Os investimentos em agronegócio no Brasil não param de crescer, como estão estruturadas as gestoras que oferecem esse tipo de solução de investimentos? Quais são os processos, tamanho do time e tomada de decisão?
No Indo a Fundo no Outliers dessa semana, conheça o núcleo de agronegócio da Riza Asset e XP Asset, gestoras recebidas no episódio #77 do outliers. Você pode conferir o episódio completo a seguir.
Neste relatório abordaremos a evolução do agronegócio no Brasil, bem como sua representatividade no mercado de capitais e como essas gestoras estão estruturadas, confira a seguir.
O agronegócio no Brasil
Ficando atrás apenas da Rússia, Canadá, China e Estados Unidos, o Brasil com seus 8,5 milhões de km² é o quinto maior país em extensão territorial do mundo. Essa extensão somada à abundância de recursos naturais, fornece ao Brasil competitividade a nível mundial quando o assunto é agronegócio.
Envolvendo uma complexa cadeia de funcionamento, o agronegócio abrange desde setores primários da economia, com a geração de insumos e produção agrícola, até os setores secundários e terciários, visto que interliga à agricultura e pecuária à indústria e distribuição dos produtos desenvolvidos. Quando se fala em agronegócio, um dos dados mais relevantes é sua representatividade para o PIB brasileiro, que nos últimos 2 anos tem demonstrado um crescimento considerável como podemos ver a seguir.
Dados relacionados ao PIB do agronegócio brasileiro, calculados pelo Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), Esalq/USP e a CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil), mostram um crescimento considerável de representatividade do segmento na economia brasileira. Chegando a 27,6% de representatividade no PIB brasileiro no ano de 2021, a metodologia do Cepea/CNA se difere dos números divulgados pelo IBGE por englobar além da produção de insumos, todas as demais atividades que estejam relacionadas ao agronegócio, como a agropecuária, indústria e serviços.
Por mencionar a indústria, um estudo realizado pela Embrapa fala sobre a trajetória do agronegócio no Brasil, apontando a Política de Industrialização em 1950 como a responsável pelo aumento da urbanização da população, redução da representatividade rural no Brasil e aumento da demanda por alimentos. O estudo também retrata o desequilíbrio gerado entre 1960 e 1970, bem como a necessidade da importação para suprir as necessidades de alimentação da população brasileira.
Como resposta ao desequilíbrio gerado e buscando incentivar o setor, o Sistema Nacional de Crédito Rural foi criado através da Lei n° 4.829, de 5 de novembro de 1965, sendo considerado um dos maiores responsáveis pela expansão da economia agropecuária no Brasil. O estudo também segmenta o agro brasileiro em três grandes fases, a começar pelo período do (i) Brasil Colonial até 1965, seguido da (ii) construção e evolução do agronegócio brasileiro entre 1965 a 2000, até a (iii) atualidade, marcada pelos avanços tecnológicos que possibilitam o crescimento do agronegócio mesmo com a redução da população em territórios rurais.
Em seu estudo a Embrapa também mostram que ao longo dos anos, o agro foi aumentando sua representatividade nas contas externas do Brasil, saindo dos USD 21 bilhões em 2000 para USD 121 bilhões de dólares nos anos recorrentes, um aumento de 485,7%.
Por outro lado, apesar da trajetória crescente e grande relevância para a economia brasileira, existe grande sensibilidade em relação a dependência do agronegócio aos recursos naturais, onde a lista de riscos é extensa: processos biológicos, mudanças climáticas, ciclos de produção, entre outros. De olho na demanda por alimentos cada vez mais crescente, o aumento de investimentos no agronegócio é vital para a mitigação de riscos e sustentabilidade do setor.
O agro no mercado de capitais
Por muito tempo o agricultor que planejava realizar novos investimentos, seja para custear a produção, comprar animais, melhorar a distribuição ou até mesmo aprimorar a agroindústria, poderia recorrer ao Crédito Rural. O Crédito Rural tem os recursos oriundos do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social) e de fundos constitucionais como a parte da poupança rural, dos recursos das LCAs, e até mesmo dos depósitos à vista.
