IBOVESPA +1,4% | 107.758 Pontos
CÂMBIO +0,7% | 5,61/USD
O que pode impactar o mercado hoje
O Ibovespa fechou a segunda semana consecutiva no positivo, em alta de 2,6% e reconquistando os 107 mil pontos. No mercado local, o período foi marcado pela decisão do Copom em elevar a taxa Selic de 7,75% para 9,25%, além da sinalização de outra alta da mesma magnitude na sua próxima reunião em fevereiro de 2022, reforçando a postura dura nos próximos meses afim de conter a alta da inflação. Nesse sentido, a política monetária deve seguir em destaque nesta semana no Brasil, com a publicação da ata da do Copom; além disso, devem ser divulgados dados de atividade de outubro, como a pesquisa mensal de serviços e o IBC-BR – proxy do PIB -, além do relatório trimestral de inflação. Outro tema que deve seguir em foco no mercado local é o cenário político, com expectativa de votação da segunda parte da PEC dos Precatórios na Câmara dos Deputados ainda nesta semana. Depois disso, os Congressistas deverão voltar suas atenções para o Orçamento de 2022, que provavelmente será votado antes do final do ano.
Hoje, Mercados Globais amanhecem levemente positivos (EUA +0,4% e Europa +0,6%), enquanto investidores aguardam as decisões de cerca de 20 bancos centrais nesta semana, incluindo o Federal Reserve, o Banco Central Europeu e o Banco da Inglaterra. Nos Estados Unidos, o presidente do Fed, Jerome Powell, já sugeriu que poderá reduzir as recompras de títulos, que atualmente estão em cerca US$ 15 bilhões por mês por conta da alta de inflação no país, a qual atingiu +6,7% nos últimos 12 meses, seu ritmo mais acelerado desde 1982. Na China (+0,6%), a Bolsa atingiu a máxima dos últimos 3 meses em virtude do anúncio governamental sobre uma política monetária mais acomodativa com foco no crescimento do país, aumento nos gastos fiscais e redução nas pressões regulatórias sobre empresas privadas. Por fim, o gás natural (+1,5%) amanheceu em alta ao passo que os estoques europeus permanecem abaixo da média em meio à forte demanda pela commodity durante o inverno no hemisfério Norte.
Ainda sobre as decisões globais de política monetária, o time de Economia da XP destaca que as pressões inflacionárias ao redor do mundo devem exigir uma postura monetária mais rígida dos diversos bancos centrais, embora a variante do omicron continue sendo um risco relevante. No Reino Unido, o primeiro-ministro Boris Johnson anunciou que pessoas com mais de 18 anos devem estar elegíveis a uma vacina de reforço antes do fim do ano, em resposta ao aumento de infectados pela nova variante. No que tange aos indicadores econômicos divulgados esta semana, no campo internacional, destaque para dados de inflação ao produtor nos EUA e inflação ao consumidor na Zona do Euro referentes a novembro, além de indicadores de atividade econômica na China (novembro) e na Zona do Euro (outubro). Já no Brasil, a autoridade monetária deverá divulgar o Relatório Trimestral de Inflação, nesta quinta-feira (16).
Do lado de Política, no Congresso americano, os holofotes permanecem sobre as discussões em torno do teto da dívida e das negociações do Build Back Better Act de 1,75 trilhão de dólares. A expectativa é que o projeto que eleva o teto para cerca de 29 trilhões de dólares seja votado na terça-feira (14) na Câmara americana. Já a segunda parte da agenda econômica do presidente Joe Biden, o Build Back Better Act, segue em foco no Senado: devido à resistência do senador centrista Joe Manchin, cresce a incerteza sobre a realização do calendário proposto pelas lideranças do partido, que buscam a aprovação do pacote até o Natal. Nesse contexto, Biden deve se reunir com o senador nesta semana em busca de acordo.
