IBOVESPA +0,75% | 126,522 Pontos
CÂMBIO -0,31% | 5,77/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na terça-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,8%, aos 126.522 pontos, em um dia marcado pela divulgação do IPCA de janeiro, que veio ligeiramente abaixo das expectativas. Como resultado, os ativos locais tiveram um desempenho positivo: o dólar terminou o pregão em R$ 5,77 (-0,4%) e a curva de juros fechou em suas pontas mais curtas.
O principal destaque positivo do dia na Bolsa brasileira foi Carrefour Brasil (CRFB3, +10,1%), após a empresa divulgar, via fato relevante, que seu controlador, o grupo francês Carrefour, enviou uma proposta ao conselho de administração com o objetivo de fechar o capital da companhia. Já a Vivara (VIVA3, -2,2%) terminou o pregão em queda, repercutindo o anúncio da saída do diretor de marketing da empresa.
Nesta quarta-feira, o destaque da agenda econômica será a inflação ao consumidor (CPI) de janeiro nos EUA. Pela temporada de resultados do 4T24, teremos TOTVS, enquanto pela temporada internacional, Barrick Gold, Exelon, Heineken, Kraft Heinz e Reddit reportam seus balanços.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com fechamento ao longo da curva. No Brasil, a alta do IPCA de janeiro (0,16% m/m), em linha com as estimativas do mercado, e a expectativa dos investidores sobre a concretização de um acordo entre os governos do Brasil e dos EUA para eliminar ou mitigar as tarifas ajudaram a reduzir a precificação de risco nos ativos locais. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,94% (- 5,8bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 15,06% (- 12,6bps); DI jan/29 em 14,83% (- 9,9bps); DI jan/31 em 14,8% (- 9bps).
Nos EUA, o discurso do presidente do Fed, Jerome Powell, ao Senado americano foi visto como pessimista pelo mercado, que passou a precificar uma política monetária restritiva por um período mais longo. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 4,29% (+1,0bp), enquanto os de dez anos em 4,54% (+3,0bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em queda (S&P 500: -0,2%; Nasdaq 100: -0,1%) enquanto investidores aguardam dados de inflação (CPI e PPI) durante a semana. A taxa das Treasuries opera em alta durante a manhã, após Jerome Powell dizer que o Fed não precisa ter pressa para fazer mais cortes na taxa de juros americana.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,1%) após bons resultados de empresas. Na China, as bolsas fecharam em alta (CSI 300: +1,0%; HSI: +2,6%), com otimismo em relação às ações chinesas ser ainda mais impulsionado após o anúncio de parceria entre Apple e Alibaba para levar mais ferramentas de IA para os produtos da Apple na China.
IFIX
O índice de fundos imobiliários, o IFIX, andou de lado na terça-feira. Os FIIs de papel integrantes do IFIX tiveram desempenho médio de -0,02%, enquanto os FIIs de tijolo tiveram performance média de 012% no dia.
Economia
No Brasil, o IPCA de janeiro subiu 0,16% ante dezembro, abaixo das expectativas, devido ao bônus da usina de Itaipu nas tarifas de energia, reduzindo o acumulado em 12 meses para 4,56%. A leitura trouxe surpresas benignas, especialmente em bens industriais e serviços, levando a uma reação favorável do mercado. No entanto, enxergamos o alívio como temporário, já que a queda na energia será revertida em fevereiro, e os fundamentos econômicos ainda apontam para aceleração da inflação em serviços e bens. Seguimos projetando IPCA de 6,1% em 2025, com a Selic atingindo 15,50%. Na agenda de hoje, destaque para a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS) de dezembro.
Nos Estados Unidos, o presidente do Fed, Jerome Powell, afirmou que não há pressa para mudar a política de juros do país, dada a solidez da economia e do mercado de trabalho. O mercado espera apenas um corte de juros em meados do ano, enquanto antecipamos taxas estáveis ao longo de 2025. A atenção desta quarta-feira está voltada para o CPI americano de janeiro, com expectativa de alta mensal de 0,3% e acumulado de 2,9% em 12 meses.
