Bom dia! Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do tema ESG - do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG - Ambiental, Social e Governança.
Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance histórica dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP.
Principais tópicos do dia
• O mercado encerrou o pregão de terça-feira em território positivo, com o IBOV e ISE em alta de 1,22% e 1,13%, respectivamente.
• Do lado das empresas, (i) de olho em aspectos de governança corporativa, a sucessão turbulenta da Vale (VALE3) resultou no pedido de demissão por um dos membros do conselho de administração da empresa, com alegações de manipulação e influência política na busca da empresa por um novo CEO - José Luciano Duarte Penido ofereceu sua renúncia ao conselho em uma carta datada de 11 de março endereçada ao presidente do conselho Daniel Stieler; e (ii) segundo o CEO da Localiza, Bruno Lasansky, o mercado brasileiro deve se movimentar no curto e médio prazo por meio do híbrido, refletindo, em parte, a matriz energética do país e o uso de biocombustíveis, que tende a favorecer sobretudo o híbrido flex - de acordo com o executivo, no lado do elétrico, a questão tributária tende a ser um fator importante.
• Na política local, o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo federal enviará para o Congresso, dentro dos próximos dias, um projeto de lei em regime de urgência para tratar do Mover - Alckmin disse que já há acordo entre o presidente da República e o presidente da Câmara dos Deputados a respeito do tema.
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Brasil
Empresas
Gigante do biodiesel, Brasil Biofuels está prestes a perder seis usinas na Amazônia
"Um projeto emblemático de transição energética na Amazônia, símbolo da busca por uma matriz elétrica mais limpa, acabou se convertendo em um imbróglio sem fim, com contratos não cumpridos, troca de acusações entre empresas, multas e um processo de cassação de concessões, além de prejuízo milionário para o consumidor. A companhia Brasil Biofuels (BBF), maior produtora da América Latina de óleo de palma e comandada pelo empresário paulista Milton Steagall, está prestes a perder seis concessões de usinas termelétricas que conquistou no Pará, com a promessa de convertê-las para funcionar com biodiesel. O Reset obteve os detalhes de um projeto que se transformou em um pesadelo do setor elétrico e já custou R$ 91,381 milhões ao bolso do consumidor de energia."
Fonte: Capital Reset, 13/03/2024
Eletrobras e Paul Wurth planejam fornecer hidrogênio renovável para indústrias no Rio
"A Eletrobras assinou, nesta terça (12/3), um Memorando de Entendimento (MoU) com a empresa de engenharia Paul Wurth Brasil, da SMS group, para avaliar a viabilidade de fornecimento de hidrogênio renovável para processos industriais no Rio de Janeiro. A ênfase é na produção de hidrogênio e seus derivados para atender a demanda de indústrias químicas e siderúrgicas, por exemplo. “A Eletrobras tem avançado no objetivo de oferecer aos clientes ferramentas de descarbonização para sua produção e o hidrogênio verde vem se somar à geração hidrelétrica no fornecimento de energia limpa”, comenta o vice-presidente de Comercialização e Soluções em Energia, Ítalo de Freitas. Segundo o comunicado das empresas, está prevista a construção e operação de uma planta de 10 MW para a produção de hidrogênio e oxigênio (O2) nas proximidades de uma usina siderúrgica na Zona Oeste do Rio de Janeiro. A unidade terá 37 vezes a capacidade do projeto-piloto de hidrogênio da Eletrobras na UHE Itumbiara, na divisa entre Minas Gerais e Goiás."
