IBOVESPA -0,34% | 124.306 Pontos
CÂMBIO +0,25% | 5,17/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa teve sua pior semana desde março de 2023, caindo 3,0% em reais e 3,8% em dólares, fechando aos 124.306 pontos.
Globalmente, os destaques da semana foram a ata da reunião do Federal Reserve de 1º de maio, divulgada na quarta-feira e interpretada como mais dura, e o PMI composto americano, divulgado na quinta-feira, que atingiu seu maior nível dos últimos 25 meses, enquanto as expectativas eram de um leve recuo. Ambos os dados pressionaram mercados globais, apesar de um balanço do 1T24 positivo pela Nvidia, divulgado na quarta-feira e que impulsionou o índice Nasdaq a mais um recorde histórico.
No Brasil, o foco foi na projeção da taxa Selic e dados de inflação maiores que o esperado no Boletim Focus, divulgado na segunda-feira, indicando uma deterioração do macro doméstico e reforçando o tom mais duro da ata da última reunião do Copom, divulgada no dia 14.
A maior alta da semana foi Yduqs (YDUQ3, +5,7%), após a empresa estabelecer uma projeção de longo prazo para os principais itens do balanço em seu Investor Day (leia a nossa análise aqui).
Por outro lado, a maior queda da semana foi Magazine Luiza (MGLU3, -17,0%), após o governo federal afirmar que irá vetar a taxação de compras internacionais de até US$ 50, mas está aberta a discussão. Clique aqui para acessar o Resumo semanal da Bolsa.
Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram em movimento de alta, com destaque para a forte alta dos vértices intermediários. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro 2026 e 2034 saiu de 109,3 pontos-base na sexta-feira passada para 93,5 pontos na última semana. A curva, portanto, apresentou nova diminuição na inclinação.
A semana teve como centro das atenções o cenário fiscal brasileiro, que mesmo com forte arrecadação por parte do governo em abril, levou a uma nova precificação de risco na curva de juros. Nos Estados Unidos, a aceleração do PMI de manufatura corroborou com discursos mais restritivos de membros do Federal Reserve de que a economia americana está aquecida, aumentando a incerteza acerca de cortes de juros por lá. DI jan/25 fechou em 10,42% (alta de 5,1bps no comparativo semanal); DI jan/26 em 10,85% (alta de 19bps); DI jan/27 em 11,15% (alta de 14,5bps); DI jan/29 em 11,57% (alta de 6,8bps); DI jan/34 em 11,78% (alta de 3,2bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira, os mercados permanecem fechados nos Estados Unidos devido ao feriado de Memorial Day. O evento impacta a liquidez ao redor do mundo, que fica reduzida.
Na Europa, as bolsas operam em alta, com leve avanço do índice pan-europeu (Stoxx 600: 0,1%), enquanto a Bolsa do Reino Unido fica fechada devido ao feriado bancário. Na China, as bolsas fecharam em forte alta (CSI 300: 1,0%; HSI: 1,2%) após dados fortes da indústria e redução da taxa de hipotecas.
Economia
Publicado na sexta-feira pelo banco central , a conta corrente brasileira apresentou déficit maior do que o esperado em abril (efetivo: US$ 2,5 bilhões; XP: US$ 1,2 bilhões; mercado: US$ 1,4 bilhões). No lado da conta financeira, os ingressos líquidos de IDP acumulados em 12 meses atingiram US$ 67,2 bilhões em abril (3,0% do PIB). Também no Brasil, o Índice de Confiança do Consumidor da FGV caiu consideravelmente para 89,2 pontos em maio, de 93,2 pontos em abril. O Índice da Situação Atual permaneceu em 80,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas recuou 6,7 pontos, para 95,5. Publicado na última sexta-feira nos EUA, as novas encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos aumentaram 0,7% em abril em relação ao mês anterior, acima das expectativas do mercado, de uma redução de 0,8%.
