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A semana na Renda Fixa (04/10 a 08/10)

Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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Resumo: As taxas futuras de juros encerraram a semana em relativa estabilidade frente à última sexta-feira, assim como as taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real.

Os títulos do Tesouro Direto pós-fixados e prefixados apresentaram valorização na semana. Por outro lado, os ativos indexados à inflação fecharam em baixa.

Para semana que vem, temos como destaque a ata do comitê de política monetária americano (FOMC), dados de inflação nos EUA, China e Europa, além da divulgação do IBC-Br (proxy mensal do PIB) e da Pesquisa Mensal de Serviços.

Cenário macroeconômico

No cenário internacional, o destaque na semana fica para os dados de emprego nos EUA, a negociação do novo teto da dívida americana e volatilidade nos mercados de commodities energéticas por conta da crise global no setor.

No Brasil, o IPCA veio abaixo do consenso, representando um leve alívio. Na semana também contamos com a divulgação de indicadores de atividade (indústria e varejo), que vieram abaixo do esperado.

Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.

Juros

As taxas futuras de juros encerraram a semana em relativa estabilidade frente à última sexta-feira. Apesar do movimento de alta no início da semana com a piora do câmbio, alta do petróleo e avanço nos juros das Treasuries norte-americanas, a melhora do humor no exterior, a divulgação do índice de vendas no varejo para agosto abaixo do esperado e do IPCA de setembro, também abaixo do consenso, foram responsáveis pela devolução dos prêmios de risco da curva.

As taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também encerraram a sessão de hoje em patamares semelhantes ao da sexta-feira anterior.

O mercado espera Selic de 8,28% ao fim de 2021 (ante 8,40% na última sexta-feira), 10,04% em 2022 (vs. 10,29%), 10,74% em 2023 (vs. 10,88%) e 10,89% (vs. 10,89%) em 2024. Quanto à inflação, é esperado 9,10% em 2021 (contra 9,03% na última semana), 4,71% em 2022 (vs. 4,67%), 5,43% em 2023 (vs. 5,60%) e 5,68% em 2024 (vs. 5,88%).

Nesta semana, a equipe de Economia da XP elevou a projeção de IPCA de 8,4% para 9,0% este ano; e de 3,7% para 3,9% no ano que vem. As estimativas para a Selic foram revisadas de 8,0% para 8,25% em 2021 e 8,5% para 9,25% em 2022.

A curva de juros pode ser compreendida como as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos prefixados sem cupom (ou seja, sem pagamentos semestrais), a partir dos contratos futuros de juros (ou DI). Entenda mais aqui.

Fonte: Bloomberg, XP.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 05/10 – NTN-B

No último leilão de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-Bs), realizado pelo Tesouro Nacional na última terça-feira (05), a oferta de títulos foi de 1,95 milhão de títulos, superior ao volume de 1,2 milhão da sessão anterior. Destaca-se o elevado volume de papéis no vencimento mais curto (B26), que totalizou 1,5 milhão.

Foram colocados cerca de 1,9 milhão de NTN-Bs no mercado, com giro financeiro de R$ 7,5 bilhões, ante R$ 4,7 bilhões da última semana.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Leilão do dia 07/10 – LTN, NTN-F e LFT

No leilão da última quinta-feira (07), a oferta de Letras do Tesouro Nacional (LTN) permaneceu estável frente à semana anterior em 14 milhões, assim como a de Letras Financeiras do Tesouro (LFT) em 650 mil. Enquanto isso, o volume ofertado de Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F) avançou de 300 mil para 650 mil. A oferta grande de prefixados longos ajudou na pressão tomadora na sessão.

As ofertas de LTN e NTN-F foram colocadas no mercado em sua integralidade. Quanto às LFTs, o Tesouro vendeu cerca de 1,4 milhão de papéis. O giro financeiro somou R$ 27,3 bilhões, pouco inferior ao volume de R$ 27,7 bilhões da última sessão.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.

Mercado Secundário

A volatilidade no intervalo trouxe fluxo para as NTN-Bs mais curtas, com vencimentos entre 2022 e 2025, tanto nas operações apenas com NTN-Bs, quanto nas de NTN-Bs casadas com Contratos Futuros de Cupom de IPCA (DAP). No miolo da curva (B26 a B30), o principal destaque foi o maior fluxo de B26s, em razão do elevado volume colocado no leilão. Na ponta mais longa, ainda há um forte vencimento de aversão a risco, que acaba por sustentar as taxas em níveis mais altos.

No mercado de LFTs, nota-se o aumento de alocação desde o vencimento do ativo para o outubro/21. Por último, os prêmios de NTN-Fs, LTNs e LFTs fecharam na semana.

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F). Ambos são calculados pela Anbima.

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Tesouro Direto

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Os títulos do Tesouro Direto pós-fixados e prefixados apresentaram valorização na semana. Por outro lado, os ativos indexados à inflação fecharam a semana em baixa.

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Crédito Privado

Fluxo

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 497 milhões (ante R$ 722 milhões na semana anterior), R$ 442 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 403 milhões), R$ 207 milhões em CRAs (vs. R$ 218 milhões) e R$ 429 milhões em CRIs (vs. R$ 453 milhões).

Os papeis mais negociados por classe de ativos foram debêntures Vale e Eletrobras, CRI Gazit Malls e CRA BRF.

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado. Para trazer uma aproximação do resultado em cinco dias, os dados abrangem desde a sexta-feira da semana anterior até a quinta-feira da semana corrente.

Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

Fonte: Fitch Ratings e Moody’s. Elaboração: XP.

Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.

O que esperar – Semana de 11/10 a 15/10

Agenda econômica

Para semana que vem, temos como destaque a ata do comitê de política monetária americano (FOMC), dados de inflação nos EUA, China e Europa, além da divulgação do IBC-Br (proxy mensal do PIB) e da Pesquisa Mensal de Serviços.

Acesse aqui o Boletim Focus do dia 05/10 (disponível a partir de segunda-feira)

Leilões do Tesouro Nacional

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Relatórios publicados na semana de 04/10 a 08/10

Renda Fixa

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