IBOVESPA +0,92% | 124.698 Pontos
CÂMBIO -0,07% | 6,09/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em alta de 0,9% ontem, aos 124.698 pontos. O dia novamente começou com uma alta volatilidade em razão do cenário macroeconômico doméstico: o dólar alcançou a marca de R$ 6,20 e, pelo quarto dia consecutivo, o Tesouro Direto paralisou suas negociações em meio a escalada das taxas de juros. Porém, houve um movimento de reversão após o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, declarar que irá colocar em votação um dos textos que compõe o pacote fiscal e o projeto de regulamentação da reforma tributária. Após isso, houve um alívio nos ativos domésticos, com queda do dólar e fechamento nas pontas mais longas da curva de juros.
O principal destaque negativo do dia foi Hapvida (HAPV3, -11,3%), repercutindo as novas medidas de reajustes de preços nos planos de saúde anunciadas pela ANS (veja aqui mais detalhes). Já o principal destaque positivo do dia foi YDUQS (YDUQ3, +4,1%).
Nesta quarta-feira, o destaque do dia será a decisão de juros nos EUA. Além disso, teremos a decisão de juros no Japão e os dados de inflação ao consumidor na Zona do Euro referentes a novembro.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com abertura na parte curta e fechamento nos vértices médios e longos da curva. O DI jan/26 encerrou em 15,115% (+10,6bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 15,41% (+30,2bps); DI jan/29 em 15,05% (- 6,7bps); DI jan/31 em 14,71% (- 9,1bps).
Nos EUA, apesar dos dados de vendas do varejo terem subido 0,7% M/M, acima das estimativas do consenso de 0,5% em novembro, os investidores continuam aguardando um corte de 25 bps na reunião de juros do Fed. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia estáveis em 4,25%, enquanto os de dez anos subiram para 4,40% (+1,0bp).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em alta (S&P 500: 0,3%; Nasdaq 100: 0,2%) no aguardo da decisão do comitê de política monetária do Fed (FOMC) que será divulgada hoje à tarde. Ainda nessa semana, o mercado aguarda a divulgação de dados da inflação medida pelo deflator PCE.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,2%), impulsionadas pelo setor financeiro. O mercado aguarda decisão de juros do Banco da Inglaterra na quinta-feira. As bolsas chinesas fecharam positivas (CSI 300: 0,5%; HSI: 0,8%) após dados indicarem queda no desemprego juvenil e sinalizações positivas do regulador na região, que deve seguir estimulando o mercado.
Economia
No cenário internacional, destaque para o anúncio da decisão de política monetária do Fed nos Estados Unidos. É amplamente esperado que o Fed reduzirá os juros de referência para o intervalo de 4,25%-4,50%, mas esperamos que sinalize um ciclo de flexibilização mais cauteloso à frente. Ontem, as vendas no varejo surpreenderam positivamente, ao passo que a produção industrial decepcionou.
No Brasil, a ata do Copom reforçou o tom duro do comunicado da última semana, destacando condições adversas para a política monetária, como atividade econômica superaquecida, alta nas expectativas de inflação e depreciação cambial acentuada – esperamos que a Selic atinja 15% no pico do ciclo de alta de juros, embora os riscos sejam altistas. A Câmara dos Deputados aprovou o primeiro PLP do pacote de gastos e é esperado que as demais leis sejam votadas ainda hoje. Além disso, o plenário aprovou o projeto de lei que traz regras gerais de incidência dos novos impostos da reforma tributária – o texto irá para sanção presidencial.
Veja todos os detalhes
Economia
Atenções para o FOMC nos EUA e para o pacote de gastos no Brasil
- Nos Estados Unidos, as vendas no varejo apresentaram variação mensal de 0,7% em novembro, após crescimento de 0,5% em outubro (revisados para cima), e superando as previsões de 0,5%. No acumulado em doze meses, as vendas no varejo cresceram 3,8%, em termos nominais. Os dados continuam apontando para um consumo robusto durante a temporada de compras de final de ano.
