Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV avançando 0,8% e o ISE subindo 1,7%.
• No Brasil, (i) a Vale e a Caterpillar anunciaram ontem um novo acordo de cinco anos para ampliar a parceria em produtividade e inovação, visando à redução de custos operacionais, o aumento da eficiência, além de iniciativas de redução de emissões de carbono - as empresas também reafirmaram o compromisso assumido em abril do ano passado de cooperar para o desenvolvimento de um caminhão movido a diesel e etanol; e (ii) a ExxonMobil e a Petronas anunciaram, separadamente, apoio a projetos de estudo de captura de carbono em ecossistemas costeiros no país - no caso da ExxonMobil, a iniciativa vai avaliar o potencial de sequestro de carbono em manguezais, recifes de corais e gramas marinhas, localizados em estados como Pará, Ceará, Alagoas, Bahia e Rio de Janeiro.
• No internacional, o departamento de energia do presidente Donald Trump anunciou ontem que aprovou um financiamento à Calumet para a expansão de uma refinaria de combustível de aviação sustentável (SAF) em Montana - o empréstimo permitirá que a produção seja expandida para 315 milhões de galões por ano (vs. 140 milhões atualmente), o que representa aproximadamente metade da produção de SAF do país.
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Brasil
Empresas
LWSA (LWSA3) elege Rafael Alves como novo CEO da companhia
"O Conselho de Administração da LWSA (LWSA3) elegeu Rafael Chamas Alves, atual Chief Operating Officer (COO) da companhia para assumir a posição de Diretor Presidente (CEO). No mesmo ato, o Conselho de Administração da companhia aprovou a eleição de Fernando Biancardi Cirne, que liderou a LWSA nos últimos 6 anos como Diretor Presidente, para o cargo de Membro Efetivo do Conselho de Administração da companhia, que estava vago em razão da renúncia."
Fonte: InfoMoney; 11/02/2025
Casa dos Ventos fornecerá energia eólica para Indovinya
"A Casa dos Ventos vai fornecer energia eólica, durante 15 anos, para a Indovinya, braço do grupo de petroquímicos Indorama Ventures. A eletricidade virá do Complexo Eólico Babilônia Sul, localizado em Morro do Chapéu e Várzea Nova, na Bahia. O parque tem capacidade total instalada de 360 megawatts (MW), a partir de 80 aerogeradores. Segundo comunicado divulgado pelas empresas na segunda-feira (10/2), o empreendimento pode evitar a emissão de aproximadamente 580 mil toneladas de gás carbônico por ano. Com a parceria, a Indovinya terá cerca de 50% da energia elétrica utilizada nas unidades da América do Sul de fontes renováveis. As companhias afirmaram que esse é o primeiro passo para viabilizar a substituição de combustíveis fósseis utilizados nas unidades industriais da Indovinya para a geração de vapor. “O contrato terá um papel importante na descarbonização da indústria química brasileira e, além dos benefícios ambientais, a parceria de longo prazo também proporciona previsibilidade de custos e contribuirá para que a Indovinya avance em suas metas de sustentabilidade”, disse em nota o diretor-executivo da Casa dos Ventos, Lucas Araripe."