Fonte: Epbr, 13/03/2024
Minoritários disputam enquanto nomes do governo avançam na Petrobras
"Em meio ao noticiário caótico, com notícias e desmentidos de trocas na cúpula da Petrobras, o conselho segue cumprindo internamente os ritos para reconduzir os quadros indicados pela União – e a disputa inevitável entre os minoritários. Ontem (12/3), o CA validou a indicação dos nomes ligados ao PT, entre eles o presidente-executivo e ex-senador Jean Paul Prates; e o presidente do colegiado, Pietro Mendes, secretário de Petróleo e Gás de Alexandre Silveira, do PSD, como publicou o político epbr. O cronograma atual prevê a realização da assembleia em 25 de abril. O material deve ser liberado oficialmente aos acionistas em 22 de março. A reunião do conselho ocorreu à tarde. Na sequência, Silveira deixou o encontro com Lula e Fernando Haddad comunicando aos jornalistas que a Petrobras está em um momento oportuno para ter um indicado do ministro da Fazenda no CA. Desde o ano passado, o assessor especial de Haddad, Rafael Dubeux figura entre os nomes do ministro da Fazenda."
Fonte: Epbr, 12/03/2024
Volkswagen terá primeiro ônibus elétrico em 2024
"A Volkswagen Caminhões e Ônibus vai produzir ônibus elétricos ainda neste ano. Segundo a montadora, o modelo e-Volksbus é desenvolvido no centro mundial de engenharia da VWCO, em Resende (RJ), mesma unidade responsável pelo projeto do e-Delivery, primeiro caminhão elétrico feito 100% no Brasil.A novidade foi anunciada no fórum “RJ Eletromobilidade - Nova Matriz Energética e o Futuro do Transportes Rodoviário por Ônibus no Estado do Rio de Janeiro”, organizado pelo Departamento de Transportes Rodoviários do Estado do Rio de Janeiro (Detro-RJ). Rodrigo Chaves, vice-presidente de Engenharia da Volkswagen Caminhões e Ônibus, explica como foi o processo. “Depois de acumularmos quilometragens suficientes em testes com o chassi elétrico da VWCO e também com o primeiro caminhão elétrico desenvolvido no país, daremos início à produção no segundo semestre de 2024. Esta será uma etapa importante para a adaptação do produto na linha de produção.”."
Fonte: Exame, 12/03/2024
A estratégia da Allos para reutilizar lixo orgânico e diminuir a temperatura ao redor dos shoppings
"Desde 2012, o Shopping Eldorado destina as 110 toneladas de lixo orgânico geradas mensalmente na sua praça de alimentação para a compostagem interna. O resíduo, que seria descartado em aterros sanitários, vira adubo na plantação de mudas de legumes e verduras no telhado do shopping. Conhecida como Telhado Verde, a área de 6 mil m² recebe o cultivo de 40 mil hortaliças a cada ano, pouco mais de 3 mil mudas por mês. A colheita dos alimentos, feita a cada 45 dias, é distribuída entre os funcionários do estabelecimento. Além de dar uma destinação correta para o lixo produzido no shopping, a horta ainda ajuda a amenizar a temperatura da microrregião, segundo a superintendente do Shopping Eldorado, Bettina Quintano. “Desde o início da plantação das mudas, nós usamos menos o ar-condicionado, o que economiza também no consumo de energia”, conta."
Fonte: Exame, 12/03/2024
Conselheiro da Vale renuncia por influência política na sucessão
"A sucessão turbulenta da Vale (VALE3) resultou na demissão de um dos membros do conselho de administração com alegações de manipulação e “nefasta influência política” na busca da empresa por um novo CEO. José Luciano Duarte Penido ofereceu sua renúncia ao conselho em uma carta datada de 11 de março que foi vista pela Bloomberg News e endereçada ao presidente do conselho Daniel Stieler. “Em minha opinião, o atual processo sucessório do CEO da Vale vem sendo conduzido de forma manipulada, não atende ao melhor interesse da empresa e sofre evidente e nefasta influência política”, disse Penido na carta. A Vale não quis comentar a carta. Penido não respondeu a um pedido de comentário. A empresa confirmou na semana passada que o atual CEO Eduardo Bartolomeo manterá seu cargo até dezembro, enquanto a mineradora continua em busca de um sucessor. A decisão do conselho não foi unânime, com dois diretores na oposição, disseram pessoas familiarizadas com o assunto à Bloomberg News. A mudança ocorreu após semanas de indefinição sobre a escolha do próximo presidente da Vale, que incluiu pressão crescente do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para intervir no processo."
