IBOVESPA -0.72% | 116.681 Pontos
CÂMBIO +1,04% | 4,85/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaques do dia
Mercados amanhecem em alta, mesmo após declarações do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, de prováveis novas altas de juros nos Estados Unidos. Na agenda internacional de hoje, destaque para a divulgação do Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA. Já no Brasil, a agenda conta com a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), que deve estipular a meta de inflação para o Brasil em 2026 e reafirmar as de 2024 e 2025.
Mercados globais
Os mercados iniciaram o dia em alta, com os futuros americanos do S&P 500 e do Nasdaq subindo 0,3% e 0,4%, respectivamente. Isso ocorreu apesar da indicação de Jerome Powell de que os juros nos Estados Unidos devem subir nas próximas duas reuniões. Além disso, os 23 bancos dos EUA que foram submetidos ao teste de estresse anual do Fed demonstraram resiliência diante de um cenário de recessão severa. O teste era bastante aguardado principalmente depois da turbulência bancária há alguns meses atrás.
Na Europa, as principais bolsas operam sem uma direção definida, refletindo também a sinalização de novas altas nas taxas de juros no continente e nos Estados Unidos, após comentários dos principais banqueiros centrais sobre a necessidade de combater a inflação.
Os mercados asiáticos também fecharam com resultados mistos, sendo afetados pelas indicações de aperto monetário global, e com um sentimento mais negativo nas bolsas chinesas, onde os estímulos para a recuperação econômica ainda não se concretizaram.
Por fim, a agenda econômica internacional está agitada hoje, com destaque para o PIB e os pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e o PMI composto chinês.
Mercado no Brasil ontem
O Ibovespa fechou o dia de ontem em queda de 0,7% aos 116.681 pontos, repercutindo notícias do cenário externo e interno. O dólar, por sua vez, fechou o dia em alta de 1,0% em R$4,84.
As taxas futuras de juros fecharam em alta, principalmente nos vértices longos da curva a termo. O pregão foi marcado por uma movimentação técnica após a ata do Comitê de Política Monetária (Copom) e o IPCA-15 de junho, e antes da divulgação do Relatório de Inflação (RI) e da reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN), previstos para quinta-feira (29). DI jan/24 foi de 12,965% para 12,97%; DI jan/25 passou de 10,955% para 10,985%; DI jan/26 subiu de 10,305% para 10,37%; e DI jan/27 foi de 10,315% para 10,39%.
Veja todos os detalhes
Economia
Relatório Trimestral de Inflação e reunião do Conselho Monetário Nacional no centro das atenções
- O Presidente do Federal Reserve (Fed, banco central dos EUA), Jerome Powell, reforçou ontem a possibilidade de altas adicionais de juros no atual ciclo de aperto monetário, inclusive na próxima reunião, a ser realizada no final de julho. Powell afirmou, durante um encontro de banqueiros centrais organizado pelo BCE em Portugal, que os dados recentes mostraram atividade econômica, mercado de trabalho e inflação acima do esperado. Segundo o dirigente, tais dados sugerem que “embora a política monetária seja restritiva, talvez não seja suficientemente restritiva ou não pelo tempo suficiente” (tradução própria);
- No calendário internacional de hoje, os agentes de mercado irão monitorar a divulgação de indicadores de atividade nos EUA: PIB do 1º trimestre (estimativa final); pedidos de auxílio desemprego na semana passada; e vendas pendentes de moradias em maio. Além disso, atenções voltadas à publicação da inflação ao consumidor na Alemanha (dados preliminares) e índices de gerentes de compras (PMI, em inglês) da China – indústria, serviços e composto – referentes a junho;
- No Brasil, agenda agitada nesta quinta-feira. Destaque para a publicação do Relatório Trimestral de Inflação (RTI) do Banco Central e a reunião do Conselho Monetário Nacional (CMN). Em relação ao primeiro, os agentes de mercado esperam novos exercícios e projeções para taxa de juros neutra, crescimento do PIB e indicadores do mercado de trabalho, além de uma avaliação atualizada sobre a dinâmica da inflação e seus principais grupos no curto prazo. No que diz respeito à reunião do CMN, esperamos manutenção da meta de inflação em 3% para os próximos anos, porém com ampliação formal do seu horizonte de convergência. Esta definição tem influência relevante sobre o comportamento das expectativas inflacionárias de médio prazo e, consequentemente, a condução da política monetária. A agenda também traz os dados de geração de empregos formais (CAGED) e resultado primário do governo central em maio, além do IGP-M de junho.