Veja todos os detalhes
Economia
IPCA abaixo das expectativas anima mercado; CPI americano no centro das atenções nessa quarta-feira
- Nos Estados Unidos, Jerome Powell, presidente do Fed, banco central americano, afirmou que a instituição não tem pressa para alterar a atual política de juros, uma vez que a atividade econômica e o mercado de trabalho seguem sólidos e a inflação acima da meta de 2%. Vale lembrar que em dezembro, o Fed manteve suas taxas de juros estáveis após um período de relevantes cortes. O mercado atribui maior probabilidade de que haja apenas um corte, em meados do ano, embora nós da XP projetemos taxas estáveis ao longo de 2025. Consideramos que a economia segue equilibrada com as atuais condições monetárias, e os riscos de inflação são, em média, para cima.
- Na agenda de hoje, o destaque será a divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos – dado referente a janeiro. O mercado espera alta de 0,3% na variação mensal, condizente com estabilidade do acumulado em doze meses em 2,9% – inflação segue acima da meta de 2%, portanto. A atenção especial se dará para a dinâmica de núcleos – métrica que expurga itens voláteis, como energia e alimentos – e em serviços. São esperadas, em geral, acelerações para tais métricas.
- No Brasil, o IPCA de janeiro avançou 0,16% na comparação mensal, abaixo da sazonalidade para o mês, devido ao pagamento do bônus da usina da Itaipu nas tarifas de energia. Com isso, o acumulado em doze meses cedeu de 4,83% para 4,56%, ainda acima do limite superior da meta de inflação (4,5%). A leitura trouxe surpresas baixistas, com destaque para bens industriais e serviços. Com o receio de uma deterioração adicional no cenário de inflação, após um IPCA-15 surpreendentemente alto, os ativos reagiram positivamente na sessão de ontem. Acreditamos que o alívio seja temporário, uma vez que a queda de energia elétrica será completamente revertida em fevereiro e os fundamentos econômicos ainda sugiram aceleração para serviços e bens. Destacamos a resiliência da atividade econômica e do mercado de trabalho, além da depreciação do Real no último trimestre como fatores essenciais para essa argumentação. Dito isso, seguimos projetando IPCA de 6,1% em 2025 e que a Selic atinja 15,50% em junho para garantir a convergência da inflação rumo à meta de 3,0% no médio prazo. Na agenda doméstica de hoje, o destaque será a divulgação da Pesquisa Mensal de Serviços pelo IBGE às 9:00 – dado referente a dezembro. Esperamos que o indicador avance 0,2% na comparação com outubro, o que representaria alta de 3,7% em 2024. Dados de atividade tem suscitado relevância adicional no atual contexto, uma vez que a economia superaquecida como está implica inflação e juros mais altos adiante
Empresas
Relatório Temático | Saúde e Varejo – Esculpindo o sucesso: A Revolução Ozempic
- À luz do enorme sucesso do Ozempic e como sua patente está prestes a expirar em julho/26 no Brasil, analisamos mais de perto seu mercado e mapeamos as possíveis implicações para as empresas listadas. Nosso relatório está dividido em 7 seções: 1) O mercado; 2) Os tratamentos; 3) Inovação; 4) As duas principais empresas; 5) Expiração de patentes; 6) O mercado brasileiro; e 7) Potenciais Implicações para as empresas listadas.
- Em suma, vemos o fim da patente do Ozempic no Brasil como positivo para as Farmácias, sendo uma alavanca de volume e margem;
- Como estruturalmente positivo para a HYPE, apesar da potencial pressão nas margens no curto-prazo, com os investimentos iniciais e conforme as vendas aumentam; e
- Marginalmente positivo para os planos de saúde e hospitais verticalizados, dadas as melhores tendências estruturais em meio a um acesso mais amplo aos tratamentos de obesidade.
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MSCI Brazil: Rebalanceamento de fevereiro de 2025
- No dia 11 de fevereiro, a MSCI divulgou as alterações nos seus índices globais que serão implementadas na abertura do dia 3 de março.
