IBOVESPA +0,53% | 120.26′ Pontos
CÂMBIO +0,17% | 5,44/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na quarta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 0,5%, aos 120.261 pontos, retornando ao patamar acima dos 120 mil pontos em uma sessão com liquidez reduzida pelo feriado de Juneteenth nos EUA, que deixou os mercados americanos fechados. Os investidores aguardaram a decisão do Copom, divulgada pós-fechamento, que veio como esperado – manutenção da Selic em 10,5% ao ano, com unanimidade.
O principal destaque positivo da sessão foi a BRF (BRFS3, +4,3%), após decisão da China de iniciar uma investigação antidumping sobre importações de carne suína da União Europeia, e beneficiada pela alta do dólar de 0,1%, cotado em R$ 5,44. Já o principal destaque negativo foi a Azul (AZUL4, -4,6%), após alta do dólar, avanço do preço do Brent (+0,1%), e a preocupação de juros mais altos à espera da decisão do Copom.
Para o pregão de quinta-feira, teremos a decisão de juros pelo Banco da Inglaterra no Reino Unido, e o dado de transações correntes do primeiro trimestre nos EUA.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de quarta-feira (19) com abertura nos vértices curtos e intermediários, enquanto os vértices longos se mantiveram estáveis. Com o mercado americano fechado em razão de feriado, as atenções dos investidores se voltaram para a decisão do Copom que ocorreu após o pregão. Em razão disso, as críticas do presidente Lula ao Banco Central feitas na terça-feira (18), ainda reverberaram no mercado, trazendo aumento dos prêmios de risco na sessão. DI jan/25 fechou em 10,7% (alta de 3bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,32% (alta de 4bps); DI jan/27 em 11,64% (alta de 1bps); DI jan/29 em 12% (estável, 0bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem positivos (S&P 500: 0,4%; Nasdaq 100: 0,7%). Hoje, o mercado espera uma série de dados de atividade econômica. Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,5%). O banco central da Suíça cortou sua taxa de juros, e no Reino Unido, o mercado espera uma manutenção dos juros mesmo após a inflação ao consumidor ter atingido a meta de 2% na região. Na China, as bolsas fecharam em queda (CSI 300: -0,7%; HSI: -0,5%), após manutenção das taxas de juros pelo banco central chinês.
Economia
Conforme anunciado ontem à noite, o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) interrompeu o ciclo de corte de juros, em linha com as expectativas. A decisão de manter a taxa Selic em 10,50% foi unânime, reforçando, em nossa opinião, o compromisso do Comitê em atingir a meta de inflação. Com relação aos próximos passos, o Copom afirmou que “a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente”. Consideramos que a decisão e a comunicação do Copom são consistentes com o nosso cenário de taxa Selic em 10,50% até o final de 2025.
O Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) anunciará sua decisão de política monetária esta manhã. Esperamos manutenção da taxa básica de juros em 5,25%. Olhando adiante, acreditamos que o banco central iniciará o ciclo de redução de juros em agosto ou setembro, tendo em vista a expectativa de alívio na inflação corrente.
