IBOVESPA +1,79% | 134.580 Pontos
CÂMBIO -0,47% | 5,69/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
Na quinta-feira, o Ibovespa fechou em alta de 1,8%, aos 134.580 pontos e renovando as máximas do ano. O dia foi marcado por alta das ações dos EUA (S&P 500, +2,0%; Nasdaq, +2,8%), que mantiveram a trajetória positiva apesar de o governo chinês negar a existência de negociações em curso com os EUA em relação às tarifas. No cenário doméstico, o diretor de Política Econômica do Banco Central, Diogo Guillen, durante evento da XP, afirmou que o cenário internacional não deve alterar a condução da política monetária e ressaltou a eficácia da política monetária no processo de convergência da inflação para a meta de 3%.
O principal destaque positivo na Bolsa brasileira ontem foi Hypera (HYPE3, +12,3%), repercutindo a divulgação dos resultados da companhia para o 1T25 (veja aqui mais detalhes). Já a Azul (AZUL4, -24,8%) registrou forte queda após o conselho da companhia aprovar um aumento de capital por meio de uma Oferta Pública de distribuição Primária de Ações (veja aqui o comentário).
Nesta sexta-feira, o destaque da agenda econômica será o IPCA-15 referente a abril. Nos EUA, teremos dados de confiança do consumidor da Universidade de Michigan e expectativas de inflação. Por fim, pela temporada internacional de resultados do 1T25, os principais nomes serão AbbVie e SLB.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de quinta-feira com forte fechamento ao longo da curva. O Tesouro realizou um leilão robusto de prefixados, com a venda integral de 23 milhões de LTN e 3 milhões de NTN-F. Com isso, o DI jan/26 encerrou em 14,6% (- 7,7bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 13,86% (- 11,9bps); DI jan/29 em 13,6% (- 21,8bps); DI jan/31 em 13,93% (- 21,6bps). O destaque nos EUA foi a incerteza sobre negociações comerciais com a China, com Trump mencionando conversas não confirmadas por autoridades chinesas. O diretor do Federal Reserve, Christopher Waller, indicou que os impactos tarifários ainda não são evidentes, mas podem resultar em demissões e pressões inflacionárias no segundo semestre. Por lá, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,80% (-7,3 bps), enquanto os de dez anos em 4,32% (-6,7 bps).
Mercados globais
Nesta sexta-feira, os futuros dos EUA operam em alta (S&P 500: +0,3%; Nasdaq 100: +0,3%), após três dias consecutivos de ganhos, impulsionados pelos resultados da Alphabet, que subiu cerca de 5% no after market após superar as expectativas no 1T25. Em contraste, as ações da Intel caíram mais de 5% após projeções fracas. O rali recente nos mercados reflete o alívio com a possível trégua nas tensões comerciais. Trump sinalizou que as tarifas sobre a China podem ser reduzidas, enquanto Pequim também estuda suspender tarifas de 125% sobre produtos dos EUA, segundo a Bloomberg.
As taxas das Treasuries recuam com o mercado mais otimista: o título de 10 anos cai para -8 bps e o de 2 anos -7 bps.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: +0,2%) e caminha para fechar a semana com ganhos superiores a 2%. Safran lidera os avanços (+3,1%) após lucro acima do esperado, enquanto Dassault Systemes recua 8%. O noticiário corporativo e o alívio nas tensões comerciais seguem como principais drivers. Na China, os índices encerraram o dia em alta (CSI 300: +0,1%; HSI: +0,3%), com apoio do setor tech e sinais positivos nas negociações com os EUA e em meio à expectativa por suspensão de tarifas por parte da China.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) encerrou a quinta-feira com uma alta de 0,16%, registrando sua décima elevação consecutiva após as quedas observadas no início de abril. Tanto os Fundos de Tijolos quanto os FIIs de Papel apresentaram desempenhos positivos na sessão, com valorizações médias de 0,31% e 0,11%, respectivamente, em um dia marcado pelo intenso fechamento da curva de juros. Entre os destaques positivos, destacaram-se BTRA11 (3,6%), BRCR11 (2,6%) e RBVA11 (2,5%). Por outro lado, entre os destaques negativos, estiveram HGFF11 (-1,7%), BARI11 (-1,3%) e BROF11 (-1,3%).
