IBOVESPA +1,5% | 110.236 Pontos
CÂMBIO -0,6% | 5,09/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
A inflação ao consumidor dos EUA surpreendeu para baixo em julho. No Brasil, vendas no varejo dão sinais de que a demanda doméstica está enfraquecendo
Brasil
O principal índice da bolsa brasileira encerrou o pregão desta quarta-feira (10) no positivo, aos 110.236 pontos, em seu melhor patamar desde o início de junho, com uma alta de 1,5% essa é a sétima alta consecutiva do índice. Enquanto o dólar caiu 0,6% frente ao real, encerrando o pregão aos R$ 5,09. Os juros futuros chegaram ao fim do dia de ontem em leve queda. O movimento de realização parcial de lucros que ontem puxava as taxas para cima foi engolido pelo impacto do índice de preços ao consumidor (CPI, em inglês) nos Estados Unidos abaixo do consenso, que ampliou as apostas numa atuação mais moderada do Fed. Como, ao mesmo tempo, o mercado vai consolidando a expectativa de Selic estável a partir de agora e já provisionando o início dos cortes a partir do primeiro semestre de 2023, houve conforto para a retomada de risco. As vendas no varejo pouco piores do que a mediana das estimativas deram alguma contribuição para o recuo. DI jan/23 fechou em 13,72%; DI jan/24 em 12,95%; DI jan/25 em 11,89%; DI jan/27 encerrou em 11,715%; e DI jan/29 em 11,93%.
Mundo
Bolsas internacionais amanhecem sem movimentos expressivos (EUA +0,3% e Europa 0%) enquanto investidores calibram suas projeções relacionadas ao futuro do aperto monetário nos EUA, após dados da inflação ao consumidor virem abaixo das expectativas. O acumulado anual do CPI americano registrou 8,5% vs. 8,7% das expectativas nesta quarta-feira, sugerindo que a inflação pode ter alcançado o topo e o Federal Reserve talvez não precise adotar uma postura mais contracionista. Contudo, após o resultado membros do Fed (Charles Evans e Neel Kashkari) pontuaram que ainda não é razoável esperar que as altas na taxa de juros irão desacelerar enquanto a inflação segue bem acima da meta de 2%. Na China, o índice de Hang Seng (+2,4%) encerrou em forte alta, acompanhando os pares globais. Além disso, as vendas de automóveis aumentaram 30% ano contra ano, indicando que a economia segue em tendência de recuperação com a redução das restrições contra a Covid-19.
Economia EUA
A inflação ao consumidor nos EUA (CPI) ficou em 0,0% em julho, abaixo das expectativas do mercado (consenso: 0,2%; XPI: 0,1%). Em 12 meses, a inflação recuou de 9,1% em junho para 8,5% em julho, mostrando algum alívio, embora permaneça em níveis historicamente muito elevados. Importante, o núcleo da inflação de serviços permaneceu praticamente inalterado em 5,5% em 12 meses, mostrando alívio para os custos de alojamento e transporte. Mantemos nosso cenário de que o Fed irá desacelerar seu ritmo de alta de juros e entregar 0,50pp em setembro, seguido por 0,25pp em novembro, atingindo as taxas de juros terminais de 3,25%. O mercado de ações subiu e os juros dos títulos do Tesouro americano caíram após a inflação abaixo do esperado.
Economia Brasil
No Brasil, as vendas no varejo excluindo automóveis e materiais de construção recuaram 1,4% MoM em junho, a segunda queda consecutiva após uma sequência firme de quatro altas nos meses anteriores. A queda mensal nas vendas no varejo foi generalizada. Nove entre dez categorias pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) apresentaram resultados negativos na comparação mensal, embora apenas três tenham recuado na comparação trimestral. O resultado está em linha com nossa projeção de crescimento do PIB de 2,2% este ano, e 0,5% em 2023. O balanço de riscos para este ano ainda é de alta, respaldado pelas supresas positivas nos últimos números do mercado de trabalho.