Tópicos do dia
Economia
- Semana chave para a política monetária global, com decisão em cerca de 20 bancos centrais. As pressões inflacionárias exigem uma postura monetária mais dura, embora a variante do coronavírus omicron continue sendo um risco
- Boletim FOCUS
Política
- Teto da dívida e negociações do Build Back Better Act em destaque nos EUA
Empresas
- Semana passada, encontramos 13 investidores institucionais no RJ para falar dos setores de Transportes & Bens de Capital
- Usiminas (USIM5): Anúncio de juros sobre capital próprio de R$0,16 por ação
- Principais notícias dos setores
Mercados
- Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Microsoft aposta em saúde
ESG
- Pressão ambiental sobre as petroleiras no mundo continua | Café com ESG, 13/12
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Economia
Semana chave para a política monetária global, com decisão em cerca de 20 bancos centrais. As pressões inflacionárias exigem uma postura monetária mais dura, embora a variante do coronavírus omicron continue sendo um risco
- Semana chave para a política monetária global, com decisão em cerca de 20 bancos centrais – incluindo Fed, BCE e Banco da Inglaterra. As pressões inflacionárias exigem uma postura monetária mais rígida, embora a variante do coronavírus omicron continue sendo um risco. Os indicadores de preços ao consumidor em países como os EUA, Alemanha e México, divulgados na semana passada, mostraram que a inflação está atingindo o nível mais alto em muitos anos;
- Na China, autoridades do Partido Comunista disseram na sexta-feira que a prioridade para o próximo ano é “garantir a estabilidade”. Eles também indicam que as políticas econômicas serão flexíveis e adequadas. A sinalização de uma política econômica que de mais suporte à maior economia asiática elevou os preços das commodities e os mercados de ações na região;
- O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, anunciou que as pessoas acima de 18 anos estarão elegíveis a uma vacina de reforço antes do fim do ano, em resposta ao aumento de casos de Covid infectados pela nova variante Omicron;
- A política monetária também é destaque no Brasil esta semana. O Banco Central divulgará a ata da reunião do Copom da semana passada, quando o comitê elevou a taxa Selic em 1.50 pp, para 9,25%. A autoridade monetária também divulgará o Relatório Trimestral de Inflação, nesta quinta-feira. No campo fiscal, a votação final da PEC dos Precatórios deve ocorrer na Câmara. Depois disso, os Congressistas voltarão a atenção para o Orçamento de 2022, que provavelmente será votado antes do final do ano.
Boletim FOCUS – data de referência 10/12/2021
- Destaque: Expectativas para o IPCA exibem recuo após várias semanas consecutivas em elevação;
- A mediana das projeções para a variação do IPCA em 2021 caiu de 10,18% na semana passada para 10,05% na divulgação de hoje (estava em 9,77% há quatro semanas). Enquanto isso, o consenso para o IPCA de 2022 ficou estável em 5,02% (4,79% há 1 mês) após muitas semanas seguidas em trajetória de alta. Além disso, vale mencionar a (ligeira) redução nas previsões para o IPCA de 2023 (de 3,50% para 3,46%) e 2024 (de 3,10% para 3,09%);
- Por sua vez, a mediana das expectativas para a taxa Selic no final de 2022 subiu de 11,25% para 11,50% (11,00% há 4 semanas). As projeções para a taxa básica de juros no final de 2023 e 2024 permaneceram em 8,00% e 7,00%, respectivamente;
- No campo da atividade econômica, o consenso de mercado para o crescimento real do PIB em 2021 declinou de 4,71% para 4,65% (estava em 4,88% há 4 semanas). Para o PIB de 2022, a expectativa decresceu sutilmente de 0,51% para 0,50% (estava em 0,93% há 1 mês);
- Por fim, a projeção para a taxa de câmbio no final de 2021 ascendeu de R$/US$ 5,56 para R$/US$ 5,59 (estava em R$/US$ 5,50 há 1 mês). O consenso para a variável no final de 2022 continuou em R$/US$ 5,55.
Política
Teto da dívida e negociações do Build Back Better Act em destaque nos EUA
- No Congresso americano, os holofotes permanecem sobre o teto da dívida e negociações do Build Back Better Act de USD 1,75 trilhões. A expectativa é que o projeto que eleva o teto a USD 28.9 trilhões (+USD 480 bilhões) seja votado na terça-feira na Câmara;
- E a segunda parte da agenda de Joe Biden, o Build Back Better Act, está em foco no Senado. Devido à resistência do senador centrista Joe Manchin, cresce a incerteza sobre a realização do calendário proposto pelas lideranças do partido, que buscam a aprovação do pacote até o natal. Nesse contexto, Biden deve se reunir com o senador nesta semana em busca de acordo.