Fonte: Bloomberg Línea, 12/03/2024
Sinergia Investimentos acelera startups com os dois pés na Amazônia
"Não é novidade que investidores de todo mundo tenham voltado sua atenção para Amazônia nos últimos anos, seja pela necessidade de preservação florestal, seja pelas oportunidades que a bioeconomia da região traz. Mas investir em negócios da Amazônia não é o mesmo que investir em negócios na Amazônia, diz Marcelo Salazar, engenheiro que está há quase 20 anos atuando na região e é o idealizador e co-CEO da Mazô Maná, foodtech que criou um “super shake” com ingredientes da floresta. Não basta distribuir cheques e voltar para a Faria Lima. É preciso jogar junto com as startups, ou seja, entender suas necessidades e conectá-las à indústria e ao mercado – sem esquecer, é claro, do impacto ambiental e social que as empresas podem trazer para a região. Esse foi o ponto de partida do Sinergia Investimentos, um programa de aceleração de startups criado pela Jornada Amazônia, plataforma de inovação e empreendedorismo da Fundação CERTI, entidade que apoia o desenvolvimento de projetos inovadores e tecnológicos."
Fonte: Capital Reset, 12/03/2024
Violet quer 'subprime do bem' para agricultura de baixo carbono
"“O que mais escuto é que o Brasil é um ‘hub’ para as finanças sustentáveis, mas que o dinheiro não chega. Não vamos resolver o problema sozinhos, mas precisamos transformar os projetos de milhões em bilhões.” Esse foi o diagnóstico que levou Martha de Sá, cofundadora da securitizadora Vert Capital, a lançar uma nova empresa. A Violet, como foi batizada, quer garantir que pequenos produtores agrícolas tenham acesso a crédito e assistência técnica para que façam a transição para práticas de baixo carbono. O empreendimento herdou a metodologia e a meta de captar US$ 100 milhões até 2025 de um mecanismo desenhado pela Vert junto à gestora de impacto Vox, no ano passado, e já tem Natura e AgroGalaxy como parceiras. O modelo é bastante semelhante aos “subprimes do bem” discutidos nos eventos de finanças climáticas que aconteceram em torno da reunião ministerial do G20, há duas semanas, em São Paulo."
Fonte: Capital Reset, 12/03/2024
Evolução do mercado se dará mais pelo carro híbrido do que pelo elétrico, diz CEO da Localiza
"Apesar de todo o marketing e forte curiosidade do consumidor com o carro elétrico, o presidente da Localiza, Bruno Lasansky, disse que o mercado brasileiro deve se movimentar no curto e médio prazo por meio do híbrido. Isso, explicou, reflete, em parte, a matriz energética do país e o uso de biocombustíveis, que tende a favorecer sobretudo o híbrido flex. No lado do elétrico, a questão tributária tende a ser um fator importante. “Vemos movimento de produto elétrico importado (com taxa de 35% até 2026). A concorrência vai se dar, predominantemente, no mercado local”, disse Lasansky. No longo prazo, ponderou, o elétrico deve crescer, mas com um horizonte mais gradual. “A gente acredita que os anúncios recentes, com forte investimento (pelas montadoras), são extremamente positivos para o país e também para nós. Temos uma relação positiva com as montadoras existentes e vamos buscar as novas”, disse. “Somos grandes compradores. Mais investimento é mais oferta no setor, mais competitividade”, acrescentou Rodrigo Tavares, diretor financeiro da Localiza."