Na agenda internacional, os principais dados da semana se concentrarão na sexta-feira. Na Europa, será divulgada a leitura preliminar da inflação ao consumidor referente a maio. Nos EUA, será publicado o deflator dos gastos de consumo (PCE deflator, em inglês) referente a abril.
Na quarta-feira, será divulgado o Livro Bege nos EUA. Além disso, teremos a segunda leitura do PIB dos EUA do primeiro trimestre na quinta-feira. Por fim, diversos dirigentes de bancos centrais de países desenvolvidos falarão publicamente ao longo da semana, incluindo Fed nos EUA, BCE na Europa, e Banco da Inglaterra no Reino Unido.
No Brasil, o destaque será a publicação do IPCA-15 de maio na terça-feira. Além disso, haverá divulgações de indicadores relevantes sobre mercado de trabalho, com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) na terça-feira e a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) na quarta-feira – ambos os dados referentes a abril. Por fim, as estatísticas fiscais do setor público consolidado do último mês serão publicadas na sexta-feira pelo Banco Central.
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Economia
Dados importantes de inflação no Brasil e no mundo
- Publicado na sexta-feira pelo banco central , a conta corrente brasileira apresentou déficit maior do que o esperado em abril (efetivo: US$ 2,5 bilhões; XP: US$ 1,2 bilhões; mercado: US$ 1,4 bilhões). A surpresa foi principalmente devido ao maior déficit em Renda Primária, dadas as maiores despesas com rendas de investimento direto. Os dados também mostram que a balança comercial segue robusta. No lado da conta financeira, os ingressos líquidos de IDP (Investimento Direto no País) acumulados em 12 meses atingiram US$ 67,2 bilhões em abril (3,0% do PIB). Os ingressos líquidos em IDP mantêm trajetória de recuperação e o balanço de pagamentos brasileiro, robusto. Nossa projeção para 2024 é de US$ 67,0 bilhões, equivalente a 2,9% do PIB. Para a conta corrente, projetamos déficit de US$ 33,5 bi ou 1,5% do PIB.
- Também no Brasil, o Índice de Confiança do Consumidor da FGV caiu consideravelmente para 89,2 pontos em maio, de 93,2 pontos em abril. O Índice da Situação Atual permaneceu em 80,6 pontos, enquanto o Índice de Expectativas recuou 6,7 pontos, para 95,5.
- Publicado na última sexta-feira nos EUA, as novas encomendas de bens duráveis nos Estados Unidos aumentaram 0,7% em abril em relação ao mês anterior, após um aumento revisado para baixo de 0,8% em março, e acima das expectativas do mercado de uma redução de 0,8%. Isto marcou o terceiro avanço mensal consecutivo nas encomendas de bens duráveis. Apesar dos resultados positivos, a atividade econômica nos EUA tem desacelerado gradualmente em meio à política monetária restritiva.
- Na agenda internacional, os principais dados da semana se concentrarão na sexta-feira. Na Europa, será divulgada a leitura preliminar da inflação ao consumidor referente a maio. Nos EUA, será publicado o deflator dos gastos de consumo (PCE deflator, em inglês) referente a abril – o indicador de inflação preferido do Fed. Na quarta-feira, será divulgado o Livro Bege nos EUA – publicação periódica pelo banco central que oferece uma visão detalhada das condições econômicas em cada um dos 12 distritos do Fed. Além disso, teremos a segunda leitura do PIB dos EUA do primeiro trimestre na quinta-feira (a leitura preliminar registrou variações trimestral anualizada de 1,6%). Por fim, diversos dirigentes de bancos centrais de países desenvolvidos falarão publicamente ao longo da semana, incluindo Fed nos EUA, BCE na Europa, e Banco da Inglaterra no Reino Unido.