Empresas
Semana passada, encontramos 13 investidores institucionais no RJ para falar dos setores de Transportes & Bens de Capital
Transportes. Os principais destaques que notamos foram:
- Preferência por Vamos entre nossas top-picks: Conforme destacamos em nosso relatório Year Ahead 2022, nossos top-picks para o próximo ano são Vamos e Rumo. Apesar de ambos os cases terem sido bem recebidos, notamos uma maior aceitação de investidores para a nossa visão positiva em Vamos quando comparada com Rumo.
- Vamos: Posição relevante para diversas casas que conversamos, mesmo com tamanho de mercado relativamente pequeno (algumas casas baixaram a régua de liquidez para acomodar posição em Vamos dado alta convicção). Destacamos também o feedbcak de um investidor que vê na queda recente oportunidade de compra dado que ele não entrou no IPO e se arrependeu vendo a alta forte em seguida;
- Rumo: Parece consenso entre os investidores que 2022 deve ser um bom ano para a empresa, e todos também concordam que o anuncio recente da autorização para o projeto de Lucas do Rio Verde (LRV) é um fator positivo ainda não precificado. Notamos, porém, um pushback interessante: de que a melhora esperada para 2022 já se encontraria nos números do consenso (portanto sem espaço relevante de surpresa positiva), e o múltiplo atual usando o EBITDA do consenso de 2022 (~10.5x EV/EBITDA) estaria em linha com o histórico (portanto também sem expectativa de re-rating no valuation).
- As Locadoras foram destaque de demanda de investidores: praticamente todos os investidores dedicaram boa parte das reuniões para as locadoras de carro. E destacamos as seguintes mensagens:
- Maioria das casas apostando em Localiza e Unidas (apesar de terem múltiplos acima de Movida), com interesse mais pontual por Movida (o interesse normalmente se dá pelo valuation descontado);
- Valuation está barato (ouvimos muitas vezes o numero de 15x P/E como o múltiplo que os investidores enxergam para a Localiza em 2022 se incluídas sinergias da possível fusão com a Unidas;
- Nos parece um consenso a expectativa de que a fusão seja aprovada no próximo dia 15 (data da audiência do tribunal do CADE onde foi pautada a deliberação sobre a proposta de fusão). Quanto à potenciais remédios, há grande incerteza, e ninguém está se arriscando a palpites concretos.
- Outros nomes mencionados pontualmente foram:
- Santos Brasil: principal aposta que vimos em infraestrutura (com expectativa de resultados fortes a despeito da queda forte recente da ação);
- CCR: investidores em geral enxergam uma falta de gatilhos adiante para setor de rodovias. Porem, a CCR apareceu como destaque dado possibilidade de renovação societária desencadeando uma melhora em sua percepção de governança corporativa;
- Hidrovias: por fim, notamos interesse por parte de alguns investidores em Hidrovias, porem ainda uma baixa disposição de buscar montar posições dado sua alta alavancagem e baixa liquidez (principalmente no atual contexto macro de juros altos).
Bens de Capital. Os principais destaques que notamos foram:
- WEG (leitura mista): apesar do bom momento operacional e bons prospectos para crescimento no curto e longo prazo, notamos preocupações de investidores em relação aos níveis de valuation. Mesmo com boas justificativas para o prêmio atual, investidores mencionaram como principais riscos uma eventual apreciação do real e seus potenciais impactos nos níveis de retorno sobre o capital investido (ROIC);
- Aeris (leitura negativa): vemos investidores receosos com a evolução dos níveis do retorno sobre o capital investido (ROIC) da companhia, o que poderia prevenir uma reavaliação nos níveis atuais de valuation da companhia, em linha com nossa visão neutra no papel.