Fonte: Eixos; 11/02/2025
ExxonMobil e Petronas estudam captura de carbono em ecossistemas costeiros no Brasil
"A ExxonMobil e a Petronas anunciaram, separadamente, apoio a projetos de estudo de captura de carbono em ecossistemas costeiros no Brasil. No caso da ExxonMobil, a iniciativa vai avaliar o potencial de sequestro de carbono em manguezais, recifes de corais e gramas marinhas, localizados em estados como Pará, Ceará, Alagoas, Bahia e Rio de Janeiro. O projeto, com duração de quatro anos e um investimento de R$ 28 milhões, é financiado por meio da cláusula de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação (PD&I) da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e envolve instituições como a Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), a Universidade Federal Fluminense (UFF) e a Universidade Federal do Ceará (UFC). Paralelamente, o projeto BlueShore — Florestas de Carbono Azul para mitigação de mudanças climáticas offshore, desenvolvido pelo Centro de Pesquisa para Inovação em Gases de Efeito Estufa (RCGI – Research Centre for Greenhouse Gas Innovation, em inglês), com aporte de R$ 8 milhões da Petronas Petróleo Brasil, busca entender o potencial de captura de carbono dos manguezais brasileiros. O estudo conta com uma parceria da ESALQ-USP com a UFC, Universidade Federal do Espírito Santo (UFES), Instituto de Biologia da USP (IB-USP), Instituto de Energia e Ambiente da USP (IEE-USP), entre outras. Recentemente, a TotalEnergies e a QatarEnergy também lançaram o projeto MARES, com a Universidade de São Paulo (USP), para restauração de manguezais, com um estudo de caso no sítio Cananéia (SP). O Brasil é o segundo país com maior área de florestas de manguezais no mundo, cobrindo pouco mais de 1 milhão de hectares."
Fonte: Eixos; 11/02/2025
Fraude na mistura do biodiesel cresce depois de ampliação do mandato
"A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) registrou um aumento nos casos de adulteração do teor de biodiesel no diesel em 2024, acompanhado de uma maior ocorrência dos casos autuados. Ano passado, 239 operações resultaram em autuações por descumprimento da mistura obrigatória, frente a 167 no ano anterior; e 85 em 2022. Os números demonstram um número crescente de agentes, entre postos, bases de distribuidoras e de TRRs (transportadores), onde fiscais da ANP encontraram diesel com teor de biodiesel fora da norma. Foram 68 em 2020, 144 em 2023, e 202 em 2024. Os dados públicos da agência indicam que o aumento não se dá por aumento nas ações de fiscalização, mas, de fato, por uma maior predominância dos casos, que vêm crescendo desde 2022, época em que vigorava a mistura de 10%. Os percentuais foram retomados, de forma escalonada, neste terceiro mandato do presidente Lula (PT) e, a partir de março, o biodiesel representará 15% do diesel B, vendido nos postos. Usineiros e distribuidoras — que se queixam de uma competição desleal — vem pressionado o governo e a ANP pela execução de artigo incluído na lei 15.082/2024, que prevê o bloqueio da comercialização das empresas pelo não cumprimento do mandato de biodiesel. O governo está trabalhando na edição de um decreto regulamentador. Recentemente, casos envolvendo empresas do segmento TRR (transportadores, revendedores retalhistas) foram apresentados ao governo. Esse elo da cadeia atua no transporte e comercialização de grandes volumes de diesel para atendimento a rotas rodoviárias."
Fonte: Eixos; 11/02/2025
Petrobras envia ao Ibama plano para adequar navio sonda para operar na Foz do Amazonas
"A Petrobras pediu ao Ibama autorização para remover colônias de coral-sol do casco do navio sonda ODN-II (NS-42), da Foreasea, destacado para a operação no bloco FZA-M-59, na Margem Equatorial. A companhia encaminhou a proposta para remoção da incrustação ao órgão ambiental, após inspeção realizada em dezembro. A remoção das colônias é um procedimento típico de operações offshore quando envolve a mobilização de equipamentos do Sudeste para áreas não afetadas, como é o caso da região Norte. O tratamento dura cerca de 60 dias, mas a companhia avalia como reduzir esse tempo para deixar a unidade de prontidão. No início de 2023, a sonda foi enviada à Margem Equatorial e permaneceu mobilizada, na expectativa de que fosse autorizada a perfuração do poço. No fim de junho de 2023, a Petrobras realocou o navio para operar no campo de Jubarte, na Bacia do Espírito Santo. Também realizou perfurações na bacia Potiguar e chegou a passar por procedimento de limpeza do casco na Baía de Guanabara, mas terá de fazer novamente a remoção do coral-sol antes de seguir viagem rumo à margem equatorial. A Petrobras tenta a obtenção de licença ambiental, atualmente em reanálise pelo Ibama após negativa por questões relacionadas ao Plano de Proteção à Fauna (PPAF) e impacto da operação às comunidades tradicionais. A Petrobras iniciou as obras da Unidade de Estabilização e Despetrolização em Oiapoque (UED-OIA), no Amapá. A construção da UED é uma das exigências do órgão ambiental para a aprovação do PPAF e da licença para a perfuração na bacia da Foz do Amazonas."