- No MSCI Brazil não houve adições, mas serão excluídos 6 nomes: StoneCo (STNE, STOC31), Hapvida (HAPV3), Cosan (CSAN3), Inter & Co (INTR, INBR32), Hypera (HYPE3) e CSN (CSNA3) — dos quais três foram antecipados em nossa prévia.
- Além disso, o peso do Brasil no MSCI Emerging Markets deve cair para 4,432% dos atuais 4,477%.
- No restante da América Latina, o MSCI Mexico teve uma adição, Qualitas (Q*), e uma exclusão, Opsimex (SITES1).
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Mineração e Siderurgia: Avaliando os Potenciais Impactos das “Tarifas de Trump”; Preços do Minério de Ferro Sobem 1% S/S
- O tema principal da semana foram as “tarifas de Trump” sobre aço e alumínio.
- Observamos que:
- Trump anunciou uma tarifa de importação de 25% sobre aço e alumínio, levantando preocupações sobre os potenciais impactos nas exportações do Brasil. Dito isso, notamos que os impactos nas empresas sob nossa cobertura (Gerdau, CSN, Usiminas e CBA) são relativamente baixos, dado sua exposição limitada a exportações para os Estados Unidos, com implicações positivas para a Gerdau.
- Os estoques de minério de ferro nos portos da China aumentaram 1% S/S, com minério brasileiro caindo 1% S/S, e minério australiano subindo 2% S/S nos portos chineses; enquanto os estoques de aço longo e plano da China aumentaram S/S, seguindo a sazonalidade normal.
- Vemos as ações da Vale precificando o minério de ferro a US$67/t, enquanto as ações da CBA estão a US$2.160/t, com quedas de 36% e 19% em relação aos preços à vista do minério de ferro e do alumínio, respectivamente.
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Carrefour Brasil (CRFB3): Au Revoir, Brasil! Potencial Deslistagem Anunciada
- Hoje, a CRFB emitiu um fato relevante sobre um potencial deslistagem de suas ações;
- A transação implica três alternativas diferentes para os acionistas minoritários: (i) um pagamento em dinheiro de R$7,7/ação; (ii) uma mistura de pagamento em dinheiro de R$3,85/ação e ações da Carrefour França (CA); ou (iii) pagamento total em ações do CA;
- Em nossa visão, o negócio deve ser aprovado até o segundo trimestre, e, assim, acreditamos que a ação irá negociar com base nas proporções propostas para o negócio;
- Como resultado, nosso novo preço-alvo para o final de 2025 é de R$7,70/ação;
- Por fim, vemos um efeito positivo da proposta para os pares do Carrefour Brasil, com os termos propostos atuando como um potencial piso de valuation (a 8x P/L 2026), enquanto o momento do anúncio pode ser visto como uma indicação positiva para tendências futuras;
- Mantemos nossa recomendação de Compra para GMAT e ASAI;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Carrefour propõe fechar capital da companhia no Brasil (Valor Econômico);
- Dona da Centauro troca CEO. Zemel sai depois de 9 anos; Furtado assume (Brazil Journal);
- Vivara anuncia renúncia do diretor executivo de marketing (Valor Econômico);
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- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- MSCI Brazil: confira as mudanças da principal ‘cesta de ações brasileiras’ no exterior (Valor Econômico);
- Abramge entra na justiça contra consulta pública da ANS sobre política de preços e reajustes (Futuro da Saúde);
- Seis hospitais da Rede D’Or deixam de atender usuários da Unimed Ferj (CQCS);
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields hold steady as investors anticipate consumer inflation data (CNBC);
- Haddad diz que tarifa sobre o aço não é decisão dos EUA contra o Brasil (Folha de São Paulo);
- Família Diniz troca participação no Carrefour Brasil por fatia maior na matriz francesa (Estadão);
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Estratégia
2025 inicia com fortes entradas de fluxos estrangeiros – Fluxo em foco
