IBOVESPA +1,49% | 139.256 Pontos
CÂMBIO - 1,01% | 5,49 /USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de segunda-feira em alta de 1,5%, aos 139.256 pontos. No cenário internacional, o Irã sinalizou, por meio de canais diplomáticos, maior disposição para retomar negociações sobre seu programa nuclear. Como resultado, os mercados globais se recuperaram das perdas da última sexta-feira (13) (S&P 500 +0,9%; Nasdaq +1,4%) e o preço do petróleo recuou (Brent -1,4%). O real continuou a se valorizar frente ao dólar, com a cotação da moeda americana saindo de R$ 5,54 para R$ 5,49 (-0,9%), o menor patamar dos últimos oito meses.
A Embraer (EMBR3, +5,3%) ficou entre os destaques positivos do dia na Bolsa brasileira, refletindo o anúncio de um pedido de Portugal para a aquisição de um KC-390, em meio ao Paris Air Show. Na ponta negativa, destaque para as petroleiras Prio e Petrobras (PRIO3, -1,8%; PETR4, -1,0%), acompanhando a queda no preço do petróleo.
Nesta terça-feira, o destaque da agenda será a divulgação dos dados de vendas no varejo e da produção industrial de maio nos EUA. O foco da semana segue sendo as decisões de política monetária ao redor do mundo, com atenção especial para o Brasil e os EUA na quarta-feira, e para a China e o Reino Unido na quinta-feira.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de segunda-feira com abertura nos vértices curtos, e fechamento na parte longa da curva. No cenário internacional, os investidores ficaram mais otimistas com a diminuição das tensões entre Israel e Irã, após notícias apontarem que o governo persa estaria disposto a negociar com os EUA sobre seu programa nuclear.
No Brasil, além dos efeitos vindos do exterior, o mercado seguiu dividido quanto ao próximo movimento do Banco Central na quarta-feira, no qual se precifica a elevação de 25 bps (60% das apostas) e a manutenção dos juros (40%). A votação da urgência sobre o decreto do IOF também seguiu no radar. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,97% (+2,5bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,45% (+5,0bps). DI jan/26 encerrou em 14,88% (+4,3bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,17% (+0,4bp); DI jan/29 em 13,47% (- 5,5bps); DI jan/31 em 13,61% (- 5,6bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -0,6%; Nasdaq 100: -0,6%), com investidores monitorando os desdobramentos do conflito entre Israel e Irã e aguardando os dados de vendas no varejo e a decisão de juros do Fed nesta quarta-feira.
As taxas das Treasuries sobem levemente (10 anos: +2bps para 4,45%; 2 anos: +1bp para 3,97%), com os mercados reprecificando o risco geopolítico. A expectativa majoritária ainda é de manutenção da taxa pelo Fed nesta reunião.
Na Europa, as bolsas operam em queda (Stoxx 600: -0,9%), com destaque negativo para o FTSE 100 (-0,5%), mesmo após o anúncio de um novo acordo comercial entre EUA e Reino Unido. Ações do setor aeroespacial e automobilístico, que poderiam se beneficiar do corte de tarifas, têm pouca reação.
Na Ásia, os mercados fecharam mistos. Na China, as bolsas fecharam mistas (CSI 300: estável; HSI: +0,3%). No Japão, o Nikkei subiu 0,6%, após o Banco do Japão manter os juros inalterados em 0,5% e sinalizar que reduzirá o ritmo de compras de títulos a partir de abril.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a segunda-feira em alta de 0,38%, mantendo a tendência positiva do final da semana passada. Com isso, a queda acumulada do índice no mês foi reduzida para 0,84%. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolo registraram desempenhos médios positivos na sessão, com altas de 0,40% e 0,30%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia estiveram KIVO11 (2,2%), JSAF11 (2,0%) e BTAL11 (1,5%). Já RBFF11 (-1,8%), SNCI11 (-1,3%) e SPXS11 (-1,3%) registraram as maiores quedas.
Economia
No Brasil, o IBC-Br – prévia do PIB do Banco Central - avançou 0,2% em abril na comparação com março, resultado em linha com as expectativas. O Boletim Focus mostrou queda considerável na mediana das projeções para a inflação de 2025, de 5,44% para 5,25%. Por fim, divulgamos o “Esquenta do Copom: decisão apertada”, nosso relatório com nossa estimativa do que irá acontecer na reunião do Copom.
Na política, a Câmara aprova urgência de projeto que revoga alta do IOF.
Na agenda internacional de hoje, o destaque fica para a divulgação da produção industrial e vendas do varejo nos Estados Unidos. Na agenda doméstica, nenhum indicador relevante.
