IBOVESPA -0,30% | 138.840 Pontos
CÂMBIO +0,22% | 5,50/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou o pregão de terça-feira em queda de 0,3%, aos 138.840 pontos, enquanto o mercado segue no aguardo das decisões de política monetária no Brasil e nos EUA que ocorrerão nesta "superquarta". Os investidores permanecem divididos entre a expectativa de manutenção da Selic em 14,75% ou um aumento de 25 bps para 15,00% na reunião do Copom. Enquanto isso, os mercados globais tiveram um dia negativo (S&P 500 -0,8%; Nasdaq -1,0%), pressionados por uma nova escalada nas tensões no Oriente Médio, após uma série de falas de Donald Trump, com a exigência de uma “rendição incondicional do Irã”.
Como resultado, os preços do petróleo apresentaram forte alta (Brent +5,6%), beneficiando as petroleiras, como Petrobras e Prio (PETR3 +2,9%; PETR4 +2,3%; PRIO3 +2,0%). Na ponta negativa, destaque para as mineradoras, como Usiminas e Vale (USIM5 -6,9%; VALE3 -4,5%), que sofreram com a queda nos preços do minério de ferro (-1,1%) e foram as maiores responsáveis pela queda do Ibovespa.
Nesta quarta-feira, todos os olhos estarão voltados para as decisões de juros do Copom e do FOMC. Além disso, serão divulgados os dados de inflação ao consumidor (CPI) da Zona do Euro referentes a maio.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de terça-feira com abertura nos vértices intermediários e longos da curva. No cenário internacional, a cautela dos investidores se intensificou após notícias indicarem que o presidente Trump considera atacar as instalações nucleares iranianas, inviabilizando a diplomacia com o país persa. No Brasil, o pessimismo internacional resultou na abertura da curva de juros na parte mais longa, mas não foi considerado um fator de alteração na decisão do Copom desta quarta-feira (18).
Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,95% (-2,2bps vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,38% (-6,7bps). Na curva local, o DI jan/26 encerrou em 14,86% (- 0,3bp vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,24% (+6,5bps); DI jan/29 em 13,54% (+8,6bps); DI jan/31 em 13,66% (+6,3bps).
Mercados globais
Nesta quarta-feira, os futuros nos Estados Unidos operam em leve alta (S&P 500: +0,2%; Nasdaq 100: +0,3%; Dow Jones: +0,06%), com investidores à espera da decisão de juros do Fed e fazendo o monitoramento da escalada do conflito entre Israel e Irã.
As taxas das Treasuries operam próximas da estabilidade (10 anos: -1bp para 4,38%; 2 anos: estável em 3,95%), enquanto o mercado precifica manutenção dos juros na reunião de hoje e aguarda o dot plot e o discurso de Jerome Powell.
Na Europa, as bolsas operam sem direção única (Stoxx 600: -0,1%), com setores mistos e poucas reações ao acordo comercial entre a sueca Bambuser e a chinesa Alibaba. A ação da Bambuser sobe 75% após o anúncio da parceria para tecnologia de video commerce.
Na China, os mercados fecharam em alta (HSI: +0,7%; CSI 300: +0,1%), apesar do ambiente geopolítico mais tenso.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a terça-feira praticamente estável, com leve alta de 0,01%. Com isso, o índice acumula desvalorização de 0,86% no mês de maio. Tanto os Fundos de Papel quanto os FIIs de Tijolo registraram desempenhos médios positivos na sessão, com altas de 0,10% e 0,08%, respectivamente. Entre as maiores altas do dia estiveram PATL11 (+4,7%), GZIT11 (+3,9%) e HCTR11 (+2,2%). Já BLMG11 (-2,6%), HSAF11 (-2,0%) e CCME11 (-1,7%) figuraram entre as principais quedas.