Economia
Nos Estados Unidos, agenda mais leve nessa sexta-feira. Destaque para a sondagem do consumidor da Universidade de Michigan, que traz a confiança do consumidor e as expectativas de inflação de curto e médio prazo.
No Brasil, o protagonismo dessa sexta-feira será o IPCA-15 de abril, para o qual esperamos alta de 0,39% m/m. Em relação a março, a expectativa é de moderação de três dos quatro grupos – serviços, bens monitorados e alimentação no domicílio – ao passo que bens industrializados devem acelerar.
Veja todos os detalhes
Economia
IPCA-15 de abril é o destaque da sexta-feira
- No cenário internacional, a agenda econômica será mais leve. Destaque para a divulgação da leitura final da sondagem aos consumidores realizada pela Universidade de Michigan. O mercado espera que a confiança do consumidor caia para 50,5 pontos, ao passo que as expectativas de inflação de 1 ano devem ficar em 6,8% e de 5-10 anos em 4,4%.
- O destaque da agenda doméstica será a divulgação do IPCA-15 de abril. Esperamos que o indicador avance 0,39% na comparação mensal, condizente com expansão interanual de 5,45%. De modo geral, esperamos que todos os grupos do IPCA-15 em abril, em relação a março, desacelerem, com exceção dos bens industriais. Estes últimos irão acelerar tanto nos bens duráveis como nos semiduráveis, com destaque para os aparelhos eletrônicos e vestuário. Do lado dos serviços, esperamos uma diminuição de 6,5% nas tarifas aéreas, em comparação com um aumento de 7% em março. Os preços dos produtos alimentícios deverão abrandar na margem, em particular no que respeita às proteínas – carnes, frango e ovos. Por fim, os bens monitorados deverão moderar na margem, com deflação na eletricidade e baixa variação na gasolina. Por outro lado, os preços dos produtos farmacêuticos devem acelerar devido aos reajustes anuais.
Commodities
Papel e Celulose: De acordo com as notícias, a Suzano está avaliando ativos internacionais; Futuros da BHKP acima de US$ 600/t em Mai’25
- Nesta semana, observamos:
- (i) De acordo com as notícias, a Suzano está avaliando os ativos de fluff da IP na América do Norte e a unidade de tissue da Kimberly Clark.
- (ii) Observamos que os preços de aparas no Brasil aumentaram 9% M/M em Abr’25, de acordo com a Anguti, com os preços de aparas Tipo I subindo 9% M/M e os preços de aparas Tipo II subindo 8% M/M durante o mês.
- (iii) A Suzano está sendo negociada a um EV/EBITDA de 5,2x em 2025, um desconto de 23% em relação à sua média histórica de 6,8x, enquanto Klabin e Irani são negociadas a um EV/EBITDA de 6,7x e 4,8x em 2025, respectivamente.
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Empresas
Propriedades comerciais: O que esperar da temporada de resultados do 1T25
- Apresentamos nossa previsão de resultados do 1T25 para as propriedades comerciais brasileiras, incluindo ALOS3, IGTI11, MULT3 e LOGG3;
- As principais expectativas incluem:
- (i) perspectiva positiva de crescimento de vendas-mesmas-lojas (especialmente para Multiplan e Iguatemi), apesar dos efeitos de calendário em razão da Páscoa;
- (ii) baixos custos de ocupação impulsionando um crescimento positivo da ocupação A/A (+140 bps em média);
- (iii) crescimento positivo da receita devido à expansão gradual dos efeitos do ajuste do IGP-M/DI;
- (iv) um cenário de crescimento pressionado do FFO, dado o impacto geral da maior alavancagem e das taxas de juros pressionadas;
- Esperamos que a Allos seja o destaque da temporada, com uma expansão razoável da receita e um crescimento positivo de 5,5% do AFFO/ação;
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Usiminas (USIM5): Resultados melhorando com implicações positivas à frente
- A Usiminas reportou sólidos resultados no 1T25, com EBITDA ajustado de R$ 733 milhões (+6% T/T, +11% XPe, +5% vs. consenso), refletindo preços ligeiramente mais altos e custos mais baixos na divisão de Aço.
