IBOVESPA -0,32% | 121.407 Pontos
CÂMBIO +0,23% | 5,30/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou em queda ontem, aos 121,407 pontos (-0,3%). O dia foi marcado pelo relatório ADP nos Estados Unidos, que ficou abaixo do consenso, renovando expectativas de um corte de juros no país, e impulsionando os mercados globais.
O principal destaque negativo na Bolsa brasileira foi Petz (PETZ3. -4,3%) devido à incerteza pelo mercado em relação ao processo de fusão com a Cobasi. O destaque positivo da sessão foi Sabesp (SBSP3, +4,5%) após novas notícias sobre a privatização da empresa.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de quarta-feira com abertura por toda a extensão da curva, mas mais acentuada nos vértices curtos e intermediários. A razão por trás da abertura da curva é a interpretação dos investidores de que o ciclo de cortes da Selic terminou. Esse posicionamento se baseia na deterioração das expectativas de inflação, atrelada ao câmbio elevado, que encerrou o dia em R$ 5,29.
Nos EUA, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam em 4,72% (-5,0bps) e as de 10 anos em 4,29% (-4,0bps). DI jan/25 fechou em 10,465% (alta de 5,9bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 10,93% (alta de 9bps); DI jan/27 em 11,26% (alta de 6bps); DI jan/29 em 11,67% (alta de 1bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em alta (S&P 500: 0,02%; Nasdaq 100: 0,1%) após o índice S&P 500 fechar o pregão de ontem em sua máxima histórica. O mercado aguarda dados de emprego divulgados ao longo dessa semana, que poderão dar pistas sobre os próximos passos da política monetária.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,8%) e os índicesse aproximam das máximas históricas, no aguardo de um corte de juros pelo Banco Central Europeu na reunião de hoje. Na China, as bolsas fecharam mistas (CSI 300: -0,1%; HSI: 0,3%).
Economia
Dados de atividade econômica e mercado de trabalho mostraram sinais mistos nos Estados Unidos. O índice de gerentes de compras do Institute for Supply Management (ISM) mostrou uma alta relevante da atividade no setor de serviços, marcando o maior nível desde agosto do ano passado. Por outro lado, o relatório mensal da ADP mostrou que os empregos no setor privado subiram apenas 152 mil no mês passado, menor número desde janeiro e abaixo das expectativas dos economistas. O mercado de trabalho parece estar se reequilibrando, mas os dados de emprego a serem divulgados na sexta-feira serão fundamentais para confirmar essa percepção.
No Brasil, tivemos divulgação de dados da produção industrial, que mostrou queda de 0,5% em relação ao mês anterior. Apesar disso, a abertura foi considerada positiva, com bens de capital mostrando forte expansão. Destacamos ainda a publicação de nosso relatório Brasil Macro Mensal, no qual apontamos que o Copom deve manter os juros inalterados na próxima reunião para reavaliar os próximos passos.
Na agenda do dia, o principal evento é a decisão de política monetária pelo Banco Central Europeu (BCE), o qual se espera que inicie o movimento de cortes de juros. No entanto, devido às incertezas no cenário internacional, é pouco provável que o BCE se comprometa com cortes adicionais, mantendo uma postura mais cautelosa. Nos Estados Unidos, destaque para divulgação de dados de pedidos de auxílio desemprego, que podem apontar para uma moderação do mercado de trabalho.
