IBOVESPA -1,2% | 106,639 Pontos
CÂMBIO +2,3% | 5,09/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Os investidores seguem na expectativa da decisão de política monetária dos Estados Unidos, que será divulgada amanhã. Na agenda local de hoje, o destaque fica para a produção industrial de março e leilões de títulos do Tesouro, além de uma sessão extra de venda de dólar em swap cambial.
Brasil
A segunda-feira foi marcada por um sentimento de aversão ao risco com dados da indústria global mais fracos que o esperado. Mas, enquanto as bolsas internacionais recuperaram esse movimento negativo ao longo do dia, por aqui a recuperação foi parcial. Depois de testar os 105,2 mil pontos, praticamente zerando os ganhos no ano, o Ibovespa fechou nos 106,6 mil pontos, apresentando uma queda de 1,15%.
No mercado de câmbio, o banco central intensificou suas intervenções para limitar a depreciação da moeda. O real caiu 10% desde meados de abril. Acreditamos que a ação do BC será de eficácia limitada para conter a desvalorização do real, uma vez que se trata mais de uma tendência global de valorização do dólar. Ontem, a moeda americana fechou em alta (+2,2%), superando pela primeira vez desde 18 de março os R$5,00, cotado a R$5,09.
Em renda fixa, as taxas futuras de juros fecharam o dia de ontem em alta, em semana que será marcada por decisões de política monetária pelos bancos centrais no Brasil (Copom) e nos EUA (FOMC). À espera da quarta-feira, o mercado observou vendas das Treasuries (títulos de dívida soberanos dos EUA), ações e moedas emergentes, o que elevou as taxas de juros locais também. DI jan/23 fechou em 13,075%; DI jan/24 encerrou em 12,67%; DI jan/25 foi para 12,145%; DI jan/27 fechou em 11,98%; e DI jan/29 foi para 12,09%.
Mundo
Bolsas internacionais amanhecem levemente positivas (EUA +0,1% e Europa +0,5%) enquanto investidores aguardam a decisão de política monetária do Federal Reserve e novos resultados das companhias. A temporada de resultados seguirá hoje com Pfizer, Airbnb, AMD, Lyft e Starbucks. Na China, a bolsa de Hong Kong reabre para negociações e o índice de Hang Seng (0,1%) encerra sem movimentos expressivos, mas as demais bolsas locais permanecerão fechadas por conta do feriado. Por fim, o ouro (-0,2%) encerra em seu patamar mais baixo desde fevereiro, impactado pelo fortalecimento do dólar e aumento no custo de oportunidade com as taxas de juros em alta.
Juros americanos
Os juros dos títulos soberanos em mercados desenvolvidos vem subindo rapidamente nas ultimas semanas, antecipando a continuidade do ciclo de aperto monetário. O juro do Tesouro de 10 anos dos EUA foi negociado acima de 3% ontem, o nível mais alto desde 2018. O FOMC, comitê de política monetária do banco central americano, se reúne amanhã. O consenso de mercado espera uma alta de 0,50 pp e um tom agressivo na declaração pós-reunião.
Mercado em Gráfico

Analisando o desempenho de diferentes setores do Ibovespa desse ano, além de commodities e financeiro, é o setor de Elétricas – o que pode parecer contra-intuitivo, já que essas empresas são conhecidas por serem proxies de títulos de renda fixa ou ações semelhantes a títulos. Em outras palavras, eles tendem a ter uma correção negativa com as taxas de juros – quando as taxas de juros sobem os preços geralmente caem. No entanto, em 2022 observamos um comportamento muito diferente deste setor. Enquanto a curva de juros brasileira vem se achatando, a maioria das ações desse setor está tendo retornos positivos. Para saber quais fatores foram responsáveis pelo movimento positivo do setor, acesse nosso Raio XP.
Veja todos os detalhes
Agenda de resultados
Klabin (KLBN3): Antes da abertura
3R Petroleum (RRRP3): Após o fechamento
CTEEP (TRPL4): Após o fechamento
Raia Drogasil (RADL3): Após o fechamento
Marfrig (MRFG3): Após o fechamento
Iguatemi (IGTI11): Após o fechamento
Tim (TIMS3): Após o fechamento
Temporada de resultados do 1º trimestre 2022 – o que esperar?
