IBOVESPA +1,36% | 124.308 Pontos
CÂMBIO-0,20% | 5,51/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na quinta-feira, o Ibovespa fechou em alta, de 1,4%, aos 124.308 pontos. A sessão foi novamente marcada por falas do governo sobre a situação fiscal, o que impulsionou o índice, assim como a valorização dos papeis da Petrobras (PETR3, +2,0%; PETR4, +1,6%) devido à alta do Brent.
O principal destaque positivo da sessão foi a Suzano (SUZB3, +12,2%), após a companhia anunciar no pós-fechamento do pregão de ontem que desistiu da aquisição da International Paper, explicando que alcançou o preço máximo para que a transação gerasse valor para ela (leia nosso relatório aqui). Já o principal destaque negativo foi Sabesp (SBSP3, -2,8%), após a Aegea ter desistido de apresentar proposta para ficar com 15% da empresa.
Para o pregão de sexta-feira, teremos a divulgação do PCE dos EUA, referente ao mês de maio, na pré-abertura. No Brasil, teremos a taxa de desemprego de maio.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de quinta-feira (27) com leve abertura por toda extensão da curva. Mesmo com a abertura de 131.811 vagas de emprego apontadas pelo Caged, número esse abaixo das previsões do consenso, e da declaração favorável à revisão das despesas do governo por parte do presidente da República, os ativos locais tiveram aumento da precificação de risco. Os principais motivos desse movimento foram o pronunciamento do presidente do Banco Central, que foi visto como restritivo pelo mercado, e pela alta oferta de prefixados no leilão do Tesouro Nacional. Vale ressaltar que o dólar seguiu em patamar elevado, aos R$ 5,50/US$. Já nos EUA, o mercado ficou praticamente de lado, devido a espera dos investidores pelos dados da inflação americana nesta sexta-feira (28). Por lá, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam em 4,70% (-1,0bps) e as de 10 anos em 4,29% (-3,0bps). DI jan/25 fechou em 10,625% (alta de 0,3bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,31% (alta de 5bps); DI jan/27 em 11,7% (alta de 5bps); DI jan/29 em 12,12% (alta de 5bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem positivos (S&P 500: 0,3%; Nasdaq 100: 0,4%), no aguardo de dados da inflação de maio medida pelo deflator do índice de consumo pessoal (PCE), índice preferido pelo Federal Reserve. No campo das empresas, Nike reportou resultados fora de época, e divulgou guidance abaixo do antecipado pelo mercado.
Ontem foi realizado o primeiro debate das eleições presidenciais de 2024, entre Joe Biden e Donald Trump, em que foram discutidos temas diversos, como economia, imigração e sistema de saúde. Nos sites de apostas, a probabilidade de uma vitória de Joe Biden caiu significativamente. Em relação a outros anos eleitorais, o primeiro debate presidencial desse ano ocorreu significativa mais cedo no ano, antes inclusive da nomeação dos candidatos pelas convenções partidárias, e ainda existe a possibilidade de ocorrer troca de candidatos.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,3%), e na China, as bolsas tiveram performances levemente positivas (CSI 300: 0,2%; HSI: 0,01%) seguindo a tendência dos mercados americanos.
Economia
Nesta quinta-feira, o Banco Central do Brasil publicou seu relatório de inflação do 2º trimestre. De particular importância, a maioria dos fatores determinantes para a inflação – taxa de câmbio, hiato do produto e expectativas de inflação – tiveram uma piora em relação ao relatório anterior. Considerando todas as informações trazidas, acreditamos que a decisão de manutenção da taxa de juros na última reunião do Copom foi acertada. Não vemos alta de juros no curto prazo, mas os riscos podem se tornar mais inclinados nessa direção no futuro. Ainda no cenário doméstico, tivemos a divulgação dos dados de criação de empregos do Caged, que mostraram um resultado abaixo do esperado. Uma parte dessa frustração pode ser atribuída aos efeitos das enchentes no RS. Apesar do resultado, nosso cenário continua a ser uma desaceleração suave nos próximos meses. Na agenda do dia, destaque nos Estados Unidos para a divulgado do deflator das despesas de consumo pessoal (PCE), o indicador de inflação que Fed acompanha mais de perto. O consenso é uma desaceleração do indicador anualizado de 2,7% para 2,6%. A leitura de maio pode direcionar as apostas do mercado quanto ao início de cortes em setembro ou dezembro. No Brasil, destaque para a divulgação do índice de desemprego (expectativa 7,3%) e de resultado primário do setor público (expectativa R$ -53,9 bilhões).