Mercado em Gráfico

As ações dos EUA encerraram uma forte alta nessa quarta-feira (10) depois do dado de inflação nos EUA melhor do que esperado. Destaque para o índice Nasdaq que voltou a entrar em território de bull market – que marca uma alta de 20% ou mais em relação a última baixa – encerrando o mais longo período de baixa do índice desde a crise financeira. O fator impulsionador foi o relatório de inflação ao consumidor, também conhecido como CPI, abaixo do esperado pelo mercado. A inflação cheia veio em 8,5% no acumulado de 12 meses, uma taxa menor do que os 9,1% em junho e os 8,7% esperados pelo mercado. Já a inflação núcleo também veio abaixo das estimativas em 5,9%. A queda nos preços impulsionou os investidores a esperar que o Federal Reserve possa moderar o ritmo de aumento da taxa de juros nas próximas reuniões. Com isso, o índice Nasdaq subiu 2,9%, enquanto o Dow Jones subiu 1,6% e o S&P 500, 2,1%, também com a melhora do sentimento para o investidor após os dados de inflação.
Veja todos os detalhes
Agenda de Resultados
Movida (MOVI3): Após o fechamento
Jalles Machado (JALL3): Após o fechamento
JBS (JBSS3): Após o fechamento
Raízen (RAIZ4): Após o fechamento
Enauta (ENAT3): Após o fechamento
Bemobi (BMOB3): Após o fechamento
Banco do Estado do Rio Grande do Sul (BRSR6): Após o fechamento
EzTec Empreendimentos e Parti (EZTC3) : Após o fechamento
Bradespar (BRAP4): Antes da abertura
Rede D’or (RDOR3): Após o fechamento
Azul (AZUL4): Antes da abertura
Via (VIIA3): Após o fechamento
Multilaser (MLAS3): Após o fechamento
Hidrovias Brasil (HBSA3): Após o fechamento
Aeris Industria (AERI3): Após o fechamento
Simpar (SIMH3): Após o fechamento
JHSF (JHSF3): Após o fechamento
Hapvida (HAPV3): Após o fechamento
Br malls (BRML3): Após o fechamento
Cogna (COGN3): Após o fechamento
Trisul (TRIS3): Após o fechamento
Cyrela (CYRE3): Após o fechamento
Cia de Energy and utilities Basico do Es (SBSP3): Após o fechamento
CCR (CCRO3): Após o fechamento
Rumo (RAIL3): Após o fechamento
Magazine Luiza (MGLU3): Após o fechamento
Natura & CO (NTCO3): Após o fechamento
CPFL Energia (CPFE3): Após o fechamento
Energisa (ENGI3): Após o fechamento
Enjoei.com.br (ENJU3): Após o fechamento
Plano & Plano (PLPL3): Após o fechamento
Arezzo Industria e Comercio SA (ARZZ3): Após o fechamento
Economia
A inflação ao consumidor dos EUA surpreendeu para baixo em julho. No Brasil, vendas no varejo dão sinais de que a demanda doméstica está enfraquecendo
- A inflação ao consumidor nos EUA (CPI) ficou em 0,0% em julho, abaixo das expectativas do mercado (consenso: 0,2%; XPI: 0,1%). Em 12 meses, a inflação recuou de 9,1% em junho para 8,5% em julho, mostrando algum alívio, embora permaneça em níveis historicamente muito elevados. Importante, o núcleo da inflação de serviços permaneceu praticamente inalterado em 5,5% em 12 meses, mostrando alívio para os custos de alojamento e transporte. Mantemos nosso cenário de que o Fed irá desacelerar seu ritmo de alta de juros e entregar 0,50pp em setembro, seguido por 0,25pp em novembro, atingindo as taxas de juros terminais de 3,25%. O mercado de ações subiu e os juros dos títulos do Tesouro americano caíram após a inflação abaixo do esperado;
- Apesar da inflação mais baixa, as declarações públicas dos membros do Fed permanecem duras. O presidente do Fed de Minneapolis, Neel Kashkari, disse que não é realista esperar que o Fed comece a afrouxar a política monetária no próximo ano, conforme precificado nos mercados futuros. O presidente do Fed de Chicago, Charles Evans, disse que a inflação continua “inaceitavelmente alta” e que o Fed “precisará aumentar as taxas no resto deste ano e no próximo”. A presidente do Fed de São Francisco, Mary Daly, disse que é muito cedo para “declarar vitória” na luta contra a inflação, acrescentando que não descarta um terceiro aumento de 0,75pp em setembro;
- A Agência Internacional de Energia disse que o aumento do uso de petróleo para geração de energia na Europa e no Oriente Médio manterá a demanda de petróleo alta pelo resto do ano, o que pressionará os preços. Os preços do petróleo “crude” estão em alta esta manhã, aproximando-se mais uma vez de 100 dólares por barril;
- No Brasil, as vendas no varejo excluindo automóveis e materiais de construção recuaram 1,4% MoM em junho, a segunda queda consecutiva após uma sequência firme de quatro altas nos meses anteriores. A queda mensal nas vendas no varejo foi generalizada. Nove entre dez categorias pesquisadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas) apresentaram resultados negativos na comparação mensal, embora apenas três tenham recuado na comparação trimestral. O resultado está em linha com nossa projeção de crescimento do PIB de 2,2% este ano, e 0,5% em 2023. O balanço de riscos para este ano ainda é de alta, respaldado pelas supresas positivas nos últimos números do mercado de trabalho.
