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A semana na Renda Fixa (19/07 a 23/07)

Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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Resumo: Na esteira da divulgação do IPCA-15 de julho acima das expectativas dos agentes de mercado, as taxas futuras de juros encerraram a semana em forte alta, principalmente nos vencimentos curtos e intermediários, após um início de semana com quedas generalizadas em decorrência dos temores com a variante delta da covid-19. Como consequência, a curva de juros futuros apresentou desinclinação.

Pela terceira semana consecutiva, os títulos do Tesouro Direto registraram desvalorização, com exceção do Tesouro Selic (ativo de menor risco e menos sensível às oscilações de mercado). Já as curvas das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e "A" apresentaram fechamento de spreads em relação à semana anterior.

Durante a próxima semana, as atenções dos mercados globais estarão voltadas para a decisão do comitê de política monetária dos Estados Unidos (FOMC). No cenário doméstico, os indicadores de destaque serão o IGP-M de julho, dados de mercado de trabalho (PNAD Contínua de maio e CAGED de junho) e resultados fiscais em junho (governo central e setor público consolidado).

Cenário macroeconômico

Elaborado pelo time de Economia da XP

Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.

Juros

Na esteira da divulgação do IPCA-15 de julho acima das expectativas dos agentes de mercado, as taxas futuras de juros encerraram a semana em forte alta, principalmente nos vencimentos curtos e intermediários, após um início de semana com quedas generalizadas em decorrência dos temores com a variante delta da covid-19. Como consequência, a curva de juros futuros apresentou desinclinação.

A atual curva de juros aponta para uma chance de 72% de alta de 1 ponto percentual na taxa básica de juros na próxima reunião do Copom, contra 28% de probabilidade de um aperto de 0,75 p.p.

O mercado espera Selic ao fim do período de 7,60% em 2021, 8,54% em 2022, 9,00% em 2023 e 9,05% em 2024. Para a inflação, a expectativa é de 7,29% em 2021, 4,39% em 2022, 4,53% em 2023 e 4,71% em 2024.

Fonte: Bloomberg, XP.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 20/07 - NTN-B

No leilão da última terça-feira, o Tesouro ofertou 1,55 milhão de títulos, ante oferta de 1,8 milhão da semana anterior. Pela segunda semana consecutiva, houve oferta de 1 milhão de papéis no vencimento intermediário (nesse caso, 2028), montante considerado bastante significativo.

O mercado absorveu a totalidade das ofertas. O leilão movimentou R$ 6,3 bilhões, em linha com o apurado na semana anterior. Dado o volume, trouxe certa volatilidade às taxas pela manhã.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Leilão do dia 22/07 - LTN, NTN-F e LFT

No leilão realizado na última quinta-feira (22), o TN reduziu a oferta de Letras do Tesouro Nacional (LTN) ante o leilão da quinta-feira passada, de 11 para 10 milhões, e de Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F), de 1,3 milhão para 450 mil. Enquanto isso, aumentou a oferta de Letras Financeiras do Tesouro (LFT), de 1 milhão para 1,25 milhão.

A oferta de NTN-Fs teve demanda integral. O giro financeiro somou R$ 18,7 bilhões, patamar semelhante ao da última semana.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.

Mercado Secundário

Destaca-se a concentração do fluxo das NTN-Bs nos vencimentos intermediários antes do leilão.Também se aponta a maior demanda pelos juros futuros mais curtos, assim como LFTs, em razão do fechamento de spread.

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F). Ambos são calculados pela Anbima.

Fonte: Economatica. Elaboração: XP.

Tesouro Direto

Pela terceira semana consecutiva, os títulos do Tesouro Direto registraram desvalorização, com exceção do Tesouro Selic (ativo de menor risco e menos sensível às oscilações de mercado).

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Crédito Privado

Fluxo

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados da sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado. Para facilitar a análise, a partir desta semana incluiremos os dados da sexta-feira anterior.

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 741 milhões, R$ 327 milhões em debêntures incentivadas, R$ 266 milhões em CRAs e R$ 109 milhões em CRIs.

Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures Rumo Malha Paulista e Pampa Sul, CRI Cia Agropastoril Vale da Piragiba e Minerva.

Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.

Spreads de crédito

As curvas das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e "A" apresentaram fechamento de spreads em relação à semana anterior.

Assim como nos dados de fluxo, os números da sexta-feira para os spreads de crédito também não são considerados e podem alterar o apresentado.

As curvas são extraídas a partir de debêntures precificadas diariamente pela ANBIMA (DI Percentual, DI+spread e IPCA+spread) e refletem estruturas de spread zero-cupom sobre a curva soberana para diferentes níveis de risco.

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

Fonte: Fitch Ratings e Moody's. Elaboração: XP.

Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.

O que esperar - Semana de 26/07 a 30/07

Agenda econômica

Para a semana que vem, as atenções dos mercados internacionais estarão voltadas para a decisão da taxa de juros americana pelo comitê de política monetária do Fed, o FOMC, seguida por discurso do presidente Jerome Powell. Também nos EUA, haverá divulgação de dados da balança comercial, do deflator dos gastos com consumo (a medida de inflação preferida do FED) e indicadores de confiança. Na Zona do Euro, dados de inflação, PIB e confiança do consumidor serão destaque. Na China, será divulgado divulgação do índice dos gerentes de compras (PMI) referente a julho.

No Brasil, as atenções seguirão voltadas para as discussões sobre a reforma tributária. Entre os indicadores econômicos, destaque para o IGP-M de julho, para os dados do mercado de trabalho (criação de postos formais de junho, taxa de desemprego de maio) e para os resultados fiscais de junho.

Acesse aqui o Boletim Focus do dia 23/07 (disponível a partir de segunda-feira)

Leilões do Tesouro Nacional

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Relatórios publicados na semana de 19/07 a 23/07

Renda Fixa

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Os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710.

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