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Resumo: As taxas futuras de juros encerraram a semana em leve alta frente à última sexta-feira, explicado pelo stress nas Treasuries norte-americanas, dados fracos de atividade e ruídos na área fiscal. As taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também encerraram a semana em alta.
A maior parte dos títulos do Tesouro Direto encerrou a semana em baixa. A exceção foi o Tesouro Selic, que sofre menos os efeitos da volatilidade do mercado.
Para semana que vem, dados de atividade econômica na China, o resultado da produção industrial e o Livro Bege nos EUA, e números de inflação na Zona do Euro são destaques internacionais. No Brasil, a política segue em foco, com atenção especial para tramitação da PEC dos precatórios na Câmara e do PL do ICMS de combustíveis no Senado, além de discussões sobre a possível extensão do auxílio emergencial este ano.
Cenário macroeconômico
No cenário internacional, destaque para dados de inflação nos EUA, que trazem sinais mistos, e na China, que preocupam. Ainda, repercussões de acordo para tributação internacional e sanção de Biden a novo teto para a dívida americana, que dá um novo fôlego, mas não resolve problema do Tesouro.
No Brasil, cenário político agitado, com a CPI da Pandemia que se encaminha para o final, aprovação na Câmara de projeto que altera regras do ICMS de combustíveis e dados de atividade econômica mais fracos no mês de agosto, apesar de divulgação positiva em serviços.
Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.
Juros
As taxas futuras de juros encerraram a semana em leve alta frente à última sexta-feira, explicado pelo stress nas Treasuries norte-americanas, dados fracos de atividade e ruídos na área fiscal. Por outro lado, como a alta foi mais acentuada nos vencimentos mais curtos, a curva apresentou desinclinação.
As taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também encerraram a sessão de hoje em alta comparado ao fechamento da sexta-feira anterior.
O mercado espera Selic de 8,36% ao fim de 2021 (ante 8,28% na última sexta-feira), 10,43% em 2022 (vs. 10,04%), 10,97% em 2023 (vs. 10,74%) e 11,06% (vs. 10,89%) em 2024. Quanto à inflação, é esperado 8,94% em 2021 (contra 9,10% na última semana), 4,88% em 2022 (vs. 4,71%), 5,67% em 2023 (vs. 5,43%) e 5,68% em 2024 (vs. 5,68%).
A curva de juros pode ser compreendida como as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos prefixados sem cupom (ou seja, sem pagamentos semestrais), a partir dos contratos futuros de juros (ou DI). Entenda mais aqui.
Fonte: Bloomberg, XP.
Títulos públicos
Mercado primário (leilões)
Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.
Leilão do dia 11/10 – NTN-B
Em razão do feriado de Nossa Senhora de Aparecida no último dia 12 de outubro, o Tesouro Nacional realizou o leilão de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-Bs) na segunda-feira (11). A oferta foi de 800 mil títulos, ante volume de 1,95 milhão na semana anterior.
Todos os títulos ofertados foram colocados no mercado, com giro financeiro de R$ 2,2 bilhões, ante R$ 7,5 bilhões na última semana.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Leilão do dia 14/10 – LTN, NTN-F e LFT
No leilão da última quinta-feira (14), o Tesouro aumentou o volume de Letras do Tesouro Nacional (LTN) para 19 milhões, frente aos 14 milhões da última semana. Os lotes ofertados de Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) e Letras Financeiras do Tesouro (LFT) também avançaram de 650 mil para 1,5 milhão, cada.
O Tesouro vendeu a oferta total de LTNs e NTN-Fs. Também colocou no mercado 1,49 milhão de LFTs. O giro financeiro somou R$ 33,2 bilhões, montante superior aos R$ 27,3 bilhões da última sessão.
A oferta de títulos prefixados significativamente superior às dos leilões anteriores, com lotes maiores nos prazos mais longos, surpreendeu boa parte dos agentes de mercado, o que pressionou o miolo da curva na sessão.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.
Mercado Secundário
Dado o elevado volume de LTNs do leilão, destacamos o forte fluxo no mercado secundário desses papéis, principalmente nos títulos com vencimento em 2023 e 2025. Nas LFTs, houve maior procura pelos títulos com vencimentos mais longos, em razão do maior prêmio.
A maior volatilidade na inflação de curto prazo, explicada pelas recentes discussões sobre o ICMS de combustíveis e as afirmações do presidente de que deverá determinar redução na tarifa de energia, trouxe fluxo para as NTN-Bs mais curtas (B22 e B23), que são mais sensíveis às alterações nas projeções de IPCA corrente. Além disso, as operações de NTN-Bs casadas com DAP também apresentaram maior demanda na semana, em virtude do carrego mais alto. Enquanto isso, o mercado ficou mais vendedor nos vencimentos mais longos, o que fez com que os ativos com vencimento em 2055 encerrassem a semana sendo negociados com taxa de 5,20%, patamar não observado desde outubro de 2018.
O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F). Ambos são calculados pela Anbima.
Fonte: Anbima. Elaboração: XP.
Tesouro Direto
O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.
A maior parte dos títulos do Tesouro Direto encerrou a semana em baixa. A exceção foi o Tesouro Selic, que sofre menos os efeitos da volatilidade do mercado.
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Crédito Privado
Fluxo
Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 561 milhões (ante R$ 497 milhões na semana anterior), R$ 367 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 442 milhões), R$ 146 milhões em CRAs (vs. R$ 207 milhões) e R$ 215 milhões em CRIs (vs. R$ 429 milhões).
Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures Concessionária do Bloco Sul e Cemig Distribuição, CRI Gazit Malls e CRA BRF.
Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado. Para trazer uma aproximação do resultado em cinco dias, os dados abrangem desde a sexta-feira da semana anterior até a quinta-feira da semana corrente.
Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.
Ações de rating
Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.
Fonte: Fitch Ratings e Moody’s. Elaboração: XP.
Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.
O que esperar – Semana de 18/10 a 22/10
Agenda econômica
Para semana que vem, dados de atividade econômica na China, o resultado da produção industrial e o Livro Bege nos EUA, e números de inflação na Zona do Euro são destaques internacionais. No Brasil, a política segue em foco, com atenção especial para tramitação da PEC dos precatórios na Câmara e do PL do ICMS de combustíveis no Senado, além de discussões sobre a possível extensão do auxílio emergencial este ano.
Acesse aqui o Boletim Focus do dia 15/10 (disponível a partir de segunda-feira)
Leilões do Tesouro Nacional
Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.
Vencimentos de debêntures da próxima semana
Fonte: Anbima. Elaboração: XP.
Relatórios publicados na semana de 11/10 a 15/10
Renda Fixa
Emissores
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Outras editorias
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