Economia
As vendas no varejo dos EUA mostraram queda de 0,9% em maio, um declínio maior que o esperado pelos economistas. Já a produção industrial mostrou leve alta de 0,1% após queda revisada de 0,5% em abril, um resultado também abaixo das expectativas do mercado. No geral, as leituras de varejo e produção industrial de maio continuam mostrando que a economia norte-americana está em processo de desaceleração.
Na agenda do dia, destaque para a decisão de política monetária nos Estados Unidos e no Brasil. Lá fora, a expectativa é de que o Fed mantenha os juros no atual patamar de 4,25% a 4,5%, e os analistas de mercado voltarão suas atenções à entrevista do presidente do Fed, Jerome Powell, em busca de sinais de mudança na orientação da política monetária. No Brasil, os dados desde a última reunião têm mostrado sinais ambíguos, assim como os discursos dos dirigentes do Banco Central. Nesse sentido, esperamos a manutenção da atual taxa de juros em 14,75%, mas, se houver alta de 0,25%, deve ser a última do atual ciclo. Em nossa visão, os juros devem permanecer nesse patamar até o segundo trimestre de 2026.
Veja todos os detalhes
Economia
Taxas de juros devem permanecer inalteradas nos EUA e no Brasil
- As vendas no varejo dos EUA caíram 0,9% no mês passado, um declínio maior do que a queda de 0,5% prevista pelos economistas, segundo dados divulgados na terça-feira pelo Departamento do Censo dos EUA. O número mensal de abril foi revisado para baixo, mostrando uma contração de 0,1% após uma leitura inicial de crescimento de 0,1%. Os dados foram divulgados em um momento em que consumidores e empresas estão preocupados com a possibilidade de que as tarifas impostas pelo presidente Donald Trump aumentem as pressões inflacionárias e pesem sobre a atividade econômica em geral;
- A produção industrial dos EUA subiu 0,1% no mês passado, após uma queda revisada para 0,5% em abril, informou o Federal Reserve na terça-feira. Economistas consultados pela Reuters previam uma recuperação de 0,2% na produção, após uma queda de 0,4% divulgada anteriormente. A produção nas fábricas aumentou 0,5% em relação ao ano anterior em maio. O número mostrou que o aumento significativo na produção de veículos motorizados e aeronaves foi parcialmente compensado pela fraqueza em outros setores, e as perspectivas para a indústria continuam obscuras devido às tarifas;
- A agenda de hoje destaca a decisão sobre as taxas de juros nos EUA e no Brasil. No exterior, os mercados estão focados no Federal Reserve, que deve concluir sua reunião de política monetária. Economistas esperam que o Fed mantenha as taxas estáveis na faixa de 4,25% a 4,50%. No entanto, os investidores analisarão o tom do presidente Jerome Powell em busca de sinais de qualquer mudança, especialmente após a divulgação do índice de preços ao consumidor de maio, que ficou abaixo do esperado;
- No Brasil, o fluxo de dados econômicos e notícias desde a última reunião do Copom tem sido ambíguo, em nossa avaliação. Por um lado, a atividade doméstica permaneceu forte, as expectativas de inflação continuam desancoradas e os preços do petróleo subiram significativamente; por outro lado, os últimos dados da inflação atual ficaram melhores do que o esperado e o real se valorizou ainda mais. Além disso, os membros do Copom têm enviado sinais contraditórios nas últimas semanas. Acreditamos que a taxa Selic permanecerá em 14,75% na reunião desta semana, embora reconheçamos que será uma decisão difícil. Se houver um aumento da taxa de juros, provavelmente será o último deste ciclo de aperto. No entanto, o desafio da política monetária permanece. Mantemos o cenário de taxas de juros altas por mais tempo. Em nossa opinião, o Copom iniciará um ciclo de flexibilização gradual no segundo trimestre de 2026.
Commodities
Mineração e Siderurgia: O momentum econômico da China permaneceu resiliente em Mai’25; Preços do minério de ferro caem -1% S/S
- Os principais temas da semana foram os dados econômicos chineses e a queda dos preços de BQ no Brasil.
