IBOVESPA 0,7% | 81.319 Pontos
CÂMBIO 1,12% | 5,69/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa fechou em alta de 0,7% ontem, a 81.319 pontos, seguindo as bolsas americanas. Nesta manhã, mercados internacionais registram queda com escalada de tensão entre EUA x China após senado americano aprovar legislação que pode impedir listagem de companhias chinesas no mercado americano, somado às acusações de Trump ao governo de Xi Jinping sobre realizar campanha de desinformação nos EUA e Europa.
Na Zona do Euro, o PMI composto, que engloba os setores industrial e de serviços, subiu da mínima histórica de 13,6 em abril para 30,5 em maio. Ainda que a leitura abaixo de 50 continue indicando contração da atividade econômica da região, o resultado superou as expectativas de analistas consultados pelo Wall Street Journal, que previam aumento do indicador a 24.
Na agenda de indicadores do dia, o destaque será o número de pedidos de auxílio-desemprego nos Estados Unidos, às 9h30.
No Brasil, durante reunião com empresários do setor de serviços na última terça-feira, o ministro da Economia, Paulo Guedes, disse que pretende reduzir o auxílio emergencial para R$ 200 após o pagamento da terceira parcela do auxílio emergencial. A ideia é que as novas parcelas sejam pagas por mais um ou dois meses para um público mais restrito, mas o ministro ainda não trouxe muitos detalhes a respeito de quem poderia continuar recebendo o auxílio. Quando questionado sobre o custo fiscal da medida, Guedes disse que já tinha uma solução para pagar a conta fiscal da pandemia sem deixá-la para as futuras gerações.
Em vez de escolher os papéis de companhias específicas que tenham problemas de liquidez, o Banco Central do Brasil avalia comprar cestas de títulos privados que espelhem o conjunto de empresas que fazem captações no mercado de capitais. A intenção do BC é ser o mais neutro possível em suas intervenções para injetar liquidez no mercado e destravar o mercado de dívida privada.
Na política, Jair Bolsonaro e governadores se reúnem para discutir o plano de ajuda aos estados e municípios aprovado pelo Legislativo no início do mês. O presidente disse que dessa conversa sairia a decisão de vetar ou não o trecho que permite o reajuste de servidores públicos, o que tem sido defendido por Paulo Guedes.
Celso de Mello decide até amanhã se tornará pública a gravação da reunião ministerial em que Sergio Moro disse ter havido pressão de Jair Bolsonaro por mudanças na Polícia Federal.
Por fim, divulgamos ontem relatório sobre o setor de proteínas, que tem sido um dos mais resilientes ao coronavírus, apesar de rupturas de oferta, principalmente nos EUA, e da volatilidade nas margens. Atualizamos nossos modelos com os dados do 1T20 e com novas projeções macro, chegando em um preço alvo de R$ 35 por ação para JBS, R$ 18 para Marfrig e R$ 30 para BRF, com recomendação de Compra para as três empresas. Adicionalmente, soltamos também nosso relatório com os destaques da reunião com o CEO e o CFO da Ambev, focando nas iniciativas da empresa para combater a crise do coronavírus. Mantemos recomendação Neutra para Ambev, com preço-alvo de R$ 15 por ação.
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Internacional

- Política Internacional
- Petróleo: Queda no estoque dos EUA acima do esperado pelo mercado
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Empresas