Veja todos os detalhes
Economia
BCE deve reduzir taxas de juros hoje
- Nos EUA, o Institute for Supply Management (ISM) informou que seu índice de gerentes de compras não manufatureiros subiu para 53,8 no mês passado, de 49,4 em abril. A leitura de maio, a mais alta desde agosto passado, superou as estimativas dos 59 economistas que haviam fixado a mediana das expectativas em 50,8, um pouco acima do nível 50 que separa crescimento de contração. A leitura de serviços mais forte do que o esperado contrastou com o relatório ISM sobre o setor industrial, divulgado na segunda-feira. Ele mostrou que a atividade fabril contraiu-se pelo segundo mês consecutivo em maio. Porém, como o setor de serviços é responsável pela grande maioria da produção econômica dos E.U.A., a surpresa positiva pode reforçar a hesitação dos diretores do Fed em iniciar os cortes nas taxas de juros, tendo em vista a inflação mais forte do que o esperado até agora neste ano;
- O relatório mensal de emprego da ADP mostrou que as os empregos no setor privado aumentaram em 152.000 no mês passado – o menor número desde janeiro e bem abaixo da média de 194.000 no último ano – após um aumento de 188.000 em abril, revisado para baixo. Os economistas haviam previsto que o emprego privado aumentaria em 175.000 postos de trabalho no mês passado. O crescimento se concentrou no setor de serviços, liderado por comércio, transporte e serviços públicos, seguido por serviços de educação e saúde e serviços financeiros. O relatório reforçou outros dados que mostram que o mercado de trabalho está se equilibrando melhor, como revelou o relatório JOLTS na terça-feira;
- No Brasil, a produção industrial geral caiu 0,5% em abril em relação a março, em linha com as expectativas. Dito isso, o detalhamento setorial foi relativamente positivo, em nossa opinião. A categoria de bens de capital foi o destaque, com uma expansão de 3,5% no mês e de 4,7% no acumulado do ano. A recuperação da produção de caminhões contribuiu substancialmente para essa dinâmica – puxado pela adaptação às mudanças regulatórias nas emissões de gases (Proconve 8 / Euro 6). Por outro lado, as indústrias extrativas enfraqueceram no período recente, em função dos altos estoques de minério de ferro e da queda acentuada na produção de petróleo bruto. Projetamos que a produção industrial geral crescerá 2,5% em 2024;
- Publicamos hoje nosso relatório Brasil Macro Mensal. Destacamos que os desafios da política monetária aumentaram com a elevação das expectativas de inflação. Acreditamos que o Copom fará uma pausa em seu ciclo de flexibilização na próxima reunião. Considerando a quantidade incomum de incertezas, mantemos nossa previsão de taxa Selic estável até o final de 2025 por enquanto. Além disso, mantivemos nossas projeções de crescimento do PIB em 2,2% este ano e 1,7% no próximo ano. No entanto, reconhecemos maiores incertezas no curto prazo, com fatores de alta e de baixa. Também esperamos que a inflação de curto prazo permaneça bem comportada em meio à deterioração das expectativas, às incertezas sobre o Rio Grande do Sul e ao mercado de trabalho apertado. Prevemos um IPCA de 3,7% em 2024 e 4,0% em 2025, sem alterações em relação ao anterior. Por fim, revisamos nossa projeção de déficit do governo central em 2024 de 0,6% para 0,5% do PIB em 2024 devido a revisões nas medidas de aumento de receita. Veja o relatório completo aqui.
- O evento mais esperado de hoje é a decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE). Os formuladores de políticas do BCE indicaram claramente sua intenção de reduzir os custos de empréstimos após verem a inflação nos 20 países que compartilham o euro cair de mais de 10% no final de 2022 para pouco acima de sua meta de 2% nos últimos meses. Entretanto, é improvável que a presidente do BCE, Christine Lagarde, e seus colegas se comprometam com uma nova redução da taxa na reunião de julho ou depois dela. Em vez disso, espera-se que eles enfatizem que qualquer movimento adicional dependerá dos dados recebidos e que os custos dos empréstimos precisam permanecer altos o suficiente para controlar a inflação. Nos Estados Unidos, os dados sobre os pedidos iniciais de emprego também podem indicar a moderação no mercado de trabalho, como se viu recentemente nos relatórios JOLTS e ADP.