Fonte: Eixos; 11/02/2025
Abeeólica: prioridades para 2025 incluem fim de subsídios e revogação de benefícios a térmicas
"A Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) apresentou no Congresso Nacional as prioridades do setor para o ano de 2025, incluindo projetos de lei defendidos pelo grupo, o fim da concessão de subsídios para “tecnologias amplamente conhecidas” e a revogação da expansão de usinas termelétricas. O grupo também mostrou apoio ao projeto de lei nº 5.719/2023 que altera lei sobre a concessão de financiamento vinculado à exportação de bens ou serviços nacionais. Outra defesa é o incentivo à produção nacional de fertilizantes. Vejas a lista de prioridades: (i) Fim dos subsídios. A entidade defende o fim da concessão de novos subsídios tarifários que tenham o caráter de “perpetuar benefícios injustificáveis do ponto de vista econômico”. É citada a exploração de tecnologias já amplamente conhecidas e inseridas no mercado brasileiro. (ii) Micro e minigeração distribuída (MMGD). A Abeeólica defende a rejeição dos projetos com eventual alteração da lei 14.300/2020, que instituiu o marco legal da microgeração e minigeração distribuída. O grupo quer afastar a “expansão predatória” de benefícios já previstos e argumenta que os incentivos fiscais e tarifários já foram capazes de trazer os resultados almejados. (iii) Abertura do mercado livre. É defendida uma ampliação gradual e controlada do acesso ao mercado livre, garantindo a “alocação de encargos, a redução de subsídios e isonomia entre os usuários do sistema”, declara. A Abeeólica também fala em inclusão da baixa tensão a consumidores residenciais."
Fonte: Eixos; 11/02/2025
Dow adota transporte ferroviário e mira corte de até 45% em emissões
"Na Dow, a logística representa um desafio de descabonização: especialmente no escopo 3, que representa 70% das emissões de CO₂ da companhia e inclui o deslocamento e distribuição de insumos e produtos. Pensando em reduzir sua pegada de carbono, a gigante química está apostando em um modelo de transporte ferroviário para suas operações no Brasil e inicia a implementação da primeira fase do projeto neste início de 2025. No país, o setor de transportes é um dos mais poluentes e o rodoviário ainda predomina, mesmo sendo o menos eficiente. Desenvolvido em parceria com as empresas MRS Logística, Contrail Logística e DP World Brasil, a rota de trens conecta o Porto de Santos às unidades da empresa em Hortolândia e Paulínia, no interior de São Paulo. A iniciativa pode reduzir em até 45% as emissões de CO2 por ano nas rotas selecionadas, contribuindo para a meta da Dow de cortar 5 milhões de toneladas de carbono até 2030, em relação aos níveis de 2020. O transporte será coordenado pela Contrail Logística, que gerencia o Terminal Intermodal de Jundiaí (TIJU). O fluxo logístico começa no terminal marítimo da DP World Brasil, no Porto de Santos, passando pelo desembaraço aduaneiro na DSV – Global Transporte e Logística. Os contêineres seguem pela ferrovia da MRS Logística até o TIJU, de onde são levados por caminhões até as fábricas. Segundo a Dow, o projeto proporciona outros benefícios: custo logístico competitivo e mais segurança, com a diminuição nos riscos de ocorrência de incidentes."