Outras opções também foram criadas ao longo do tempo como títulos de crédito do agronegócio, instituídos por meio das Leis nº 8.929, de 22 de agosto de 1994, e nº 11.076, de 30 de dezembro de 2004, são eles: Cédulas do Produtor Rural (CPR), Certificados de Direitos creditórios do Agronegócio (CDCA), Certificado de Depósito Agropecuário e Warrant Agropecuário (CDA-WA), Nota de Crédito à Exportação (NCE) e Cédula Imobiliária Rural (CIR).
Para o investidor comum, as mais conhecidas eram as Letras de Crédito de Agronegócio (LCAs), e os Certificados de Recebíveis de Agronegócio (CRAs), que são títulos de renda fixa disponíveis para investimentos. Também era possível encontrar outras estruturas de crédito que possuíam lastro no segmento. Ainda assim, a seleção, gestão e aquisição desses títulos eram limitas pela disponibilidade.
A opção mais recente disponível para investidores em geral foram os Fundos de Investimentos nas Cadeias Produtivas Agroindústrias, ou FIAgros como estão sendo amplamente conhecidos. Essa estrutura foi lançada em 29 de março de 2021 e se difere de outros tipos de fundos de investimentos pelo fato de ter 3 diferentes veículos disponíveis, que de acordo com CVM n° 39 são eles: os (i) FIAgros-FIDCs que fornecem recursos para a agroindústria através dos direitos creditórios, (ii) FIAgros-FIPs que se trata de fundos de investimentos com participação societária e os (iii) FIAgros-FI que investem em terras agrícolas e ativos mobiliários (como CRAs por exemplo).
Em resumo, a estrutura de um FIAgro pode ser assemelhar ao de um Fundo Imobiliário, mas contou com uma adaptação da CVM para se adequar ao setor que possui suas particularidades. A fonte de retorno por exemplo assim como nos FIIs, é através do ganho de capital através da valorização e/ou na renda oriunda dos dividendos, que diferente dos FIIs, os FIAgros possuem políticas próprias de distribuição de acordo com a definição do gestor.
Entre os benefícios dos FIAgros estão: a diversificação setorial, com acesso a diferentes segmentos do agronegócio, benefício fiscal com isenção de IR sobre os rendimentos para pessoas físicas, liquidez para cotas negociadas no mercado secundário, acessibilidade com baixo valor de entrada para compra desses títulos e a renda, com a distribuição de rendimentos.
Apesar de ser uma estrutura recente, dados do Raio X da Industria de FIAgros no Brasil mostrou que desde o primeiro IPO em março de 2021, já foram lançados 23 fundos que juntos somam mais de R$ 3,5 bilhões de reais, mostrando o rápido crescimento dessa indústria.
O agro na Riza Asset
Fundada em 2020 e contando com cerca de R$ 10,7 bilhões sob gestão, a Riza Asset se trata de uma gestora de ativos alternativos que tem como foco principal a gestão de operações estruturadas no mercado de Renda Fixa e Crédito. Atualmente a Riza possui 10 núcleos de gestão: Alocação, Renda Fixa, Direct Lending, Securitização, Venture Debt, Venture Builder, Real Estate, Special Situations, Renda Variável e Agronegócio.
Em um dos seus pilares, além da busca por otimização do mercado de crédito, a Riza também procura facilitar o acesso a oportunidades que antes eram restritas a grandes investidores e instituições financeiras.
O núcleo de agronegócio foco deste relatório, conta com cerca de R$ 1.7 bilhões sob gestão, e busca gerar retornos através das operações de financiamento à cadeia do agronegócio, especialmente em áreas, culturas, produtores e empresas que já são estabelecidas e que apresentam a descorrelação como característica principal.