Empresas
Santos Brasil (STBP3) – Acompanhamento Mensal do Setor Portuário | Maio de 2024
- Em nosso tracker mensal de Operadores Portuários de maio de 24, destacamos os volumes totais da STBP aumentaram 25% A/A, para 123 mil contêineres, e acreditamos que este mês ainda não apresentou todo o potencial de volumes adicionais para o ano;
- Vemos esse desempenho reforçando nossas fortes estimativas de volume para o ano fiscal de 2024;
- Destacamos também:
- Fortes volumes de armazenagem (+29% A/A);
- TEV reportou volumes fracos, com 18 mil veículos movimentados (-17% A/A) implicando apenas 65% de utilização da capacidade LTM;
- Porto de Santos reportou aumento na utilização da capacidade em abril de 2024 (85% LTM vs 80% em 2023 e 87% em 2022);
- Reiteramos nossa recomendação de Compra;
- Clique aqui para acessar o relatório completo
Saúde: Data Expert | ANS Tracker de Abril de 2024
- Este é o nosso ANS Tracker, no qual acompanhamos e analisamos os dados de planos de saúde e odontológicos fornecidos pela ANS. Os destaques são:
- O mercado de planos de saúde teve 92 mil adições líquidas em abril, impulsionado pelo bom desempenho dos planos empresariais, que se somam às Seguradoras e Medicina de Grupo;
- SP, S e CO foram os destaques positivos, e o RJ conseguiu registrar números positivos mesmo considerando o desempenho negativo da Unimed-Rio/Ferj;
- A Hapvida (HAPV3) perdeu 16 mil vidas no mês, impactada pelas operadoras legadas do NDI;
- A SULA (RDOR3) registrou 15 mil adições líquidas, principalmente nos estados de SP e RJ; e
- O mercado de planos odontológicos adicionou 389 mil planos em abril, com a Odontoprev (ODPV3) adicionando 16 mil planos.
- Mantemos nossa visão cautelosa sobre o setor devido às dificuldades financeiras dos pagadores – que, por sua vez, estão pressionando os provedores – embora acreditemos que o setor como um todo esteja em um ciclo de recuperação constante;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Relator no Cade vota pela condenação de Itaú e Redecard por ação de 2019; julgamento foi suspenso (Valor);
- HDI complementa oferta com Yelum, novo nome da Liberty (Valor);
- Caixa critica ‘sangria’ da poupança para bancos (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Varejo e indústria preferem não cantar vitória, mas respiram aliviados com taxação das ‘blusinhas’ (Valor Econômico);
- Quem vai levar os postos de combustíveis do Pão de Açúcar (Pipeline);
- Empresas e tributaristas esperam derrubar MP que compensa desoneração (Folha de São Paulo);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- ANS divulga dados de beneficiários relativos a abril de 2024 (ANS);
- Planos de saúde ganham mais dez dias para explicarem cancelamentos unilaterais de contratos à Senacon (O Globo);
- CPI dos Planos de Saúde: deputados querem instalar comissão antes do recesso (CNN);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Por apoio do BC, bancos e incorporadoras mudam proposta para o compulsório (Estadão);
- Nova regra do consignado abre caminho para fim do saque-aniversário do FGTS (Folha de SP);
- Ao menos 70 mil m² de galpões no RS foram paralisados pelas chuvas (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Geração termelétrica deve se manter alta em 2024 (Valor Econômico);
- CPI da Enel na Câmara Municipal pede cancelamento da concessão em São Paulo (Valor Econômico);
- Minigeração distribuída passa a contar com regras para obter incentivos fiscais (MegaWhat);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Estratégia
Impactos das novas regras de créditos tributários de PIS/Cofins nas empresas
- No último dia 4 de junho, o Ministério da Fazenda anunciou uma Medida Provisória com novas regras para o PIS/Cofins que tem como objetivo compensar os efeitos fiscais da desoneração da folha de pagamento;
- A MP consiste de duas medidas: (i) restringir o ressarcimento de créditos presumidos de PIS/Cofins e (ii) limitar a “compensação cruzada” no uso de créditos de PIS/Cofins. Essas medidas somam R$ 29,2 bilhões contra um impacto de R$ 26,3 bilhões da desoneração da folha de pagamento;
- Consolidamos o valor de PIS/Cofins a recuperar das empresas sob a nossa cobertura e a visão por setor dos nossos analistas. BHIA (468% do valor de mercado), PCAR3 (150%), ALLD3 (37%), RAIZ4 (30%) são as empresas com os maiores valores de PIS/Cofins a recuperar em relação ao valor de mercado da companhia;
- Clique aqui para ver o relatório.