Empresas
Grupo Pão de Açúcar (PCAR3): M&A inesperado é anunciado
- O GPA Brasil recebeu uma oferta de US$ 836 milhões pela sua participação no Grupo Éxito, número que está acima da nossa projeção para o ativo, mas abaixo do seu valor de mercado atual e do valuation implícito que é esperado pelo GPA em seu plano de desinvestimentos divulgado para o mercado. No entanto, esperamos que a alavancagem do Casino e do GPA “fale mais alto” e acreditamos que a oferta deve ser aceita;
- Vemos, portanto, o anúncio como positivo, ao permitir que o GPA se desfaça completamente da operação do Éxito em uma transação a ser paga em dinheiro, enquanto ela poderia acelerar o desinvestimento do grupo controlador (Casino) no GPA Brasil;
- Mantemos nossa recomendação Neutra, uma vez que não vemos muito espaço para reavaliação dos níveis atuais, enquanto esperamos que a transação deva ser precificada em grande parte no pregão de hoje;
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Data Expert | XPe Oferta e Demanda de Grãos Brasil – Jun/23
- Milho: Esperamos exportações recordes nos próximos meses apesar dos desafios logístico, já que os mercados globais dependem das exportações brasileiras não só de milho, mas açúcar, soja e farelo;
- Soja: A safra recorde desse ano vai construir estoques ao fim de 22/23 e com uma safra positiva no próximo ciclo é inevitável que os estoques finais aumentem ainda mais em 23/24. A perspectiva de uma recuperação no RS pode agregar ~10mi t A/A, enquanto o NE segue com risco pelo El Niño;
- Farelo: As exportações recordes em maio refletem a concorrência doméstica com DDGs e também a oportunidade com a safra ruim na Argentina;
- Óleo: O mandato do B12 começou em abril e reduzirá o excedente exportável nos próximos meses. Para 23/24, projetamos que o biodiesel adicione mais de 700mil t de demanda e reduza os estoques;
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Jalles (JALL3) – Revisão dos resultados do 4T23: resultados fracos, amplamente esperados
- A JALL reportou resultados fracos no 4T23, em sua maioria esperados, principalmente devido a uma bem-vinda estratégia de redução de estoques ao longo dos últimos trimestres;
- Como resultado, a empresa reportou uma queda de 41% na receita em relação ao ano anterior (-20% vs. XPe) e EBITDA aj. de R$ 227mi (-24% A/A e -8% vs. XPe);
- Pelo lado positivo, destacamos (i) a contínua recuperação das vendas de açúcar orgânico (que vieram acima do XPe), (ii) o carrego dos estoques de CBIOs para a próxima safra; e (iii) o guidance de capex 25% abaixo de nossas estimativas para 2023/24. Pelo lado negativo, o guidance de moagem veio 5% abaixo da nossa projeção;
- Olhando para o futuro vemos um bom momento para a JALL, que negocia com uma avaliação atraente de 1,4x EV/EBITDA e ~9% FCF yield para 2023/24E;
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São Martinho (SMTO3): doce ou amarga?
- Estamos vendo tendências diversas na tese de investimento da SMTO. Por um lado, os preços estruturalmente mais altos do açúcar são o principal fator para o aumento em nosso preço-alvo e devem contribuir para os resultados da Companhia tanto no curto quanto no longo prazo, impulsionados pela recuperação na produtividade e custos mais baixos;
- Por outro lado, mudanças recentes na política de paridade da Petrobras, incerteza em relação aos preços do petróleo e uma menor taxa de câmbio esperada nos levaram a adotar uma abordagem conservadora em relação às premissas do etanol, compensando parcialmente os resultados mais altos do açúcar;
- No geral, mantemos recomendação de Compra, embora vejamos o valuation menos atrativo, uma vez que as ações sobem 48% no acumulado do ano. Projetamos SMTO atualmente negociando a 4,0x EV/EBITDA (contra a média histórica de 4,6x) e com um FCF yield de ~14% (após despesas de juros) para 2024/25E;
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TOTVS (TOTS3): Feedback do Investor Day 2023
- Hoje, 28 de junho, a Totvs realizou seu Investor Day com os C levels e participação da alta gestão em todas as três linhas de negócios (Gestão, Business Performance e Techfin);
- Mesmo sem grandes novidades, o evento nos deu mais conforto em ter as ações da TOTVS como nossa top pick no setor de tecnologia no Brasil. Destacamos que a TOTVS anunciou na semana passada a aprovação da Totvs Techfin, JV com o Itaú, pelo Banco Central do Brasil (BACEN);
- Em suma, reiteramos nossa recomendação de Compra e preço-alvo para o final de 2023 de R$39,0/ação;
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Data Expert | Dados mensais de crédito (Maio/2023); Análise dos dados do Banco Central
- Maio marcou o sétimo mês consecutivo de queda no ritmo de crescimento do saldo total de crédito. O aumento A/A foi de +10,4% contra +11,1% em abril;
- A originação de empréstimos se recuperou marginalmente, mas ainda contraiu -0,2% A/A (-6% A/A em abril). A nosso ver, a originação tímida reflete o ciclo de aperto monetário iniciado em 2021 e, o ritmo atual está alinhado com os Guidances dos principais bancos. Neste ínterim, vemos o nível mais alto das taxas de juros também impactando os empréstimos inadimplentes (NPL) com uma expansão gradual, conforme antecipado. Consequentemente, estamos cada vez mais convencidos de que a inadimplência ainda não atingiu o topo;