Fonte: Exame; 11/02/2025
Vale e Caterpillar assinam acordo para ampliar produtividade e inovação
"A Vale e a Caterpillar anunciaram nesta terça-feira (11) um novo acordo de cinco anos para ampliar foco em produtividade e inovação, visando reduzir custos operacionais e aumento de eficiência, incluindo iniciativas de redução de emissões de carbono. As empresas também reafirmaram o compromisso assumido em abril do ano passado de cooperar para o desenvolvimento de um caminhão fora de estrada bicombustível, movido a diesel e etanol. Dentro do acordo, a Vale também pretende testar um caminhão elétrico a bateria e o sistema de transferência dinâmica de energia em desenvolvimento pela companhia americana. Perto do fim da manhã desta terça, as ações da Vale caíam 1,08%, cotadas em R$ 54,80. Caterpillar recuava 0,74%, a US$ 350,53, no pré-mercado da Bolsa de Nova York (Nyse)."
Fonte: Valor Econômico; 11/02/2025
GE Vernova fecha fábrica de pás eólicas em Suape (PE) e demite mil funcionários
"A GE Vernova vai encerrar as operações da fábrica de pás eólicas de sua subsidiária LM Wind Power em Suape (PE) devido à queda na demanda no mercado latino-americano. A decisão da companhia deve resultar na demissão de cerca de mil funcionários, refletindo mais um desdobramento da crise da indústria eólica no Brasil. “Devido à queda na demanda no mercado latino-americano, nossa fábrica de pás eólicas LM Wind Power em Suape, Brasil, encerrará suas operações. Esta foi uma decisão difícil, e estamos totalmente comprometidos em apoiar nossos funcionários impactados e faremos tudo o que pudermos para fornecer a eles benefícios abrangentes de rescisão e transição”, diz a nota da empresa. A companhia acrescenta que está tomando várias medidas para apoiar os funcionários durante esta transição, o que inclui o pagamento de indenização, continuação dos benefícios por um período definido, serviços de transição de carreira e apoio à recolocação. O processo de desindustrialização na cadeia eólica brasileira tem gerado alarme no setor com a notícia de que diversos fabricantes estão deixando o Brasil ou diminuindo a produção devido à baixa demanda de contratos no mercado interno. Em 2022, a americana GE Renewable Energy revisitou sua estratégia global e anunciou a suspensão da produção de novas turbinas eólicas no Brasil. Em 2023, a Siemens Gamesa hibernou as operações da fábrica em Camaçari (BA) para ajustar sua estrutura produtiva e atender às demandas do mercado."
Fonte: Valor Econômico; 11/02/2025
Indicador de governança nas estatais volta repaginado
"A Portaria SEST/MGI nº 279, de 10 de janeiro de 2025, da Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI), instituiu o Indicador de Governança e Políticas Públicas (IG-Sest). Na realidade, não se trata de algo inédito, mas, sim, de um relançamento. O IG-Sest estreou em 2017, passou por um total de seis ciclos de avaliação — sempre com ajustes pontuais entre uma e outra rodada —, até entrar em hibernação no fim de 2022. Ainda não sabemos como será a versão de 2025 do IG-Sest, mas a simples retomada da iniciativa, bastante aguardada por quem acompanhava esse indicador desde o início, já deve ser celebrada por pelo menos dois motivos. O primeiro é a chance de contarmos novamente com um mecanismo de transparência para organizações que têm um incrível peso no ambiente de negócios e na percepção sobre a governança praticada no Brasil. O segundo é a possibilidade de apreciá-lo sob a ótica das novas diretrizes para a governança corporativa para empresas estatais da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE). A OCDE publicou a terceira edição dessas diretrizes em outubro de 2024, nove anos após a segunda edição. Em complemento à publicação atualizada, a OCDE liberou um estudo sobre como esse tema é tratado em mais de 40 países. Podemos esperar por mudanças substanciais no IG-Sest, a começar pelo título, com o acréscimo de "políticas públicas". Originalmente, o IG-Sest foi concebido para incentivar a adoção das práticas de governança exigidas pela Lei 13.303/2016."