- Autopeças (leitura neutra):
- Randon: investidores parecem favoráveis ao bom momento do agronegócio, concordando que níveis atuais de valuation parecem atrativos, apesar dos riscos inerentes à deterioração macroeconômica doméstica (impactando papéis expostos a Brasil, como a Randon);
- Tupy e Iochpe-Maxion (mais expostas a mercados externos): por mais que os níveis de valuation atuais pareçam atrativos, investidores notam como principal risco um eventual pior ciclo para o setor automotivo nos próximos anos.
- Outros nomes citados (fora do nosso universo de cobertura):
- Embraer: bastante interesse em relação ao potencial de valorização em relação aos novos projetos de eVTOL, e o quanto esse projeto já poderia estar precificado nas cotações atuais das ações;
- GPS: bastante interesse por parte dos investidores, no contexto do IPO recente da ação (listagem efetivamente concluída em Abril, 2021). Ouvimos de diversas casas a pergunta se não tínhamos cobertura da empresa.
Usiminas (USIM5): Anúncio de juros sobre capital próprio de R$0,16 por ação
- A Usiminas aprovou a distribuição líquida, a título de juros sob o capital próprio, de R$0,149 por ação ordinária e R$0,164 por ação preferencial, totalizando R$191,4 milhões;
- Os detentores das ações deverão receber o pagamento dos referidos montantes no dia 30 de dezembro de 2021 (data ex em 16 de dezembro);
- Temos recomendação Neutra para Usiminas, com preço-alvo de R$15.5 por ação.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- No Santander, um “convite” que pode custar € 67 milhões. Um tribunal de Madri condenou o banco por quebra de contrato, ao retirar, em 2019, um convite feito meses antes a Andrea Orcel, então presidente do UBS, para que assumisse como CEO da instituição (NeoFeed);
- Custo do Pronampe dispara e risco de calotes preocupa (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Mercado Livre atualiza custos e regras para vendedores a partir de 2022 (CanalTech);
- Em recuperação lenta, shoppings esperam ‘virada’ até março (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Biden ordena que EUA parem de financiar projetos de combustíveis fósseis com alto teor de carbono no exterior (Notícias Agrícolas);
- Cervejeiras reveem logística como saída para driblar inflação e alta da gasolina (Guia da Cerveja);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Recuo na carga deve chegar a 0,6% em dezembro (Canal Energia);
- Petrobras atinge profundidade recorde em perfuração de poço no pré-sal (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Microsoft aposta em saúde
- Nova aquisição da Microsoft deverá ser aprovada por reguladores;
- ASML anuncia nova máquina para produção de semicondutores;
- Ações da Oracle disparam com fortes resultados do terceiro trimestre;
- Dados apontam para uma desaceleração no consumo chinês em 2022;
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
Pressão ambiental sobre as petroleiras no mundo continua | Café com ESG, 13/12
- O mercado fechou o pregão de sexta-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +1,4% e +0,9%, respectivamente. Na semana, o Ibov fechou em alta de +2,6%, enquanto o ISE +2,7%;
- Do lado das empresas, diante da pressão ambiental sobre as petroleiras no mundo (i) a Petrobras aumentou, de US$ 1 bilhão para US$ 2,8 bilhões, os investimentos em descarbonização no seu novo plano de negócios 2022-2026, entretanto, um levantamento feito pelo Valor Econômico mostrou que o orçamento da estatal para o baixo carbono ainda é tímido ante os pares globais; (ii) a Exxon Mobil, frente à pressão do Follow This – grupo de ativistas climáticos e acionistas da empresa -, terá que aprofundar suas metas de redução de emissões de carbono, aumentando a pressão sobre a empresa de petróleo e gás em sua estratégia de transição energética, a fim de cumprir as metas apoiadas pela ONU para limitar o aquecimento global a menos de 2°C;
- No internacional, o governo Biden ordenou que as agências governamentais dos EUA parem imediatamente de financiar novos projetos de combustíveis fósseis com alto teor de carbono no exterior e priorizem colaborações globais para implantar tecnologia de energia limpa, uma vez que os compromissos do governo devem refletir as metas estabelecidas que visa encerrar o apoio financeiro americano a projetos de carvão e de energia intensiva em carbono no exterior. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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