IBOVESPA +1,23% | 115.731 Pontos
CÂMBIO -0,10% | 5,04/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa teve alta de 1,2%, fechando o dia aos 115.731 pontos. O dia positivo foi em linha com os índices americanos, que subiram com um alívio na taxa de juros das Treasuries de 10 anos que fechou em 4,58%. Essa queda foi motivada pela divulgação do PIB americano e dados de emprego abaixo do esperado, reforçando que a maior economia do mundo está desacelerando. Além disso, uma queda do preço do petróleo tipo Brent também aliviou uma pressão inflacionária na economia global.
Renda Fixa
A curva de juros reverteu a tendência apresentada nas últimas sessões e encerrou em queda. Tal movimento seguiu o alívio das Treasuries, considerado como ajustes técnicos após a escalada de seus rendimentos. Localmente, a declaração de Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, reforçou as apostas do mercado de que a entidade não deve acelerar o ritmo de cortes da Selic. DI Jan/24 passou de 12,275% para 12,26%; DI Jan/25 saiu de 10,895% para 10,94%; DI Jan/27 oscilou de 11,05% para 10,935%; e DI Jan/29 variou de 11,55% para 11,39%.
Mercados Globais
Nos Estados Unidos, os futuros estão em alta nesta sexta-feira (S&P 500: +0,5%; Nasdaq 100: 0,7%), na expectativa da divulgação do deflator PCE, medida de inflação preferida pelo Fed. O governo se encontra na iminência de um shutdown: o Congresso americano aprovou apenas 3 das 12 leis orçamentárias necessárias para evitar uma paralisação, que tem grande chance de começar em 1° de outubro. A taxa da treasury de 10 anos cai após atingir nova máxima em 15 anos, e negocia próxima a 4,54%.
Na Europa, os mercados operam em alta (Stoxx 600: 1,2%), refletindo dados de inflação benignos. A inflação da Zona do Euro caiu para o menor nível desde outubro de 2021, 4,3% no acumulado em 12 meses. As taxas europeias sobem com elevação da projeção oficial de déficit na Itália.
Na China, a bolsas tiveram comportamento misto. O índice de Shangai cai levemente (CSI 300: -0,3%), enquanto a bolsa de Hong Kong teve alta expressiva (HSI: 2,5%) com alta impulsionada por preços de ações de consumo cíclico e do setor imobiliário.
Economia
No Brasil, teremos a divulgação dos dados de emprego de agosto pelo IBGE e de estatísticas fiscais pelo Banco Central.
Na agenda internacional, destaque para a divulgação do deflator do PCE, a medida de inflação favorita do Fed. A inflação na Zona do Euro surpreende para baixo.
Veja todos os detalhes
Economia
Deflator do PCE definirá rumo dos ativos no dia; no Brasil, destaque para dados fiscais e de emprego
- No Brasil, o Relatório Trimestral de Inflação foi divulgado. Na coletiva de apresentação do relatório, quando questionado sobre o cenário externo e seu efeito para a política monetária local, Campos Neto respondeu que talvez a “barra esteja ligeiramente mais alta” para a aceleração do ritmo de cortes. Os juros curtos, que já operavam em alta, mantiveram tal tendência após a fala do presidente do BC, a qual foi revertida durante a tarde.
- O resultado primário do governo central registrou um déficit de R$ 26,3 bilhões em agosto, em comparação com um déficit de R$ 35,9 bilhões em julho e de R$ 50,4 bilhões em agosto de 2022. O resultado ficou abaixo do consenso (R$ -26,1 bilhões) e de nossa previsão (R$ -24,3 bilhões). No acumulado do ano, o saldo primário apresenta um déficit de R$ 104,6 bilhões, muito pior do que no ano passado (superávit de R$ 22,9 bilhões) e, em 12 meses, acumulou um déficit de R$ 70,9 bilhões (0,7% do PIB). A receita líquida caiu 7,1% em termos reais em comparação com agosto de 2022, enquanto a despesa total caiu 18,5%. À medida que a atividade econômica continua a declinar, esperamos uma queda adicional nas receitas nos próximos meses. À medida que a atividade econômica continua a declinar, esperamos uma queda adicional nas receitas nos próximos meses. Olhando para o futuro, mantemos nossa estimativa de um déficit de R$ 110,5 bilhões para o governo central este ano.
- Hoje teremos a divulgação do resultado primário do governo geral. A expectativa da XP é de déficit de R$ 28,2 bi em agosto, enquanto o mercado projeta R$26,8 bi. Também relevante, o IBGE divulgará às 9:00 a PNAD de agosto, para a qual a XP espera retração do desemprego para 7,8%, em linha com o consenso.
- A terceira leitura do PIB do 2º tri dos EUA variou 2,1% t/t anualizado, em linha com a leitura anterior e levemente abaixo do esperado pelo mercado (2,2%) – destaque para a revisão de consumo pessoal, que passou de 1,7% t/t anualizado na segunda leitura para 0,8% na leitura divulgada hoje. Enquanto isso, os pedidos iniciais de seguro-desemprego foram de 204k na última semana, abaixo da mediana do mercado (215k).
- Na Zona do Euro, o CPI de setembro avançou 0,3% (exp. 0,5%), tendo o núcleo de inflação recuado de 5,3% para 4,5% (exp. 4,8%). Mercados reagiram positivamente e as taxas de juros cedem na Europa.
- Na agenda de hoje, destaque para a divulgação do deflator do PCE de agosto, medida de inflação favorita do Fed. O mercado espera variação de 0,5% m/m para o índice cheio e 0,2% para o núcleo. O indicador será divulgado às 9:30 e deverá balizar o apetite ao risco global.
Empresas
SmartFit (SMFT3): Pegando pesado; Parceria com Cariani cria nova avenida de crescimento
- SmartFit lançou um novo formato de academia sob a marca Nation, focado no nicho de bodybuilding, em uma parceria com o influencer Renato Cariani. De acordo com notícias, a mensalidade deve girar em torno de R$300-400 com 2-3 mil membros por academia e uma potencial base de lojas de até 50 unidades;
- Com isso, realizamos uma análise de sensibilidade para estimar os níveis de ROIC do formato e concluímos que devem ser em linha ou mais altos que os da bandeira SmartFit;
- Apesar de pequeno, vemos o anúncio como positivo, uma vez que adiciona uma avenida de crescimento incremental. Mantemos nossa recomendação de Compra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Gerdau (GGBR4): Stakeholder Day 2023: Mapeando os retornos potenciais das oportunidades de investimento
- A Gerdau organizou uma reunião com o management com mensagem geral positiva, embora cautelosa no mercado doméstico no curto prazo. Destacamos:
- A empresa deu mais detalhes sobre a expectativa de conversão de investimentos em resultados nos próximos anos (R$ 4,0 bilhões/ano de EBITDA incremental ao longo de 2021-2031E resultante de R$ 11,9 bilhões de capex a serem desembolsados entre 2021-2026E);
- A greve nas montadoras norte-americanas teve efeitos limitados até o momento; e
- Permanece uma visão cautelosa no curto prazo para o mercado interno, uma vez que as importações de produtos siderúrgicos chineses mais baratos continuam a afetar a competitividade relativa da produção nacional (reforçando o compromisso da Gerdau de medidas antidumping).
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
CCR (CCRO3): Novo CEO apresenta visão atualizada da empresa
- Participamos do Investor Day anual da CCR, com os principais executivos da empresa abordando as principais agendas estratégicas e operacionais;
- Destacamos:
- Foi apresentada uma nova visão clara (com um plano mais completo para 2035, previsto para o 2T24);
- Retomada do foco nos três segmentos/modais da CCR (rodoviário, mobilidade urbana e aeroportos);
- Forte foco na eficiência (não apenas operacionalmente através de opex e capex, mas também financeiramente);
- Diretrizes financeiras permanecem inalteradas (pagamento de 50% e alavancagem de 3,5x);
- Reiteramos nossa visão positiva e recomendação de Compra para a CCR;
- Clique aqui para acessar o relatório completo
B3 (B3SA3): Aprovação da 7° emissão de debenture
- B3 publicou hoje (28) um Fato Relevante sobre a aprovação da sétima emissão de debêntures no valor de R$ 2,55 bi e, consequentemente, a revisão de projeção de alavancagem para 2023 (de 1,9x para 2,3x);
- Vemos o anúncio como não-evento, uma vez que a alavancagem não é um tema sensível para a B3. Entretanto, destacamos que, na nossa visão, embora a emissão não seria necessária dado o balanço atual da companhia, o aumento da alavancagem contribui para uma mudança na estrutura de capital (em direção a uma composição com um percentual maior de capital de terceiros);
- o que é adequado para uma empresa que remunera substancialmente seus acionistas em um cenário onde as discussões sobre um eventual fim do JCP voltaram à tona;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Análise (Crédito): Sabesp
- A Sabesp é a maior empresa do setor de saneamento no Brasil e tem como principal acionista o Governo do Estado de São Paulo;
- Enxergamos como a empresa referência dentre as públicas, com elevados índices de cobertura (98% água e 84% de tratamento de esgoto; vs. metas do Marco Regulatório de 99% e 90%, respectivamente, até 2033) e índices de perdas ainda altos, embora abaixo da média nacional (cerca de 30%; média brasileira de 40%; meta de 25% até 2033);
- Apesar dos elevados investimentos realizados anualmente pela Companhia, a alavancagem tem ficado abaixo de 2,5x (covenant ≤ 3,0x), com bom índice de cobertura de juros de 4,8x no 2T23 (covenant ≥ 3,5x);
- Atualmente, está em discussão a privatização da Companhia, porém o potencial impacto sobre o crédito ainda depende da definição das condições (caso seja de fato concluído o processo);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Análise (Crédito): Engie Brasil Energia S.A. – 2T23
- A Engie é a 2a maior geradora privada de energia elétrica do Brasil, com 8,2 GW de capacidade instalada.
- Possui diversificação no portfólio de concessões, o que reduz riscos relacionados ao vencimento de contratos e eventual perda de fluxo de caixa.
- No 2T23, apesar de queda de 3% na Receita Operacional Líquida, o EBITDA cresceu 11%, com reconhecimento de ativos relativos à extensão de concessão, redução de custo com compras de energia e aumento do preço médio líquido de venda de energia no período.
- No 2T23, reportou alavancagem de 1,9x, confortavelmente abaixo do covenant mais restritivo de 3,5x.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- B3 vai emitir R$ 2,55 bi em debêntures e eleva projeção de endividamento em 2023 (Valor);
- BC altera de 7,7% para 7,3% projeção para crescimento nominal do estoque de crédito em 2023 (Valor);
- Follow-ons já captaram R$ 29,3 bilhões em 2023, informa B3 (Broadcast);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Teles liberadas a ligar o 5G em todas as cidades de seis estados (telesintese);
- IBGE: nuvem é a tecnologia mais usada por médias e grandes empresas (mobiletime);
- 5G Broadcast é descartado, por ora, como padrão para a TV 3.0 (telesintese);
- Anatel aprova suspensão temporária da arbitragem da Claro; etapa visa consenso no TCU (TELETIME);
- Clique Aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- AliExpress começa a vender produtos de até US$ 50 pelo Remessa Conforme em 15 de outubro (Folha);
- MPSP arquiva investigação sobre contratos do governo de SP com a Multilaser (UOL);
- Suéteres e casacos pesados de inverno se acumulam nas lojas enquanto o clima quente ameaça a temporada de compras natalinas (Reuters);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- China’s craft brewers cheer return of Australian barley imports – Reuters;
- Stella Artois lança só no Brasil versão com 17% menos calorias – Folha;
- Alimentos
- Polarização é negativa e agro deve dialogar com governo, defende CEO da Minerva à CNN – CNN;
- Brasil confirma dois novos focos de gripe aviária – GloboRural;
- Agro
- Sugar Market Eyes Curbs From India After Lower Monsoon Rains – Bloomberg;
- O primeiro golaço da Agrogalaxy. O que diz o CFO – TheAgriBiz;
- Biocombustíveis
- Multinacionais vão produzir sementes de baixo carbono como matéria-prima para biocombustíveis – GloboRural;
- CBio vira moeda em modelo de barter adotado pela Basf – NovaCana;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Bebidas
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Apagão: ONS aumenta exportação de energia do Nordeste (EPBR);
- Cartilha da Aneel explica mudança em sinal locacional de transmissão (Canal Energia);
- Linhão do Madeira, que leva energia de Jirau e Santo Antônio ao Sudeste, volta a operar (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Petrobras e Ibama miram plano B para a Margem Equatorial (Valor Econômico);
- Petróleo a US$ 100 é uma barreira psicológica importante’, diz presidente da Petrobras (Estado de S. Paulo);
- Petrobras não tem pressa para avaliar recompra de refinarias e estuda parceria com a Vibra (EPBR);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Economistas fazem apelo a Fed e BCE (Valor);
- Cena externa piora e proteção dá o tom a carteiras (Valor);
- Produção da agroindústria ficou estável em julho (Globo Rural);
- Iguá avalia três planos para expansão e busca equacionar o Rio (Valor);
- Ratings da Equatorial e subsidiárias reafirmados; perspectiva estável (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FII vende fazenda no Tocantins e embolsa R$ 73 mi de ganho de capital (InfoMoney);
- BBFI11B: fundo recebe proposta milionária para vender dois imóveis (FIIs);
- GGRC11 ADERE AO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL DA COVOLAN (Clube FII);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Tesouro afirma emissão de títulos soberanos sustentáveis na próxima semana | Café com ESG, 29/09
- O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o IBOV e o ISE em alta de +1,22% e +1,41%, respectivamente;
- Do lado das empresas, a Vale e a Petrobras divulgaram comunicado ontem onde detalham o acordo assinado por elas para o desenvolvimento de soluções de baixo carbono, aproveitando as expertises técnicas e sinergias das duas empresas – segundo os comunicados, a parceria terá duração de dois anos e prevê a avaliação de oportunidades conjuntas de descarbonização, abrangendo o desenvolvimento de combustíveis sustentáveis e de tecnologias de captura e armazenamento de CO2;
- Na política, (i) o secretário do Tesouro Nacional, Rogério Ceron, afirmou que a partir da próxima semana o governo estará pronto para emitir os títulos soberanos sustentáveis no mercado externo, a depender da janela de oportunidade do mercado – Ceron reconheceu que o cenário externo está mais volátil neste momento, diante da sinalização do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA) de que os juros nos EUA ficarão em nível elevado mais tempo do que o estimado pelo mercado; e (ii) entra em vigor domingo a primeira fase da sobretaxa que a União Europeia vai impor aos produtos intensivos em carbono importados pelo bloco – a cobrança desse “ajuste de fronteira” só começa em 2026, mas nesta fase inicial, torna-se obrigatória a declaração da intensidade de emissões de ferro, aço, cimento, fertilizantes, hidrogênio e eletricidade;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Como os investidores cariocas estão vendo a agenda ESG?
- Nesta semana, realizamos uma rodada de reuniões (non-deal roadshow, no termo em inglês) sob o tema ESG no Rio de Janeiro, com a participação de mais de 20 investidores, visando obter uma perspectiva atualizada sobre recentes desdobramentos;
- Os principais destaques das reuniões foram: (i) uma perspectiva mais positiva sobre o potencial do Brasil em atrair capital estrangeiro, embora preocupações fiscais permaneçam; (ii) mercados de carbono e a emissão de títulos soberanos sustentáveis, ambos parte do Plano de Transição Ecológica do governo, como temas altamente discutidos; (iii) um interesse crescente dos investidores em ter exposição à empresas bem posicionadas na agenda ESG, visando capitalizar oportunidades de retorno, com essa abordagem assumindo o lugar de um foco exclusivo em produtos do tema; (iv) o engajamento corporativo continua ganhando espaço dentre as estratégias de integração ESG; e (v) os setores de energia e biocombustíveis como os mais debatidos;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.


Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!