Economia
Juros dos títulos do Tesouro dos EUA atingem máximos de 3 anos na véspera da decisão de juros do Fed
- Os juros dos títulos soberanos em mercados desenvolvidos vem subindo rapidamente nas ultimas semanas, antecipando a continuidade do ciclo de aperto monetário. O juro do Tesouro de 10 anos dos EUA foi negociado acima de 3% ontem, o nível mais alto desde 2018. A taxa de 10 anos da Alemanha subiu acima de 1% e as Gilts de 10 anos do Reino Unido atingiram 2%, em ambos os casos o nível mais alto desde 2015. A inflação crescente está colocando pressão sobre os bancos centrais para acelerar o aperto monetário. O FOMC, comitê de política monetária do banco central americano, se reúne amanhã. O consenso de mercado espera uma alta de 0,50 pp e um tom agressivo na declaração pós-reunião;
- Também devido ao aperto monetário dos EUA, o dólar dos EUA está se fortalecendo em relação à maioria das principais moedas. O índice DXY do dólar acumula alta de 8% no ano e atingiu o nível mais forte em 19 anos;
- Na Europa, as autoridades alemãs reforçaram sua disposição de apoiar o embargo ao petróleo russo, mas alertam que os consumidores devem estar preparados para grandes impactos econômicos e preços de energia mais altos. As sanções à Rússia representam pressões inflacionárias adicionais sobre a economia mundial, o que provavelmente levará os bancos centrais a reverter rapidamente o estímulo monetário nos próximos trimestres;
- No Brasil, o banco central intensificou suas intervenções no mercado de câmbio para limitar a depreciação da moeda. O real caiu 10% desde meados de abril. Acreditamos que a ação do BC será de eficácia limitada para conter a desvalorização do real, uma vez que se trata mais de uma tendência global de valorização do dólar;
- Segundo o jornal Folha de SP, a equipe econômica do governo apoiaria uma Emenda Constitucional que altera o teto de gastos para permitir investimentos financiados pelas receitas da privatização. Acreditamos que a discussão sobre o quadro fiscal será fundamental para os mercados brasileiros durante a campanha eleitoral presidencial;
- No calendário econômico, o destaque hoje é a Produção Industrial de março. Esperamos alta de 0,4% em relação ao mês anterior.
Empresas
Santos Brasil (STBP3): Acompanhamento Mensal do Setor Portuário
- Em nosso acompanhamento mensal dos Operadores Portuários de Abr’22, destacamos:
- (i) os volumes do Tecon Santos da Santos Brasil subiram 18% A/A em Abr’22, com ~104k unidades movimentadas durante o mês (melhorando ~5% vs. ~99k reportados em Março);
- (ii) a utilização da capacidade do Porto de Santos permanece em níveis elevados (82% em Mar’22 UDM, vs. 81% em 2020 e 84% em 2021);
- (iii) o Tecon Santos da Santos Brasil ganhou ~3p.p. de participação de mercado em Mar’22 vs. Fev’22 (+3p.p. A/A); e
- (iv) os preços dos fretes marítimos continuaram em patamares elevados, embora desacelerando seu ritmo de crescimento.
- Reiteramos nossa recomendação de Compra da Santos Brasil e preço-alvo de R$ 9,00/ação (TIR nominal atrativa de 15% para o acionista);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Localiza (RENT3) 1T22: Melhorias no Rent-a-Car (RaC) Impulsionando Desempenho Forte de Margem; Positivo
- A Localiza apresentou bons resultados no 1T22, com lucro líquido de R$517 milhões +17% T/T e 20% acima das nossas estimativas (+7% A/A). Os principais pontos positivos foram:
- (i) forte desempenho do EBITDA de Rent-a-Car (RaC) (+80% A/A e 23% T/T) devido a tarifas sequencialmente mais altas (+3% T/T e +32% A/A) e melhora da margem T/T, refletindo eficiências capturadas ao longo do 1T22 (margem EBITDA de 57,1% +14p.p. A/A e +10p.p. T/T); e
- (ii) operação de Seminovos continuamente fortes (~24% de margem bruta e ~16% de margem EBITDA) apesar de apenas ~14,5 mil carros vendidos no trimestre (-50% A/A e -6% T/T).