Fonte: Valor Econômico, 12/03/2024
Brasil precisa dobrar investimentos para liderar transição energética, diz BNDES
"Em evento promovido pela consultoria Clean Energy Latin América (Cela), a diretora de Infraestrutura e Mudança Climática do BNDES, Luciana Costa, enfatizou a necessidade de o Brasil dobrar o volume de investimentos para se posicionar como líder global na transição energética. Costa destacou que o Brasil possui vantagens competitivas que podem ser aproveitadas para liderar a transição energética global. A matriz energética brasileira é 47% renovável, com 88% da matriz elétrica proveniente de fontes limpas, como a hidrelétrica, eólicas e solares. Isso coloca o país em uma posição privilegiada em relação aos países da OCDE, que têm uma matriz energética mais dependente de combustíveis fósseis. “No ano passado, o Brasil investiu um pouco mais de R$ 200 bilhões em infraestrutura, mas precisamos investir R$ 400 bilhões por ano, considerando tanto o setor público quanto o privado”, ressaltou. Segundo a executiva, o BNDES tem um papel fundamental a desempenhar na transição energética do Brasil. O banco já financiou mais de 60 mil quilômetros de linhas de transmissão dos 181 mil quilômetros existentes no país."
Fonte: Valor Econômico, 12/03/2024
Lei antidesmatamento da UE acende luz amarela no Brasil
"Um dos desdobramentos do “European Green Deal”, o Regulamento para Produtos Livres de Desmatamento (EUDR) colocou em alerta as empresas de base florestal instaladas no Brasil. O setor cumpre, há muito tempo, as normas que os europeus vão adotar a partir de janeiro para as importações de determinadas commodities agrícolas. Mas duas exigências específicas podem representar risco de ruptura no fluxo comercial com a região que é, hoje, o segundo principal destino das exportações brasileiras de produtos de madeira, lideradas pela celulose. Num esforço que demandou meses de trabalho e envolveu interlocuções constantes com Itamaraty, ministérios, embaixadas, clientes europeus e autoridades europeias, a indústria promoveu na semana passada uma missão internacional, a primeira como setor e não de uma companhia individualmente."
Fonte: Valor Econômico, 13/03/2024
Produtos concentrados e ecológicos têm potencial de impulsionar indústria de limpeza
"Uma eventual consolidação da indústria brasileira de produtos de limpeza, altamente fragmentada, pode ser impulsionada por portfólios com produtos concentrados e com proposta ecológica, segundo analistas de mercado. A consultoria KPMG aponta que, embora várias das pequenas empresas tenham liderança de mercado local ou regional, as gigantes do setor não buscam aquisições para eliminar essa concorrência. Uma das razões para isso, de acordo com os analistas, é o alto custo de operações e logística do setor, o que naturalmente limita a expansão das pequenas indústrias. Além disso, ao passo em que a pulverização de fábricas e centros de distribuição das grandes empresas garantem sua presença nos principais mercados, o foco deve ser diversificar o portfólio ou mesmo fornecer produtos para marcas próprias de varejistas."
Fonte: Valor Econômico, 12/03/2024
Política
Alckmin: Governo enviará nos próximos dias ao Congresso PL do programa de incentivo automotivo
"O vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, afirmou que o governo federal enviará, nos próximos dias, para o Congresso um projeto de lei em regime de urgência para tratar do Mover. O Mover é um programa de incentivo e modernização do setor automobilístico lançado no fim do ano passado por meio de medida provisória (MP), que ainda não foi aprovada. Alckmin disse que já há acordo entre o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), a respeito do tema. “Combinei com ele (Lira) que a medida provisória continua vigorando, vai até o começo de junho”, afirmou, nesta terça-feira (12), em entrevista à Rádio Itatiaia. “Mas nos próximos dias o presidente Lula vai encaminhar o projeto de lei em regime de urgência.”."