Empresas
3R (RRRP3): Resultados Financeiros do 2T22
- A 3R reportou outro conjunto de bons resultados operacionais, no geral em linha com nossas estimativas;
- A Receita Líquida atingiu R$ 400 milhões (+7% T/T, +161% A/A), em linha com nossa projeção. O EBITDA ajustado foi de R$ 206 milhões (+4% T/T, +131% A/A), e superou nossas estimativas em +6%, mas ficou -7% abaixo do consenso (margem consolidada de 52%). A principal razão para a diferença frente a nossa projeção foi a margem EBITDA melhor do que o esperado para o cluster de Macau (principalmente explicada por royalties mais baixos);
- Apesar dos problemas em torno da medição da produção de Macau, o custo de extração reportado para o cluster foi mantido sob controle (US$ 8,4/boe), enquanto outros clusters ainda estão em períodos iniciais de operação e a gestão de ativos é marcada por custos operacionais mais elevados ( ~US$ 20/boe);
- As ações da 3R estão sob muita pressão recentemente, e vemos parte do ceticismo dos investidores sobre a empresa como uma reação exagerada. A empresa acaba de anunciar o fechamento das aquisições dos cluster Fazenda Belém e Peroá, uma emissão de dívida de US$ 500 milhões (após o 2T22) e a empresa está em fase final para concluir as aquisições restantes. Negociando a 5,6x EV/2P (2º menor para as Jrs de O&G da América Latina), vemos um valuation assimétrico e mantemos nossa recomendação de Compra (preço alvo de R$ 76,70/ação);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
MRV (MRVE3) – Resultados do 2T22: Resultados fracos prejudicados pela compressão da margem bruta e equity swap
- A MRV apresentou resultados fracos no 2T22, em nossa visão, impactados pela receita líquida atingindo R$ 1,6 bilhão (-11,8% A/A e -4,4% T/T), abaixo de nossas estimativas (-9,5% vs. XPe). Além disso, a margem bruta atingiu níveis abaixo do esperado de 19,4% (-6,0 p.p. A/A e -0,4 p.p. T/T), prejudicada por custos sob pressão, apesar do aumento razoável do preço médio por unidade no trimestre;
- A margem bruta do core business da MRV (Operações Brasil) atingiu 18,9% (-6,0 p.p. A/A e -0,4 p.p T/T), impactada negativamente por custos sob pressão, apesar do aumento do preço médio por unidade nas operações brasileiras (+11,5% A/A). Com isso, o lucro líquido ficou em R$ 58 milhões (-71,4% A/A e -18,6% T/T), abaixo de nossas estimativas de R$ 84 milhões, também afetado por (i) operações de equity swap, levando a um resultado negativo de R$ 136 milhões; e (ii) maiores taxas de juros no trimestre;
- A MRV&Co registrou uma geração de caixa de R$ 343 milhões vs. um consumo de caixa de R$ 817 milhões no 1T22, impulsionado pelas vendas de projetos de Resia e da Luggo, levando a um efeito positivo de R$ 449 milhões no trimestre. Como resultado, a alavancagem (dívida líquida/patrimônio líquido) melhorou, chegando a 41,1% (-8,2 p.p. T/T);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Vitrine XP – Resultados do 2T22: C&A Brasil, d1000, Grupo Soma, Panvel e Petz divulgam seus resultados do 2T22
- Nós tivemos cinco empresas reportando seus resultados do 2T22 ontem (10);
- O Grupo Soma foi o principal destaque, com EBITDA ~20% acima das nossas estimativas frente à melhora da margem bruta e alavancagem operacional, embora as farmácias (Panvel e d1000) também tenham apresentado resultados sólidos, com forte desempenho de SSS e expansão de margem dado o melhor mix de produtos e alavancagem operacional. A C&A também foi uma surpresa positiva, com uma recuperação mais forte do que o esperado tanto em faturamento quanto em rentabilidade, enquanto a Petz apresentou resultados em linha, com sólido crescimento do faturamento e ventos contrários de curto prazo;
- Clique nos links a seguir para acessar os relatórios de cada uma das companhias: C&A, d1000, Soma, Panvel e PETZ.