- Do lado negativo, observamos o ambiente de compra de carros ainda prejudicado, levando a uma queda sequencial de volume na divisão RaC (-3% T/T), devido aos gargalos relacionados à cadeia de suprimentos em meio à indústria automotiva;
- Reiteramos nossa visão positiva e recomendação de Compra para a Localiza;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Copasa (CSMG3): Resultados mais fracos no 1T22 devido a volumes mais baixos e opex mais alto
- Destaques financeiro: O EBITDA reportado da Copasa foi de R$ 445 milhões, 10% abaixo da nossa projeção de R$ 498 milhões e 14,4% abaixo do 1T21. O lucro líquido foi de R$ 168 milhões, 15% abaixo em relação à nossa projeção de R$ 196 milhões;
- PMSO mais alto e volumes mais baixos. A piora nos resultados pode ser atribuída a uma mistura de problemas enfrentados pela companhia durante o trimestre. Apesar do reajuste tarifário negativo implementado em agosto de 2021, o volume por economia caiu tanto em água (4,2%) quanto em esgoto (4,5%). Os custos e despesas também aumentaram;
- Temos uma avaliação negativa do resultado da Copasa no 1T22, apesar de grande parte do impacto negativa ter vindo de custos não gerenciáveis. Dito isso, continuamos vendo um risco-retorno pouco atrativo para suas ações, e mantemos uma recomendação de venda, com preço-alvo de R$ 15/ação;
- Acesse aqui o relatório completo.
Pague Menos (PGMN3): Resultados mistos do 1T22, mas em linha; Sinalizações positivas para frente
- A Pague Menos (PGMN3) reportou resultados em linha com o esperado, com o crescimento de receita bruta de +11% A/A, suportado pela performance de vendas mesmas lojas maduras (SSS) de +7,0% (vs. XPe em +6,5%), enquanto pressões inflacionárias, maior penetração dos canais digitais e despesas de lojas pré-operacionais pressionaram a margem EBITDA (ex-IFRS) em 1,2p.p A/A;
- Mantemos recomendação de Compra e preço alvo de R$13,0 por ação;
- Clique aqui para o relatório completo.
Marcopolo (POMO4) 1T22 Resultados: Gargalos de Produção Prevenindo um Trimestre Melhor; Rentabilidade Continua Melhorando
- A Marcopolo apresentou resultados acima do esperado no 1T22, com margem EBITDA recorrente de 5,0% melhorando sequencialmente vs. o nível de 4,1% reportado no 4T21 (2,8% no 1T21) e +1p.p. vs. nossa estimativa;
- Notamos que as margens foram positivamente afetadas por maiores preços unitários e melhor mix de vendas (ônibus rodoviários como 31% da receita vs. 20% no 1T21), porém, compensadas pela recente valorização do real (impacto negativo de 1,8p.p na margem bruta do 1T22);
- Além disso, destacamos que a produção de ~3,1 mil unidades (+2% A/A e +2% T/T) foi atingida por gargalos relacionados à cadeia de suprimentos (os volumes potenciais poderiam ter sido 15-20% maiores, de acordo com a empresa), com indicativos dados pela companhia de uma aceleração no ramp-up de produção a partir de mar’22 como uma leitura positiva para a demanda adjacente do setor, em nossa opinião;
- Reiteramos nossa recomendação Neutra para a Marcopolo;
- Clique aqui para o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Banco BV terá aumento de capital de R$ 350 mi com emissão de novas ações (Valor);
- Nubank diz que CEO só receberá bônus de até R$ 680 mi se ficar na companhia por cinco anos (Estadão);
- BC concede autorização para Shopee funcionar como instituição de pagamento (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Estimativa de inflação para este ano sobe pela 16ª vez e já se aproxima de 8% (Estadão)
- Nova tributação pode aumentar em 60% preço em apps de compra internacional (Exame)
- Shopee recebe aval do BC para funcionar como instituição de pagamento (Folha)
- Clique aqui para acessar o relatório
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Funds trim exposure in CBOT grains but remain acutely bullish (Reuters)
- Lucro líquido da Mosaic cresceu 653% no primeiro trimestre (Valor)
- Minerva exporta, do Uruguai, primeiros produtos com certificação ‘carbono neutro’ (Valor)
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Equatorial Energia aprova distribuição de dividendos no valor de R$ 704 milhões. (Canal Energia);
- Petróleo fecha em alta com possível boicote europeu à Rússia. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Selic em 12,75%? O que esperar para a renda fixa após o Copom
- Nos dias 3 e 4 de maio, ocorrerá a próxima reunião do Copom;
- Vemos dois cenários como mais prováveis:
- Cenário-base: Elevação de 1,0 ponto percentual (p.p.), com comunicado mais aberto para a próxima reunião;
- Cenário alternativo: Elevação de 1,0 pp, porém já sinalizando o que esperar para junho.
