IBOVESPA +0,1% | 109.916 Pontos
CÂMBIO -0,64% | 5,21/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Mercados amanhecem em alta, repercutindo o aumento sem precedente da taxa de juros pelo Banco Central Europeu (BCE) e mais comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, que, contudo, não trouxe tantas surpresas. Na agenda de hoje, temos a divulgação do IPCA de agosto.
Brasil
O Ibovespa fechou em alta de +0,14%, aos 109.915 pontos. O principal índice da Bolsa brasileira performou um pouco pior do que seus pares americanos, impulsionado, principalmente, pela fala do presidente do Fed e pela decisão do Banco Central Europeu. Frente ao real, o dólar fechou com baixa de -0,61%, a R$ 5,20. As taxas futuras de juros voltaram a operar no patamar negativo no pregão de ontem. Após uma forte alta na véspera do feriado, reflexo do discurso mais conservador do Banco Central do Brasil sobre o ciclo de aperto monetário no país, as taxas sofreram ajustes, além do menor prêmio de risco no mercado internacional com a forte baixa do preço do petróleo. DI jan/23 fechou em 13,735%; DI jan/24 foi para 12,995%; DI jan/25 encerrou em 11,745%; DI jan/27 foi para 11,38%; e DI jan/29 fechou em 11,49%.
Mundo
Mercados globais amanhecem positivos (EUA +0,8% e Europa +1,4%) enquanto investidores digerem o pronunciamento do Jerome Powell e a decisão de política monetária do Banco Central Europeu. Nesta quinta-feira, Powell reiterou a determinação do Federal Reserve para controlar a inflação e afirmou que seguirá subindo a taxa básica de juros americana até que isso se concretize. Na Europa, o Banco Central Europeu subiu a taxa de juros em 0,75 p.p. e aumentou sua projeção de inflação para 8,1% em 2022. A autoridade monetária europeia complementou que a inflação está bem acima da meta e deverá permanecer alta por um longo período. Na China, o índice de Hang Seng (+2,7%) encerrou em forte alta após surpresa positiva nos dados da inflação ao consumidor. O indicador recuou para 2,5% no acumulado dos últimos 12 meses vs. 2,7% registrados em julho. Investidores recebem a notícia com certo tom de otimismo à medida que uma inflação mais baixa deixa mais espaço para novos estímulos econômicos.
Aumento de juros pelo Banco Central Europeu
O Banco Central Europeu elevou as taxas de juros em 75 pontos-base, em linha com as expectativas de analistas. A decisão levou a taxa de depósito de referência a 0,75%, o nível mais alto desde 2011. Na entrevista após a decisão, a presidente do BCE, Christine Lagarde, disse que movimentos dessa escala não são a norma, mas assegurou que haverá vários aumentos nas taxas nos próximos meses para garantir que a inflação volte à meta de 2%. O BCE também elevou suas projeções de inflação para a zona do Euro, mas disse não esperar uma recessão.
PPI e CPI na China
A inflação ao consumidor, conhecida como CPI, em bases anuais caiu de 2,7% para 2,5% em agosto, abaixo das expectativas de 2,8% e da meta do governo chines de 3%. A leitura reflete a fraqueza da economia chinesa em meio a novas restrições relacionadas à Covid-19 no país. Já o índice de preços ao produtor, conhecido como PPI, atingiu 2,3% de 4,2% no mês anterior, muito abaixo do esperado (3,1%). As leituras mostram que o pacote de estímulos anunciado pelo governo no último mês ainda não afetou o crescimento do país, que enfrenta várias dificuldades devido a interrupções na atividade econômica.