- No Brasil, o destaque será a publicação do IPCA-15 de maio na terça feira, cuja expectativa é de alta relevante em bens monitorados, especialmente gasolina e produtos farmacêuticos. Preços livres, no entanto, devem apresentar dinâmica bem-comportada, embora com reversão da queda vista nos últimos meses em passagem aérea. Esperamos que os impactos das chuvas no Rio Grande do Sul serão tímidos nessa leitura. Além disso, haverá divulgações de indicadores relevantes sobre mercado de trabalho, com o Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) na terça-feira e a Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) na quarta-feira – ambos os dados referentes a abril. Por fim, as estatísticas fiscais do setor público consolidado do último mês serão publicadas na sexta-feira pelo Banco Central.
Empresas
Orizon (ORVR3): Transformando resíduos em riqueza; Biometano como combustível para o crescimento
- Estamos atualizando nossas estimativas de Orizon (ORVR3) incorporando:
- a JV com a Compass para produção de biometano no Ecoparque Paulínia;
- a JV com a Gás Verde para exploração de biometano nos Ecoparques Nova Iguaçu e São Gonçalo; e
- a aquisição de um aterro sanitário em Juazeiro – CE.
- Como resultado, estamos aumentando nosso preço-alvo para R$ 56,0/ação de R$ 47,0/ação anteriormente e reiterando nossa recomendação de Compra;
- Nossa visão baseia-se:
- na oportunidade única da Orizon construir uma operação pioneira de biometano;
- no potencial de crescimento orgânico e inorgânico no negócio de aterros;
- no desenvolvimento de novos negócios, como fertilizantes verdes, UTE e processamento de resíduos; e
- monetização de créditos de carbono.
- Finalmente, vemos uma TIR real de 14,6% ou 7,8x EV/EBITDA para ORVR3;
Clique aqui para acessar o relatório completo.
Raízen (RAIZ4): Destaques da visita à nova planta de etanol de segunda geração
- Na sexta-feira (24), participamos da cerimônia de inauguração da nova planta de etanol de 2ª geração (E2G) da Raízen no Bioparque Bonfim, com a presença de Ricardo Mussa (CEO), lideranças da companhia, além do Presidente Lula e demais representantes do governo;
- As principais mensagens foram: (i) ganhando uma boa vantagem competitiva; (ii) perspectiva positiva de demanda; e (iii) expansão adicional de capacidade de produção de E2G adiante;
- Voltamos da visita com uma visão positiva sobre o potencial da Raízen em alavancar sinergias de novas construções, ao mesmo tempo em que a velocidade de escala para colocar toda a produção rodando (nossa principal preocupação) permanece incerta;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Ambipar (AMBP3): Feedback do Investor Day 2024; Comprometidos com a redução da alavancagem
- A Ambipar realizou ontem seu primeiro Investor Day desde seu IPO;
- O evento contou com a participação de diretores, do controlador (Sr. Tércio) e conselheiros;
- Em relação à alavancagem, a empresa assumiu o compromisso de atingir 2,5x EV/EBITDA até 2026 (vs. 3,1x atualmente);
- Até então, a empresa não fará novas aquisições;
- Além disso, mencionaram que pretendem aumentar a utilização dos ativos existentes, explorar a venda cruzada de serviços, finalizar integrações, cortar custos, focar na desalavancagem e reinvestir organicamente no negócio;
- Acreditamos que foi importante o foco na redução da sua alavancagem, embora acreditemos que 2026 possa estar muito longe;
- Vemos também outros elementos da sua estratégia, como a integração de recentes fusões e aquisições e a alocação de capital, como questões relevantes na agenda do investidor;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- XP sela a compra de fatia minoritária da Manchester (Valor);
- Em seis meses, ‘open investment’ já chega a 360 milhões de trocas de informações (Valor);
- Nubank chega a R$ 290 bi em valor de mercado e volta a passar Itaú após dois anos (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Agenda de política: Deputados tentam destravar projeto de taxação de compras até US$ 50 (Valor Econômico);
- Josué e a isenção de US$ 50 para compras internacionais (O Globo);
- Desafio é criar ambiente menos hostil para a produção brasileira (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Possível fusão com Amil em hospitais estaria em linha com ações operacionais e estratégicas, diz Dasa (Valor Econômico);
- Planos de saúde: de janeiro a abril, ANS recebeu quase 6 mil reclamações por cancelamento unilateral de contratos (O Globo);
- Rede D’Or diz que oscilação das ações pode estar ligada ao noticiário envolvendo empresa (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Campos Neto vê ‘notícia ruim’ em projeções de inflação (Infomoney);
- Votação para aprovação do projeto de reoneração gradual deverá ser no começo de junho, após debate sobre medidas compensatórias (Sinduscon);
- Crédito imobiliário do SBPE alcança R$ 15,7 bilhões em abril, o melhor resultado do ano (Abecip);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Distribuidoras de energia criticam pontos de decreto e colocam em dúvida renovação das concessões (CNN Brasil);
- Brasil quer concluir antes do prazo acordo com Paraguai sobre Itaipu (Estadão);
- Silveira diz que R$ 15 bilhões em subsídios na conta de luz deveriam ir para o Orçamento (Estadão).