Iochpe-Maxion (MYPK3) Resultados 2T22: Níveis fortes de ROIC impulsionados pelo desempenho robusto e contínuo de receita
- A Iochpe-Maxion apresentou resultados neutros no 2T22, com EBITDA recorrente de R$ 495 milhões +22% A/A e -13% QoQ (-6% vs. nossas estimativas);
- Embora a contração da margem sequencial (11,8% no 2T22 vs. 12,7% no 2T21 e 13,3% no 1T22) tenha impedido um desempenho mais forte do EBITDA, vemos uma combinação positiva de (i) margem EBITDA de 11,8% permanecendo em níveis sólidos (acima do histórico da Iochpe de ~11,0%) e (ii) desempenho robusto de receita (+32% A/A e -2% T/T, ainda prejudicado pela escassez de componentes na indústria automobilística) levando a (iii) um forte patamar de ROIC (retorno sobre o capital investido nos últimos doze meses) de 10,2%, próximo do pico dos últimos dez anos da empresa, de 10,3%, segundo nossos cálculos;
- Além disso, vemos a alavancagem da empresa (dívida líquida/EBITDA ajustado) em um nível controlado de 2,4x (estável vs. 1T22 e melhorando vs. 3,1x no 2T21);
- Reiteramos nossa recomendação de Compra para a Iochpe-Maxion;
- Clique aqui para ler o relatório completo.
Fras-le (FRAS3) – 2T22: Estratégia de Precificação Bem-sucedida Impulsiona Melhor Rentabilidade; Positivo
- A Fras-le apresentou bons resultados no 2T22, com EBITDA ajustado de R$ 125 milhões ligeiramente acima da nossa estimativa (+24% A/A e +18% T/T);
- No geral, os resultados da Fras-le no 2T22 refletem uma forte combinação de:
- (i) receita líquida com expansão de 32-28% A/A nos mercados interno e externo (receita consolidada +31% A/A), o que reforça a resiliência do segmento de reposições (~87% do faturamento da empresa); e
- (ii) rentabilidade, com margem EBITDA ajustada melhorando sequencialmente para um nível sólido de 16,0% (+0,9 p.p. T/T) em meio a um cenário de inflação desafiador, indicando a capacidade da empresa de repassar adequadamente os aumentos de custos (embora ainda menor em relação à margem EBITDA do 2T21 de 16,9%);
- Em suma, reiteramos nossa recomendação Neutra para a Fras-le em função da liquidez das ações;
- Clique aqui para acessar nosso relatório completo.
Mater Dei (MATD3) – 2T22: Resultados neutros, em linha com nossas estimativas
- A Mater Dei apresentou resultados neutros no 2T22, com lucro líquido ajustado de R$62M (12% acima da nossa estimativa);
- A receita líquida aumentou em grande parte devido às aquisições nos últimos 12 meses, embora em detrimento do ticket médio;
- A margem EBITDA aumentou 2,3 p.p. A/A com eficiências relacionadas a materiais e medicamentos;
- O lucro líquido foi pressionado por uma alavancagem de 4,4x.
- Mantemos nossa visão positiva em relação às ações, baseada nos fundamentos de crescimento e rentabilidade da companhia;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Santos Brasil (STBP3) – 2T22: EBITDA Forte (6% acima do consenso) Apesar de Desafios de Volume; Positivo
- Em linha com nossas expectativas positivas (destacadas em nosso relatório de prévia de resultados), a Santos Brasil apresentou bons resultados no 2T22, com EBITDA de R$ 213 milhões (6% acima do consenso e recorde da empresa);
- Apesar de um cenário de volume desafiador (contêineres movimentados +1% A/A com os lockdowns da China e armazenagem portuária -17% A/A frente a um mix de importação/exportação desfavorável), a STBP apresentou um forte desempenho financeiro (receita e EBITDA +32-45% A/A, respectivamente) impulsionado pela dinâmica positiva de preços (principalmente para o Tecon Santos);
- Reiteramos nossa recomendação de Compra para a Santos Brasil com base em
- (i) melhoria do momento com a retomada dos volumes (vemos julho como um ponto de inflexão);
- (ii) cenário positivo de oferta/demanda e
- (iii) valuation atrativo (~6,5x EV/ EBITDA para 2023e).