Fonte: Valor Econômico, 12/03/2024
Haddad e Dubeux vão à Alemanha apresentar Plano de Transformação Ecológica do governo
"O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o secretário-executivo adjunto da pasta, Rafael Dubeux, vão participar, na próxima semana, da 10ª Edição do “Diálogo de Transição Energética de Berlim - BETD 2024”. O evento é a maior conferência de energia da Europa. Durante a conferência, Haddad e Dubeux vão apresentar o Plano de Transformação Ecológica — um conjunto de ações para colocar o Brasil no centro do debate da transição para uma economia verde. As medidas serão implementadas ao longo do governo Lula (PT), mas algumas já saíram do papel, como os títulos soberanos sustentáveis. Também já houve o anúncio do mecanismo de hedge cambial para atrair investimentos verdes. Segundo apurou o Valor, Haddad participará do keynote da conferência junto com Robert Habeck, ministro do Clima e da Economia da Alemanha. Será o segundo encontro deles."
Fonte: Valor Econômico, 12/03/2024
‘Vamos dar uma esverdeada na Petrobras’, diz Haddad
"Nada foi acrescentado ou retirado do plano estratégico de investimentos apresentado pela Petrobras. Os dividendos extraordinários vão para uma conta de remuneração de capital até que se demonstre o fluxo de caixa relativo aos investimentos apresentados. O balanço feito pelo titular da Fazenda, Fernando Haddad, não deixa dúvidas de que o principal resultado da reunião de segunda-feira no Palácio do Planalto é a entrada de um representante do ministro no conselho de administração da Petrobras. Se o conselheiro a ser substituído, Sergio Resende, ex-ministro da Ciência e Tecnologia e amigo do presidente da República, já votava alinhado ao presidente da estatal, Jean Paul Prates, o que sua troca pelo atual assessor especial de transição energética da Fazenda, Rafael Dubeaux, significa é a entrada de Haddad no conselho. “Vamos dar uma esverdeada na Petrobras”, diz o ministro, que enviará ainda nesta terça-feira o nome à Casa Civil da Presidência."
Fonte: Valor Econômico, 12/03/2024
Internacional
Empresas
Os riscos aumentam para os investidores com o surgimento de uma nova estrutura econômica
"Questões como mudança climática, independência energética e planos de segurança nacional estão se acumulando para os investidores - e ninguém sabe ao certo onde as peças cairão. Antes da crise financeira global de 2008, a estrutura da política econômica era muito mais transparente e previsível: administrar a demanda estabilizando a inflação e controlando a dívida pública. Ela exigia menos instrumentos de política e se beneficiava da expansão da globalização e dos crescentes fluxos de capital. Foi uma estratégia que floresceu sob o sistema baseado em regras da Organização Mundial do Comércio. Mas diante de uma infinidade de políticas monetárias, fiscais, regulatórias, comerciais e industriais, essa estrutura está agora sob pressão e em rota de colisão com as forças do nacionalismo crescente e dos interesses regionalizados. Como Mario Draghi alertou em um discurso em fevereiro, as políticas desarticuladas que surgem como resultado podem ter consequências inesperadas e terríveis."
Fonte: Financial Times, 12/03/2024
CarbonCapture, com sede nos EUA, levanta US$ 80 milhões da Saudi Aramco e outros
"A CarbonCapture, sediada em Los Angeles, que tem como objetivo construir máquinas que sugam o dióxido de carbono do ar para combater a mudança climática, informou que levantou US$ 80 milhões de investidores que incluem a gigante petrolífera saudita Saudi Aramco. O dinheiro arrecadado na última grande rodada de financiamento da CarbonCapture representa uma das maiores injeções de capital privado na captura direta do ar (DAC) - uma tecnologia que ainda não foi comprovada em escala - nos últimos cinco anos, de acordo com o rastreador do setor PitchBook. "Isso é exatamente o que precisa acontecer - esse alinhamento com grandes parceiros industriais que têm a capacidade, o acesso ao capital e as habilidades para realmente escalar a DAC em um nível significativo", disse o CEO da CarbonCapture, Adrian Corless, em uma entrevista à Reuters."
