento de Commerce e, finalmente, a margem EBITDA aumentou 1,0 pp no trimestre para 14,3% (embora ainda com queda de 8,1 pp A/A). Mantemos nossa recomendação de COMPRA e preço-alvo de R$12,0/ação;
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Bemobi (BMOB3): Resultados do 2T22; Sólido e Resiliente – Novas parcerias em Utilities!
- A Bemobi reportou resultados sólidos no 2T, trimestre impactado pelo conflito entre Rússia e Ucrânia (impacto de ~R$ 3,3 milhões) e pela valorização do real (receita internacional da Bemobi é convertida para real);
- A receita atingiu R$ 138,0 milhões, 123% A/A, em linha com nossa estimativa, alavancada pelas recentes aquisições de Tiaxa e M4U. O EBITDA ajustado totalizou R$ 44,9 milhões, +92% A/A, atingindo uma margem EBITDA de 32,5% (-5,0 pp). A redução na margem deve-se à consolidação das empresas adquiridas que possuem margem inferior, notadamente a TIAXA. No entanto, vale destacar a expansão da margem no trimestre (+1,3 pp) refletindo o início da captura de sinergias;
- Por fim, o lucro líquido foi de R$ 9 milhões no 2T22 (-43% A/A), a queda deve-se ao impacto de R$ 17 milhões na despesa financeira com contratos de swap vinculados à recompra de ações. Com isso, mantemos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$35/ação para o final de 2022 de BMOB3;
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Hapvida (HAPV3) – 2T22: Adições líquidas voltando a ser positivas
- A Hapvida apresentou resultados positivos no 2T22, com lucro líquido ajustado de R$241M;
- Os destaques positivos foram as adições líquidas de 139 mil planos de saúde e a redução de 2,6 p.p. na sinistralidade T/T;
- Do lado negativo, as despesas aumentaram em relação às receitas (tanto na base anual quanto trimestral), em parte devido à fusão entre Hapvida e GNDI;
- Esperamos que nos próximos trimestres tanto as adições líquidas quanto os tickets médios ganhem força, a sinistralidade diminua e as sinergias da fusão entre Hapvida e GNDI comecem a aparecer, melhorando os resultados.
- Portanto, nossa visão para a ação é positiva baseada nas perspectivas de médio prazo;
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Ambipar (AMBP3): Crescimento interessante, mas altas despesas financeiras prejudicaram o resultado do 2T22
- A Ambipar divulgou seus resultados do 2T22 hoje antes da abertura do mercado;
- Embora o EBITDA tenha ficado em linha com nossas projeções, os resultados financeiros aumentaram, reflexo da maior alavancagem no período, e por consequência houve redução do lucro líquido. Gostamos das perspectivas, mas continuamos atentos à alavancagem e ao Capex;
- Mantemos nosso recomendação de Compra da Ambipar com preço-alvo de R$ 49/ação;
- Acesse aqui o conteúdo completo.
Marfrig (MRFG3): resultado acima do previsto no 2T22, mas dando sinais de um pouso forçado à vista
- Embora a América do Sul tenha vindo melhor que o esperado, a acomodação de margens nos EUA foi o principal fator que pesou na queda do EBITDA ajustado;
- A Marfrig (MRFG3) apresentou números acima do previsto, impulsionados pelo resultado de América do Sul, enquanto a América do Norte veio em linha com as expectativas, mas com a consolidação do balanço da BRF nossa percepção para a NewCo é mista;
- As margens nos EUA estão acomodando mais rápido do que o esperado devido aos preços mais altos do gado, enquanto a inflação pesa sobre o consumidor, podendo levar a uma troca da proteína , favorecendo a carne de aves;
- Na América do Sul, apesar dos preços mais altos do gado no Uruguai e na Argentina, o Brasil ajudou a compensar e as exportações continuam sendo o principal motivo de nosso otimismo;
- Para a BRF, como mencionamos em relatório anterior “BRF (BRFS3): resultados positivos, porém dúbios, no 2T22“, apesar dos números em sua maioria em linha vs. consenso, acreditamos que a estratégia do 1T22 pode ter limitado a recuperação nas margens, principal razão para o desempenho defasado em relação aos pares;
- Adicionalmente, a empresa anunciou um interessante dividend yield de 5,6%, embora destaquemos pelo lado negativo que a alavancagem da NewCo atingiu 2,0x (de 1,67x sem BRF);
- Para a Marfrig reiteramos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$ 34,8/ação para o fim de 2022, uma vez que vemos a empresa sendo negociada a 4,5x EV/EBITDA para 2023;
- Para ler a análise dos resultados e ver os números, leia o relatório completo.