Fonte: Valor Econômico; 11/02/2025
Política
Trump suspende parceria dos EUA com Ibama para prevenir incêndios florestais
"O governo dos Estados Unidos suspendeu uma parceria com o Brasil para prevenção de incêndios florestais. A medida foi tomada após o decreto assinado pelo presidente americano Donald Trump, que suspendeu as atividades de assistência internacional. O Serviço Florestal dos Estados Unidos executava no Brasil o Programa de Manejo Florestal e Prevenção de Incêndios para treinamento de brigadistas. A iniciativa era financiada pela USAID (Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional), que tem sido alvo de uma ofensiva de Trump pelo seu fechamento. Na sexta-feira, 7, um juiz federal bloqueou a tentativa de Donald Trump de desmantelar a USAID. O presidente americano acusou a agência de corrupção e fraude sem apresentar provas. E escreveu “Feche isso” em suas redes sociais. “O Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) esclarece que recebeu e-mail informando que, devido a um decreto federal, nesse período de transição do governo dos EUA, as atividades de assistência internacional estariam suspensas por 90 dias”, afirmou o Ibama em nota. Diante da interrupção da cooperação internacional, as atividades estão sendo reprogramadas pelo Ibama, pelo Instituto Chico Mendes de Biodiversidade (ICMBio), outro órgão ligado ao Ministério do Meio Ambiente, pela Funai, vinculada à pasta dos Povos Originários. Os órgãos brasileiros farão uma análise para definir se manterão as reuniões previstas mesmo sem participação dos Estados Unidos ou se elas serão remarcadas."
Fonte: InfoMoney; 11/02/2025
"Em meio ao debate pelo ressarcimento dos cortes de geração (curtailment), o diretor-geral da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, disse na terça-feira (11/2) que qualquer medida que gere impactos ao consumidor terá que ser fundamentada. Feitosa defende que existem riscos inerentes aos empreendedores e que prejuízos podem ocorrer. “Qualquer solução que atribua integralmente o ônus de uma atividade privada ao consumidor de energia elétrica terá que ser muito bem discutido aqui na agência”, disse. O tema está sendo discutido na Justiça, após ação aberta pela Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica) e pela Associação Brasileira de Energia Solar (Absolar) no ano passado. Uma decisão do Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) determinou que geradores sejam indenizados pelos cortes de geração, mas a decisão foi derrubada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Herman Benjamin. Na visão do diretor-geral da Aneel, o processo que regulamenta o curtailment em discussão na Aneel seria suficiente para esclarecer pontos importantes e poderia ser um norte para as demandas na Justiça. A regulamentação do tema está em fase de consulta pública, sob a relatoria da diretora Agnes da Costa, com previsão de contribuições até o fim do mês. “Eu espero que uma vez o processo da diretora Agnes sendo apresentado, discussões importantes que estão hoje pendentes em função da não deliberação desse processo, esvaziem o processo judicial e, mais uma vez, estou à disposição, se for interesse dos agentes procurarem agência, estamos à disposição”, afirmou."