- A companhia também apresentou uma indicação positiva para a divisão de Aço no 2T25E, refletindo o CPV por tonelada sequencialmente menor, seguindo as iniciativas de ganhos de eficiência, com volumes de vendas e preços estáveis T/T (preços mais altos para o setor automotivo e preços estáveis para o segmento Indústria, compensados por preços spot mais fracos).
- No geral, vemos os resultados de hoje e as implicações positivas de custo para o 2T25E mitigando parcialmente as incertezas em relação à demanda doméstica no 2S25E e o alto nível de penetração das importações no Brasil.
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Multiplan (MULT3): EBITDA e FFO sólidos superam estimativas em razão de despesas menores que o esperado
- Os resultados positivos da Multiplan foram motivados pelo sólido EBITDA e pela melhora do FFO. Operacionalmente, as vendas dos lojistas aumentaram 8% A/A, o indicador vendas-mesmas-lojas foi de 6,2%, apesar dos efeitos de calendário, e a ocupação aumentou 60 bps A/A, em linha com a XPe;
- A receita líquida manteve-se estável A/A, impactada por fortes comparações em outras receitas, mas compensada por maiores receitas de aluguel e serviços de gestão;
- Além disso, uma forte redução de 33% nas despesas de propriedade levou a uma margem NOI recorde de 94,1% e a uma forte expansão de 140 bps na margem EBITDA. Isso resultou em um sólido aumento do FFO de 20% no trimestre, reduzindo o impacto esperado de despesas financeiras mais altas no trimestre, com o FFO caindo 15% A/A (esperávamos um declínio de 30%);
- Em suma, o FFO/ação UDM aumentou 39% em relação ao ano anterior, motivado pelas recentes recompras. Mantemos nossa classificação de compra com um preço-alvo de R$ 35,0/ação;
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Rodovias: Analisando a ‘BR-040/495/MG/RJ (JF-RIO)’ – Leilão na próxima semana
- O próximo leilão de rodovias do Brasil, BR-040/495/MG/RJ (JF-RIO), está agendado para o dia 30 de abril;
- O projeto é uma relicitação da Concer da Triunfo, com um comprimento total de 219 km e capex de R$ 5,0 bilhões;
- Acreditamos que o projeto tem potencial para ser atrativo, pois apresenta:
- Um perfil de tráfego bem conhecido;
- Riscos de demanda limitados;
- TIR regulatória mais alta de 11,17% em comparação com projetos anteriores (9,21% – 11,17%);
- Por outro lado, observamos que o projeto apresenta um risco de capex mais elevado devido a obras inacabadas da concessão anterior, embora a autoridade concedente tenha um mecanismo de compartilhamento de riscos para casos em que os custos excedam as expectativas;
- As propostas de licitação devem ser entregues até o dia 25 de abril;
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Vale (VALE3): Resultados Neutros; Sólido desempenho de custos como destaque (novamente)
- A Vale reportou resultados neutros no 1T25, com EBITDA proforma ajustado de US$ 3,2 bilhões, +4% vs. XPe e +1% vs. consenso.
- Com os números operacionais já reportados, observamos:
- (i) um desempenho melhor na divisão de transição energética da Vale, refletindo maiores preços realizados e receitas de subprodutos na divisão de Cobre e recuperando resultados na divisão de Níquel; e
- (ii) um sólido desempenho de custos em Soluções de Minério de Ferro da Vale, com C1/t em US$ 21,0/t (-4% vs. XPe, -11% A/A e +12% T/T), com a empresa reiterando seu guidance para C1 de US$ 20,5-22,0/t para 2025E (com custos de produção C1 de US$ 23,1/t no 1T25, -7% A/A)).
- Em suma, reiteramos nossa recomendação Neutra para Vale com um upside limitado, embora vejamos uma assimetria positiva nos preços atuais da VALE3.
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields little changed as investors hope for U.S.-China trade deal (CNBC);
- Pagamento de juros da dívida pública caminha para ultrapassar marca inédita de R$ 1 tri este ano (Estadão);
- Pagamento de juros da dívida pública caminha para ultrapassar marca inédita de R$ 1 tri este ano (Estadão);
- Moody’s Local Brasilretira ratings da Elfa (Moody´s Local);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Estratégia
MSCI Brazil: Rebalanceamento de maio de 2025
- No dia 13 de maio, a MSCI anunciará as mudanças nos seus índices globais, que serão implementadas em 2 de junho.
- De acordo com nossas estimativas, Engie (EGIE3) pode ser removida dos índices, enquanto Stone Co. (STOC34) pode ser adicionada.
- Além disso, Natura (NTCO3), CPFL Energia (CPFE3) e Caixa Seguridade (CXSE3) correm o risco de deixar a carteira, dependendo da volatilidade de mercado nos próximos dias.
- Mostramos uma matriz de sensibilidade que calcula a capitalização de mercado das empresas de acordo com a variação da cotação do dólar, mostrando as empresas que não conseguiriam atender aos critérios da MSCI em cada nível de câmbio.
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Pesquisa com assessores XP – Sentimento em relação a ações melhora, mas alocação permanece em níveis baixos
- Nesta edição da nossa pesquisa com assessores filiados à XP, observamos uma melhora no sentimento em relação a ações, mas que ainda não se converteu em um aumento significativo no nível de alocação dos clientes. Os principais pontos da pesquisa foram:
- O apetite por investimento em Renda Variável melhorou ligeiramente, com 18% (+2 p.p. M/M) indicando que seus clientes planejam aumentar a exposição, enquanto 12% planejam diminuí-la (-3 p.p. M/M);
- Osentimento dos assessores melhorou para 6,4 em relação a 5,9 em março (numa escala de 0 a 10);
- Renda Fixa permanece como a classe de ativo preferida entre os clientes, mas o interesse por ações e ouro aumentou;
- Preocupações com riscos fiscais diminuíram significativamente, dando espaço a um aumento de preocupações com o cenário global, como recessão nos EUA e riscos geopolíticos;
- O anúncio de tarifas de Trump teve um saldo relativamente positivo no interesse por investimentos internacionais.
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Galappo lança fundo de R$ 1 bi para megaempreendimento logístico às margens do Rodoanel (E-Investidor);
- As regiões com os escritórios mais caros de SP (Metro Quadrado);
- Lucro do VGIR11 aumenta novamente e FII anuncia compra milionária de CRIs (FIIs);
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ESG
Petrobras (PETR4) e Vale (VALE3) firmam parceria em combustível marítimo verde | Café com ESG, 25/04
- O mercado encerrou o pregão de quinta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 1,8% e 2,6%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a Petrobras e a Vale informaram ontem que assinaram uma parceria para o abastecimento de um navio fretado pela mineradora com combustível marítimo (“bunker”) contendo 24% de conteúdo renovável – o produto foi formulado pela Petrobras Singapore, subsidiária da petroleira em Cingapura, utilizando biodiesel de segunda geração e produzido a partir do processamento de óleo de cozinha usado; e (ii) o Magazine Luiza concluiu uma operação de captação de recursos no valor de US$ 130 milhões junto à Corporação Financeira Internacional (IFC, na sigla em inglês), instituição pertencente ao Grupo Banco Mundial, com metas ESG – esse é o primeiro financiamento da companhia com benefícios relacionados ao cumprimento de metas socioambientais, com destaque para logística reversa e destinação para reciclagem de produtos eletroeletrônicos;
- No internacional, a Bolsa de Metais de Londres estuda implementar um “prêmio verde” sobre metais extraídos de forma sustentável, em resposta à pressão do setor para diferenciá-los de materiais com maior impacto ambiental – a bolsa, que é o maior mercado de metais do mundo, anunciou que há apoio suficiente do mercado para explorar a comercialização de alumínio, cobre, níquel e zinco de baixo carbono;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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