IBOVESPA +1,1% | 105.334 Pontos
CÂMBIO -0,9% | 5,43/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
O mercado reduziu receios em torno do novo governo depois de recuo em falas do ministro da Casa Civil, Rui Costa e do novo presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, em relação à reforma da Previdência e intervenção na política de preços da companhia, respectivamente. O Ibovespa subiu 1,12%, mas taxas de juros seguiram pressionadas, ainda que de maneira mais moderada. Ata do FOMC divulgada pela manhã revelou que as taxas de juros permanecerão altas pelo tempo necessário para o combate à inflação americana.
Recuo em discursos do governo trazem alívio
No Brasil, o mercado reduziu receios em torno do novo governo depois de o ministro da Casa Civil, Rui Costa, negar que o novo governo deva rever a reforma da Previdência de 2019. Além disso, declarações menos intervencionistas por parte do indicado à presidência da Petrobras, Jean Paul Prates, e a notícia de convocação de reunião ministerial na sexta-feira para afinar o discurso do governo também ajudaram a aliviar os ânimos do mercado.
Com isto, o Ibovespa fechou em alta de 1,1%, a 105.334 pontos. O dólar encerrou o dia praticamente estável, a R$ 5,43. As taxas futuras de juros seguiram a pressionadas, mas as indicações do governo tornaram o movimento de alta mais moderado ontem. DI jan/24 subiu de 13,70% para 13,75%; DI jan/25 avançou de 13,17% para 13,215%; DI jan/26 foi de 13,12% para 13,19% e o DI jan/27 passou de 13,155% para 13,23%.
Bolsas internacionais absorvem ata do FOMC
Bolsas internacionais amanhecem sem movimentos expressivos (EUA 0% e Europa 0%) à medida que os investidores digerem a retórica hawskish da ata do comitê de política monetária do Federal Reserve (FOMC, na sigla em inglês). Nesta quarta-feira, a ata revelou que as autoridades seguirão focadas no combate à inflação americana e o mercado não deve subestimar o tempo necessário que as taxas de juros permanecerão altas para que isso aconteça. Na Europa, a inflação ao produtor na Zona do Euro (PPI) registrou 27,1% nos últimos 12 meses, abaixo dos 27,9% esperados pelo consenso. A surpresa positiva sugere que o aumento de preços na região pode estar cedendo. Na China, o índice de Hang Seng (+1,3%) encerra em alta, após o banco central chinês afirmar que irá implementar novos estímulos “direcionados e prudentes” para fortalecer a economia. O otimismo foi levemente compensado por um PMI composto de 48,3 pontos, ainda em campo contracionista, ao passo que os dados econômicos ainda não refletem os impactos da reabertura.
Ata do FOMC mantém tom hawkish
A ata do FOMC divulgada nesta quarta-feira trouxe novamente as preocupações dos diretores do Fed em controlar o ritmo do aumento de preços e, principalmente, com qualquer percepção errônea de que seu compromisso no combate à inflação está enfraquecendo. O tom mais duro parece ignorar as melhoras nos indicadores de curto prazo e tem sido lido como uma tentativa do Fed de recuperar credibilidade. De todo modo, continua a percepção de que novas elevações de juros devem ocorrer no início desse ano, com o mercado precificando uma taxa terminal de 5%. Também nos Estados Unidos, tivemos a divulgação do índice ISM de manufatura, que mostrou uma queda maior que a esperada pelo segundo mês consecutivo. A leitura de dezembro caiu a 48,4 de 49 em novembro, e mostra a crescente pressão que as indústrias enfrentam com a elevação da taxa de juros pelo Fed e os impactos da mudança no padrão de consumo, já que consumidores vem gastando mais em serviços e menos em bens no período pós-pandemia.
Dados de atividade na China mostram contração
Na China, o setor de serviços mostrou encolhimento pelo quarto mês consecutivo. O PMI privado da S&P/Caixin mostrou uma elevação para 48 em dezembro ante 46,7 em novembro, mas ainda assim ficou abaixo de 50, o que indica uma contração. Os dados refletem, em grande parte, o surto de Covid-19 que se espalhou pelo país, mas a melhora na margem pode indicar que os primeiros efeitos do relaxamento das restrições podem estar surgindo.
Mercado demonstra alívio mediante novos discursos do governo
No Brasil, os destaques ficam por conta dos discursos de representantes do governo. O ministro da Casa Civil, Rui Costa, disse que não há qualquer discussão no governo sobre uma reversão da reforma da previdência realizada em 2019. Jean Paul Prates, indicado como novo presidente da Petrobrás, descartou intervenção no preço de combustíveis. Por fim, o secretário do Tesouro, Rogério Ceron, destacou em entrevista que o governo está buscando cortar renúncias de receita e despesas para reduzir o déficit este ano e afirmou que não haverá repetição dos empréstimos do governo ao BNDES.
Dados de produção industrial no Brasil na agenda do dia
Na agenda do dia, temos a divulgação do índice de gerentes de compras e dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos. No Brasil, destaque para a pesquisa de produção industrial, que deve mostrar uma queda de 0,2% ante o mês anterior. Por fim, destacamos a publicação de nosso relatório Macro Mensal, que traz a atualização de nosso cenário macroeconômico.
Veja todos os detalhes
Economia
As minutas da Fomc sinalizaram novos aumentos nas taxas de juros. No Brasil, os discursos do governo tentam sinalizar o compromisso fiscal
- A ata do Fomc divulgada nesta quarta-feira mostrou que os diretores ainda estão focados em controlar o ritmo dos aumentos de preços e preocupados com qualquer “percepção errônea” nos mercados financeiros de que seu compromisso com o combate à inflação está de alguma forma enfraquecendo. Mas as autoridades também reconheceram que fizeram “progressos significativos” no ano passado. Como resultado, o banco central agora precisava equilibrar sua luta contra o aumento dos preços com os riscos de desacelerar demais a economia. Os formuladores de políticas aprovaram um aumento da taxa de meio ponto percentual na reunião do mês passado, um retrocesso em relação aos aumentos de três quartos de ponto percentual usados durante grande parte de 2022, mas ainda um ritmo muito impressionante para o Fed na última anos. Os mercados estão atualmente precificando a taxa terminal em 5,0%;
- O setor manufatureiro dos EUA encolheu mais do que o esperado em dezembro e contraiu pelo segundo mês consecutivo. A atividade de medição do índice do Institute for Supply Management na indústria manufatureira – pouco mais de um décimo do total da economia dos EUA – caiu para 48,4 durante o mês. A leitura caiu de 49,0 em novembro, que foi a primeira vez desde maio de 2020 que a medida caiu abaixo da marca de 50 pontos que indica contração. As empresas manufatureiras enfrentaram pressão nos últimos meses devido ao aumento dos custos de empréstimos vinculados ao recente aperto da política monetária do Federal Reserve com o objetivo de esfriar a inflação em alta. O setor também está sendo afetado por uma mudança no padrão de consumo, já que os consumidores gastam mais em serviços e menos em bens, após o relaxamento das restrições da era pandêmica;
- O setor de serviços da China encolheu pelo quarto mês consecutivo em dezembro. O Índice de Atividade Comercial de Serviços Gerais da Caixin China registrou 48,0 em dezembro, acima da leitura do mês passado de 46,7. Os dados, juntamente com uma leitura sobre a atividade manufatureira no início desta semana e dados do governo divulgados na semana passada, mostram que a atividade comercial chinesa em geral permaneceu sob pressão em dezembro em meio a ventos contrários contínuos da pandemia do COVID-19. Ainda assim, a taxa de contração na atividade de serviços diminuiu em relação ao mês anterior, indicando que o relaxamento das medidas anti-COVID estava permitindo alguma melhora nas operações. O PMI composto da Caixin/S&P, que inclui atividade industrial e de serviços, subiu para 48,3 em dezembro, de 47,0 no mês anterior, permanecendo em território contracionista pelo quarto mês consecutivo;
- No Brasil, vários discursos tentaram acalmar as expectativas quanto ao compromisso fiscal do governo. O ministro Rui Costa disse que não há discussão sobre uma possível reversão na reforma da previdência feita em 2019. Jean Paul Prates, apontado como próximo presidente da Petrobrás, descartou intervir no mercado para conter os preços dos combustíveis. Segundo ele, os preços continuarão sendo praticados em linha com os preços internacionais. Por fim, o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, destacou que o governo está preocupado em reduzir o déficit deste ano e que as operações de financiamento do BNDES com dívida pública não devem se repetir;
- Na agenda do dia, esperamos a divulgação do PMI de serviços da S&P Global nos Estados Unidos e dos pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos e a pesquisa de produção industrial no Brasil. Com relação a este último, o consenso de mercado é de queda de 0,4% em relação ao mês anterior, refletindo em grande parte o efeito contracionista da política monetária. Por fim, destacamos a publicação de nosso relatório Macro Mensal, que traz a atualização de nosso cenário macroeconômico.
Empresas
Multiplan (MULT3) | Prévia de Vendas 4T22 – Recorde de vendas mesmo com Copa do Mundo e Eleições no 4T22
- A Multiplan apresentou mais um trimestre de excelente desempenho de vendas no 4T22 (trimestre recorde), atingindo R$ 6,3 bilhões (+12,9% vs. 2019 e +22,0% A/A) e levando as vendas a níveis recordes de R$ 20 bilhões em 2022 (+22,8% vs. 2019 e +37,1% vs. 2021);
- A Multiplan mencionou todos os shoppings do portfólio com crescimento de dois dígitos em 2022, refletindo o bom momento do mercado e a resiliência do portfólio da empresa, apesar da Copa do Mundo e Eleições;
- As vendas na semana da Black Friday aumentaram 18,9% em relação a 2021, superando nossa visão mista mencionada em nossa última edição do eXPlorando o Shopping (clique aqui para ver). Além disso, as vendas de Natal atingiram níveis recordes, aumentando +12,7% em relação a 2021;
- Portanto, continuamos vendo espaço para que a receita de locação continue crescendo significativamente no 4T22;
- Dito isso, podemos ver uma reação positiva do mercado e reiteramos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 33,00/ação;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Análise: Agrogalaxy
- A Agrogalaxy é uma plataforma de varejo focada no agronegócio. Atua na comercialização de insumos agrícolas, produção de sementes, originação, armazenagem e comercialização de grãos. Além disso, presta serviços para o setor agrícola;
- Nos primeiros nove meses de 2022, dobrou sua receita líquida em relação aos 9M21, devido às aquisições de Ferrari Zagatto e Agrocat, além de maiores volumes e preços. A margem EBITDA teve redução para 5,4% por conta de aumento de despesas gerais e administrativas;
- A Agrogalaxy teve crescimento representativo em sua dívida no 3T22, o que resultou em aumento da alavancagem (dívida líquida/EBITDA) para 2,7x, próxima a seu covenant de 3,0;
- Clique aqui para acessar conteúdo completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Inflação nos EUA segue alta e serão necessários mais aumentos de juros, diz ata do Fed (Valor);
- Endividados do consignado do Auxílio Brasil serão atendidos no programa Desenrola, diz ministro (Valor);
- Bancos precisam avançar em metas para reduzir carbono (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Eletrobras avalia medidas a serem adotadas, após CVM ver irregularidade em resgate de ações (Valor Econômico);
- Petrobras nomeia João Henrique Rittershaussen como diretor-presidente interino (Valor Econômico);
- Prates defende alíquota única e com valor fixo em real para ICMS dos combustíveis (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Amazon cortará mais de 18 mil empregos
- Amazon cortará mais de 18 mil empregos;
- Samsung deve reportar menor lucro trimestral em 6 anos;
- Salesforce reduzirá 10% de sua força de trabalho;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Mercados
- Desenrola, programa de renegociação de dívidas, traz incertezas (Valor Econômico);
- Prates descarta intervenção no preço dos combustíveis (Valor Econômico).
- Noticiário Corporativo
- BlackRock aumenta sua participação no capital da BRF para 5,3% (Valor Econômico);
- Eletrobras: Conselho retira da pauta da AGE resgate de ações PNA; acionistas de subsidiárias aprovam incorporação de ações (Valor Econômico).
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundo imobiliário tenta captar bolada para investir em ativos; Ifix segue com pé esquerdo em 2023 (MoneyTimes);
- Os 5 melhores FIIs para 2023: analistas sugerem apostar em fundo de “papel”, de shopping e de mais 3 setores (InfoMoney);
- BCFF11 e HGRE11 caem em dia de baixa do IFIX; XPPR11 sobe 2,8% (Suno);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Posse de Marina Silva como ministra do Meio Ambiente em destaque | Café com ESG, 05/01
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território positivo pelo primeira vez na semana, com o Ibov e o ISE subindo +1,1% e +1,5%, respectivamente;
- Do lado político, (i) Marina Silva voltou ao comando do rebatizado Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática – a sigla, MMA, será a mesma, disse ela, mas o trabalho e as expectativas têm outra ordem de grandeza em comparação com sua primeira passagem pelo cargo, há 15 anos – a promessa é que proteção ambiental, transição energética e descarbonização sejam tarefas de toda a Esplanada dos Ministérios; (ii) o ministro da Casa Civil, Rui Costa, afirmou ontem que o Ministério do Meio Ambiente e Mudança Climática será convidado a participar da concepção e elaboração de projetos para o país – na posse de Marina Silva como ministra do Meio Ambiente, Costa afirmou que a área ambiental terá prioridade e protagonismo no governo e será vista de forma transversal;
- No internacional, dados divulgados pelo Barclays mostram que os volumes de títulos ESG aumentaram nos últimos anos, mas caíram 22% em 2022 em meio a uma desaceleração mais ampla nas emissões de títulos corporativos, já que as empresas enfrentaram custos de empréstimos significativamente mais altos devido a ações agressivas de aperto monetário dos bancos centrais globais que combatem a inflação – para 2023, eles estimam que as vendas de títulos ESG cresçam 30% e se recuperem para quase os mesmos níveis de 2021, impulsionadas predominantemente por títulos verdes;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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