Discurso de membros do Fed
Dois dirigentes do Fed, o banco central norte-americano, se manifestaram ontem em discursos reforçando a visão mais “hawkish”. Powel, presidente do Fed, afirmou que o banco central precisava agir “com franqueza” para garantir que a inflação elevada não se consolidasse e Lael Brainard, vice-presidente, enfatizou que o Fed deve “manter uma postura de gerenciamento de risco” para garantir que a inflação não fique mais fora de controle. Os comentários reforçaram as expectativas de uma continuidade do aperto monetário em 75 pontos-base, levando as taxas ao intervalo entre
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Economia
Dirigentes do Fed e BCE reforçam discurso “hawkish”; No Brasil, atenções voltadas para o IPCA no Brasil
- O Banco Central Europeu elevou as taxas de juros em 75 pontos-base para combater a inflação recorde, apesar dos temores de que a alta dos preços da energia leve a zona do euro à recessão. A decisão, que foi apoiada por unanimidade por todos os 25 membros do conselho de administração e corresponde ao maior aumento anterior do BCE nos custos de empréstimos, eleva a taxa de depósito de referência do banco de zero para 0,75 por cento – o nível mais alto desde 2011. Christine Lagarde, do BCE presidente, disse que os investidores não devem assumir que movimentos nessa escala são “a norma”, mas que haverá “vários” aumentos nas taxas nos próximos meses para reduzir a inflação de seu último recorde “muito alto” de 9,1% de volta para a meta do banco de 2%. O banco central elevou suas previsões de inflação acentuadamente para 8,1% para este ano, para 5,5% no próximo ano e para 2,3% em 2024. No entanto, ao contrário de muitos economistas, o banco não espera uma recessão – dois trimestres consecutivos de queda da produção – em vez disso, prevendo que a economia “estagnaria no final do ano e no primeiro trimestre de 2023” em seu cenário base;
- Jay Powell disse que o banco central dos EUA precisava agir “com franqueza” para garantir que a inflação elevada não se consolidasse. Em seus últimos comentários públicos antes da reunião de política do banco no final deste mês, o presidente do Fed dobrou a mensagem agressiva que ele entregou na recente conferência de Jackson Hole em Wyoming, reiterando que o banco central “tem e aceita a responsabilidade pela estabilidade de preços”. Lael Brainard, vice-presidente, alertou na quarta-feira que em algum momento o Fed precisará considerar os riscos de um aperto excessivo da política monetária e enfatizou que levará tempo para que os efeitos das ações do banco central sejam filtrados para a economia. Mas ela também enfatizou que o Fed deve “manter uma postura de gerenciamento de risco” para garantir que a inflação não fique mais fora de controle. Em conjunto, os comentários recentes dos dirigentes reforçaram as expectativas de que o Fed mais uma vez aumentará as taxas em 0,75 ponto percentual, em vez de reduzir para um aumento de meio ponto, em um movimento que empurraria a taxa de fundos federais para um intervalo de meta de 3 por cento a 3,25 por cento;
- O número de americanos que entraram com novos pedidos de auxílio-desemprego caiu na semana passada para um mínimo de três meses, ressaltando a robustez do mercado de trabalho, mesmo com o Federal Reserve aumentando as taxas de juros. Os pedidos iniciais de auxílio-desemprego caíram em 6.000, para 222.000 ajustados sazonalmente na semana encerrada em 3 de setembro, informou o Departamento do Trabalho nesta quinta-feira. Os dados da semana anterior foram revisados para mostrar 4.000 pedidos a menos do que o relatado anteriormente. Economistas consultados pela Reuters previam 240.000 pedidos para a última semana. O Federal Reserve elevou as taxas de juros em 225 pontos base desde março, em uma tentativa de domar a alta inflação ao reduzir a demanda na economia. Apesar disso, ainda há poucos indícios de demissões generalizadas e ainda há duas vagas para cada desempregado;
- A inflação de preços ao consumidor e ao produtor chinês caiu em agosto, mostraram dados na sexta-feira, com uma nova rodada de restrições à COVID-19 e uma falta de energia pesando ainda mais na atividade econômica. O índice anual de preços ao consumidor do país caiu de 2,7% para 2,5% em agosto no mês anterior, abaixo das expectativas de um leve aumento de 2,8% e longe da meta do governo de 3%. O declínio da inflação ocorre quando a China introduziu novas restrições nos centros econômicos de Shenzhen e Chengdu, em meio a um novo surto de casos de COVID-19 nas duas cidades. A inflação de preços ao produtor se saiu ainda pior no país. O índice anual de preços ao produtor encolheu para 2,3% em agosto de 4,2% no mês anterior e ficou bem abaixo das expectativas de 3,1%. A leitura também estava em seu nível mais baixo desde março de 2021. As leituras de sexta-feira mostram que as recentes medidas de estímulo do governo ainda não afetaram o crescimento no país, que enfrenta ventos contrários devido à desaceleração da demanda doméstica e interrupções na atividade fabril;
- Na agenda de hoje, o IBGE divulga o IPCA de agosto. O consenso de mercado e nossa projeção é de deflação de 0,4% MoM e 8,86% acumulado em 12 meses. Os principais impulsionadores desta leitura são os cortes de impostos sobre combustíveis, eletricidade e comunicações e a queda dos preços internacionais do petróleo, afetando os preços da gasolina e do diesel.
Empresas
Data Expert | A Força dos Ventos – Agosto
- Embora o fenômeno La Niña ainda impacte a geração eólica, agosto surpreendeu com um aumento de 13,3% M/M. Além disso, todas as empresas da nossa cobertura apresentam melhores resultados, com destaque para AES Brasil, que expandiu 28% M/M;
- La Niña ainda impacta a geração eólica. Agosto apresenta melhores números em relação ao mês anterior. No entanto, numa perspectiva anual, a média da nossa cobertura foi de -3,1% A/A. Os resultados mais fracos foram impulsionados pelo fenômeno La Niña, que contribui para o aumento da precipitação e menor geração de energia eólica;
- Destaques positivos. O melhor desempenho em nossa cobertura foi Auren Energia (+24% A/A). No entanto, destacamos que o aumento da energia gerada da Auren reflete a melhora da disponibilidade em Ventos do Araripe III. Conforme mencionado em nosso último relatório, o complexo enfrentou problemas de engenharia em 2021;
- Lado negativo. A Copel apresentou o menor resultado em nossa cobertura devido ao desempenho inferior em todos os complexos;
- Acesse aqui o relatório completo.
Frigoríficos (JBSS3, MRFG3, BRFS3): USDA espera menor demanda de carne da China
- O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) divulgou ontem (7 de setembro) seu relatório China: Livestock and Products, atualizando suas estimativas para as importações de carne bovina e suína da China em 2023, para o qual a agência espera uma queda de 19% A/A e 8 % A/A, respectivamente. Seguindo os números do USDA, as ações dos frigoríficos estão sendo afetadas negativamente hoje;
- Em nossa opinião, a reação do mercado é irracional, pois:
- (i) já esperávamos uma demanda menor da China devido à recessão global;
- (ii) mesmo com desaceleração acima do esperado, o Brasil continuará sendo o principal fornecedor, portanto não prevemos grandes mudanças nas perspectivas; e,
- (iii) vemos a reação do mercado como um comportamento de manada desvinculado dos fundamentos, e as ações estão sendo negociadas com múltiplos abaixo da média histórica em geral.
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Crescimento do crédito continua condizente com fundamentos econômicos, diz BC (Valor);
- Apetite ao risco dos bancos segue aumentando e há tendência de aumento da inadimplência, diz BC (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Renner manda a real sobre a Realize (BrazilJournal);
- Controladora da Shopee encerra operações na Argentina, Chile, Colômbia e México, diz agência (Valor);
- Auxílio de R$ 600 e emprego maior vão elevar vendas, estimam supermercados (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Alimentos e Bebidas
- JBS (JBSS3), Marfrig (MRFG3) e Minerva (BEEF3): ações fecham em baixa após relatório apontar demanda mais fraca na China – Infomoney;
- O boom chinês da carne bovina já passou? A análise da Minerva – Pipeline;
- Agro
- Tudo pronto para o início do plantio de uma safra de soja com sinais de recorde – Valor;
- Poder de compra de adubos melhorou 19% em agosto, diz Mosaic – Valor;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Governo discutiu diretrizes para garantir fornecimento de energia nas eleições(Terra);
- Estoques semanais de petróleo dos EUA sobem em 8,8 milhões de barris (Valor Econômico);
- Petróleo fecha em alta revertendo perdas da sessão anterior (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Tesla estabelece novas metas em sua Gigafábrica
- Mercedes-Benz e Rivian se unem para construir vans comerciais elétricas na Europa;
- Fox já vendeu 95% dos comerciais do Super Bowl 2023 nos EUA;
- Tesla estabelece novas metas na sua Gigafábrica em Nevada;
- Índice de acessibilidade habitacional nos Estados Unidos cai para o valor mais baixo desde 1986;
- Acesse aqui o relatório completo.
Alocação & Fundos
Fiagro: O agronegócio no Brasil e as oportunidades para investir
- Maria Fernanda Violatti, analista de fundos listados da XP, conversa com Leonardo Sologuren, presidente do CESB
- Os dois falaram sobre o potencial de crescimento do agronegócio brasileiro e as oportunidades nos Fiagros. O que esse produto traz de benefícios para a indústria e para os investidores? Além disso, quais os principais riscos a serem monitorados no processo de crédito?
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
O agronegócio na gestão de recursos: FIAgros no Indo a Fundo no Outliers
- Os investimentos em agronegócio no Brasil não param de crescer, como estão estruturadas as gestoras que oferecem esse tipo de solução de investimentos? Quais são os processos, tamanho do time e tomada de decisão?
- Neste relatório abordaremos a evolução do agronegócio no Brasil, bem como sua representatividade no mercado de capitais e como essas gestoras estão estruturadas, confira a seguir;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- O agronegócio na gestão de recursos: FIAgros no Indo a Fundo no Outliers (Expert XP);
- RZTR11: Cotistas de FIIS vão receber proventos hoje; veja quais (Suno);
- Santander aumenta peso de FIIs de tijolo na carteira; veja os destaques (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
ESG
Três principais tendências para o restante do ano; Crédito de carbono, transição energética e regulação nos holofotes
- Conforme nos aproximamos do final do ano, vemos o tema ESG no centro das discussões do mercado, e esperamos que essa tendência persista e acelere ainda mais adiante;
- Na nossa visão, embora os temas ESG sejam de longo prazo, alguns podem surgir com uma força maior. Isso posto, neste relatório nós discutimos três principais temas que devem guiar a agenda ESG ao longo do 2S22: (i) crédito de carbono, (ii) transição energética e (iii) regulação;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Na Grã-Bretanha, início de novos projetos de petróleo e gás vão de encontro aos compromissos da COP26 | Café com ESG, 09/09
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território neutro, com o Ibov e o ISE em leve alta de +0,1% e +0,2%;
- No Brasil, (i) as montadoras ainda divergem sobre qual deve ser o modelo hegemônico no futuro, mas apostam em soluções elétricas e movidas a biocombustíveis, como o caso dos veículos híbridos – enquanto a Toyota e Caoa Chery já produzem modelos híbridos que utilizam etanol, a Stellantis, Volkswagen e Nissan anunciaram planos para produzir esse tipo de automóvel no futuro, já a Renault, ainda indecisa, estuda o desenvolvimento do modelo, ao passo em que a General Motors aposta nos elétricos e rejeita os híbridos; (ii) enquanto a indústria do plástico busca caminhos para tornar a embalagem menos problemática ao meio ambiente, a do alumínio tornou-se um case de sucesso envolvendo todos os atores da cadeia, com números vistosos para exibir – no ano passado, o índice de reciclagem de alumínio chegou a 98,7% no Brasil, o que equivale a 33 bilhões de latas reaproveitadas;
- No internacional, a mudança da Grã-Bretanha para dar luz verde a dezenas de novos campos de petróleo e gás deixará investidores e bancos com um difícil trabalho de relações públicas, enquanto o país luta para reforçar sua segurança energética e cumprir seus compromissos climáticos – o início de novos projetos de petróleo e gás vai contra a mudança do mundo dos combustíveis fósseis na luta contra o aquecimento global e um compromisso nas negociações climáticas da ONU de novembro de reduzir gradualmente seu uso. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
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