Renda fixa
Tesouro Direto tem captação líquida recorde em abril; saiba mais.
- No dia 27 de maio, o Tesouro Nacional divulgou os dados do Tesouro Direto referentes a abril de 2024;
- Os resultados apresentados para o mês seguiram a tendência observada de as aplicações nos títulos públicos por pessoas físicas superarem o volume de resgates, atingindo uma captação líquida de R$ 2,2 bilhões no mês, o maior volume mensal da série observada, desde 2005;
- Com exceção de janeiro de 2023, o Tesouro Direto apresenta captação líquida positiva desde abril de 2021;
Clique aqui para entender melhor sobre estes dados recordes.
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Asia stocks rise as ECB appears set to cut rates and softer labor market fuels hopes the Fed might follow suit (CNBC);
- Limitação do uso do PIS/Cofins pode custar R$ 10 bilhões ao ano para o agronegócio (Estadão);
- Indústria recua em abril, mas cenário segue positivo (Valor Econômico);
- Fitch Afirma IDRs da Braskem em ‘BB+’ e Remove Observação Negativa; Perspectiva Negativa (Fitch);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Investidores do MXRF11 aprovam nova oferta de R$ 800 milhões; e agora? (FIIs);
- FII TVRI11 fecha venda de imóveis ocupados pelo BB no Rio e em SP (Valor Econômico);
- IFIX mantém viés de queda e tem pior resultado desde fevereiro (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover) é aprovado no Senado | Café com ESG, 06/06
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,32% e 0,43%, respectivamente.
- No Brasil, (i) o Senado aprovou ontem, de forma unânime, o texto principal do projeto que cria o Programa Mobilidade Verde e Inovação (Mover), cujo objetivo é reduzir as taxas de emissão de carbono da indústria de automóveis até 2030 – o texto prevê benefícios fiscais para empresas que investirem em sustentabilidade e também estabelece novas obrigações para a venda de veículos novos no país; e (ii) a Vale estuda o uso de etanol e a antecipação do aumento da mistura de biodiesel ao diesel para 25% nos caminhões que atendem às atividades de mineração como opções para reduzir as emissões de carbono nas operações – hoje, todo o diesel comercializado no país já tem uma mistura obrigatória de 14% e o aumento do percentual para 25% está em discussão no Senado.
- No internacional, o serviço de monitorização das alterações climáticas da UE afirmou que cada um dos últimos 12 meses foi classificado como o mais quente já registado em comparações anuais – a temperatura média global no período foi de 1,63 graus Celcius acima da média pré-industrial, o ano mais quente desde que os registros começaram em 1940.
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Dia Mundial do Meio Ambiente: 9 ações bem avaliadas pelo seu desempenho climático
- Tendo em vista o Dia Mundial do Meio Ambiente e considerando a maior frequência esperada de eventos climáticos extremos, neste relatório selecionamos as empresas listadas brasileiras que vemos como bem posicionadas em termos de governança e estratégia em vigor quando o tema são as mudanças climáticas;
- Utilizando como base as notas atribuídas por agências ESG, selecionamos os nomes que possuem: (i) uma nota geral A ou A- pelo Carbon Disclosure Project (CDP)¹; e (ii) uma pontuação maior que 7,0 no pilar (E) do MSCI ESG Rating¹. Dos 10 nomes filtrados, 9 fazem parte do universo de cobertura da XP, sendo boas escolhas para os investidores que buscam monitorar os riscos climáticos, que são cada vez mais importantes tanto para as empresas, quanto gestoras de ativos;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.
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