- Clique aqui para acessar nosso relatório completo.
Equatorial (EQTL3): Resultados em linha no 2T22 e um ótimo desempenho operacional no período
- A Equatorial reportou seus resultados do 2T22 em linha com nossas estimativas;
- O PMSO se manteve controlado e o acréscimo de receita deveu-se principalmente à consolidação de ativos recém-adquiridos, com exceção da concessão do Pará, cujas tarifas aumentaram;
- O destaque do trimestre se configura na diminuição das perdas e crescimento do mercado;
- Mantemos nossa recomendação de Compra para Equatorial com preço-alvo de R$31/ação;
- Acesse aqui o relatório completo.
Taesa (TAEE11): Resultados sólidos no 2T22, sem surpresas
- Temos uma avaliação neutra do resultado da Taesa no 2T22, que ficou em linha com nossas expectativas;
- A melhora na comparação anual pode ser explicada pelo reajuste inflacionário do ciclo RAP 2021-2022 (37,04% no IGP-M e 8,06% no IPCA) e pela entrada em operação de Janaúba, Sant’Ana (parcial), ESTE e Aimorés;
- Por outro lado, os custos gerenciáveis (PMSO) atingiram R$ 95,2 milhões, +7% acima da nossa estimativa e +33,5% em relação ao mesmo período do ano passado;
- Dito isso, não vislumbramos nenhum gatilho de crescimento no curto prazo e mantemos nossa recomendação Neutra para TAESA, com preço alvo de R$ 35/ação;
- Acesse aqui o relatório completo.
Lavvi (LAVV3) – Resultados do 2T22: Sólida geração de caixa compensada pela compressão da margem bruta
- A Lavvi apresentou resultados neutros, em nossa visão, no 2T22. A receita líquida atingiu R$ 180 milhões, prejudicada por uma comparação mais difícil vs. 2T21 (-31% A/A), devido ao lançamento de Villa Versace, mas com forte crescimento vs. 1T22 (+80% T/T). Além disso, a margem bruta caiu para 29.6% (-12.6 p.p. A/A e -4.6 p.p. T/T). Com isso, o lucro líquido foi de R$ 34 milhões (-63% A/A e +60% T/T), acima da nossa estimativa de R$ 29 milhões;
- A empresa registrou uma geração de caixa ajustada de R$ 96 milhões vs. R$ 68 milhões no 1T22, principalmente devido às antecipações mais rápidas do que o esperado da carteira de recebíveis e dos novos lançamentos (Verdant Parque Resort e Green View), que resultaram em distratos menores de 2% das vendas brutas vs. 3% no 1T22. Com isso, a Lavvi conseguiu distribuir R$ 60 milhões em dividendos e R$ 33 milhões via programa de recompra, mantendo uma robusta posição de caixa líquido de R$ 629 milhões;
- Do lado negativo, a margem bruta atingiu 29,6% (-12,6 p.p A/A e -4,6 p.p. T/T), abaixo das nossas estimativas (-0,6 p.p. vs. XPe), explicada por (i) custos sob pressão; (ii) mix de receita com projetos com menor margem bruta; e (iii) maior nível de antecipações, implicando em menor VGV de vendas. Além disso, as despesas com vendas aumentaram para 11,5% da receita líquida (+6,3 p.p. A/A e +1,1 p.p. T/T), devido a maiores gastos com estandes com o lançamento de dois projetos no trimestre;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Kora Saúde (KRSA3) – 2T22: Resultados sem brilho, mostrando alguns desafios pela frente
- A Kora Saúde (KRSA3) apresentou resultados sem brilho no 2T22, com lucro líquido ajustado de R$30M (91% acima da nossa estimativa);
- Apesar de apresentar um forte aumento de receita – sustentado por diversas aquisições –, o ticket médio diminuiu no comparativo trimestral parcialmente devido ao aumento das glosas;
- A margem EBITDA ajustada foi prejudicada pelas recentes aquisições;
- A alavancagem financeira de 6,4x pressionou ainda mais o lucro líquido.