- Publicado hoje no Reino Unido, o Índice de Preços ao Consumidor (CPI) registrou variação mensal de 0,1%, em linha com as expectativas. A inflação acumulada em doze meses subiu pelo segundo mês consecutivo, de 2,3% em outubro para 2,6% em novembro, o maior nível em oito meses. O núcleo da inflação aumentou de 3,3% para 3,5% no acumulado em doze meses, porém o resultado veio abaixo das expectativas de 3,6%. O Banco da Inglaterra (BoE) deve manter as taxas de juros inalteradas na reunião de amanhã, mantendo-a em território restritivo para garantir a convergência sustentável da inflação para 2% ao longo do tempo.
- Na Zona do Euro, a leitura final dos dados de inflação ao consumidor em novembro mostrou um leve aumento da inflação anual de 2,0% para 2,2%, devido a efeitos de base desfavoráveis, enquanto o núcleo da inflação permaneceu em 2,7%. O BCE demonstrou maior confiança na convergência da inflação para a meta e, combinado com a atividade econômica fraca, deve permanecer confortável em reduzir as taxas de juros no próximo ano.
- Hoje, o principal evento é o anúncio da decisão de política monetária do Fed. É amplamente esperado que o Fed reduzirá os juros de referência para o intervalo de 4,25%-4,50%, marcando uma redução total de 1,00 p.p. no atual ciclo de flexibilização. No entanto, esperamos que o Fed sinalize um ciclo de flexibilização mais cauteloso à frente, sugerindo espaço limitado para cortes adicionais em 2025. Isso pode ser comunicado por meio da atualização das projeções econômicas do comitê (SEP), comunicado escrito e a coletiva de imprensa pós-reunião com o presidente Jerome Powell.
- No Brasil, o Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) divulgou a ata de sua reunião de dezembro, que reforçou o tom rigoroso do comunicado anterior e detalhou a deterioração das expectativas de inflação. O documento aponta um cenário inflacionário mais desafiador, com fatores como hiato do produto mais positivo, desvalorização da taxa de câmbio e aumento das expectativas de inflação, o que afastou sua projeção para o IPCA da meta de 3,0%. O Comitê também elevou a taxa de juros real neutra de 4,75% para 5,00% ao ano, indicando a necessidade de uma Selic mais alta no curto prazo.
- A ata conclui que é necessária uma política monetária ainda mais contracionista. Desse modo, o Copom decidiu por uma elevação unânime da Selic em 1,00 ponto percentual, devido à deterioração das condições econômicas e à materialização de riscos fiscais. Esperamos que a Selic alcance 15,00% no pico do ciclo de alta de juros, em maio de 2025, embora os riscos permaneçam para cima, especialmente em relação à incerteza sobre a política fiscal e à instabilidade nos preços dos ativos.
- A Câmara dos Deputados aprovou, nesta terça-feira (17), o texto-base do primeiro projeto do pacote de cortes de gastos do governo federal (PLP-210), com 318 votos a favor e 149 contra. O projeto permite o bloqueio e contingenciamento das emendas parlamentares na mesma proporção das despesas não obrigatórias do governo, limitado a 15% do total. O relator, deputado Átila Lira, retirou a possibilidade de limitar o uso de créditos tributários por empresas em caso de déficit primário e esclareceu que o superávit dos fundos públicos deve ser destinado apenas ao pagamento de dívidas. A proposta também estabelece que, em caso de déficit, as despesas com pessoal só poderão aumentar até 0,6% acima da inflação. A Câmara deve analisar, na quarta-feira (18), outras duas propostas do pacote fiscal, com expectativa de aprovação. Por fim, conforme esperado, a Casa aprovou também o PLP 68, que regulamenta a reforma tributária sobre o consumo. O projeto traz regras sobre a incidência dos novos impostos: a CBS, o IBS e o Imposto Seletivo – o texto vai para sanção presidencial.