Pardini (PARD3) – 2T22: Números abaixo do esperado, conforme o mix se normaliza
- O Pardini reportou resultados negativos no 2T22, com lucro líquido de R$38M;
- A receita ficou estável A/A devido a (i) uma base de comparação difícil, já que a demanda por testes Covid-19 continua diminuindo e (ii) as aquisições fechadas recentemente compensaram o efeito negativo;
- Observamos que excluindo testes Covid-19 e aquisições, a receita aumentou 12% A/A;
- A margem EBITDA também foi prejudicada por um mix de receita pior, e o lucro líquido caiu juntamente a queda nos resultados operacionais.
- Mantemos a nossa postura cautelosa em relação às ações devido uma dinâmica de crescimento difícil e um ambiente mais negativo em relação às negociações com fontes pagadoras;
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Rumo (RAIL3) – 2T22: Superação de 6% no EBITDA Impulsionada por Yields Acima do Esperado; Positivo
- A Rumo apresentou resultados positivos no 2T22, com EBITDA de ~R$ 1,2 bilhão, 6% acima da nossa estimativa principalmente em face de yields maiores que o esperado;
- Vemos como amplamente esperado, nesse momento, que os resultados operacionais do 1S22 seriam marcados por fortes volumes e pressões de margem decorrentes de maiores custos de combustíveis não totalmente compensados por aumentos de yields;
- Dessa forma, vemos dois motivos principais para nossa leitura positiva:
- os yields ferroviários nos surpreenderam em +5% atingindo R$113,4/RTK, com indicações positivas para o 2S22, em nossa visão e;
- a Rumo registrou volumes recordes em julho junto com os resultados do 2T (~7,0 bilhões de TKUs, +11% A/A).
- Reiteramos nossa recomendação de Compra e visão positiva da Rumo, respaldados pelo momento positivo esperado à frente (resultados melhores no 2S22 criando um efeito de transição positivo para 2023);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Randon (RAPT4) – 2T22: Ambiente de Custos Pressionados Leva a um Desempenho de Margem Fraco
- A Randon apresentou resultados levemente fracos no 2T22, com EBITDA de R$ 362 milhões +12% A/A e -10% T/T (e em linha com nossa estimativa);
- Notamos um forte desempenho geral da receita (já reportada anteriormente em nível consolidado) de R$ 2,8 bilhões, +31% A/A e +12% T/T, refletindo principalmente:
- (i) forte performance do mercado externo (+58% A/A e +13% T/T em dólares); e
- (ii) ganhos de market share na divisão de Montadora (implementos rodoviários; receita líquida +22% A/A e +14% T/T), com a Randon retomando sua posição de liderança nesta categoria no 2T22.
- No entanto, a rentabilidade foi o principal destaque negativo, com margem EBITDA ajustada de 13,1% -2p.p. A/A e -3p.p. T/T, principalmente impulsionada por:
- (i) estratégia da divisão Montadora para recuperar participação de mercado e reduzir estoques; e
- (ii) ambiente de custos pressionados de Autopeças para Veículos Comerciais, com repasse de preços insuficiente para compensar o aumento contínuo dos preços dos insumos.