- Independentemente do lucro líquido ter sido acima do esperado, consideramos os resultados negativos, mas mantemos a nossa visão positiva em relação à ação pelo seu múltiplo atual (6,4x 2023E P/L);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
BRF (BRFS3): resultados positivos no 2T22, porém dúbios
- A BRF apresentou uma sólida melhora no 2T22 ajudada pela base comparativa mais fraca do 1T22, mas também crescendo no faturamento e no EBITDA vs. 2T21, o que ajuda na percepção de estar de volta aos trilhos;
- No entanto, as margens do setor vêm melhorando constantemente desde março, com preços mais baixos da ração (milho e farelo de soja) e preços mais altos da carne de frango devido à gripe aviária nos EUA e na EU, portanto, apesar do EBITDA aj. acima do esperado, vemos a estratégia de “ajuste na cadeia produtiva e no equilíbrio dos estoques” do 1T22 deixando um retrogosto amargo, apesar do claro benefício do viés retrospectivo;
- Vemos a Ásia ainda defasada, embora em linha com nossa projeção, enquanto o Brasil e as Exportações Diretas ficaram aquém, provavelmente pelo ponto já mencionado, embora apreciemos o forte desempenho do Halal DDP;
- Apesar do medo crescente de recessão, os principais fatores de sustentação dos resultados devem continuar, por isso estamos cada vez mais otimistas com as perspectivas de médio prazo da BRF, mas um processo de transformação da empresa (turnaround) costuma ser muito mais profundo e demora mais do que parece à primeira vista, por isso reiteramos nossa recomendação Neutra;
- Clique aqui para acessar nosso relatório completo.
Positivo (POSI3): Diversificação levando a novos recordes no 2T22
- A Positivo reportou resultados sólidos no segundo trimestre, superando nossas estimativas de receita e EBITDA;
- A empresa continua se beneficiando de sua maior diversificação, compensando a desaceleração do segmento de varejo. A Receita Líquida ficou 32% acima das nossas estimativas, apresentando um forte crescimento de 108% A/A. A empresa reportou um sólido crescimento de EBITDA de 82% A/A, +30% acima das nossas estimativas. Além disso, a Positivo aumentou seu guidance de receita bruta para R$ 5,5-6,5 bilhões (acima de nossa estimativa de R$ 5,2 bilhões);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Banrisul (BRSR6): Resultados fracos do 2T22 baixam o guidance
- Vemos o resultado do 2T22 de Banrisul como fraco devido a: i) menor Margem Financeira (NII), apesar de parcialmente compensado por provisões para créditos de liquidação duvidosa; ii) maiores Outras Receitas e Despesas Ajustadas (despesa maior);
- Carteira de Crédito Total cresceu 21,7% A/A, atingindo R$ 44,6 bilhões, uma aceleração em relação ao 1T22, mas ainda abaixo do intervalo do guidance para 2022 (24-29%);
- NII caiu e ficou em R$ 1,1 bilhão, -10,1% A/A, refletindo o aumento das despesas de juros, que tiveram um volume superior ao aumento das receitas de juros;
- Despesas com PDD atingiram R$ 202,3 milhões (-17,9% T/T e -7,1% A/A);
- Como resultado, seu lucro líquido atingiu R$ 164,1 milhões, uma queda de 19,2% A/A;
- Além dos número fracos, o Banrisul também revisou para baixo o guidance para 2022;
- Antecipamos uma reação negativa para a ação e reiteramos nossa visão positiva para a ação (Recomendação de compra, Preço-alvo de R$ 19,00);
- Clique aqui para acessar o conteúdo completo.
GPA (PCAR3): Empresa está conduzindo estudos preliminaries sobre uma potencial segregação do Grupo Éxito
- De acordo com notícias (link), o GPA está analisando o possível desinvestimento do Grupo Éxito nos próximos dois anos, com a separação dos negócios (spin-off) e uma relistagem como uma possibilidade;
- Dessa forma, a companhia publicou um fato relevante comunicando que está sempre avaliando projetos estratégicos para criação de valor aos seus acionistas, com uma possível separação do Grupo Éxito estando dentre eles. Além disso, a companhia destacou que essa decisão depende da conclusão desses estudos assim como da obtenção das aprovações necessárias;
- Conforme destacamos na nossa última atualização (link), nós vemos a companhia como inclinada para separar as duas operações (GPA Brasil e Grupo Éxito), com quatro alternativas para fazê-lo, em nossa opinião: i) Venda para um parceiro estratégico, estrutura que não vemos um candidato óbvio; ii) Venda para um parceiro financeiro, que consideramos menos provável, dado que o Éxito é bem administrado e, portanto, com potencial de sinergia limitado; iii) re-IPO, para o qual vemos desafios de curto prazo dado o momento de mercado de ações, mas acreditamos que possa haver apetite por um ativo resiliente e mais maduro; e iv) cisão das operações, cenário que vemos desafios operacionais, uma vez que alguns acionistas têm limitações para deter ações listadas no exterior. Mantemos recomendação Neutra e preço alvo de R$23,0 por ação. Veja o relatório completo aqui.