- Portanto, apesar dos desafios macroeconômicos enfrentados ao longo do ano, entendemos que os números reportados não alteram materialmente as tendências em curso;
- Dessa forma, reiteramos nossa visão positiva para os grandes bancos e mantemos nossa preferência pelo Itaú (ITUB4) dentro de nossa cobertura. Esta preferência é baseada nos seguintes fatores: i) o desempenho operacional mais eficiente do Itaú em relação aos seus pares, ii) sua alta exposição a linhas de crédito em rápido crescimento, com gestão eficaz do NPL, e iii) seu valuation descontado em relação à média histórica (6,4x P/L para 2024);
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Caixa lança campanha anual de renegociação de dívidas, com desconto de até 90% (Infomoney);
- Banco do Brasil fecha acordo com Embratel e claro para projetos de 5G (Broadcast);
- Santander expande assessoria de investimento, abre mais 800 vagas e quer chegar em mais 60 cidades (Broadcast);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Nokia e Telefónica vão oferecer redes privativas na América Latina (telesintese);
- Gestores judiciais da Oi defendem individualizar detentores de títulos de dívida externa, os bondholders (Valor);
- Estudo: IA aumentará PIB global em R$ 7 trilhões até 2030 (Folha de S. Paulo);
- Líderes de big techs dobram apostas na China apesar dos esforços de desvinculação dos EUA (Valor);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- GPA: Bilionário colombiano oferece R$ 4 bi pelo Exito (Brazil Journal);
- Unificação do ICMS em compras on-line abre caminho para governo lançar medidas com foco em varejistas internacionais (O Globo);
- O Boticário registra expansão tímida (Valor);
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- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Ambipar traz Tércio de volta como CEO; foco são sinergias e crescimento orgânico. (Brazil Journal);
- Auren conclui cessão de direitos de R$ 4 bilhões envolvendo UHE Três Irmãos. (Canal Energia);
- Equatorial inaugura LD de Alta Tensão em Goiás. (Canal Energia);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- Azevedo & Travassos volta à exploração de óleo (Valor Econômico);
- Shell inicia perfuração em águas ultraprofundas na Bacia de Campos (Petróleo Hoje);
- Petronas perto de perfurar na Bacia de Campos (Petróleo Hoje);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Tesouro debate como melhorar classificação de risco (Valor Econômico);
- Gripe aviária : Japão suspende compras de aves do ES (Valor Econômico);
- Fundadores devem injetar R$ 19 bi para socorrer empresas no Brasil (Bloomberg);
- Azul: 86% dos detentores de títulos de dívida aceitaram prolongar prazo (Exame);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FIIs que investem em ações rendem até 30% no ano; conheça outros ativos dos fundos multiestratégia (InfoMoney);
- De olho em retomada, maior fundo imobiliário da Bolsa passará por reforma (Estadão);
- BTLG11 vende dois imóveis no RJ e MG por 105 milhões (ClubeFII);
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ESG
Projetos de captura de carbono (CCS) na mira do governo | Café com ESG, 29/06
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em território negativo, com o Ibov e o ISE em queda de -0,71% e -0,66%, respectivamente;
- No Brasil, o governo federal planeja apresentar ao Congresso um projeto de lei para estabelecer regras para empresas injetarem em camadas subterrâneas gases que causam o efeito estufa, tecnologia conhecida como captura e estocagem de carbono (CCS, na sigla em inglês) – o Ministério das Minas e Energia, que vem discutindo o assunto desde 2021, disse que as regras estarão incluídas em um pacote mais amplo de medidas que está sendo chamado de PL do Combustível do Futuro;
- No internacional, (i) o Voluntary Carbon Market Integrity Initiative, entidade que atua do lado dos compradores de créditos de carbono, publicou ontem um código de conduta para definir o que as empresas podem e não podem afirmar com base na compra de créditos de carbono, sendo mais um passo na tentativa de preservar a reputação do mercado de compensações voluntárias de carbono, que vem sofrendo com acusações de falta de integridade e greenwashing; e (ii) o governo dos EUA disse ontem que pretende investir US$2 bilhões da Lei de Redução da Inflação do ano passado para acelerar a fabricação doméstica de veículos elétricos – o programa de Subsídios de Conversão de Fabricação Doméstica para EVs fornecerá subsídios de custos compartilhados para a fabricação de veículos híbridos eficientes, híbridos elétricos plug-in, totalmente elétricos e com célula de combustível;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Super Clássicos
Fique por dentro de tudo que aconteceu no Super Clássicos da Bolsa 2023
- Itaú x BB (Clique aqui);
- Petrobras x Vale (Clique aqui);
- WEG x Embraer: (Clique aqui);
- Equatorial x Copel (Clique aqui);
- Hapvida x Rede D’Or (Clique aqui);
- Arezzo x Vivara (Clique aqui).
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