- Reiteramos nossa visão positiva de longo prazo para a Randon;
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Raízen (RAIZ4): momentum sólido em todas as linhas no 1T23 (ano-fiscal 2T22)
- Continuamos positivos com a Raízen tanto no curto quanto no longo prazo;
- A Raízen (RAIZ4) apresentou resultados sólidos em seu primeiro trimestre desde o início da safra, com crescimento de receita em geral. Vemos um momento positivo devido aos preços mais altos de açúcar e etanol, favorecidos por um forte aumento no volume negociado;
- Na operação de distribuição de combustíveis, uma forte demanda ajudou na Argentina e no Paraguai, e apesar do ruído político no Brasil devido à mudança de impostos sobre combustíveis, a possibilidade distante do governo estabelecer um estoque mínimo de diesel, mas ainda com uma perspectiva desafiadora devido à falta de clareza sobre preços de gasolina e diesel versus paridade internacional, a linha de Marketing & Serviços foi positivo;
- A nosso ver, a Raízen é um dos poucos nomes que dão exposição ao processo de transição energética, por isso vemos com bons olhos o projeto de E2G e os investimentos para aumentar a capacidade de geração de biogás, apesar do aumento no custo do Capex já discutido;
- Vemos o setor de Açúcar e Etanol como positivo, embora o melhor momento pareça já estar precificado. Esperamos que a recuperação de M&S continue no 2S22 com a melhora da demanda no Brasil, e a Raízen passou recentemente por de-rating que na nossa visão não foi merecido, então reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 9,60/ação para 2023.
- Para ler a análise dos resultados e ver os números, leia o relatório completo.
Aeris Energy (AERI3) – 2T22: Resultados fracos, com redução do guidance para 2022… mas não tão é preocupante quanto parece
- A Aeris reportou resultados fracos no 2T22, com EBITDA de R$ 69 milhões +41% A/A e +33% T/T (e em linha com a nossa estimativa), com a revisão para baixo do guidance de 2022 como o principal destaque negativo;
- Apesar do guidance mais fraco sendo visto como um ponto negativo (produção, receita e EBITDA no ponto médio -28%, -22% e -19% vs. indicações anteriores, respectivamente), vemos impactos limitados para a produção em 2023 em diante;
- Nesse sentido, acreditamos que fatores temporários têm sido as principais causas para uma produção mais fraca no curto prazo, especialmente explicada pela transição de linhas maduras para novos modelos no 2S’21, prolongando uma utilização sub-ótima de suas instalações industriais (linhas maduras como 61-67% do total no 1T-2T22, com nossas estimativas apontando para 100% no 1T-2T23);
- Além disso, vemos preços unitários mais altos (+7% T/T e +18% A/A em USD/MW) reforçando a capacidade da Aeris de repassar adequadamente os custos mais altos das matérias-primas;
- Reiteramos nossa recomendação Neutra para a Aeris;
- Clique aqui para acessar nosso relatório completo.
Auren (AURE3): Resultados positivos no 2T22; aprovação de desenvolvimento de duas novas usinas solares
- Os resultados da Auren no 2T22 superaram nossas expectativas, refletindo uma melhora na hidrologia e uma forte geração eólica, com seus parques eólicos gerando acima de P50 no semestre;
- Além disso, a empresa anunciou a aprovação de dois projetos greenfield solares com capacidade instalada combinada de 548MWac;
- Continuamos acreditando na estratégia de Auren e mantemos a companhia o como nossa top pick no setor com um preço-alvo de R$ 21/ação;
- Clique aqui para acessar conteúdo completo.
Sabesp (SBSP3): Resultados decentes, mas pressionados no 2T22
- Os resultados da Sabesp no 2T22 ficaram abaixo das nossas expectativas;
- Apesar do reajuste tarifário, aumento do volume faturado A/A e melhor mix de clientes, o aumento de +19% A/A no PMSO prejudica as margens operacionais;
- Mantemos nossa recomendação Neutra para Sabesp, com preço-alvo de R$ 52/ação e US$ 9/ADR para SBSP3 e SBS, respectivamente;
- Clique aqui para acessar conteúdo completo.
