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A semana na Renda Fixa (25/10 a 29/10)

Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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Resumo: As taxas futuras de juros encerraram a semana em alta por toda a estrutura da curva, com maior intensidade nos vencimentos intermediários. O movimento pode ser atribuído às preocupações com o lado fiscal, com o cenário que alternativo que estaria sendo cogitado pelo governo caso a PEC dos Precatórios não seja sancionada, e à decisão do Copom, que desagradou parte do mercado que defendia um aperto ainda maior na Selic.

As taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também encerraram a semana em forte alta comparado ao fechamento da sexta-feira anterior, com exceção dos vencimentos mais longos.

Em mais uma semana, os títulos do Tesouro Direto fecharam em baixa, com exceção do Tesouro Selic.

Para a próxima semana, os destaques serão a decisão de juros do FOMC nos Estados Unidos e o possível anúncio do calendário do tapering (redução da compra de ativos pelo banco central). No Brasil, destaque para a divulgação da produção industrial de setembro.

Cenário macroeconômico

No cenário internacional, destaque para a decisão de juros do Banco Central Europeu, resultado abaixo do esperado do PIB dos EUA no terceiro trimestre e persistência dos riscos no mercado de crédito chinês.

No Brasil, a aceleração da inflação surpreendeu o mercado e nos fez revisar nossa estimativa de IPCA para 2021 para 9,5%. O Copom decidiu por acelerar a elevação da taxa de juros básica, resultando em Selic de 7,75% a.a. após alta de 1,5 p.p. Novo adiamento da votação da Pec dos Precatórios eleva percepção de risco fiscal de longo prazo.

Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.

Juros

As taxas futuras de juros encerraram a semana em alta por toda a estrutura da curva, com maior intensidade nos vencimentos intermediários. O movimento pode ser atribuído às preocupações com o lado fiscal, com o cenário que alternativo que estaria sendo cogitado pelo governo caso a PEC dos Precatórios não seja sancionada, e à decisão do Copom, que desagradou parte do mercado que defendia um aperto ainda maior na Selic.

As taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também encerraram a semana em forte alta comparado ao fechamento da sexta-feira anterior, com exceção dos vencimentos mais longos.

O mercado espera Selic de 9,51% ao fim de 2021 (ante 9,37% na última sexta-feira), 12,80% em 2022 (vs. 12,97%), 12,67% em 2023 (vs. 12,53%) e 12,32% (vs. 11,64%) em 2024. Quanto à inflação, é esperado 9,44% em 2021 (contra 9,14% na última semana), 5,69% em 2022 (vs. 5,28%), 6,42% em 2023 (vs. 6,24%) e 6,50% em 2024 (vs. 6,59%).

Fonte: Bloomberg, XP.

A curva de juros pode ser compreendida como as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos prefixados sem cupom (ou seja, sem pagamentos semestrais), a partir dos contratos futuros de juros (ou DI). Entenda mais aqui.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 26/10 – NTN-B

Assim como na semana anterior, diante do cenário de mais volatilidade local com as incertezas fiscais, o Tesouro Nacional ofertou 150 mil Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-Bs) divididas em três vencimentos. Os títulos ofertados foram colocados no mercado em sua totalidade, com volume financeiro de R$ 581,2 milhões, ante R$ 601,5 milhões no último leilão.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Leilão do dia 28/10 – LTN, NTN-F e LFT

O Tesouro também manteve os volumes reduzidos no leilão da última quinta-feira (28), em lotes da mesma dimensão da semana anterior: 450 mil Letras do Tesouro Nacional (LTN), 100 mil Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) e 1,5 milhão de Letras Financeiras do Tesouro (LFT).

O TN vendeu a totalidade dos ativos ofertados. O giro financeiro somou R$ 16,9 bilhões, relativamente em linha com os R$ 17,0 bilhões da última sessão.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.

Mercado Secundário

A divulgação do IPCA-15 acima das expectativas do mercado e a alta na parte curta da curva de juros foram responsáveis pelo fluxo significativo no mercado de NTN-Bs na semana. Na parte longa, segue demanda de operadores com perfil de alocação final.

Nas LFTs, além de alocadores finais no ativo com vencimento em 2027, destaque para o fluxo grande nos vértices de 2024, 2025 e 2026, com compradores puxando o mercado.

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F). Ambos são calculados pela Anbima.

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Tesouro Direto

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Em mais uma semana, os títulos do Tesouro Direto fecharam em baixa, com exceção do Tesouro Selic.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Crédito Privado

Fluxo

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 1,4 bilhão (ante R$ 896 milhões na semana anterior), R$ 466 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 476 milhões), R$ 197 milhões em CRAs (vs. R$ 179 milhões) e R$ 426 milhões em CRIs (vs. R$ 243 milhões).

Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures Taesa e Eletrobras, CRI GE Barueri e CRA BRF.

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado. Para trazer uma aproximação do resultado em cinco dias, os dados abrangem desde a sexta-feira da semana anterior até a quinta-feira da semana corrente.

Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

Fonte: Fitch Ratings e Moody’s. Elaboração: XP.

Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.

O que esperar – Semana de 01/11 a 05/11

Agenda econômica

Para a próxima semana, os destaques serão a decisão de juros do FOMC nos Estados Unidos e o possível anúncio do calendário do tapering (redução da compra de ativos pelo banco central). No Brasil, destaque para a divulgação da produção industrial de setembro.

Acesse aqui o Boletim Focus do dia 29/10 (disponível a partir de segunda-feira)

Leilões do Tesouro Nacional

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Relatórios publicados na semana de 25/10 a 29/10

Renda Fixa

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