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Economia
Copom mantém taxa Selic em 10,50%, com decisão unânime; Banco da Inglaterra anuncia decisão de juros hoje
- Conforme anunciado ontem à noite, o Comitê de Política Monetária do Banco Central do Brasil (Copom) interrompeu o ciclo de corte de juros, em linha com as expectativas. A decisão de manter a taxa Selic em 10,50% foi unânime, reforçando, em nossa opinião, o compromisso do Comitê em atingir a meta de inflação. O comunicado pós-decisão trouxe elementos adicionais para apoiar essa interpretação. O Copom justificou a pausa argumentando que “o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas demandam maior cautela.” Com relação aos próximos passos, o Copom afirmou que “a política monetária deve se manter contracionista por tempo suficiente”, reforçando a necessidade de consolidar “não apenas o processo de desinflação como também a ancoragem das expectativas em torno de suas metas”. Para o Copom, isso provavelmente significa manter a taxa Selic no patamar atual por bastante tempo. A propósito, o comunicado apresentou um cenário alternativo com a taxa de juros constante em 10,50% ao longo do horizonte relevante (até o final de 2025). Neste caso, o modelo do Copom projeta a inflação em 3,1% no final do ano que vem, ou seja, perto da meta. Portanto, consideramos que a decisão e a comunicação do Copom são consistentes com nosso cenário de taxa Selic em 10,50% até o final de 2025. No entanto, como temos destacado em nossas publicações, o grau de incertezas no ambiente macroeconômico está acima do usual, tanto por razões domésticas quanto globais. Para uma análise detalhada sobre a decisão do Copom, clique aqui;
- De acordo com a sondagem pós-Copom conduzida pelo time de Estratégia Macro da XP, o comunicado pós-decisão foi lido como neutro por 56% dos respondentes, enquanto 21% o leram como hawkish (duro) e 23% como dovish (suave). Em relação às expectativas para a política monetária adiante, praticamente todos os investidores esperam que o Copom mantenha a taxa Selic (em 10,50%) nas próximas duas reuniões, que serão realizadas em julho e setembro. A pesquisa foi realizada com quase 80 investidores institucionais;
- No exterior, o Banco Popular da China (PBoC, na sigla em inglês) deixou inalteradas suas taxas de juros de referência, em linha com as expectativas. A taxa de empréstimo de 1 ano (LPR) permaneceu em 3,45%, enquanto a taxa de 5 anos foi mantida em 3,95%. A maioria dos empréstimos baseia-se na referência de 1 ano, ao passo que os juros de 5 anos influenciam a concessão de hipotecas. Em linhas gerais, a economia chinesa ainda encontra dificuldades para acelerar o ritmo de recuperação;
- No Reino Unido, o Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) anunciará sua decisão de política monetária esta manhã. Embora o banco central tenha sinalizado, em sua última reunião, a disposição de reduzir os juros em breve, os últimos dados de inflação de serviços resistente devem levar à manutenção da taxa de referência em 5,25%. Isto posto, projetamos que o BoE iniciará o ciclo de corte de juros em agosto ou setembro, tendo em vista a expectativa de alívio nas próximas divulgações de inflação;
- Ainda sobre a agenda internacional desta quinta-feira, destaque para a divulgação de indicadores de atividade econômica nos EUA: novas construções residenciais e concessões de alvarás referentes a maio; sondagem industrial do Fed Filadélfia relativa a junho; e pedidos de auxílio desemprego na semana passada.
Empresas
CBA (CBAV3): Feedback da Reunião com CFO- Mercado de alumínio apertado impulsionando melhor momento operacional
- Nesta semana tivemos uma reunião com a CFO da CBA, Camila Abel, a gerente de RI Amabile Silva e a consultora de RI Rhaissa Magalhães. As principais conclusões foram:
- Perspectivas positivas de curto prazo para os preços do alumínio devido a uma melhora no sentimento de recuperação econômica e um mercado mais apertado do que o esperado, apesar de algumas retomadas de capacidade em Yunnan;
- Custos de produção da indústria devem permanecer estruturalmente mais altos, impactando os preços de longo prazo do alumínio (impulsionados por custos de energia mais altos, preços mais altos do coque e piche de alcatrão de carvão e inflação de capex);
- A conclusão dos projetos em andamento é uma prioridade, incluindo a atualização da tecnologia da sala de vasos, a atualização da produção de alumínio e a retomada da sala forno #1, e
- Um ambiente de custos melhor em relação às máximas de 2023, com preços de insumos mais baixos parcialmente compensados por custos de energia mais altos. Mantemos nossa postura positiva e recomendação de Compra na CBA.
