XP Expert

(Re)abastecendo os reatores: A energia nuclear está de volta ao radar?

Quer saber mais sobre o mercado de energia nuclear e a tese de urânio? Acesse aqui o nosso relatório temático sobre o tema!

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail

Explicando a energia nuclear: Do básico ao avançado

Conteúdo exclusivo para clientes XP
A conta XP é gratuita. Abra a sua agora!

Cadastrar

Já é cliente XP? Faça seu login

Assessor ou parceiro? Clique no botão abaixo

Invista melhor com as recomendações
e análises exclusivas dos nossos especialistas.

Uma fonte estratégica de energia. A energia nuclear, gerada por meio da fissão atômica, desempenha um papel cada vez mais relevante na transição energética, impulsionada por algumas de suas principais características: (i) fornecimento estável como energia de base; (ii) baixas emissões de carbono; e (iii) custos operacionais reduzidos (uma vez em operação).

A demanda está voltando? Por muito tempo ofuscada por grandes acidentes e pela oposição da opinião pública, a energia nuclear vem gradualmente retomando espaço nos debates sobre o futuro da energia. Embora seu apoio ainda dependa do contexto geopolítico e regulatório de cada país, uma série de fatores sinaliza sua reintegração à matriz global, entre eles: (i) preocupações crescentes com segurança energética; (ii) intensificação de metas de descarbonização; e (iii) crescente demanda por energia advindo dos data centers relacionados à inteligência artificial (IA).

Uma trajetória desigual na oferta. Em 2023, a energia nuclear foi responsável por cerca de 9% da geração de eletricidade global. Atualmente, existem 440 reatores nucleares em operação no mundo, sendo que Estados Unidos, França e China concentram cerca 50% dessa capacidade. Olhando para frente, as perspectivas indicam um crescimento relevante da oferta, com 66 reatores em construção e cerca de 90 em fase de planejamento.

Contudo, existem desafios. Apesar do interesse renovado, um renascimento da energia nuclear está longe de ser garantido. O setor continua enfrentando desafios significativos, entre os quais se destacam os elevados investimentos necessários para construção, escassez de mão de obra especializada, longos prazos para desenvolvimento e construção, alta complexidade regulatória, resistência da opinião pública, riscos associados à cadeia de suprimentos de urânio, além de dificuldades na gestão de resíduos nucleares de longo prazo.

O futuro da energia nuclear. Os pequenos reatores modulares (SMRs) representam uma nova geração de tecnologia nuclear - compacta, de baixo carbono e com potencial para transformar o modelo de geração atual. Cerca de 90 projetos estão em desenvolvimento ao redor do mundo, oferecendo vantagens estratégicas em relação aos reatores tradicionais. No entanto, desafios de curto prazo continuam limitando a tração comercial dos SMRs e impactando o interesse dos investidores.

O combustível nuclear: Urânio. Embora o urânio seja um dos elementos mais abundantes na crosta terrestre, seu processo de transformação em combustível nuclear é tecnicamente complexo e intensivo em recursos. Em 2025, as reservas globais somavam cerca de 12,4 milhões de toneladas, com a Austrália concentrando ~30% desse total. A produção, por sua vez, é altamente concentrada: mais de 85% do urânio é extraído em apenas seis países. O processo de enriquecimento é ainda mais concentrado - com a Rússia controlando cerca de 43% da capacidade global. De forma geral, tal concentração implica em riscos relevantes do ponto de visto geopolítico e de segurança da cadeia de urânio.

O panorama no Brasil. No Brasil, o urânio é classificado como um mineral estratégico, com sua extração sob monopólio da estatal Indústrias Nucleares do Brasil (INB). O país detém a 7ª maior reserva mundial do mineral e atualmente opera dois reatores (Angra 1 e 2), responsável por cerca de 2% da geração elétrica nacional. O principal plano de expansão de capacidade adiante envolve a potencial conclusão de Angra 3, projeto que enfrenta atrasos recorrentes, desafios de financiamento, incertezas políticas e um dilema dos custos irrecuperáveis acumulados ao longo do tempo.

Formas de investir em energia nuclear. Com a energia nuclear de volta ao centro das discussões globais, o interesse dos investidores vem se ampliando - assim como as opções de exposição ao tema. Diante disso, três principais caminhos complementares de investimento se destacam: (i) fundos de urânio físico, que oferecem exposição direta à commodity; (ii) fundos de índices temáticos (ETFs), focados na cadeia de valor de urânio e na tese da energia nuclear; e (iii) ações de empresas estrangeiras que atuam na mineração, tecnologia de reatores e serviços nucleares.

Acesse abaixo para o relatório temático completo

XP Expert

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.