Veja todos os detalhes
Economia
Deflator do PCE nos EUA e mercado de trabalho no Brasil em foco nesta sexta-feira
- No Brasil, o Banco Central publicou nessa quinta-feira o Relatório de Inflação do 2º trimestre. O documento trouxe detalhes sobre as previsões de inflação do comitê apresentadas na última ata de reunião. A maioria dos fatores determinantes da inflação piorou: taxa de câmbio mais fraca, preços mais altos das commodities, hiato do produto mais apertado e aumento das expectativas de inflação. Assim, as previsões aumentaram mesmo com uma política monetária mais rígida do que a considerada no RI do 1T. O hiato do produto implícito nas previsões é consideravelmente mais estreito do que o estimado anteriormente pelo comitê. O relatório mostra que o hiato está fechado desde cerca de meados de 2022. As previsões, entretanto, aumentaram menos do que o esperado pela maioria dos participantes do mercado antes do Copom. Isso pode ser explicado por uma atualização importante que o comitê fez em seu modelo. Considerando tudo isso, acreditamos que o RI de hoje traz confiança de que a interrupção do ciclo de flexibilização foi uma decisão correta. Não vemos nenhum sinal hoje de que o plano de voo atual do Copom seja aumentar as taxas em breve. No futuro, entretanto, se os fatores continuarem a se deteriorar, o equilíbrio dos riscos provavelmente se tornará assimétrico, tornando mais provável um aumento;
- O relatório do CAGED registrou uma criação líquida de 131,8 mil empregos formais em maio, consideravelmente abaixo das expectativas (XP: 210 mil; consenso: 200 mil). De acordo com nossas estimativas ajustadas sazonalmente, o saldo de empregos diminuiu de 218 mil em abril para 120 mil em maio. A contratação de empregos formais caiu 6,6% M/M, atingindo 2,072 milhões de empregos. Enquanto isso, as demissões caíram 2,4% no mês, para 1,953 milhão. Os dados de maio foram influenciados pelas enchentes no Rio Grande do Sul, embora isso não explique toda a surpresa de baixa no resultado geral. De particular importância, os salários de admissão aumentaram 0,4% M/M em maio (3,0% A/A) em termos reais, enquanto os salários de demissão ficaram estáveis (2,5% A/A). Esses números corroboram nossa visão de um mercado de trabalho aquecido. Apesar do resultado abaixo do esperado, nosso cenário base considera apenas uma leve desaceleração da atividade doméstica nos próximos trimestres, não interrompendo o bom dinamismo do mercado de trabalho;
- O destaque da agenda de quarta-feira no exterior é o deflator de gastos pessoais do consumidor (PCE) nos EUA. Conhecido como o “índice de inflação preferido do Fed”, o deflator de PCE de maio pode ser fundamental para o banco central decidir por um corte na taxa de juros em setembro ou dezembro. O consenso é de que o indicador cheio deve se manter estável em relação a abril e aumentar 2,6% em relação ao ano anterior, enquanto o núcleo deve aumentar 0,1% M/M e 2,6% A/A;
- No Brasil, os dados do mercado de trabalho e do resultado primário do setor público estarão em foco. Esperamos que o desemprego caia de 7,5% no trimestre fevereiro-abril para 7,3% no trimestre março-maio. O mercado de trabalho aquecido destaca-se como um risco para a desinflação, especialmente no setor de serviços. Em relação ao resultado primário, nossa previsão é de um déficit de R$ 53,9 bilhões para o setor público consolidado em maio, impulsionado pelo déficit de R$ 61,0 bilhões do governo central.