- Notamos:
- (i) O momentum de crescimento econômico chinês permaneceu resiliente em Mai’25, com fortes vendas no varejo e estímulos do governo compensando uma desaceleração na produção industrial e desafios no setor imobiliário.
- (ii) os preços de BQ diminuíram -5% S/S, enquanto os preços do vergalhão ficaram estáveis no Brasil, com paridade de aço plano em +25% e paridade de aço longo em -6% para vergalhões na Turquia, embora os preços do vergalhão do Egito sugiram paridade em +5%.
- (iii) Os estoques portuários de minério de ferro da China aumentaram +1% S/S, e os estoques de aço longo e plano da China foram de -4% e +1% S/S, respectivamente.
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Empresas
Multiplan (MULT3): Manutenção de um crescimento resiliente em meio a cenários de mercado variados
- A Multiplan realizou sua reunião pública para 2025. As principais conclusões incluem:
- (i) o portfólio premium da Multiplan continua a apresentar um desempenho de vendas acima do setor de shopping centers e do ecommerce;
- (ii) as vendas de curto prazo permanecem robustas, com abril e maio apresentando um impressionante crescimento A/A de +17,3% e +14. 6%, respectivamente;
- (iii) o plano de revitalização acelerada está no caminho certo para ser concluído até 2025, já gerando melhorias perceptíveis na satisfação do cliente;
- (iv) o Multi App está ganhando penetração e fornecendo efetivamente suporte de dados aos lojistas;
- (v) as expansões representam oportunidades importantes de crescimento em meio a um ambiente desafiador para novos projetos greenfield; e (vi) as perspectivas para novas atividades de M&A permanecem limitadas, tanto em aquisições quanto em desinvestimentos, devido a restrições de avaliação e financiamento;
- De modo geral, consideramos as mensagens da reunião positivas e mantemos nossa recomendação de compra.
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Bens de Capital: Melhores dados de produção para a Marcopolo; ambiente mais desafiador para implementos rodoviários em Mai’25
- Acompanhamento Mensal do Setor Automotivo
- Nesta edição do nosso Acompanhamento Mensal do Setor Automotivo, destacamos:
- (i) produção rodoviária sequencialmente melhor para a Marcopolo (+56% A/A em Mai’25), impulsionando um crescimento de produção relativamente maior para a Marcopolo vs. indústria (+11% excl. Volare vs. +8% A/A em Mai’25, após alguns meses ligeiramente atrasados), embora
- (ii) notemos um ambiente competitivo mais acirrado, com Marcopolo e Caio Induscar agora com market share iguais em 2025 no acumulado do ano (ambos em ~38%);
- (iii) vendas de novos implementos rodoviários continuamente pressionadas (-13% A/A em Mai’25), com a representatividade de vendas de implementos rodoviários relacionados ao agro diminuindo para ~46%, de acordo com dados da Anfir. Por outro lado, vemos
- (iv) melhor desempenho relativo dos caminhões (-5% A/A em Mai’25), com a Fenabrave destacando a necessidade dos transportadores de priorizar investimentos em meio a um cenário de taxas de juros difíceis (favorecendo a renovação de caminhões em relação aos implementos rodoviários), e
- (v) um desempenho tímido das vendas externas de veículos leves (+2% A/A nos EUA em Mai’25 e estável A/A na Europa em Abr’25), com demanda potencialmente impactada por um cenário macroeconômico incerto em todo o mundo.