Hidrovias do Brasil (HBSA3) – 2T22: Melhoria em Todas as Divisões Impulsiona Fortes Resultados Operacionais; Positivo
- A Hidrovias do Brasil apresentou resultados positivos no 2T22, com EBITDA ajustado de R$ 251 milhões melhorando 17% A/A (+67% T/T) e em linha com nossa estimativa;
- Destacamos os fortes resultados operacionais da empresa, com receita positiva suportada por: (i) desempenho resiliente do Corredor Norte, com volumes +19% A/A, refletindo uma demanda positiva pelas exportações de grãos ao longo do 2T22 e impulsionando uma sólida margem EBITDA ajustada de 66,8% [+0,5p.p. A/A]; e (ii) melhoria contínua no Corredor Sul, com receitas +27% A/A e 3x vs. 1T22 apoiadas por um nível de calado mais normalizado no rio Paraná-Paraguai ao longo do 2T22 (embora ainda em níveis abaixo do ideal);
- Mantemos nossa visão positiva de longo prazo para a Hidrovias do Brasil e nossa recomendação de Compra, principalmente apoiados por uma perspectiva positiva para as exportações de grãos do Brasil;
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Jalles Machado (JALL3): ainda desfrutando de um momentum sólido no 1T23 (ano-fiscal 2T22)
- Reiteramos nossa classificação de compra, pois vemos JALL3 com desconto;
- A Jalles Machado (JALL3) teve um primeiro trimestre sólido após o início da safra de cana-de-açúcar, ainda sem o recém-anunciada M&A, mas desfrutando de um momento positivo devido aos preços mais altos do açúcar e do etanol;
- As produtividades agrícolas vieram abaixo do esperado, mas devemos ver uma recuperação à medida que a colheita se move para áreas mais novas;
- Vemos com bons olhos o aumento das exportações de açúcar orgânico (+30,7% A/A), que eram amplamente aguardadas pelo mercado. Esse crescimento estava atrasado devido à falta de contêineres e custos de frete mais altos, e ajudaram a compensar os preços de insumos mais altos, juntamente com o aumento da receita de CBIOs (de R$ 1,2 milhão para R$ 17,7 milhões);
- As perspectivas para A&A permanecem positivas. Embora vejamos que melhora nos preços das commodities já está parcialmente precificada, no entanto, um terço da receita da Jalles não está relacionada a commodities, deixando espaço para otimismo. Reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 14,2/ação para 2023 e vemos JALL3 como atrativa com um múltiplo atual de 3,4x EV/EBIT;
- Para ler a análise dos resultados e ver os números, leia o relatório completo.
Localiza (RENT3) – 2T22: Desempenho Positivo do RaC Compensado Por GTF e Seminovos Mais Fracos; Neutro
- A Localiza apresentou resultados neutros no 2T22, com resultado 8% abaixo de nossas estimativas de R$ 457 milhões;
- O destaque positivo foi o desempenho continuamente forte do EBITDA de Rent-a-Car (RaC) (+103% A/A e apenas 4% menor T/T, considerando base comparativa forte do 1T22) sustentado por tarifas fortes (apenas 3% menor T/T apesar da sazonalidade mais fraca) e alta margem como reflexo de eficiências operacionais capturada desde o 1T22 (margem EBITDA de 55,2% +16,6p.p. A/A e -1,8p.p. T/T [base de comparação difícil]);
- Do lado negativo, observamos margens EBITDA abaixo do esperado para Gestão e Terceirização de Frotas (GTF) (59,5%, -4,5p.p. T/T) e Seminovos (12%, -3,5p.p. T/T);
- Reiteramos nossa visão positiva e recomendação de Compra para a Localiza;
- Clique aqui para acessar nosso relatório completo.
Construtoras – Revisão dos Resultados do 2T22: CYRE3, EZTC3, PLPL3, TRIS3
- Apresentamos nossa revisão dos resultados do 2º Trimestre de 2022 para Cyrela, EZTec, Plano&Plano e Trisul;
- No geral, vimos resultados mistos para todos os segmentos, com a maioria das construtoras relatando queda na margem bruta, prejudicada pelo aumento nos custos de construção devido a uma combinação negativa de preços de matérias-primas e custos com mão de obra aumentando significativamente;
- No entanto, vemos a pressão sobre as margens brutas começando a se estabilizar daqui para frente, ajudada pelo alívio marginal nos preços de commodities como o aço;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Cogna (COGN3) – 2T22: O quadro lentamente vai ficando mais claro
- A Cogna apresentou resultados ligeiramente positivos no 2T22, registrando um prejuízo líquido ajustado de R$37M;
- A Kroton ainda precisa reverter a trajetória de queda de suas receitas, mas conseguiu ampliar as margens, mostrando que o processo de restruturação foi bem-sucedido;
- A Vasta continua entregando uma receita sólida, afetando diretamente suas margens à medida que a alavancagem operacional aumenta;
- Do lado negativo, a Cogna ainda carrega uma grande carga de endividamento, o que acaba corroendo totalmente os resultados operacionais.