Empresas
Simpar (SIMH3): preço relativo da Vamos-Automob em linha com os fundamentos
- A negociação da Vamos-Automob foi parcialmente concluída, com a listagem da NewCo (AMOB3) na B3;
- As principais conclusões do primeiro dia de negociação são:
- A ação da AMOB3 subiu 168% de seu preço de referência de R$ 0,17/ação para R$ 0,45/ação, o que resultou em uma reavaliação de 4,3x para 5,7x EV/EBITDA 2025E (mais detalhes na página 2);
- O preço da VAMO3 caiu junto com sua proporção do aumento na AMOB3, com uma queda adicional de 2,4% provavelmente atribuída ao desempenho geral do mercado hoje;
- Acreditamos que o mercado precificou ambas as ações em linha com os fundamentos, limitando uma possível negociação para capitalizar o evento de listagem da AMOB3;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Rumo (RAIL3): quatro razões pelas quais a Rumo está construtiva com 2025 (…)
- Na semana passada, organizamos reuniões com a Rumo, reunindo investidores em São Paulo e no Rio de Janeiro;
- Destacamos:
- Quatro razões pelas quais a Rumo está construtiva com as receitas para 2025, apesar de uma evolução lenta das negociações de contratos de take-or-pay (ToP);
- Alguma volatilidade é esperada para os volumes/preços de 2025, portanto, há riscos a serem considerados;
- A Rumo Malha Sul (RMS) receberá mais atenção a partir de agora, enquanto a Rumo permanece focada em seu Sistema Norte;
- Os dividendos se tornaram um tópico para o caso da Rumo, embora nenhum movimento abrupto deva ser esperado na remuneração dos acionistas;
- Reiteramos nossa visão positiva e nossa preferência para RAIL3;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Saúde: A mão (pesada) dos reguladores
- A ANS apresentou estudos e uma proposta de mudanças regulatória, sendo que os principais destaques são:
- Mudanças no agrupamento de contratos, passando de no mínimo 30 beneficiários, para 1.000 em PMEs e para todos os planos por adesão;
- Novos parâmetros para aumentos de preços de planos coletivos, considerando uma meta mínima de sinistralidade de 75%;
- Um mecanismo para reduzir os níveis de limite de coparticipação e franquias; enquanto
- Revisões técnicas estão na pauta da agência, mas uma estrutura mais definitiva sobre o assunto deve ser definida em 2025.
- Em nossa opinião, a proposta é negativa para o setor, pois deve limitar a capacidade dos pagadores de aumentar a lucratividade, enquanto o principal ponto que poderia contribuir com as empresas (revisões técnicas) ainda será definido no próximo ano;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- ‘Enquanto o câmbio não se estabilizar, o investidor estrangeiro não entra’, diz presidente da B3 (O Globo);
- Na previdência, novas estratégias de venda entram no radar (Valor);
- “Estoque de dívida pode matar uma empresa,” diz banqueiro sobre 2025 (Brazil Journal);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Conselho Diretor da Anatel aprova a venda da Oi Fibra para a V.tal (Telesíntese);
- TIM (TIMS3) anuncia R$ 650 milhões em JCP, no valor de R$ 0,2685 por ação (Money Times);
- BNDES aprova R$ 40 milhões para restabelecimento dos serviços da Unifique no Rio Grande do Sul (Valor);
- Reforma tributária: Parecer prévio confirma cashback de 100% para telecom (Telesíntese);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- Brazil lawmakers pass key regulations to enact tax reform – Reuters
- Ambev troca CFO: sai Lira, entra Fleury – BrazilJournal
- Alimentos
- Why an EU-South America Trade Deal Is Finally in Sight – Bloomberg
- BRF anuncia aquisição de 50% da Gelprime e entra no setor de gelatina e colágeno – GloboRural
- Uruguai impõe nova derrota à Minerva e barra aquisição de frigoríficos – TheAgriBiz
- Agro
- Slumping bean prices could sponsor a 2025 US corn acreage surge – Reuters
- Pacto tenta acabar com polêmica e extinguir, de fato, a Moratória da Soja – AgFeed
- Biocombustíveis
- US Spending Bill Includes Allowance for More Ethanol in Gasoline – Bloomberg
- Usina Santa Rosa tem autorização de produção revogada pela ANP – NovaCana
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- Bebidas
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Hapvida (HAPV3): Posicionamento sobre propostas de mudanças regulatórias (RI da Companhia);
- Governo indica Wadih Damous para ANS e Leandro Safatle para Anvisa; escolhidos devem ser aprovados pelo Senado (Futuro da Saúde);
- Hospital Vila Nova Star inaugura em SP nova torre com modelo inédito de suítes privativas no pronto-socorro (O Globo);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields hold steady as Fed rate decision time nears (CNBC);
- Câmara aprova texto-base de primeiro projeto do pacote de contenção de gastos do governo Lula (Folha de São Paulo);
- Brava Energia negocia venda de todos os ativos onshore (Pipeline);
- BRF S.A. Outlook Revised To Positive On Expected Low Leverage; ‘BB’ And ‘brAAA’ Ratings Affirmed (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
XP Enhanced Short: Como se proteger com taxas mais baixas?