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- Nesta edição do nosso Acompanhamento Mensal do Setor Automotivo, destacamos:
Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields little changed as investors anticipate Fed’s rate decision (CNBC);
- Fim da isenção de IR para alguns títulos corrige uma distorção de mercado, diz secretário de reformas econômicas (Valor Econômico);
- Leilão da ANP levanta quase R$ 1 bi além do previsto no orçamento e Silveira cita ajuda em amenizar cortes (Valor Econômico);
- Moody’s Local Brasil rebaixa ratings do Hospital Care para CCC.br; Em Revisão para Rebaixamento (Moody´s Local);
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Estratégia
Posicionamento dos fundos de ações – junho de 2026
- Atualizamos nossa estimativa do posicionamento dos fundos de ações, com 1.046 fundos somando patrimônio líquido de R$ 280 bilhões;
- Destaques dos setores: No último mês, observamos aumento de exposição em setores anteriormente subalocados e redução naqueles que vinham sendo consistentemente favorecidos — a exceção é o setor de Elétricas, que é o de maior exposição e ainda assim teve alta de 151 pontos-base, alcançando 28,2%;
- Destacam-se os aumentos nos setores Instituições Financeiras (+154 pontos-base) e TMT (+136 pontos-base), enquanto Transportes (-146 pontos-base) e Bancos (-123 pontos-base) registraram quedas significativas, com a exposição a Bancos ainda bem abaixo do peso do setor no Ibovespa (10,0%, comparado a 18,7%);
- Destaques dos fatores: Baixo Risco continua sendo o fator com maior peso, embora sua alocação estimada tenha caído 394 pontos-base. Em contrapartida, a exposição ao fator Tamanho aumentou 100 pontos-base, indicando maior interesse dos investidores em Small Caps em relação às Large Caps;
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Congresso derruba veto e livra fundos imobiliários e do agronegócio de taxação na reforma tributária (Estadão);
- Fundos imobiliários de logística lideram extremos em dia de estabilidade do IFIX (FIIs);
- FIIs de papel rendem oito vezes mais que fundos de tijolo, mostra Rio Bravo (Money Times);
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ESG
(Re)abastecendo os reatores: A energia nuclear está de volta ao radar?
- A energia nuclear vem recuperando relevância estratégica diante do avanço global da agenda de descarbonização, do aumento das preocupações com a segurança energética e da crescente demanda por energia impulsionada por data centers relacionados à inteligência artificial;
- Como fonte de energia de base, de baixo carbono e competitiva em termos de custo uma vez em operação, a energia nuclear volta a ser considerada como um pilar importante da transição energética;
- Apesar da expansão significativa de capacidade nuclear global esperada para os próximos anos, os desafios estruturais persistem, e um renascimento completo do setor ainda está longe de ser garantido;
- Nesse contexto, este relatório temático visa trazer um panorama profundo do mercado global e local de energia nuclear e urânio, destacando os principais caminhos para investimento aos investidores que buscam exposição ao tema;
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Congresso derruba vetos de Lula a trechos da lei das eólicas offshore | Café com ESG, 18/06
- O mercado fechou o pregão de terça-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,3% e 0,2%, respectivamente;
- Na política, (i) o Congresso Nacional derrubou ontem os vetos do presidente Lula a trechos da lei que cria o marco legal das eólicas offshore - em um dos vetos derrubados, os parlamentares retomaram o dispositivo que permite a prorrogação, por até 20 anos, dos contratos do Programa de Incentivo às Fontes Alternativas de Energia Elétrica (Proinfa); e (ii) a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou ontem a nova resolução que regulamentará a certificação da produção ou importação eficiente de biocombustíveis e o credenciamento de firmas inspetoras no Renovabio - aprovado pela diretoria colegiada da agência na última quinta (12/6), o documento publicado no Diário Oficial da União desta terça é resultado de uma discussão iniciada em 2023;
- Do lado das empresas, na reta final da votação pelas companhias da quinta reforma do Novo Mercado, a grande discussão deixou de focar nas novas regras propostas pela B3, e sim no sistema da votação que vai decidir as mudanças - a Abrasca, que representa as empresas listadas, está questionando o modelo de votação, em que as propostas são aprovadas se menos de um terço dos participantes do Novo Mercado discordarem, com as abstenções hoje contando como voto a favor;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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