Fonte: Reuters, 12/03/2024
Entenda o interesse de petroleiras árabes na produção de lítio
"As petroleiras da Arábia Saudita e dos Emirados Árabes Unidos, Saudi Aramco e Adnoc, planejam extrair lítio da salmoura em seus campos de óleo e gás, de olho no aumento do mercado de veículos elétricos, segundo reportagem da Reuters. As empresas ainda não confirmaram a informação. Caso se concretize, a decisão segue uma tendência de outras empresas do setor, como ExxonMobil e Occidental Petroleum, que já possuem projetos de exploração do minério, e a Chevron, que indicou interesse na atividade. O lítio pode ser encontrado em depósitos de água salgada – e em salmoura – que existem naturalmente ou como subprodutos em campos de petróleo. Muitos produtores de petróleo e gás têm produzido salmouras em campos petrolíferos que podem ser ricas em lítio. Nos Estado Unidos, o mineral foi encontrado em reservas de shale gas, na água produzida como subproduto durante a extração de petróleo e gás natural."
Fonte: Epbr, 12/03/2024
Emissões de metano do setor de energia perto de recorde em 2023, diz AIE
"As emissões de metano do sector energético permaneceram perto de um máximo recorde em 2023, apesar de uma série de compromissos da indústria de petróleo e gás para tapar a infraestrutura que vaza, disse um relatório da Agência Internacional de Energia na quarta-feira. No entanto, a agência disse estar otimista de que novos satélites possam ajudar a melhorar o monitoramento e a transparência em torno de vazamentos de metano - um potente gás de efeito estufa responsável por cerca de um terço do aumento da temperatura global desde a revolução industrial. "As emissões das operações com combustíveis fósseis permanecem inaceitavelmente altas", disse o economista-chefe de energia da AIE, Tim Gould, embora tenha acrescentado que 2024 poderia marcar um "ponto de virada". A produção e o uso de combustíveis fósseis colocaram mais de 120 milhões de toneladas métricas de metano na atmosfera no ano passado, segundo o relatório - um ligeiro aumento em relação a 2022."
Fonte: Reuters, 13/03/2024
Teck Resources estuda fábrica de reciclagem de baterias na Colúmbia Britânica
"A mineradora de cobre e zinco Teck Resources está considerando construir uma instalação de reciclagem de baterias de íons de lítio na Colúmbia Britânica, disse o CEO Jonathan Price na terça-feira. Se construída, a instalação de reciclagem da Teck, sediada em Vancouver, seria a maior fábrica de reciclagem na costa oeste da América do Norte e teria a capacidade de reciclar o equivalente a 35.000 toneladas métricas anuais de material de bateria por ano, disse Price à SAFE Critical Minerals Summit em Washington, D.C. Ele se recusou a estimar o custo potencial da instalação, mas disse que a instalação processaria baterias de cerca de 140.000 veículos elétricos por ano. "Há uma grande oportunidade para desempenharmos um papel maior na economia circular", disse Price na conferência, um encontro de legisladores, executivos, investidores e políticos para discutir o fornecimento de minerais essenciais para a transição energética."
Fonte: Reuters, 12/03/2024
Wyloo, da Austrália, diz que o setor abandonará a LME sem o níquel verde
"A mineradora de níquel Wyloo, de propriedade do magnata australiano da mineração Andrew Forrest, disse que se a London Metal Exchange (LME) não lançar um contrato de níquel verde, o setor terá que procurar outro local de negociação. Forrest havia dito à mídia australiana no mês passado que a LME deveria classificar seus contratos em limpos e sujos para oferecer mais opções aos clientes. Em maio, a Wyloo deverá fechar duas minas de níquel na Austrália que comprou no ano passado por US$ 504 milhões. A LME disse que o níquel de baixo carbono, que classifica como produzindo 20 toneladas de dióxido de carbono ou menos por tonelada de níquel, já pode ser negociado no sistema de seu parceiro MetalsHub. "A Wyloo foi contatada por várias partes que buscam desenvolver um prêmio de níquel verde, portanto, há claramente uma demanda por maior transparência e diferenciação entre níquel limpo e sujo", disse o CEO da Wyloo, