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Resumo: As taxas futuras de juros encerraram a semana em alta marginal frente a anterior, com leve abertura da curva. Durante o intervalo, houve forte elevação nos juros das Treasuries norte-americanas, que se acomodaram hoje, fechando em patamar próximo ao da última sexta-feira.
As taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também encerraram a semana em leve alta por toda a estrutura da curva. Para o Tesouro Direto, os rendimentos dos títulos foram negativos na semana, com exceção do Tesouro Selic.
Para a semana que vem, destaque para a divulgação do IPCA e IGP-DI de setembro, e resultados da produção industrial e vendas no varejo referentes a agosto. Além disso, o cenário também deverá ser marcado pelos desdobramentos da CPI da Pandemia, discussões acerca da PEC dos precatórios e prorrogação do auxílio emergencial.
Cenário macroeconômico
No cenário internacional, ênfase nesta semana para a corrida pela aprovação do projeto que impedia a paralização orçamentária do governo americano. Além disso, números de inflação e atividade nos EUA ficaram no radar do mercado que se agita com a iminência do tapering (retirada de estímulos) do Fed.
No Brasil, a possibilidade de prorrogação do Auxílio Emergencial, dificuldade de implementação do Auxílio Brasil e PEC dos Precatórios se mantiveram mais uma vez no centro do debate. Na seara de indicadores, mercado de trabalho e fiscal tiveram surpresas positivas, mas publicações do Banco Central indicam caminho ainda longo rumo ao ajuste monetário.
Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.
Juros
As taxas futuras de juros encerraram a semana em alta marginal frente a anterior, com leve abertura da curva. Durante o intervalo, houve forte elevação nos juros das Treasuries norte-americanas, que se acomodaram hoje, fechando em patamar próximo ao da última sexta-feira. No quadro local, o principal ponto de atenção segue o desconforto fiscal, em razão da maior pressão pelo aumento de gastos públicos.
As taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também encerraram a semana em leve alta por toda a estrutura da curva.
O mercado espera Selic de 8,40% ao fim de 2021 (ante 8,37% na sexta feira anterior), 10,29% em 2022 (vs. 10,07%), 10,88% em 2023 (vs. 10,81%) e 10,89% (vs. 10,81%) em 2024. Quanto à inflação, é esperado 9,03% em 2021 (contra 8,97% na última semana), 4,67% em 2022 (vs. 4,73%), 5,60% em 2023 (vs. 5,45%) e 5,88% em 2024 (vs. 5,72%).
Fonte: Bloomberg, XP.
Títulos públicos
Mercado primário (leilões)
Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.
Leilão do dia 28/09 – NTN-B
No leilão da última terça-feira (28), o volume da oferta de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-Bs) do Tesouro Nacional foi de 1,2 milhão de títulos, menos da metade do registrado na semana anterior.
O TN vendeu integralmente a oferta de NTN-Bs, com volume financeiro de R$ 4,7 bilhões, ante R$ 10 bilhões da semana anterior. Dada a alta dos juros na sessão, os títulos do leilão foram vendidos com taxas pouco acima da marcação.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Leilão do dia 30/09 – LTN, NTN-F e LFT
Já no leilão de títulos públicos da quinta-feira (30), a instituição aumentou a oferta de Letras do Tesouro Nacional (LTN) para 14 milhões, ante 10 milhões na semana anterior, e de Letras Financeiras do Tesouro (LFTs), para 1,5 milhão, frente 1 milhão do último leilão. O volume de 300 mil Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) foi inferior ao do leilão anterior (650 mil).
Pontua-se que o leilão foi o maior do mês em quantidade ofertada (15,8 milhões de títulos) e risco para o mercado (DIV01).
As ofertas foram colocadas no mercado em sua integralidade. O giro financeiro somou R$ 27,7 bilhões, ante R$ 20,5 bilhões na última semana. Como o leilão foi realizado na véspera do vencimento das LTNs de outubro/2021, a demanda por rolagem foi significativa.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.
Mercado Secundário
Como principal destaque do mercado secundário, aponta-se a demanda grande para as LTNs com vencimentos em janeiro, abril, julho e outubro de 22, por conta do vencimento do lote de outubro de 2021. Os prêmios desses papéis fecharam em média 5 pontos base.
Na frente de NTN-B, fluxo grande de operações envolvendo a inflação implícita dos títulos, principalmente nos ativos com vencimento em 2022, 2023 e 2024. Na parte longa, destaque para o fluxo dos ativos com vencimento em 2050 e 2055, por conta da abertura das taxas, que fez com que os papéis fossem negociados remunerando juros reais acima de 5,00%.
O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F). Ambos são calculados pela Anbima.
Fonte: Economatica. Elaboração: XP.
Tesouro Direto
O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.
Os rendimentos dos títulos do Tesouro Direto foram negativos na semana, com exceção do Tesouro Selic. Os dados desta sexta-feira não foram considerados por não terem sido disponibilizados a tempo da publicação do relatório.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Crédito Privado
Fluxo
Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 722 milhões (ante R$ 801 milhões na semana anterior), R$ 403 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 438 milhões), R$ 218 milhões em CRAs (vs. R$ 196 milhões) e R$ 453 milhões em CRIs (vs. R$ 318 milhões).
Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures NCF Participações e Eletrobras, CRI Fasano Salvador e CRA BRF.
Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado. Para trazer uma aproximação do resultado em cinco dias, os dados abrangem desde a sexta-feira da semana anterior até a quinta-feira da semana corrente.
Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.
Spreads de crédito
A seção não será publicada nesta edição do material dada a ocorrência de um problema técnico na coleta dos dados. Voltaremos a atualizar na semana seguinte.
Ações de rating
Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.
Fonte: Fitch Ratings e Moody’s. Elaboração: XP.
Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.
O que esperar – Semana de 04/10 a 08/10
Agenda econômica
Do lado internacional, destaque para dados de atividade nos EUA e na Europa, com a divulgação de Índices de Gerentes de Compras (PMIs) e outros indicadores de indústria e varejo. Na China, dados de setor externo e crédito serão termômetros importantes da atividade no país após restrições severas para conter o avanço dos casos de Covid-19.
Já no cenário doméstico, a semana será marcada pelos desdobramentos da CPI da Pandemia, que se encaminha para o final, discussões acerca da PEC dos Precatórios e prorrogação do auxílio emergencial. Na seara de indicadores, destaque para a divulgação do IPCA e IGP-DI de setembro, além dos resultados da produção industrial e vendas no varejo referentes a agosto.
Acesse aqui o Boletim Focus do dia 01/10 (disponível a partir de segunda-feira)
Leilões do Tesouro Nacional
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Vencimentos de debêntures da próxima semana
Fonte: Anbima. Elaboração: XP.
Relatórios publicados na semana de 27/09 a 01/10
Renda Fixa
Emissores
Outros
Eneva: companhia anuncia acordo com Vale Azul Participações para projeto portuário em Macaé (RJ)
Petrobras: Moody’s eleva ratings em escala global de Ba2 para Ba1; Perspectiva ‘Estável’
TCP: Revisão da perspectiva de ‘Negativa’ para ‘Estável’ pela S&P; Rating reafirmado em ‘brAAA’
Outras editorias
Boletim FOCUS – Data de Referência: 24/09/21
Estagflação: o que significa? Vivemos esse processo no Brasil?
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