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Disney+ supera as estimativas e Musk vende ações da Tesla – 🌎 Radar Global

Micron indica desaceleração de semicondutores, Disney+ supera as expectativas e Musk vende ações da Tesla.

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MACRO

Bolsas internacionais sem movimentos expressivos (EUA +0,3% e Europa 0%) enquanto investidores calibram suas projeções relacionadas ao futuro do aperto monetário nos EUA, após dados da inflação ao consumidor virem abaixo das expectativas. O acumulado anual do CPI americano registrou 8,5% vs. 8,7% das expectativas nesta quarta-feira, sugerindo que a inflação pode ter alcançado o topo e o Federal Reserve talvez não precise adotar uma postura mais contracionista. Contudo, após o resultado, membros do Fed (Charles Evans e Neel Kashkari) pontuaram que ainda não é razoável esperar que as altas na taxa de juros irão desacelerar enquanto a inflação segue bem acima da meta de 2%. Na China, o índice de Hang Seng (+2,4%) encerrou em forte alta, acompanhando os pares globais. Além disso, as vendas de automóveis aumentaram 30% ano contra ano, indicando que a economia segue em tendência de recuperação com a redução das restrições contra a Covid-19.

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EMPRESAS

Crescimento de assinantes de streaming do Disney+ supera as estimativas do mercado: A Disney (NYSE: DIS, BDR: DISB34) reportou uma receita de US$ 21,5 bilhões vs. US$ 21,0 bilhões esperados pelos analistas;  o LPA foi de US$ 1,09 vs. US$ 0,96 projetados pelo mercado. A divisão de parques, experiências e produtos da Disney viu a receita aumentar 72% para US$ 7,4 bilhões durante o trimestre, acima dos US$ 4,3 bilhões no mesmo período do ano passado. A empresa relatou aumento do público, noites ocupadas e viagens de cruzeiro. Com relação ao streaming, a empresa informou que o total de assinaturas do Disney+ subiu para 152,1 milhões durante o terceiro trimestre fiscal, acima dos 147 milhões previstos por analistas, segundo a StreetAccount.

A empresa também revelou uma nova estrutura de preços que incorpora um Disney+ apoiado por publicidade como parte de um esforço para tornar seu negócio de streaming lucrativo, além de um aumento no valor dos planos nos Estados Unidos. Durante o terceiro trimestre fiscal, Disney+, Hulu e ESPN+ juntos perderam US$ 1,1 bilhão, refletindo o maior custo de conteúdo nos serviços. Olhando para o futuro, a Disney reduziu sua previsão para 2024 colocando como projeção o intervalo entre 215 milhões e 245 milhões de assinantes para o Disney+, uma queda de 15 milhões tanto no limite inferior quanto no superior da orientação anterior da empresa.

Elon Musk vende cerca de US$ 7 bilhões em ações da Tesla: O CEO da montadora de veículos elétricos reportou uma venda em torno de 7,9 milhões de ações da empresa, reduzindo sua participação para 15%, segundo documentos regulatórios. O movimento do bilionário ocorre em meio às incertezas quanto a aquisição do Twitter. Segundo Musk, a venda dos ativos o dará uma reserva de liquidez caso o Twitter consiga forçá-lo a seguir com a aquisição e evitará a necessidade de vendas emergenciais das ações da Tesla no futuro para levantar capital.

Vale ressaltar que as vendas atuais ocorrem após Musk já ter vendido cerca de US$ 32 bilhões em ações da Tesla no ano passado. Tendo isso em vista, o CEO se pontuou para os investidores que não planeja vender uma fatia maior de sua participação e considera recomprar as ações posteriormente, caso consiga encerrar as negociações com o Twitter. Por fim, ele também sugeriu que poderia criar sua própria plataforma de mídia social, a X.com, se o acordo de compra não seguir em frente.

Micron indica desaceleração na indústria de semicondutores: A Micron Technology, fabricante líder de semicondutores de memória nos Estados Unidos, tornou-se a mais recente fabricante de chips a declarar que a demanda está caindo rapidamente. A companhia alertou aos investidores que a receita não atenderá às projeções, o que acabou contribuindo para um sentimento negativo do mercado em relação à todo o setor. A empresa disse na terça-feira que as vendas do quarto trimestre devem ficar no limite inferior ou abaixo de sua previsão anterior. Além disso, a Micron também sinalizou que deverá haver quedas significativas em suas margens.

Com o pronunciamento, a companhia é a mais recente a revelar a rapidez com que a demanda por componentes eletrônicos está diminuindo, após um alertas da Nvidia e Foxconn. A maior parte da dor do setor está sendo sentida por empresas que fabricam chips para computadores pessoais. A demanda do consumidor por esses dispositivos está secando rapidamente à medida que as restrições da pandemia terminam e os orçamentos das famílias são atingidos pela inflação. Destacando a velocidade com que a demanda está evaporando, Micron disse que os pedidos se deterioraram desde a última atualização da empresa há pouco mais de um mês. Crucialmente, não são apenas os fabricantes de PCs que estão cortando. “Em comparação com nossa última divulgação de resultados, vemos um enfraquecimento ainda maior na demanda por causa de ajustes que se estendem além dos consumidores para outras partes do mercado, incluindo data centers, indústria e automotivo”, disse o CEO Sanjay Mehrotra em entrevista à Bloomberg Television.

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ANÁLISE

Fonte: Goldman Sachs

Energia solar deve impulsionar demanda por prata até 2025: O gráfico acima, do Goldman Sachs, mostra que o banco espera que a demanda de energia solar aumente a demanda industrial de prata em quase 15% até 2025, podendo ser maior caso o projeto de redução da inflação dos EUA passe pelo Congresso. O metal é um ingrediente importante para painéis solares devido à sua longevidade e desempenho. O mercado de células fotovoltaicas (PV) para painéis de energia solar continuou a liderar um aumento de 9% ano a ano na demanda global de prata para aplicações industriais em 2021. As novas instalações globais de capacidade solar totalizaram cerca de 158 GW em 2021, acima dos cerca de 130 GW de nova capacidade em 2020, enquanto o setor fotovoltaico representou uma área de crescimento constante da demanda de prata em um período de tempo maior.

Por fim, em um período em que o mercado está preocupado com uma possível recessão, com bilhões dos governos sendo investido em energia renovável, a indústria solar está um pouco protegida de uma possível crise. Mesmo que a economia enfrente alguns problemas, os governos devem continuar a financiar projetos de energia renovável.

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