- Unidas (LCAM3) 1T20: Resultados em linha; Mantemos Compra
- Frigoríficos (JBSS3, MRFG3, BRFS3): confira os novos preços-alvo para JBS, Marfrig e BRF
- Ambev (ABEV3): destaques da reunião com CEO e CFO
Veja todos os detalhes
Internacional
Política Internacional
- No conflito entre a China e os EUA, segundo a Bloomberg, documento enviado pela Casa Branca ao Congresso americano faz críticas à política econômica e militar da China. Entre outros temos, o relatório destaca roubo de propriedade intelectual, violações aos direitos humanos e protecionismo. O texto não especifica medidas a serem tomadas pelo governo americano, mas aumenta o tom contra o país asiático;
- Ademais, o Senado americano aprovou projeto que exige que empresas atestem que não estão sobre controle estrangeiro, aquelas que estiverem não poderão ter seus valores mobiliários negociados na bolsa.
Petróleo: Queda no estoque dos EUA acima do esperado pelo mercado
- Ontem o petróleo fechou em alta de +3,17% em U$35,03/barril (Brent). A alta foi impulsionada pelo crescimento menor do que o esperado dos estoques nos EUA. A Agência de Informação de Energia dos EUA (EIA) divulgou, em seu relatório oficial de estoques, uma queda de estoques comerciais no páis de -4,9 milhões de barris comparado a uma expectativa de aumento +1,1 milhões de barris;
- Além disso, os estoques em Cushing, Oklahoma, centro de distribuição do petróleo negociado na Bolsa de Mercadorias de Nova York (Nymex), caíram -5,5 milhões de barris. Por fim, a produção total de petróleo dos EUA teve uma queda de -100 mil barris/dia atingindo o patamar de 11,5 milhões de barris por dia;
- Nessa manhã de quinta-feira, a commodity opera em território positivo, com o Brent em alta de +3,78%, aos US$35,96/barril e o WTI em alta de 4,32%, aos US$33,34/barril.
Empresas
Unidas (LCAM3) 1T20: Resultados em linha; Mantemos Compra
- Os resultados do Unidas no 1T20 vieram em linha com nossas estimativas, mas abaixo do consenso. O lucro líquido atingiu ~R$ 80 milhões, ~2% acima do nosso número e ~9% abaixo do consenso de mercado. Os resultados foram beneficiados por (i) mais um trimestre de forte crescimento de volumes no segmento de aluguel de veículos, RAC, (+42% a/a, vs. nossa expectativa de um crescimento de 37% a/a), mas foram parcialmente compensados por (i) margens ligeiramente inferiores às esperadas e (ii) despesas financeiras líquidas ~13% mais negativas que as nossas;
- Embora reconheçamos que a empresa tenha conseguido entregar mais um trimestre de crescimento sequencial em RAC, as consequências relacionadas à disseminação da Covid-19 já refletiram negativamente nos resultados do 1T20, resultando em alavancagem operacional ligeiramente inferior à prevista e margem EBITDA negativa no segmento de vendas de seminovos. No entanto, notamos que (i) a Unidas possui uma posição de caixa sólida e praticamente nenhum pagamento de dívida previsto para 2020, além de (ii) ter uma parcela relevante dos resultados provenientes do segmento de terceirização de frota (~60% do EBITDA), o que proporciona resiliência superior no cenário atual em nossa visão. Mantemos nossa recomendação de Compra para as ações, mas esperamos volatilidade no curto prazo. Para acessar nosso comentário completo, clique aqui.
Frigoríficos (JBSS3, MRFG3, BRFS3): confira os novos preços-alvo para JBS, Marfrig e BRF
- Em 2020, o setor de proteínas tem sido um dos setores mais resilientes em meio aos impactos do coronavírus, apesar de rupturas de oferta, principalmente nos EUA, e da volatilidade nas margens;
- Após um primeiro trimestre no geral positivo para as empresas, atualizamos nossos modelos com os números recentes, câmbio depreciado, assim como um curto prazo potencialmente mais volátil em termos de margens, mas com um ambiente ainda bastante favorável;
- Reiteramos nossa recomendação de compra para JBS, Marfrig e BRF e atualizamos os preços-alvo para R$ 35, R$ 18 e R$ 30 por ação, respectivamente. Veja detalhes da nossa tese positiva juntamente aos principais temas discutidos neste momento clicando no link.
Ambev (ABEV3): destaques da reunião com CEO e CFO
- Realizamos ontem (20/05) uma reunião online com o CEO da Ambev, Jean Jereissati, e o CFO, Lucas Lira. Jean Jereissati relembrou três prioridades da empresa: (i) trabalhar a marca Ambev; (ii) inovação como mentalidade e (iii) foco em tecnologia;
- Segundo ele, essas prioridades “caíram como uma luva” neste momento desafiador, que conta também como foco saúde dos colaboradores e parceiros da empresa. De fato, o setor tem sido muito impactado e a incerteza é grande. Por outro lado, a crise acelerou iniciativas já planejadas, enquanto a empresa apresenta solidez financeira para superar os desafios do curto prazo;
- Mantemos nossa recomendação Neutra para Ambev, com preço-alvo de R$ 15 por ação. Confira aqui os detalhes da nossa reunião com o CEO e CFO da empresa.

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