Fonte: Eixos; 11/02/2025
E30 pode reduzir dependência do Brasil de gasolina importada, avalia MME
"O Ministério de Minas e Energia (MME) avalia que a adoção do E30, uma mistura de 30% de etanol anidro na gasolina C, pode eliminar boa parte da dependência do Brasil em relação à importação de gasolina A. Em 2024, as importações de gasolina somaram 2,87 bilhões de litros, um recuo de cerca de 30% em relação ao ano anterior. “Com o E30, a gente zera a dependência de 700 milhões de litros de gasolina A”, afirmou Pietro Mendes, secretário de Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis do MME, durante a comissão especial sobre transição energética e produção de hidrogênio verde da Câmara dos Deputados, nesta terça (11/2). A substituição desse montante corresponderia a 1,2 bilhão de litros de etanol, segundo o secretário. De acordo com a ANP, há uma capacidade de cerca de 6,9 bilhões de litros de etanol para entrar em operação ainda este ano, puxada pelo aumento de novos projetos de etanol de milho. “Podemos sair da dependência externa da gasolina com um E30. Estamos bastante esperançosos com relação a isso. E aí, isso [se converte em] geração de empregos, incremento da renda”, disse Mendes. Segundo o secretário, o E30 é uma das regulamentações mais avançadas da agenda do Combustível do Futuro, aprovado no ano passado. O MME tem trabalhado para viabilizar a aplicação da mistura no mercado e, atualmente, estão em curso testes conduzidos pelo Instituto Mauá, em parceria com a indústria automotiva, produtores de biocombustíveis e entidades como a Anfavea e a Unica."
Fonte: Eixos; 11/02/2025
Internacional
Empresas
Goldman Sachs abandona compromisso de diversidade em IPOs
"O Goldman Sachs está abandonando um compromisso significativo que fez de recusar negócios de ofertas públicas iniciais (IPOs) com empresas que tinham conselhos de administração compostos apenas por homens brancos. O principal banco de investimento de Wall Street tinha uma política de que só levaria uma empresa a público nos EUA ou na Europa Ocidental se ela incluísse dois membros diversos no conselho, sendo que um deles deveria ser uma mulher. A regra foi inicialmente estabelecida em 2020, com a exigência de pelo menos um membro diverso no conselho. “Como resultado de desenvolvimentos legais relacionados aos requisitos de diversidade no conselho, encerramos nossa política formal de diversidade no conselho”, disse Tony Fratto, um porta-voz do Goldman Sachs. O compromisso foi feito em um momento em que grande parte da América corporativa estava envolvida no fervor de promover a diversidade. Grandes empresas de gestão de ativos como a BlackRock estavam votando contra diretores em empresas que não tinham uma mulher no conselho. O Goldman usou seu peso no negócio de IPOs para exigir mudanças em empresas que acreditava estar ficando para trás, e até ignorou reclamações de seus próprios clientes para avançar com essa medida. O Goldman já aconselhou em ofertas públicas iniciais que não parecem atender aos seus critérios de diversidade. Nas últimas semanas, ajudou em listagens para a empresa de cimento Titan America e para a exportadora de energia Venture Global Inc., que pareciam não atender ao requisito de ter dois membros diversos no conselho ao se tornarem públicas."
Fonte: InfoMoney; 11/02/2025
"A principal agência de 'proxy', Institutional Shareholder Services (ISS), anunciou na terça-feira que não considerará mais a diversidade de gênero, raça ou etnia dos conselhos de administração das empresas dos EUA ao fazer suas recomendações de voto. Em uma declaração publicada em seu site, a ISS citou que, nos EUA, “recentemente houve uma maior atenção às práticas de diversidade, equidade e inclusão (DEI), incluindo a emissão, no mês passado, de ordens executivas presidenciais sobre DEI”. A mudança anunciada na terça-feira pelo influente consultor de procurações representa um passo significativo na forma como executivos e investidores reagem aos esforços da administração do presidente Donald Trump para eliminar as considerações sobre DEI, impactando o governo e os negócios. As salas de reuniões do conselho de administração do S&P 500 têm se tornado lentamente mais representativas desde o movimento Black Lives Matter de 2020, mas os avanços para mulheres e minorias recentemente têm diminuído à medida que as empresas atingem suas metas e analisam outras prioridades de recrutamento. Os principais investidores, como BlackRock e Vanguard, já reduziram a importância das considerações sobre diversidade em suas políticas de governança. A BlackRock, por exemplo, eliminou recentemente uma meta de 30% de diversidade para os conselhos de administração a partir do final de 2021, destacando que 98% dos conselhos de administração do S&P 500 já haviam atingido essa meta."
Fonte: Reuters; 11/02/2025
BYD assume liderança no mercado automotivo chinês desbancando estrangeiros e estatais
"A BYD liderou o mercado de veículos de passeio da China em vendas pela primeira vez em 2024, destacando a ascensão de empresas privadas em um setor há muito dominado por parcerias entre montadoras estatais e estrangeiras. As vendas da BYD saltaram 46% no ano, para cerca de 3,65 milhões de veículos, de acordo com a MarkLines. As vendas do Zhejiang Geely Holding Group, outra montadora privada, cresceram 30% e a colocaram em terceiro lugar, com 2,01 milhões de veículos. As montadoras estrangeiras perderam terreno em todos os setores. A Volkswagen, que liderou o mercado por décadas e já vendeu mais de 4 milhões de veículos por ano na China, caiu para o segundo lugar depois que as vendas recuaram 6%, para 2,98 milhões. A General Motors sofreu uma queda de 10%. A Toyota e a Honda também registraram declínios. O governo chinês, desde o fim da década de 1980, buscava fomentar sua indústria automobilística por meio de joint ventures entre algumas empresas estatais e montadoras estrangeiras que pudessem fornecer tecnologia. Volkswagen, GM e Toyota aumentaram sua participação de mercado por meio de parcerias com China FAW Group, SAIC Motor e Dongfeng Motor. Mais recentemente, a inovação tecnológica permitiu que as montadoras privadas assumissem a liderança. À medida que o governo incentivava uma adoção mais ampla de veículos elétricos e híbridos plug-in, empresas como BYD e Geely priorizavam esses veículos de nova energia. A indústria também viu recentemente participantes do setor de tecnologia como Huawei Technologies e Xiaomi."
Fonte: Valor Econômico; 12/02/2025
Política
A SEC dos EUA não defenderá regra climática no tribunal
"Na terça-feira, o presidente interino da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) sinalizou que o órgão regulador pode reverter uma regra polêmica que exige que milhares de empresas públicas divulguem as ameaças que seus negócios representam para o clima e o meio ambiente. Mark Uyeda, o presidente interino, ordenou que os advogados da SEC solicitassem a um tribunal federal de recursos em St. Louis que adiasse os argumentos orais sobre a norma, em uma ação movida pela Câmara de Comércio dos EUA e outros grupos empresariais. Muitos procuradores gerais de estados republicanos também se opõem à norma. “A norma é profundamente falha e pode causar danos significativos aos mercados de capitais e à nossa economia”, afirmou Uyeda, um republicano, em uma declaração que citou a ordem executiva do presidente Donald Trump de 20 de janeiro, que impõe um congelamento na elaboração de normas regulatórias. A decisão de Uyeda gerou fortes críticas da Comissária da SEC, Caroline Crenshaw, uma democrata. Ela sugeriu que Uyeda estava abandonando a apelação “para se alinhar com suas preferências políticas [em] uma tentativa de contornar a autoridade da Comissão”. “Sob o comando do ex-presidente Gary Gensler, a SEC exigiu, em março passado, que as empresas divulgassem uma série de riscos relacionados ao clima em seus negócios, pois essas informações poderiam ser relevantes para os investidores.”"