Banco do Brasil (BBAS3): Forte desempenho em todas as frentes – Guidance para 2022 Revisado
- O Banco do Brasil reportou bons resultados no 2T22 em geral, principalmente devido a um desempenho mais forte na Margem Financeira Bruta (NII), que foi beneficiado pelo sólido crescimento de sua carteira de crédito nos últimos trimestres;
- A carteira de crédito do Banco do Brasil cresceu +19,9% A/A no 2T22 (vs.+16,4% no trimestre anterior), com as principais contribuições sendo de empréstimos Corporate e Agronegócios;
- Isso ajudou a sua Margem Financeira (NII) a atingir R$ 17,1 bilhões no trimestre (+18,9% A/A), superando nossa estimativa em consideráveis +16%;
- Apesar do crescimento robusto da carteira de crédito nos últimos trimestres e do incremento marginal da inadimplência para 2,00% (+11bps T/T, ainda sendo o menor entre os bancos incumbentes), as provisões aumentaram levemente no período e levaram seu índice de cobertura a cair para 271% (ainda a mais alta do setor);
- A combinação de um NII mais forte e menor custo de crédito elevou seu lucro líquido recorrente para R$ 7,8 bilhões. Isso implica um ROAE de 20,6%, um incremento considerável de +2,5pp T/T e +6,1pp A/A;
- Além disso, o forte desempenho levou o banco a revisar seu guidance para 2022;
- Antecipamos uma reação positiva das ações e reiteramos o BBAS3 como nossa top pick no setor (recomendação de Compra, preço-alvo de R$ 57,00/ação);
- Clique aqui para acessar o conteúdo completo.
Vittia (VITT3): resultados sólidos no 2T22, mesmo considerando a sazonalidade
- A Vittia apresentou um trimestre sólido mesmo considerando a sazonalidade – geralmente o 1º semestre responde por cerca de 30% da receita do ano – desfrutando de um momento positivo devido a: (i) preços mais altos de commodities levando à adoção de tecnologia em ritmo acelerado; (ii) menor exposição a áreas afetadas pela seca, como o Sul do Brasil; e (iii) baixa penetração de produtos na maioria de suas linhas, fortalecendo nosso conservador, porém atrativo, CAGR de receita projetado de 13,5% (2021A-25E);
- A linha de produtos biológicos continua em destaque devido ao forte aumento da receita (+141,6% A/A), mantendo margens altas, porém decrescentes (65,5% no 2T22 e consolidando 75,1% no 1S22). Ainda assim, devemos ter cuidado com a sazonalidade aqui também;
- Vemos Vittia como um novo segmento de P&D para o setor agrícola com um longo porém não sinuoso caminho à frente, o principal motivo da nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 18,9/ação para o fim de 2022;
- Clique aqui para acessar nosso relatório completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- BB lucra R$ 7,8 bi no trimestre e alcança retorno dos privados (Valor);
- Assessorias de investimentos se estruturam como ‘minibancos’ (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Crise na logística global dá trégua, mas frete segue elevado (Valor);
- Varejistas se reúnem com Alckmin e Mercadante para debater revogação da reforma trabalhista (Valor);
- GPA diz que pode separar Grupo Éxito; mercado já trabalha com hipótese e projeta formatos (Valor);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos e Bebidas
- BRF volta a ter prejuízo, mas dá sinais de melhora operacional – Valor;
- Cycle is king: Minerva antecipa dividendos e vê boas perspectivas até 2024 – Pipeline;
- Agro
- Vittia reverte prejuízo e tem resultado positivo de R$ 5,3 milhões – Valor;
- Receita da SLC, incluindo negócios que eram da Terra Santa, cresceu 33,8% no 2º trimestre – Valor;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Alimentos e Bebidas
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Europa apaga luzes, encurta banhos e tira gravata para economizar energia (Valor Econômico);
- Engie planeja investir R$ 10 bi em energias renováveis em dois anos (Valor Econômico);
- Estoques de petróleo dos EUA avançam mais que o estimado, na semana passada (Valor Econômico);
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Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Disney+ supera as estimativas e Musk vende ações da Tesla
- Crescimento de assinantes de streaming do Disney+ supera as estimativas do mercado;
- Elon Musk vende cerca de US$ 7 bilhões em ações da Tesla;
- Micron indica desaceleração na indústria de semicondutores;