- Em janeiro, os investidores estrangeiros foram compradores líquidos de ações no Brasil, registrando um fluxo líquido positivo de R$ 11,3 bi, sendo R$ 6,8 bi no mercado à vista e R$ 4,5 bi em futuros. O forte fluxo no mercado à vista foi impulsionado, principalmente, pela liquidação da participação da Cosan (CSAN3) na Vale (VALE3). Excluindo o dia dessa transação, os fluxos estrangeiros no mercado à vista foram de R$ 0,3 bi. Além disso, a combinação de um cenário global mais benigno e de ruídos domésticos reduzidos levou a uma descompressão dos prêmios de risco ao longo de janeiro, o que também contribuiu para o aumento do fluxo de capital estrangeiro na Bolsa;
- Por outro lado, os investidores institucionais foram vendedores líquidos, com saídas de R$ 4,0 bi, enquanto os investidores pessoa física também apresentaram saldo negativo, com saídas líquidas de R$ 1,1 bi;
- A indústria de fundos teve um mês levemente negativo: os fundos multimercado e de ações continuaram registrando resgates líquidos, enquanto os fundos de renda fixa retomaram a tendência positiva após um fraco desempenho em dezembro;
- Os fundos de ações, em particular, registraram resgates líquidos em todas as categorias, com destaque para os fundos ativos, que tiveram saídas de R$ 6,6 bi, e os fundos de investimento no exterior, que perderam R$ 1,7 bi.;
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Pesquisa com assessores XP: Sentimento em relação a ações melhora
Nesta edição da nossa pesquisa com assessores filiados à XP, vimos uma redução do sentimento pessimista em relação a ações. Os principais pontos da pesquisa foram:
- O apetite por investimento em Renda Variável melhorou, com 20% (+2 p.p. M/M) indicando que seus clientes planejam aumentar a exposição, enquanto 17% planejam diminuí-la (-13 p.p. M/M);
- O sentimento dos assessores aumentou para 5,8 em relação a 5,0 em janeiro (numa escala de 0 a 10);
- Renda Fixa permanece como a classe de ativo preferida entre os clientes, seguida por investimentos internacionais;
- Preocupações com riscos fiscais, juros domésticos mais altos e instabilidade política continuam sendo o foco;
- Osclientes estão com perspectivas neutras em relação a temporada de resultados e evitam exposição a nomes com alta alavancagem financeira, exposição a riscos políticos e alta sensitividade aos juros.
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Capitânia zera vacância em seu empreendimento em Mauá em uma locação de 8.3 mil m² (SiiLA);
- FII da Jive Mauá paga R$ 1 bi por galpões de Michael Klein (Brazil Journal);
- Nível de desconto dos fundos imobiliários é o segundo maior da história, diz estudo (Fiis).
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ESG
Departamento de Energia dos EUA aprova financiamento para expansão de refinaria de SAF | Café com ESG, 12/02
- O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV avançando 0,8% e o ISE subindo 1,7%;
No Brasil, (i) a Vale e a Caterpillar anunciaram ontem um novo acordo de cinco anos para ampliar a parceria em produtividade e inovação, visando à redução de custos operacionais, o aumento da eficiência, além de iniciativas de redução de emissões de carbono – as empresas também reafirmaram o compromisso assumido em abril do ano passado de cooperar para o desenvolvimento de um caminhão movido a diesel e etanol; e (ii) a ExxonMobil e a Petronas anunciaram, separadamente, apoio a projetos de estudo de captura de carbono em ecossistemas costeiros no país – no caso da ExxonMobil, a iniciativa vai avaliar o potencial de sequestro de carbono em manguezais, recifes de corais e gramas marinhas, localizados em estados como Pará, Ceará, Alagoas, Bahia e Rio de Janeiro;
No internacional, o departamento de energia do presidente Donald Trump anunciou ontem que aprovou um financiamento à Calumet para a expansão de uma refinaria de combustível de aviação sustentável (SAF) em Montana – o empréstimo permitirá que a produção seja expandida para 315 milhões de galões por ano (vs. 140 milhões atualmente), o que representa aproximadamente metade da produção de SAF do país; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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