Fonte: Reuters; 11/02/2025
Administração Trump aprova empréstimo para refinaria de combustível de aviação sustentável
"O departamento de energia do presidente Donald Trump anunciou na terça-feira que aprovou o desembolso de uma garantia de empréstimo que havia sido finalizada dias antes de sua posse, destinada à Calumet para a expansão de uma refinaria de combustível de aviação sustentável em Montana. A refinaria Montana Renewables, localizada em Great Falls, foi inaugurada no final de 2022 e produz cerca de 140 milhões de galões por ano de biocombustíveis. O empréstimo permitirá que a produção seja expandida para 315 milhões de galões por ano, possibilitando a produção de aproximadamente metade do combustível de aviação sustentável (SAF) dos Estados Unidos, um combustível feito a partir de óleos de sementes e sebo, que emite menos gases de efeito estufa do que o combustível de aviação convencional. O governo do presidente Joe Biden finalizou o empréstimo em 10 de janeiro. No entanto, há uma preocupação generalizada entre os apoiadores da energia verde de que os empréstimos finalizados pelo Loan Programs Office do departamento poderiam ser revogados pelo governo Trump, especialmente em razão dos esforços do Departamento de Eficiência Governamental, liderado pelo bilionário Elon Musk, para cortar gastos. A Lei de Redução da Inflação de Biden aumentou a autoridade de empréstimo do LPO em US$ 100 bilhões. Embora tenha aprovado o desembolso do empréstimo para Montana, o departamento de energia “continua a realizar uma revisão em todo o departamento de todos os financiamentos, incluindo concessões e empréstimos, para garantir que todas as atividades sejam consistentes com a lei e de acordo com as ordens executivas e prioridades do presidente Trump”, afirmou uma porta-voz."
Fonte: Reuters; 11/02/2025
Austrália aprova lei de incentivos fiscais para minerais críticos
"O parlamento da Austrália aprovou leis que concedem incentivos fiscais para a produção de minerais essenciais e hidrogênio renovável, como parte dos esforços para a transição energética do país, que visa atingir emissões líquidas zero até 2050 e reduzir a dependência da China. A lei, aprovada na terça-feira, criará incentivos fiscais equivalentes a 10% dos custos de processamento e refino para 31 minerais críticos, abrangendo o período do ano fiscal que termina em junho de 2028 até 2040, por até 10 anos por projeto, conforme informado pelo governo trabalhista de centro-esquerda. Para o hidrogênio renovável, será oferecido um incentivo fiscal de A$ 2 (US$ 1,26) por kg de hidrogênio renovável produzido. “Ao processar mais desses minerais aqui na Austrália, criaremos empregos e diversificaremos as cadeias de suprimentos globais”, afirmou a Ministra de Recursos, Madeleine King, em um comunicado. As principais economias estão buscando investir bilhões para apoiar projetos de minerais essenciais e competir com a China, que é o maior produtor mundial de terras raras. Os minerais críticos e as terras raras são utilizados em painéis solares e baterias necessários para a redução das emissões de carbono, além de serem essenciais para a construção de submarinos e aeronaves. A coalizão Liberal-Nacional, de oposição, votou contra a legislação após suas emendas, que exigiam que as empresas realizassem menos consultas ambientais ou indígenas, serem bloqueadas pelo Partido Trabalhista e pelo Partido Verde. “Os créditos fiscais do Partido Trabalhista vêm com burocracia adicional e desnecessária”, declarou a oposição em um comunicado."
Fonte: Reuters; 11/02/2025
UE vai propor nova meta climática para emissões em 2040 até o final de março
"A Comissão Europeia proporá uma nova meta climática neste trimestre, visando a redução das emissões da Europa até 2040, conforme informado na quarta-feira. Um programa de trabalho da Comissão, publicado na mesma data, confirmou que a UE alterará sua lei climática neste trimestre — uma medida planejada há muito tempo que estabelecerá uma meta para 2040, mantendo os países no caminho certo para alcançar seu objetivo de emissões líquidas zero até 2050. A Comissão afirmou que pretende propor que os países da UE reduzam conjuntamente suas emissões líquidas em 90% até 2040, em comparação com os níveis de 1990. A UE já se comprometeu a reduzir as emissões líquidas em 55% até 2030. A meta climática para 2040 também será utilizada para definir uma meta para 2035, que todos os países devem apresentar à ONU este ano como uma contribuição nacional para o Acordo Climático de Paris."
Fonte: Reuters; 12/02/2025
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG)..
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