Veja todos os detalhes
Economia
Banco do Japão mantém juros em maior patamar desde 2008
- O Banco do Japão manteve os juros em 0,5%, conforme o esperado, permanecendo no maior patamar desde 2008, por conta da incerteza global e uma inflação acima da meta;
- No Brasil, o IBC-Br avançou 0,2% em abril na comparação com março, resultado em linha com as expectativas (XP: 0,3%; Mercado: 0,1%). A agropecuária segue como destaque, avançando 18% na comparação anual, graças a safra recorde de grãos. Por fim, mantemos nossa projeção de crescimento do PIB em 2,5% para 2025. A dinâmica dos principais fundamentos do consumo — emprego, renda e concessão de crédito — tem sido mais forte do que o inicialmente esperado. Além disso, destacamos o impacto de algumas medidas governamentais recentemente anunciadas sobre o crescimento esperado, que não apareceram nos dados do PIB do 1T25;
- O destaque para o Boletim Focus foi mais uma queda nas projeções para o IPCA de 2025, indo de 5,44% para 5,25% - estavam em 5,68% no início de março. Além disso, a mediana das projeções para o PIB subiu mais uma vez, chegando em 2,20%. Por fim, as projeções para a taxa de câmbio seguem em queda, recuando de R$/US$ 5,80 para R$/US$ 5,77 para o final deste ano e de R$/US$ 5,89 para R$/US$ 5,80 para o final do ano que vem;
- Divulgamos nosso relatório “Esquenta do Copom: Decisão apertada”. Acreditamos em manutenção da taxa Selic em 14,75%, mas é uma decisão apertada. Se houver alta de juros nesta semana, tende a ser a última do ano. O fluxo de dados e notícias econômicas desde a última reunião do Copom foi ambíguo, em nossa avaliação. Por um lado, a atividade permaneceu aquecida, as expectativas inflacionárias seguem desancoradas e os preços do petróleo subiram. Por outro lado, as últimas leituras de inflação corrente vieram melhor do que o esperado e o Real se valorizou adicionalmente;
- A Câmara dos Deputados aprovou urgência do projeto de decreto legislativo que revoga alta do IOF por 347 votos a 97. Segundo o jornal O Globo, os líderes partidários deram duas semanas para o governo antes de analisar o mérito desse projeto;
- Na agenda internacional de hoje, o destaque fica para a divulgação da produção industrial e vendas do varejo nos Estados Unidos. Na agenda doméstica, nenhum indicador relevante.
Empresas
Hedge Brasil Shopping | HGBS11 vende parte do Jardim Sul por R$ 63 milhões
- A administradora do HGBS11 anunciou, via fato relevante, a venda de 10% da fração ideal do Shopping Jardim Sul, localizado no Morumbi (SP), por R$ 63 milhões — valor 5,9% acima do último laudo de avaliação. O pagamento será feito à vista, condicionado ao cumprimento de etapas precedentes;
- O empreendimento é o principal ativo do fundo, representando 19% da carteira. Com a conclusão da operação, o HGBS11 passará a deter 80% do shopping. A transação resultará em um cap rate de 7,7% e um ganho de capital estimado em R$ 3,9 milhões, ou R$ 0,03 por cota;
- Avaliamos a operação como positiva. O cap rate da venda está abaixo da média de mercado e da taxa de capitalização do ativo, indicando condições favoráveis. A gestão tem histórico consistente de alocação eficiente de capital, o que reforça a confiança na utilização dos recursos;
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Direcional (DIRR3): Incentivo à demanda em meio a um ambiente de custos controlados
- Realizamos reuniões com o CEO da Direcional, Ricardo Gontijo, no RJ e em SP. As principais conclusões foram:
- (i) a DIRR deve aumentar os lançamentos em 2025, impulsionada por fases adicionais dos projetos Riva e potenciais aumentos de participação A/A;
- (ii) a demanda reprimida na Faixa 4 pode impulsionar o desempenho da Riva, enquanto o menor estoque A/A deve apoiar o crescimento do VSO no 2T25;
- (iii) o crescimento do fluxo de caixa operacional no 2T25 pode ser limitado, mas as perspectivas para o 2S25 são mais fortes;
- (iv) os custos dos principais materiais parecem estar diminuindo, ajudando a sustentar níveis atrativos de margem bruta ao longo do ano; e
- (v) as restrições de financiamento do SBPE limitam a concorrência, enquanto a escala e o acesso ao mercado de capitais da Direcional a posicionam bem para crescer e ganhar participação de mercado;
- Em geral, as mensagens das reuniões reforçam um cenário de perspectivas de crescimento crescente em um ambiente de custos controlados, o que parece atrativo. Mantemos nossa recomendação de compra.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- B3 (B3SA3): Superando a tempestade, pronta para a recuperação do mercado
- Estamos atualizando nossas estimativas para a B3 (B3SA3), incorporando os resultados mais recentes e as previsões macroeconômicas, e introduzindo nosso preço-alvo para o final do ano de 2026:
- Aproveitamos também esta oportunidade para ajustar nosso modelo de forma a refletir o novo formato de apresentação da B3;
- A atividade do mercado de capitais continua pressionada pelas incertezas domésticas e internacionais;
- No entanto, a B3 tem demonstrado resiliência nos últimos trimestres, beneficiando-se de volumes mais altos em derivativos e renda fixa, crescimento nas receitas de tecnologia e dados e iniciativas de redução de custos implementadas nos últimos anos;
- Apesar dessas melhorias operacionais que têm sustentado o lucro, mantemos uma perspectiva conservadora devido às potenciais ameaças competitivas que se aproximam.