Em relação à composição do núcleo de agronegócio, esta possui 8 pessoas no total, 1 responsável pela gestão, 5 profissionais de estruturação, originação e análise de crédito e 2 advogadas. um resumo do histórico profissional e atuação de cada um dos componentes da célula de gestão:
Paulo Mesquita
Paulo iniciou sua carreira na CitroSuco em 2011. Entre 2012 e 2016, atuou como Gerente de Relacionamento do segmento Corporate no Banco Pan e no Banco BBM (BOCOM), onde foi responsável pela originação de ativos de crédito e derivativos junto aos grandes players do mercado Sucroalcooleiro, Revendas Agrícolas e Produtores Rurais em todo o território nacional. A partir de 2016 no Itaú BBA, foi o Gerente de Relacionamento Agro responsável pela originação da carteira de crédito de agronegócios nas regiões Norte, Nordeste e, posteriormente, já como Gerente Regional, pela formação e gerenciamento da equipe comercial. Sendo o gestor responsável pelo núcleo, Paulo ingressou na Riza Asset Management em fevereiro de 2020.
Gustavo Germano
Trabalhou na área de Financial Risk Management da Bunge, realizando operações com derivativos em 2015. Posteriormente, atuou também como gestor comercial na originação de grãos no Paraná e nas mesas trading de milho, óleo de soja e biodiesel em São Paulo. Em 2019 foi Gerente de Relacionamento Agro do Itaú BBA, com foco no gerenciamento do portfólio de crédito para grandes produtores rurais na região Norte e Nordeste. Ingressou na Riza Asset Management em abril de 2020.
Gabriel Machado
Trabalhou na Bunge, multinacional do agronegócio, em 2017 onde foi responsável pela gestão comercial de clientes do agronegócio em GO, MG, BA, SP, ES e RJ e, posteriormente atuou também como gestor de contas Key Accounts (BRF e JBS) em São Paulo. Em 2018 atuou como Gerente de relacionamento corporate no Banco BOCOM BBM e em 2019, exerceu a função de Gerente de Relacionamento Agro no Itaú BBA atendendo grandes produtores rurais na região Centro-Oeste. Ingressou na Riza Asset Management em abril de 2020.
Maria Amarante
Maria Carolina Amarante iniciou sua carreira em 2017 onde trabalhou no Luchesi Advogados de 2017 a 2020, escritório de advocacia especializado em agronegócio. Atuou como responsável pela gestão dos clientes Syngenta, com foco na carteira de distribuidores do Cerrado, venda indireta, de grandes clientes de agronegócio dos estados de Mato Grosso, Maranhão, Piauí e Tocantins, em relação a análise jurídica das documentações das operações de Barter, garantias reais e pessoais. Ingressou na Riza Asset Management em dezembro de 2020.
Thiago Gabriel
Iniciou sua carreira em 2015 como estagiário no Itaú BBA da Mesa de Ativos/Derivativos Large e Coporate, na sequência realizou o programa de Trainee rotacionando por várias áreas da instituição. Em 2016 trabalhou no Santarder como Gerente de Relacionamento Agro no estado de São Paulo e, após, em 2017 voltou ao ItauBBA para a estrutura de Produtores Rurais como Officer Agro, focado nas regiões Norte e Nordeste. Posteriormente atuou como Gerente Regional Agro responsável pela formação da equipe comercial e pelo gerenciamento de crédito da carteira. Ingressou na Riza Asset Management em março de 2021
Laís Ribes
Láis Ribes iniciou sua carreira em fevereiro de 2014 como estagiária no Banco Rabobank Brasil na área comercial de Rural Banking. Em março de 2016 migrou para a área comercial do Itaú BBA atuando como estagiária na recém-criada Diretoria de Agronegócios. Em julho de 2017 iniciou como analista de crédito no Itaú BBA especializada no setor do agronegócio onde atuou por quase 4 anos. Ingressou na Riza Asset Management em março de 2021
Ethel Daltrozo
Iniciou sua carreira em 2017, como trainee no Demarest Advogados, onde atuou nas áreas de contencioso trabalhista e criminal empresarial. De 2019 a 2020, foi estagiária na área de Direito Bancário e Financeiro no Tauil e Chequer Advogados associado a Mayer Brown. Na sequência, de 2020 a 2021, foi estagiária na Jive Investments na área de Asset, atuando com investigação patrimonial para recuperação de crédito. Ingressou na Riza Asset Management em agosto de 2021.