- Independentemente dos sinais positivos, mantemos uma visão cautelosa em relação à ação dada a alta incerteza que atribuímos à lucratividade futura;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Ser Educacional (SEER3) – 2T22: Números encorajadores, em linha com nossas estimativas
- A Ser Educacional apresentou resultados ligeiramente positivos no 2T22, com lucro líquido ajustado de R$31M;
- As receitas foram impulsionadas tanto pelo crescimento orgânico de 7,7% A/A quanto pela aquisição da FAEL;
- A margem EBITDA ajustada comprimiu uma vez que a empresa está integrando a FAEL e investindo em marketing para buscar crescimento orgânico;
- O lucro refletiu a mesma tendência do EBITDA, com um pequeno impacto das despesas financeiras.
- Mantemos nossa visão positiva em relação às ações com base em múltiplo (P/L 2023E de 5,2x);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Itaú, BB, Bradesco e Santander: Lucro de grandes bancos cresce 21% no 2º tri, mas risco aumenta (Valor);
- Lucro da B3 cai 8,5% no 2° trimestre, para R$ 1,09 bilhão (Valor);
- BR Partners tem lucro líquido de R$ 40,1 mi no 2º tri, alta anual de 15% (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Magalu segue no prejuízo, mas geração de caixa e margem dão alívio. (Valor);
- O baque da Natura. (BrazilJournal);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Europa quer entender solução brasileira na crise de 2001, aponta PSR. (Canal Energia);
- Entidades pedem cancelamento de leilão de termelétricas a gás. (Valor Econômico);
- Petróleo avança com expectativa por maior demanda ante escassez de gás natural. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Google pressiona Apple a adotar um novo tipo de mensagem de texto
- Resultados da Roblox ficam abaixo das expectativas do mercado;
- Google pressiona Apple a adotar um novo tipo de mensagem de texto;
- Ralph Lauren reforça resiliência da marca;
- Tempo de espera de semicondutores cai em julho;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Investindo em empresas de capital fechado: conheça o novo núcleo da SPX
- Porque a SPX entrou para o investimentos em empresas de capital fechado? Quais as oportunidades do Private Equity? Como está estruturado o “novo” núcleo da SPX?
- No Indo a Fundo no Outliers dessa semana, abordaremos o novo núcleo de Private Equity da SPX, gestora recebida no episódio #73 do Outliers, que tratou com mais detalhes a estrutura e consolidação de uma parceria com um dos maiores grupos de investimentos alternativos do mundo: o The Carlyle Grup;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- o Volta à Normalidade dos Rendimentos de FIIs de Papel? (The Capital Advisor);
- o Maior FII em número de cotistas, MXRF11 diz ter ‘gordura’ para manter dividendos apesar da deflação (InfoMoney);
- IFIX Cresce e FIIs de Tijolo se Mostram Bem Posicionados Para Retomada Econômica (Investing);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
Transição para economia de baixo carbono representa oportunidade semelhante à do surgimento do smartphone, diz BlackRock | Café com ESG, 12/08
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -0,5% e -1,6%, respectivamente;
- No Brasil, (i) Karina Saade, CEO da BlackRock no país disse que a transição para as economias de baixo carbono representa uma oportunidade semelhante à do surgimento do smartphone – segundo a executiva, até 2050, haverá necessidade de US$ 125 trilhões para implementar essa transformação, dado a busca pela criação de novas tecnologias e novos mercados, mas deixa claro que, na visão da BlackRock, as empresas melhor posicionadas diante desse cenário, que serão mais competitivas no médio e longo prazo, são as que possuem estratégias ESG consistentes; e (ii) a Vivo assumiu uma série de compromissos voluntários para economia de baixo carbono e, neste momento, possui como principal meta zerar as emissões de carbono que acontecem no consumo de ar-condicionado, diesel, na frota da empresa e entre os fornecedores;
- No internacional, a Grã-Bretanha anunciou que selecionou 20 projetos para o próximo estágio de uma tecnologia necessária para atingir emissões líquidas zero envolvendo a captura e armazenamento de emissões de carbono de processos industriais – o governo disse que os projetos farão parte do processo de cluster de captura, uso e armazenamento de carbono (CCUS), que planeja implantar em dois clusters industriais até meados da década de 2020 e outros dois até 2030. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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