Empresas
Bancos | Data Expert: Dados mensais de crédito (Maio/2024); Análise dos dados do Banco Central
- Os dados de crédito do BCB referentes a maio, divulgados nesta quarta-feira (26), continuaram dando sinais positivos para o setor financeiro, ao apresentarem números estáveis na concessão de crédito no mês.
- Embora as taxas de inadimplência permaneçam elevadas, há mais um mês de redução A/A, reforçando nossa crença na reversão da tendência. Os dados de maio apoiam a nossa opinião de que 2024 ainda poderá ser um ano positivo, mesmo com um crescimento mais lento do crédito, à medida que a qualidade do crédito melhorar.
- O saldo de crédito cresceu 9% A/A (+1% M/M) dentro do intervalo sugerido pelo guidance fornecido pelos bancos incumbentes para 2024. As concessões de crédito aumentaram 10% A/A e permaneceram estáveis sequencialmente. O nível das taxas de juro diminuiu A/A e M/M, continuando a sua tendência mesmo com um cenário macroeconómico menos favorável para o ciclo de redução das taxas de juro.
- O NPL manteve-se praticamente estável em termos mensais. Em comparação com 2023, o NPL diminuiu 25bps, e maio foi mais um mês com uma redução ligeiramente superior numa base anual face ao mês anterior (-25bps vs. -19bps em abril).
- Como resultado, mantemos nossa perspectiva positiva para os grandes bancos e continuamos a preferir o Itaú (ITUB4) dentro da nossa cobertura.
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Data Expert | Carrinho XP: A ascensão das marcas de beleza das celebridades
- Nesta edição do Carrinho XP, analisamos a ascensão das marcas nativas digitais. De acordo com a Nielsen IQ, o crescimento dessas marcas independentes já está superando o mercado geral de beleza dos EUA, com as últimas estimativas apontando para uma participação de mercado de ~30%;
- Olhando para os Estados Unidos, as principais marcas incluem Rare Beauty e Kylie Cosmetics, com vendas anuais de até ~US$ 400 milhões e chamando a atenção de grandes players, com L’Oreal e Shiseido anunciando aquisições;
- No Brasil, players em ascensão incluem Boca Rosa Beauty e Bruna Tavares, com O Boticário e Avon também lançando collabs para alcançar consumidores mais jovens;
- Em suma, embora ainda pequena, vemos a ascensão das marcas de influenciadores como uma ameaça de médio-longo prazo para a NTCO, aquecendo a batalha para os consumidores da geração Z na categoria de maquiagem, com consolidação por meio de fusões e aquisições e entrada para o canal físico provavelmente como as próximas etapas;
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Papel e Celulose: A Suzano anunciou que não chegou a um acordo com a IP; Futuros para Jul’24 a US$730/t
- Nesta semana, notamos:
- A Suzano anunciou que não chegou a um acordo com a IP;
- Os preços de aparas aumentaram 20% em Jun’24;
- O desempenho preliminar da Suzano no 2T24E de +18% T/T, enquanto a receita preliminar da Klabin deve aumentar +12% T/T e Irani +10% T/T;
- Os futuros chineses da BHKP estão atualmente em US$ 730/t para Jul’24 (estável S/S) e abaixo dos preços spot da BHKP de US$ 740/t na China e, finalmente,
- A Suzano está sendo negociada a 5,6x EV/EBITDA forward quando excluído Cerrado, um desconto de 20% quando comparada à sua média histórica de 7,0x e em linha com os players do mercado de celulose.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- BTG compra banco M. Y Safra nos EUA para expandir área de wealth management (Valor);
- Itaú Unibanco anuncia novo diretor de Relações com Investidores (Infomoney);
- Bradesco trabalha com ‘tokenização’ de identidade pessoal (Valor).
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Anatel outorga compartilhamento de frequências entre TIM e Vivo (Telesíntese);
- Vero e Tecpar seguem disputa pela Oi Fibra, enquanto V.tal corre por fora (Estadão);
- BNDES eleva para R$ 8,4 bilhões os recursos a serem aplicados em inovação (Telesíntese);
- Marca da Telefônica, Vivo reorganiza agências e encerra parceria com VML (Valor).