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Bullet;
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Em breve.
Alocação & Fundos
Estamos reiterando a nossa recomendação Compra para o JSRE11
- Os principais pontos da tese são:
- Boa qualidade dos imóveis do fundo;
- Expectativa de redução de vacância;
- Valuation com potencial de valorização;
- Clique aqui para baixar o relatório completo.
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- AFHI11, KNCR11: Veja a agenda de ofertas de fundos imobiliários desta semana (Suno);
- FIIs interrompem série de quedas, mas IFIX cai 0,39% no acumulado da semana (FIIs);
- ALZR11 fecha acordo para comprar 3 imóveis por R$ 151,75 milhões; como isso impacta os dividendos? (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Cresce a oferta e o patrimônio líquido de fundos ‘verdes’ em 2024, diz Anbima | Café com ESG, 27/05
- Pressionado por macro global e doméstico, o Ibovespa teve sua pior semana desde março de 2023, caindo 3,0%. No mesmo período, o ISE caiu 2,98%. O pregão de sexta-feira também terminou em queda, com o IBOV e o ISE recuando 0,33% e 0,45%, respectivamente;
- No Brasil, (i) o aumento da oferta de fundos chamados ‘verdes’ e do seu patrimônio líquido mostram que a sustentabilidade pauta cada vez mais o mercado de investimentos – dados da Anbima indicam 91 fundos IS (investimento sustentável) e 39 que integram aspectos ESG em março/24 (vs. 41 e 13 respectivamente em dez/22) e patrimônio líquido somados de R$ 13,4bi contra R$7,4bi no fim de 2022; e (ii) o fenômeno meteorológico La Niña, cuja principal característica é prolongar os períodos secos do ano, deve atrasar a retomada das chuvas nos reservatórios das hidrelétricas no período úmido e pressionar a oferta e a demanda de energia, segundo informações da Climatempo – no país, o setor hídrico já começou a tomar medidas emergenciais para evitar uma situação mais drástica no fim do ano;
- No internacional, segundo a Bloomberg, o governo americano deve apresentar essa semana um conjunto de diretrizes gerais para incentivar o uso de créditos de carbono como parte das estratégias climáticas corporativas – a ideia é promover os créditos de alta integridade, que apresentam reduções reais, adicionais e permanentes de emissões que não teriam ocorrido de outra forma;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Receita de carbono, Faria Lima discute clima e Brasil busca emissão de 2° título ESG | Brunch com ESG
- Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana;
- Nesta edição, destacamos: (i) Precificação de carbono rende US$104bi em 2023, aumento de 9,5% em relação ao ano anterior; (ii) Finanças sustentáveis e mudanças climáticas em alta na Faria Lima; e (iii) Após 1ª emissão de títulos verdes, Brasil se prepara para mais uma;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.


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