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A semana na Renda Fixa (07/06 a 11/06)

Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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Resumo: Em sequência à significativa perda de inclinação na curva observada nas sessões anteriores, dada a menor percepção de risco fiscal, as taxas futuras de juros apresentaram avanço na semana. O movimento nos vértices mais curtos foi direcionado pelo IPCA de maio acima do esperado e pelos ajustes nas expectativas de inflação e Selic por parte dos agentes do mercado. Já nos vencimentos intermediários e longos, a alta pode ser explicada pela indicação de extensão do auxílio emergencial pelo ministro Paulo Guedes e abertura das taxas das Treasuries norte-americanas.

A maior parte dos títulos do Tesouro Direto registraram valorização na semana, com exceção dos títulos prefixados. Enquanto isso, as curvas de spreads das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e “A” apresentaram fechamento pela terceira semana consecutiva.

O principal destaque da semana que vem será a política monetária, com reunião de Comitês de Política Monetária do Banco Central nos EUA (FOMC), no Brasil (COPOM), além de decisões de juros também na China e no Japão.

Cenário macroeconômico

Elaborado pelo time de Economia da XP

Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.

Juros

Em sequência à significativa perda de inclinação na curva observada nas sessões anteriores, dada a menor percepção de risco fiscal, as taxas futuras de juros apresentaram avanço na semana. O movimento nos vértices mais curtos foi direcionado pelo IPCA de maio acima do esperado e pelos ajustes nas expectativas de inflação e Selic por parte dos agentes do mercado. Já nos vencimentos intermediários e longos, a alta pode ser explicada pela indicação de extensão do auxílio emergencial pelo ministro Paulo Guedes e abertura das taxas das Treasuries norte-americanas.

Como os juros de curto prazo encerraram a semana com menor avanço, a curva apresentou ganho de inclinação no período, o que pode levar à desvalorização de títulos prefixados e indexados à inflação.

As taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, registraram alta em maior parte da estrutura da curva, acompanhando o movimento da curva DI.

O mercado espera Selic ao fim do período de 6,80% em 2021, 8,73% em 2022, 9,04% em 2023 e 9,20% em 2024. Para a inflação, a expectativa é de 6,28% em 2021, 4,98% em 2022, 5,11% em 2023 e 4,96% em 2024.

Fonte: Bloomberg, XP.

Leilões do Tesouro Nacional

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 08/06 – NTN-B

Na última terça-feira (08), o Tesouro Nacional realizou leilão de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B), divididas em vencimentos para agosto de 2024, agosto de 2028 e agosto de 2040. A oferta totalizou 2,8 milhões de títulos, ante 5,35 milhões no último leilão com títulos de mesmas datas de vencimento, que ocorreu no dia 25 de maio. O risco para o mercado (DV01) foi 23,8% menor, na mesma base de comparação.

O TN vendeu todo o volume ofertado, com giro financeiro de R$ 11,3 bilhões.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Leilão do dia 10/06 – LTN, NTN-F e LFT

No leilão de venda de Letras do Tesouro Nacional (LTN), Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) e Letras Financeiras do Tesouro (LFT) realizado na última quinta-feira (10), o TN reduziu a oferta de LTNs frente ao último leilão com títulos de mesmas datas de vencimento, que ocorreu no dia 27 de maio, de 19 milhões para 13 milhões. Por outro lado, os lotes de NTN-Fs foram maiores, de 1,75 milhão para 5 milhões, assim como LFTs, de 500 mil para 750 mil.

O Tesouro vendeu o lote integral de NTN-Fs, com giro financeiro de R$ 2,9 bilhões. Também foram colocadas no mercado 12,7 milhões de LTNs (volume financeiro de R$ 11,1 bilhões) e 524,6 mil LFTs, com volume financeiro de R$ 5,6 bilhões.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Ressalta-se que as LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.

Tesouro Direto

A maior parte dos títulos do Tesouro Direto registraram valorização na semana, com exceção dos títulos prefixados.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Crédito Privado

Fluxo

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures foi de R$ 1,4 bilhão (vs. R$ 1,6 bilhão na semana anterior), R$ 104 milhões em CRAs (vs. R$ 85 milhões) e R$ 239 milhões em CRIs (vs. R$ 293 milhões). Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures da Companhia Brasileira de Distribuição (CBD), CRI General Shopping e CRA JBS.

Vale lembrar que, como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados da sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado.

Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.

Spreads de crédito

As curvas das debêntures classificadas com ratings “AAA”, “AA” e “A” apresentaram fechamento de spreads pela terceira semana consecutiva.

Assim como nos dados de fluxo, os números da sexta-feira para os spreads de crédito também não são considerados e podem alterar o apresentado.

As curvas são extraídas a partir de debêntures precificadas diariamente pela ANBIMA (DI Percentual, DI+spread e IPCA+spread) e refletem estruturas de spread zero-cupom sobre a curva soberana para diferentes níveis de risco.

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Ações de rating

Fonte: Fitch Ratings e Moody’s. Elaboração: XP.

Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.

O que esperar – Semana de 14/06 a 18/06

Agenda econômica

O principal destaque da semana que vem será a política monetária, com reunião de Comitês de Política Monetária do Banco Central nos EUA (FOMC), no Brasil (COPOM), além de decisões de juros também na China e no Japão.

No cenário internacional, destaque também para a divulgação de indicadores de atividade e inflação, com produção industrial e indicadores de inflação na Zona do Euro (CPI) e EUA (PPI), além de desemprego, varejo e indústria na China.

No Brasil, a semana contará também com o índice de atividade econômica do Banco Central (IBC Br) referente a abril e da segunda prévia do IGP-M de maio.

Acesse aqui o Boletim Focus do dia 11/06 (disponível a partir de segunda-feira)

Leilões do Tesouro Nacional

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Relatórios publicados na semana de 07/06 a 11/06

Renda Fixa

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