- Como resultado, elevamos nosso preço-alvo para R$ 16/ação (de R$ 14/ação) e mantemos nosso rating Neutro;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- O consumo de energia desacelerou em todo o país, com o crescimento médio semanal do SIN atualmente em +0,2% A/A semanal em junho de 2025;
- Os reservatórios do SIN permaneceram estáveis em aproximadamente 68;
- A Energia Natural Afluente (ENA) apresentou um perfil misto em seus níveis atuais em todos os subsistemas durante a última semana;
- Os preços de energia de curto prazo aumentaram em todos os subsistemas durante, mas permaneceram em níveis mais controlados em comparação ao início da semana anterior;
- Os preços de energia de longo prazo permaneceram estáveis em comparação com a semana anterior;
- Um resumo dos eventos mais relevantes da semana passada;
- A agenda semanal da Aneel que, entre vários assuntos, inclui o Resultado da Consulta Pública nº 16/2025, estabelecida para reunir subsídios e informações adicionais para a Revisão da Receita Anual Permitida – RAP dos Contratos de Concessão de Transmissão de Energia Elétrica; e
- Valuation atraente para empresas de utilities, com uma TIR real implícita média de aproximadamente 10% para o setor.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- U.S. Treasury yields fall as investors weigh state of Israel-Iran tensions (CNBC);
- Investidor corre para debênture incentivada antes de imposto (Valor Econômico);
- CVM suspende assembleia que votaria fusão Marfrig-BRF (O Globo) ;
- Fitch Afirma Ratings ‘BBB’/‘AAA(bra)’ da Raízen; Perspectiva de IDRs Revisada para Negativa (Fitch Ratings);
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Estratégia
Modelo de regimes indica mudança - Vemos transição no regime com mercados precificando corte de juros adiante
- Dada uma mudança de regime em 7 de maio, estamos revisitando nosso relatório Ações para se proteger da inflação;
- Como mostramos, a expectativa de juros influencia significativamente no desempenho das ações. Portanto, o estado atual pode ser mais favorável para a Bolsa em comparação com períodos em que o mercado precificava aumentos nos juros;
- Historicamente, o ciclo Inflação subindo, Juros caindo beneficia mais as ações quando ele persiste por mais tempo. Neste contexto, os setores de Varejo, Instituições Financeiras e o fator de Valor costumam apresentar desempenho forte;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
XP Short Scout: monitor de short selling no Brasil
- Atualizamos nosso monitor de vendas a descoberto com os dados até 12 de junho de 2025.
- O short interest_(SI) mediano do Ibovespa aumentou para 5,7%, enquanto as posições em aberto caíram ligeiramente para R$ 111,7 bilhões.
- Minerva (BEEF3) teve outro aumento significativo em seu SI, com 34,7% de seu free float alugado— um aumento de 10,8 p.p. em duas semanas. A taxa de aluguel disparou 38,4 p.p., chegando a 40,3%. O setor de Alimentos & Bebidas teve um aumento de 3 p.p. no SI, agora o mais alto entre os setores.
- Gol (GOLL54) também registrou um forte aumento na taxa de aluguel, chegando a 178,8% (+100,6 p.p.), com SI atual de 25,4%, mais de três desvios-padrão acima da média de 1 ano.
- Outros nomes para ficar de olho: AURE3, BRFS3, CASH3, CPLE6, ENEV3, IGTI11, PETZ3, POMO4, SLCE3, VAMO3.
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- IR sobre rendimento interrompe recuperação de fundos imobiliários (Valor Econômico);
- Taxação de FIIs e fiagros é negativa para o mercado, avalia XP; entenda (Money Times);
- FII HGBS11 vende 10% do Shopping Jardim Sul por R$ 63 mi; veja o impacto no resultado (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Governo criará órgão gestor provisório do mercado regulado de carbono ainda em junho, diz Fazenda | Café com ESG, 17/06
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE subindo 1,5% e 1,8%, respectivamente;
- Na política, (i) segundo Cristina Reis, subsecretária de desenvolvimento econômico sustentável do Ministério da Fazenda, o governo federal deve anunciar ainda neste mês uma instância provisória para ser o órgão gestor e regulador do mercado de carbono brasileiro - para Reis, esta instância provisória será uma secretaria, e o Executivo ainda deve definir o ministério sob qual ela ficará alocada (Fazenda ou o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços); (ii) o deputado federal Arnaldo Jardim afirmou que a adoção do B15 (mistura de 15% de biodiesel ao diesel fóssil) deve ser aprovada na próxima reunião do Conselho Nacional de Política Energética, que deve ocorrer na última semana do mês - segundo ele, isso pode resultar graças a avanços que incluem a fiscalização e o não combate à adulteração de combustíveis;
- Do lado das empresas, a Neoenergia iniciou a construção de uma das primeiras usinas de hidrogênio verde do Brasil, em Taguatinga, no Distrito Federal, previsto para ser inaugurado em outubro - a planta será alimentada por uma usina solar fotovoltaica e funcionará como ponto de abastecimento para veículos leves e pesados;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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