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Itaú Unibanco (ITUB4): Transformação digital do Itaú visa fortalecer a liderança em vários segmentos; Feedback sobre o Itaú Day
- O Itaú realizou hoje (19/06) seu Investor Day virtual com a participação de conselheiros, executivos C-level e alta administração;
- Embora o evento não tenha fornecido insights significativos sobre as expectativas do Itaú para os resultados financeiros de 2024, ele esclareceu iniciativas importantes. Entre elas, o Super App “Itaú One”, que migrará 15 milhões de clientes e deverá impulsionar o aumento das vendas e do engajamento. O projeto Atlas, que deu origem à Unidade de Negócios “Itaú Emps”, tem como foco atender empresas com faturamento anual entre R$ 200 mil e R$ 5 milhões. Além disso, o banco destacou o uso crescente de Inteligência Artificial (IA) para aumentar a eficiência e a geração de receita;
- O CEO Milton Maluhy expressou sua preferência pelo pagamento de dividendos extraordinários em vez de aumentar o pagamento mínimo, pois isso permite que o banco aproveite as oportunidades de crescimento e enfrente eventuais desafios que apareçam;
- Como resultado, mantemos uma perspectiva positiva sobre a capacidade do Itaú de se adaptar às mudanças no cenário competitivo e permanecer como um dos participantes mais eficientes do setor financeiro. Além disso, reafirmamos nossa recomendação de Compra e o Itaú como nossa preferência no setor;
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Randoncorp (RAPT4): Feedback do Investor Day 2024 – Construindo uma empresa diversificada (e mais resiliente)
- A Randocorp sediou seu Investor Day com a presença de vários executivos importantes das divisões da Randoncorp.
- Observamos esforços contínuos para reduzir a exposição aos ciclos econômicos do Brasil, com a diversificação e a internacionalização no centro das diretrizes estratégicas da empresa (e potencialmente proporcionando algum alívio em meio ao cenário macro atual).
- Durante o evento, a empresa discutiu diversas avenidas de crescimento, com destaque para as oportunidades no mercado norte-americano tanto de implementos rodoviários quanto de autopeças (e sua contraciclicidade em relação ao mercado doméstico).
- Vemos com bons olhos as iniciativas inovadoras da Randon para aumentar a produtividade fabril, bem como a alocação disciplinada de capital para segmentos agregadores de margem.
- Em suma, reiteramos nossa visão construtiva em relação à Randon, com os níveis atuais de valuation precificando um desconto excessivo, em nossa visão (Randon excl. Frasle negociado a 1,5x P/L ’25).
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Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas fundamentais para o setor. Nesta semana, destacamos:
- Dinâmica divergente para vendas vs produção de ônibus ao analisar os dados das associações para maio’24, e por que acreditamos que é muito cedo para chamar uma deterioração na demanda;
- Diversas notícias especulando novos pedidos/parcerias para a Embraer, incluindo jatos E2 para companhias aéreas brasileiras, jatos executivos para a Índia e uma potencial parceria com a Defesa dos EUA;
- A aprovação pelo BNDES do plano de investimentos de R$ 58 milhões da WEG para inovação e soluções eficientes em Drives e Controls; e
- Relatório do nosso time de ESG sobre os eventos de Energy Securities da Shell, com a empresa prevendo uma participação de ~14-30% da frota global de caminhões e vans elétricos ou a hidrogênio até 2040E.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Itaú vai para o ataque na baixa renda (Valor);
- Monte Bravo Corretora oficializa início das operações na B3 (Valor);
- Pedidos de indenizações de seguros no Rio Grande do Sul alcançam R$ 3,855 bilhões, diz CNseg (Valor);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Vulcabras investe R$ 30 milhões em ampliação de fábrica (Exclusivo);
- Sinal verde: Justiça homologa recuperação da Casas Bahia (Neofeed)
- Líder do governo admite impacto menor para desoneração da folha e fala em R$ 17 bilhões (Folha de São Paulo);
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- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Dasa faz acordo na Justiça para manter marca Delboni (Folha);
- Piso para dentistas é tema de audiência na Câmara nesta quinta-feira (Câmara);
- Uma fatura de R$ 6 bi: “Operadoras transferiram seus problemas para os hospitais”, diz Anahp (Exame);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Bebidas