- Energia solar deve impulsionar demanda por prata até 2025;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Estrangeiros aportam R$ 1,9 bilhão na Bolsa em julho, e saldo de 2022 acumula R$ 72,1 bilhões
- Julho foi um mês marcado por dois principais temas: globalmente, o aumento no risco de recessão na economia americana e, domesticamente, a piora do cenário fiscal doméstico;
- O mês foi positivo para o fluxo de capital estrangeiro na Bolsa brasileira em 2022, com uma entrada líquida de R$ 1,9 bilhões. O total acumulado de 2022 é de +R$ 72,1 bilhões, valor que foi recentemente revisado pela B3* mas que ainda indica um forte fluxo nesse ano;
- O investimento em ações, feito via fundos, teve um fluxo negativo de R$-54,3 bilhões em junho, último dado disponível, chegando a R$ 572,4 bilhões alocados em ações, uma queda de aproximadamente -0,9p.p. M/M no patrimônio líquido das gestoras, representando apenas 10,1% do total;
- Quando olhamos apenas para os fundos de pensão, segundo dados mais recentes disponíveis de março de 2022 da Abrapp, o fluxo de alocação em ações diretamente foi de R$10,0 bilhões em relação à dezembro de 2021. Com isso, eles estão com uma alocação de R$97,3 bilhões em ações até agora em 2022;
- Os principais investidores da Bolsa brasileira são: 1) investidores estrangeiros (53,4%), 2) instituições (26,1%) e 3) pessoas físicas (15,6%). Juntos, eles representam 95,1% dos participantes do mercado acionário;
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Alocação & Fundos
Rogério Xavier: “O melhor analista de risco é o próprio gestor”, diz fundador da SPX Capital
- Em uma edição especial do Expert Talks, gravado durante a Expert XP 2022, Rodrigo Sgavioli, Head de Alocação e Fundos da XP, conversou com Rogério Xavier, sócio fundador da SPX Capital;
- Em um bate-papo descontraído de 30 min, Xavier conta sobre o desafio de explicar ao público em geral como funcionam os fundos multimercados, que são complexos pela quantidade de estratégias e mercados que operam, mas que são veículos importantes para os portfólios dos clientes, operando em mercados em que muitas vezes a Pessoa Física não conseguiria;
- Rogério também fala sobre planos futuros e como entende a gestão de riscos na empresa e nos fundos de investimento da SPX;
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Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- IRDM11, HCTR11, CPTS11 e outros 17 FIIs podem reduzir dividendos; entenda os motivos (Suno);
- Investidor de FIIs ignora risco ao olhar só dividendos, diz gestor do BRCO11, o mais recomendado há um ano (InfoMoney);
- KNIP11, KNHY11 e mais 18 FIIs devem reduzir dividendos por causa da deflação, aponta relatório (InfoMoney);
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ESG
Produção de petróleo no Rio de Janeiro possui menor pegada de carbono no relativo do mundo, diz Firjan | Café com ESG, 11/08
- O mercado fechou o pregão de quarta-feira em território positivo, com o Ibov e o ISE em alta de +1,5% e +2,0%, respectivamente;
- No Brasil, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) lança hoje a edição de 2022 do anuário de petróleo, que reúne análises sobre a indústria de petróleo global e, pela primeira vez, vai contar com um caderno especial sobre transição energética – de acordo com o coordenador de conteúdo, Fernando Montera, o Rio possui uma pegada mais baixa de carbono na produção de petróleo, em comparação com o restante do mundo, o que coloca o estado numa posição de vantagem competitiva no fornecimento global de insumos para a indústria de energia na transição energética;
- Do lado das empresas, (i) a Votorantim está entrando em uma nova frente da economia, a gestão de ativos ambientais – a Reservas Votorantim, criada há 10 anos para gerir grandes territórios preservados do grupo, se tornou uma empresa separada, com o objetivo de faturar com a venda de produtos e serviços associados à manutenção de vegetação nativa; e (ii) de acordo com o Women Corporate Directors Foundation (WCD), entre 2021 e este ano, o número de mulheres nos conselhos de administração no Brasil teve alta de apenas 7% (de 124 para 133), enquanto o número de eleitas para os conselhos fiscais registrou aumento maior – passou de 15, em 2021, para 21 agora;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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