- Acreditamos que, caso o cenário-base se concretize, as taxas curtas de juros têm o potencial de alta. Já no cenário alternativo, as expectativas se ajustariam para baixo;
- Em qualquer dos cenários, continuamos a enxergar os títulos de renda fixa como uma opção atraente de alocação, uma vez que as taxas de maneira geral continuam elevadas no mercado;
- Relatório completo aqui.
Revisamos o preço-alvo do S&P 500 para 4.600 pontos
- A atual dinâmica global, em que o conflito entre Rússia e Ucrânia não parece estar próximo do fim, a preocupação com o aumento recente do número de casos da Covid-19 na China cresce, e o Federal Reserve segue reforçando uma postura contracionista frente a inflação global, propõe fatores adicionais para ponderarmos na nossa visão referente aos próximos meses;
- Nesse cenário, destacamos os seguintes pontos:
- 1. Aumento dos juros dos títulos de longo prazo nos Estados Unidos.
- 2. Projetamos um processo de desinflação ao longo do ano, mas as expectativas de inflação continuam aumentando.
- 3. Esperamos ajustes monetários mais agressivos e um crescimento econômico mais fraco em 2022 nos EUA.
- Com isso, atualizamos a projeção de preço-alvo do S&P 500 de 4.900 para 4.600 pontos no final do ano.
- Clique aqui para acessar o relatório completo e entender como tais condições impactam a performance da bolsa americana, quais são os fatores de risco adicionais e saber o que estamos observando no panorama macroeconômico.
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Lucros da Berkshire Hathaway caem com retração do mercado de ações
- Lucros da Berkshire caem no primeiro trimestre vs. o mesmo período do ano anterior;
- Elon Musk busca novos financiamentos para adquirir o Twitter;
- Amazon em expansão na Índia;
- Nasdaq segue sofrendo com cenário macroeconômico atual;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Conheça os 5 fundos imobiliários que mais pagaram rendimentos em abril (Suno);
- Os 10 melhores fundos imobiliários para comprar agora, segundo a Guide (MoneyTimes);
- Fundo imobiliário de cemitério estreia no Ifix com valorização de 10,21%; e outros destaques (MoneyTimes);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Maioria das empresas brasileiras conhecem sua pegada de carbono, mas têm dificuldade em medir o escopo 3 | Café com ESG, 03/05
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -1,1%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a pesquisa Mudanças Climáticas – Avaliação do Nível de Preparo no Tema, elaborada pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e divulgada ontem mostrou que a maioria (55%) das empresas conhece sua pegada de carbono, pelo menos das suas operações, mas têm dificuldade em medir ainda o escopo 3, referente às emissões da cadeia de fornecedores; e (ii) a Minerva Foods informou que embarcou ontem, a partir do Uruguai, os primeiros produtos com o selo “CO2 neutral” concedido pela organização sem fins lucrativos Preferred by Nature;
- No internacional, as vendas de títulos verdes, sociais e de sustentabilidade (GSS) na Europa podem totalizar 1,6 trilhão de euros (US$ 1,68 trilhão) até 2026, representando quase metade de todas as novas emissões de títulos na região, de acordo com um estudo da PwC Luxembourg. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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