- Nesse relatório, mostramos uma estratégia proprietária que permite o posicionamento vendido no Ibovespa e no SMLL, mas diminuindo o custo de aluguel.
- As cestas utilizam um número menor de ativos que o índice completo, evitando os custos associados à posição vendida nos ETFs e minimizando o desgaste operacional de monitorar os membros individualmente.
- De modo geral, podemos construir um hedge efetivo nos índices com erros de rastreamento médios de 6.07% para o IBOV e 6.26% para o SMLL, mantendo as taxas de aluguel em aproximadamente metade das taxas de aluguel média dos índices.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Estamos na Black Friday dos fundos imobiliários” diz Sócio Diretor do Inter Asset (SiiLA);
- Fim da inadimplência? MGHT11 rompe com Grupo Selina após sofrer sequência de calotes (Einvestidor);
- GGRC11 conclui compra de galpão do BTLG11 e passa a ter direito ao aluguel integral (Fiis);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Equinor Brasil: Quando um líder no setor de óleo e gás encontra a transição energética
- Com o setor de óleo e gás enfrentando uma pressão crescente para assumir um papel mais ativo na transição energética, o Research ESG da XP, em conjunto com a time de Óleo, Gás e Petroquímicos, realizou uma reunião para investidores institucionais com a Sra. Verônica Coelho (Presidente da Equinor Brasil) e a Sra. Leticia Andrade (Vice-Presidente de Renováveis da Equinor Brasil);
- A reunião reforçou a visão estratégica da companhia de equilibrar um portfólio robusto de óleo e gás com investimentos também em energias renováveis, destacando o Brasil como chave para o desenvolvimento de longo prazo em ambos os setores;
- Clique aqui para ler os principais destaques da reunião.
CVM publica resolução sobre o tratamento contábil de créditos de carbono | Café com ESG, 18/12
- O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE avançando 0,9% e 0,3%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) publicou na segunda-feira (16) a Resolução 223 que torna obrigatória para as companhias abertas a orientação técnica OCPC 10 – válida a partir de 1° de janeiro de 2025, a medida aborda o tratamento contábil de créditos de carbono, com o objetivo de garantir a consistência das demonstrações financeiras e permitir sua conexão com o relatório financeiro de sustentabilidade, com base no modelo emitido pelo Conselho Internacional de Padrões de Sustentabilidade (ISSB); e (ii) o Ministério de Minas e Energia (MME) e o Ministério da Gestão e Inovação em Serviços Públicos (MGI) assinaram ontem um acordo de cooperação técnica (ACT) para a reestruturação das empresas estatais do setor nuclear – segundo o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, “é sempre importante lembrar que o Brasil está entre os grandes países do mundo no uso e fomento de energias renováveis, e a nuclear é uma de nossas grandes apostas para os próximos anos”;
No internacional, a Frontier, coalizão voltada para o clima, informou ontem que Google, H&M, Stripe e outros membros estão planejando a compra de 296.378 créditos de carbono, por cerca de US$ 80 milhões, entre 2028 e 2030 – a compra será feita das desenvolvedoras CO280 e CREW, empresas possuem projetos de captura e armazenamento de carbono nos setores de papel e celulose e saneamento; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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