Rodrigo Mena
Iniciou sua carreira na área no Banco BTG Pactual em 2013. Entre 2016 e 2018, atuou como Sales Trader no Banco BR Partners sendo responsável pela originação derivativos em todo o território nacional. A partir de 2018 na XP Investimentos, foi responsável pela cobertura do setor de Financials no Investment Banking assessorando diversos bancos, fintechs, seguradoras e empresas de meios de pagamentos em transações de DCM, M&A e ECM. Ingressou na Riza Asset Management em outubro de 2021.
Alocação e Processo de Investimento
Entre os instrumentos de alocação utilizados estão os títulos de crédito do agronegócio, já mencionados anteriormente neste relatório: Cédulas do Produtor Rural (CPR), Certificados de Direitos creditórios do Agronegócio (CDCA), Certificado de Depósito Agropecuário e Warrant Agropecuário (CDA-WA), Nota de Crédito à Exportação (NCE) e Cédula Imobiliária Rural (CIR), todos estes possuem garantias reais atreladas. Além dos investimentos mais tradicionais do mercado de crédito como CRAs, FIDCs e CDBs, estes vinculados a carteiras pulverizadas.
A Riza também foi responsável pelo primeiro fundo imobiliário de terras agrícolas listado na B3 (RZTR11), e pelo lançamento do primeiro FIAgro (RAZG11). Os fundos possuem como pilar principal operações em crédito, e dentro das soluções de investimentos do núcleo estão as estratégias de (i) empréstimo para gestão do endividamento, (ii) empréstimos para investimentos, (iii) empréstimos para financiamento e por último, (iv) aquisição de terras agrícolas.
Um diferencial da gestora neste segmento pode ser encontrado na experiência profissional do gestor e analistas que trabalham no núcleo, que apresentam anos de experiência no agronegócio. Além disso, o relacionamento próximo com os principais players do mercado, emprego de tecnologia nas análises das operações e a busca pela customização de solução também são características relevantes da Riza Asset em sua atuação neste segmento.
O agro na XP Asset
Fundada em 2006, a XP Asset braço de gestão de recursos da XP, oferece um amplo portfólio de estratégias. São mais de R$138 bilhões em ativos sob gestão e mais de 143 profissionais de investimentos segmentados em diversas plataformas. Segmentada em 11 diferentes núcleos, a célula responsável pela gestão dos fundos do setor Imobiliário e Agronegócio é responsável pela gestão de R$10,8 bilhões.
Em relação à composição do núcleo de agronegócio, esta possui 5 pessoas no total, olhando para a gestão, originação, estrutura jurídica e crédito. Abaixo um resumo do histórico profissional e atuação de cada um dos componentes da célula de gestão:
André Masetti
Sócio da XP Inc possui mais de 15 anos de experiência no mercado financeiro, imobiliário e Agronegócio. Anteriormente, foi associado da RB Capital Asset Management por 4 anos e trabalhou no family office do Grupo Ambev e Deloitte. Formado em Contabilidade (PUC SP), tem o certificado de gestão financeira (CFM Certificate in Financial Management) pelo Insper e possui a Certificação de Gestores da Anbima (CGA).
Gustavo Almeida
Possui mais de 13 anos de experiência no mercado financeiro, sendo 10 dedicados ao agronegócio, tanto em análise de crédito para o setor quanto relacionamento comercial. Iniciou a carreira no Unibanco tendo passagens pelo Itaú, Banco Fibra, HSBC e os últimos 5 anos no Rabobank, onde gerenciou grandes contas de produtores rurais em todo Brasil. Formado em Administração de Empresas pelo IBMEC MG com pós-graduação em agronegócios pela ESALQ USP.
Evandro Santos
Sócio da XP Inc com mais de 9 anos de experiência no mercado financeiro. Iniciou sua carreira na área de Modelagem e Precificação do Banco BTG Pactual. Foi Associate da Captalys Companhia de Investimentos na área de Análise de Crédito para pequenas e médias empresas. Ingressou na XP Investimentos em 2017 inicialmente responsável pela modelagem e precificação dos ativos das mesas de trading de Renda Fixa e Crédito Privado. É formado em Engenharia Eletrônica pelo Instituto Militar de Engenharia (IME RJ) e possui a Certificação de Gestores da Anbima. Atualmente cursa o MBA em Agronegócios pela ESALQ USP.