- China Eyes Trade War Targets Across Europe for Retaliation – Bloomberg;
- Ambev recebe licença de instituição de pagamento – Valor;
- Alimentos
- China’s dumping probe to test resilience of Spain’s pig farmers – Reuters;
- Gripe Aviária: Austrália confirma surto da doença em segundo Estado – AviSite;
- Agro
- India raises crop prices as Modi tries to win over farmers – Reuters;
- Corteva obtém liberação de fixador biológico para a soja – GloboRural;
- Açúcar e Biocombustíveis
- Copersucar fecha safra “especial” com menos receita, mas mantém resultado bilionário – AgFeed;
- Com prêmio “super bom” , Raízen faz primeira exportação de E2G a partir de nova planta – AgFeed;
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- Bebidas
- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Construtoras ganham com novas regras em SP (Valor);
- Copom decide manter a Selic em 10,50%, em decisão unânime (Infomoney);
- Shopping Tijuca terá expansão e novo espaço gastronômico (O Globo);
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- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Governo descarta uso de ativos para reduzir estoque da dívida dos Estados, diz Padilha (Valor Econômico);
- MP provoca corrida por subsídios com quase 2 mil pedidos de enquadramento à Aneel (Valor Econômico);
- Grandes usinas de energia solar já equivalem a uma Itaipu em potência instalada (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Estratégia
Pesquisa com assessores XP: Apetite por risco diminui e sentimento com a Bolsa piora
- Nesta edição da nossa pesquisa com assessores filiados à XP, vimos mais um aumento no sentimento de cautela em relação à Bolsa. Os principais pontos da pesquisa foram:
- O apetite por investimento em Renda Variável caiu, com 19% (-8 p.p. M/M) indicando que seus clientes planejam aumentar a exposição, enquanto 21% planejam reduzir exposição, valor mais elevado desde Maio-23;
- O sentimento dos assessores deteriorou de 6,2 para 5,6 (numa escala de 0 a 10);
- O interesse por Renda Fixa continua crescendo, com Fundos de Renda Fixa ultrapassando Fundos Imobiliários e obtendo a 2ª colocação como a classe de ativo de maior interesse;
- A política fiscal continua sendo visto como principal risco;
- Clientes preferem setores de Elétricas & Saneamento e Financeiro, evitando os mais sensíveis a juros como Educação e Transportes.
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields rise as investors await jobless claims and housing data (CNBC);
- Manutenção da Selic reforça apelo de renda fixa atrelada à inflação (Valor Econômico);
- Americanas tem melhor ciclo de caixa desde o início da crise (Valor Econômico);
- Fitch Eleva Rating da J. Macêdo para ‘AA(bra)’; Perspectiva Estável (Fitch);
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- O que tem atraído as grandes fortunas para os fundos imobiliários (NeoFeed);
- Volume de galpões dobra em uma década (Valor Econômico);
- Selic a 10,5%: o que vai acontecer com os fundos imobiliários? (FIIs);
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ESG
Em cerimônia de posse, nova presidente da Petrobras (PETR4) reforça transição energética | Café com ESG, 20/06
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 0,52% e 0,32%, respectivamente.
- No lado das empresas, (i) em cerimônia de posse, a presidente da Petrobras, Magda Chambriard, disse ontem que não se pode falar em transição energética sem dizer quem vai pagar a conta, que, segundo ela, será financiada pelo setor de petróleo – ela defendeu também o desenvolvimento de fronteiras exploratórias como Margem Equatorial, e reforçou que a empresa tem meta de alcançar a meta net zero em 2050; e (ii) o presidente da Eletronuclear, Raul Lycurgo, acredita na licitação para a conclusão das obras de Angra 3 para o primeiro semestre de 2025 – questionado pelos deputados durante audiência pública conjunta entre as comissões de Minas e Energia e de Transição Energética ontem, Lycurgo destacou que a aceleração da linha crítica do empreendimento carece de estudo independente BNDES.
- Na política, o Senado aprovou ontem o projeto de lei que estabelece o marco legal para a exploração de hidrogênio de baixo carbono no país – em termos de próximos passos, como o texto sofreu alterações, após finalizar a deliberação, a proposta retornará à Câmara dos Deputados.
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