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A semana na Renda Fixa (01/11 a 05/11)

Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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Resumo: Na semana marcada pela ata do Copom mais dura que o esperado e aprovação turbulenta em primeiro turno da PEC dos Precatórios na Câmara, as taxas futuras de juros fecharam em relativa estabilidade frente à última sexta-feira, com leve recuo nos vencimentos mais longos. Como consequência, a curva apresentou desinclinação marginal. Já as taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também encerraram a semana sem direção única.

Os títulos do Tesouro Direto pós-fixados e prefixados encerraram a semana em alta, enquanto os indexados à inflação fecharam em baixa.

Para a próxima semana, destaque para a inflação medida pelo IPCA do mês de outubro e pesquisas do comércio e de serviços. No campo político, votação dos destaques da PEC dos Precatórios e possível segundo turno da votação.

Cenário macroeconômico

No cenário internacional, o destaque foi a reunião do comitê de política monetária do banco central americano (FOMC) que decidiu pela manutenção da taxa de juros e anunciou início do tapering (redução das compras de ativos) já começando em novembro. Dados de mercado de trabalho seguem melhorando nos EUA.

Já no cenário doméstico, a ata do Copom e a aprovação em primeiro turno da Pec dos Precatórios foram destaque, e publicamos relatório detalhando nossas projeções para a economia e cenários, que pode ser acessado aqui.

Leia tudo o que aconteceu na semana em economia.

Juros

Na semana marcada pela ata do Copom mais dura que o esperado e aprovação turbulenta em primeiro turno da PEC dos Precatórios na Câmara, as taxas futuras de juros fecharam em relativa estabilidade frente à última sexta-feira, com leve recuo nos vencimentos mais longos. Como consequência, a curva apresentou desinclinação marginal.

Já as taxas dos títulos do Tesouro indexados à inflação (NTN-B), que representam as expectativas para o juro real, também encerraram a semana sem direção única.

O mercado espera Selic de 9,52% ao fim de 2021 (ante 9,51% na última sexta-feira), 13,03% em 2022 (vs. 12,80%), 11,83% em 2023 (vs. 12,67%) e 11,88% (vs. 12,32%) em 2024. Quanto à inflação, é esperado 9,69% em 2021 (contra 9,44% na última semana), 5,20% em 2022 (vs. 5,69%), 6,54% em 2023 (vs. 6,42%) e 6,65% em 2024 (vs. 6,50%).

Fonte: Bloomberg, XP.

A curva de juros pode ser compreendida como as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos prefixados sem cupom (ou seja, sem pagamentos semestrais), a partir dos contratos futuros de juros (ou DI). Entenda mais aqui.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 01/11 - NTN-B

O Tesouro Nacional ofertou 150 mil Notas do Tesouro Nacional - Série B (NTN-Bs) no leilão do último dia 1, volume em linha com o ofertado nas últimas duas semanas. O montante reduzido pode ser explicado pela manutenção do menor apetite a risco por parte dos investidores direcionado por incertezas fiscais. Normalmente realizado às terças-feiras, o leilão de NTN-Bs foi realizado na segunda-feira em razão do feriado de finados.

Os lotes com vencimentos em 2030 e 2055 foram colocados no mercado em sua integralidade, enquanto o com vencimento em 2026 teve 45.050 títulos vendidos, da oferta de 50.000. O volume financeiro somou R$ 570,1 milhões, ante R$ 588,2 milhões no último leilão.

Leilão do dia 05/11 - LTN, NTN-F e LFT

Assim como no leilão de NTN-Bs, o Tesouro também a mesma dimensão dos lotes ofertados na semana anterior no leilão da última quinta-feira (05): 450 mil Letras do Tesouro Nacional (LTN), 100 mil Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) e 1,5 milhão de Letras Financeiras do Tesouro (LFT). Aponta-se que o TN antecipou a divulgação das portarias com as condições para a realização dos leilões para antes da abertura da sessão, movimento que costuma ser realizado em momentos de maior stress.

O TN vendeu a totalidade das ofertas de LTNs e NTN-Fs e 1,08 milhão de LFTs. O giro financeiro somou R$ 12,3 bilhões, abaixo dos R$ 16,9 bilhões registrados na última semana.

As LTNs e NTN-Fs são ofertadas em lotes individuais, enquanto as LFTs são ofertadas em leilão híbrido, com vencimentos em lotes agrupados (ou seja, soma-se o volume colocado nos dois vértices ofertados de LFT). Entenda mais sobre o funcionamento dos leiloes de títulos públicos.

Mercado Secundário

A liquidez no mercado secundário na semana foi inferior à média, explicado em partes pelo feriado na segunda-feira. Por outro lado, houve maior fluxo na curva de LFTs, com operadores tentando alongar suas posições. Nas NTN-Bs, o fluxo foi predominantemente vendedor, com o miolo da curva mais líquido, enquanto fundações e estatais seguem demandando as Bs longas.

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F). Ambos são calculados pela Anbima.

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Tesouro Direto

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Os títulos do Tesouro Direto pós-fixados e prefixados encerraram a semana em alta, enquanto os indexados à inflação fecharam em baixa.

Crédito Privado

Fluxo

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 997 milhões (ante R$ 1,4 bilhão na semana anterior), R$ 473 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 466 milhões), R$ 128 milhões em CRAs (vs. R$ 197 milhões) e R$ 743 milhões em CRIs (vs. R$ 426 milhões).

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados e podem alterar o apresentado. Para trazer uma aproximação do resultado em cinco dias, os dados abrangem desde a sexta-feira da semana anterior até a quinta-feira da semana corrente.

Fonte: Anbima e Cetip. Elaboração: XP.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

Para os relatórios publicados durante a semana, dirija-se ao final do relatório.

O que esperar - Semana de 08/11 a 12/11

Agenda econômica

Para a próxima semana, destaque para a inflação medida pelo IPCA do mês de outubro e pesquisas do comércio e de serviços. No campo político, votação dos destaques da PEC dos Precatórios e possível segundo turno da votação.

Acesse aqui o Boletim Focus do dia 05/11 (disponível a partir de segunda-feira)

Leilões do Tesouro Nacional

Fonte: Tesouro Nacional. Elaboração: XP.

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Fonte: Anbima. Elaboração: XP.

Relatórios publicados na semana de 01/11 a 05/11

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