Rafael Bincoletto
Com formação acadêmica e profissional focada no agronegócio, iniciou sua carreira na Bayer S/A na área de Digital Farming Foi Analista na área de Análise de Crédito do Itaú BBA no setor agro. Ingressou na XP Investimentos em 2020 agregando no time de Fundos de Renda fixa e estruturados com foco no Agronegócio. É formado em Engenharia Agronômica pela ESALQ USP.
Gabriel Tosini
Iniciou sua carreira na Itaú Asset Management Posteriormente migrou para o setor agro, atuando na área de Pesquisa Setorial e de Crédito do Itaú BBA, com foco no setor. Com o então recém-criado Projeto Agro no banco, atuou desde o início do mesmo como analista de crédito especializado nos segmentos de Produtores Rurais e Agroindústria. É formado pela Universidade Federal do ABC em Ciências Humanas e Economia Atualmente cursa o MBA em Agronegócios pela ESALQ USP.
Alocação e Processo de Investimento
Em seu processo de investimentos, a XP Asset possui 6 pilares principais: (i) originação de oportunidades, (ii) análise de crédito, (iii) negociação de investidas, (iv) due diligence, (v) comitê de investimentos, até chegar na (vi) aquisição.
Sem restrição direta de setores, a XP Asset tem em seu processo de originação um diferencial relevante, já que pode aproveitar a capilaridade do ecossistema XP para originar negócios. Além disso, dentro de um fluxo de originação ativa, o gestor conta com a flexibilidade de negociar taxas, possibilitando a maximização de spreads nas operações. A utilização do mercado secundário também é um diferencial positivo de gestão, já que a partir da originação, o time poderá monitorar futuros upsides que possibilitam a saída antecipada da operação, gerando assim retornos positivos para a carteira.
Em sua gestão de risco, a XP Asset busca dentro dos fundos disponibilizados a diversificação. Entre os FIAgros listados atualmente, o XPCA11 é o que tem maior nível de pulverização dentro do seu portfólio. O comitê de investimentos é composto por integrantes da XP Vista, e busca aprovações com unanimidade.
Dentro das estruturas disponíveis pela XP Asset, existe a busca pela acessibilidade, com tickets acessíveis para investimentos no setor do agronegócio, gestão profissional com um time experiente no setor, e liquidez com a possibilidade de negociação no mercado secundário.
O agro na sua carteira
Entender que o agronegócio oferece um verdadeiro oceano de possibilidades, também permite ter noção da sua complexidade e da importância de uma gestão experiente olhando para os riscos das investidas. O crédito rural por exemplo, demanda uma análise assertiva, que leve em consideração todas as particularidades da operação. Além disso, a grande sensibilidade dos ativos em relação ao cenário macroeconômico demanda atenção.
Do ponto de vista macro, o agronegócio dentro de toda sua cadeia de atuação oferece diversificação setorial, demanda investimentos em tecnologia para melhor aproveitamento de recursos, além de ser um grande motor econômico com sua representatividade na balança comercial do Brasil. Se tratando de um setor importante para todo o mundo, a resiliência em períodos de crises é uma vantagem significativa a ser considerada na composição de um portfólio de investimentos.
Além das vantagens apresentadas do setor, devemos considerar também a forma com que podemos ter acesso a esse mercado em nossa carteira. Por meio dos veículos FIAgros-FI, a pessoa física tem: (i) o benefício fiscal nos rendimentos, (ii) liquidez com cotas negociadas na B3 no mercado secundário, (iii) acessibilidade com baixo valor para acesso ao setor, (iv) acesso a diferentes setores do agronegócio, (v) time de gestão experiente no setor de crédito focado ao agronegócio, (vi) não precisar atuar em todo o conjunto de tarefas ligadas à administração de um imóvel rural como: busca dos imóveis rurais, trâmites de compra e venda, manutenção, impostos etc.
Sendo assim, consideramos que contratar uma gestora especializada é essencial para começar a investir no setor e sem dúvidas via um FIAgros-FI, principalmente para investidores que não são considerados profissionais e pretendem investir uma parcela da sua carteira nesse segmento tão representativo e resiliente da economia brasileira.