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Nova taxa para compras de até US$ 50 deve afetar R$ 1 bi em encomendas por mês e elevar arrecadação em até R$ 1,3 bi este ano (O Globo);
- Com dólar mais alto, Casas Bahia e Boticário planejam rever os preços para o segundo semestre (InvestNews);
- Mudanças climáticas aumentam pressão de alimentos sobre a inflação (O Globo);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos
- Lula admite possibilidade de taxar carne de ‘Padrão Alto’, mas exclui frango – Agrimídia
- BOI/CEPEA: Em busca de ajuste, mercado deve avaliar confinamento, clima e exportação – Pecsite
- Agro
- Adiar lei antidesmatamento por um ano seria a lógica’, diz comissário europeu – GloboRural
- Produtor já comprou 70% dos fertilizantes para a soja (e paga mais caro), diz Mosaic – AgFeed
- Biocombustíveis
- Ingredion: Fluctuating sugar costs and regional regulations drive interest in alternative sweeteners – FoodIngredients
- Copersucar e Geo farão combustível de aviação a partir de biometano – GloboRural
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- Alimentos
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Blau Farmacêutica obtém decisão favorável no STF para retomada de licitação de imunoglobulina (Valor Econômico);
- Ministério da Saúde diz em documento que estoque no SUS de remédio para imunidade só vai até começo de julho (O Globo);
- Ações contra planos de saúde batem recorde e crescem 60% em 3 anos (O Globo);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Crédito imobiliário do SBPE surpreende com R$ 16,5 bilhões contratados em maio (Abecip);
- XPML11 conclui aquisição de pacote com 6 shoppings por R$ 2,1 bilhões (FIIs);
- Diretor do Fed diz que inflação está na “direção certa” e vê corte de juros no 4º tri (Infomoney);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Equatorial (EQTL3) salta 6,29% após ser única a entregar oferta por Sabesp; SBSP3 cai (InfoMoney);
- Cemig suspende leilão do direito de exploração de quatro usinas (Valor Econômico);
- Temperatura mais baixa limita crescimento da carga no Sudeste (MegaWhat);
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Fed and European Central Bank could cut interest rates in September, Morgan Stanley strategist says (CNBC)
- Com suspensão de cortes da Selic, renda fixa fica no topo (Valor Econômico)
- Ânima anuncia Paula Harraca como nova presidente da empresa (InfoMoney)
- Fitch Afirma Rating ‘AAA(bra)’ da Multiplan; Perspectiva Estável (Fitch)
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- XPML11 conclui aquisição de pacote com 6 shoppings por R$ 2,1 bilhões (FIIs);
- Gestora Engeform lança fundo para prédios corporativos de maderia em parceria com a Noah (SiiLa);
- HGRU11 adquire mais 23 lojas de rede varejista em acordo milionário (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Em debate entre Biden e Trump, pouco se foi dito sobre clima; Lula sanciona Mover | Café com ESG, 28/06
- O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 1,35% e 1,95%, respectivamente.
- No Brasil, (i) a Eletrobras e a Suzano firmaram um acordo para desenvolver conjuntamente pesquisas para definir a viabilidade de construção de uma unidade de produção de combustíveis sintéticos, como hidrogênio renovável e e-metanol – pelo acordo, em discussão desde o ano passado, as companhias avaliarão a produção dos combustíveis “verdes” a partir do aproveitamento do CO2 biogênico, fruto do processo produtivo de celulose da Suzano; e (ii) o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou ontem o Programa Nacional de Mobilidade Verde e Inovação (Mover), que vai destinar R$ 19,3 bilhões de créditos financeiros entre 2024 e 2028 para o setor automotivo.
- No internacional, durante o debate presidencial entre Joe Biden e Donald Trump realizado ontem a noite, pouco se foi dito sobre as propostas de cada um para a crise climática – quando a jornalista Dana Bash, da CNN, por exemplo, questionou se Trump tomaria alguma medida para combater a mudança do clima em seu governo, ele não respondeu, ao mesmo tempo em que Biden também pouco enfatizou o tema.
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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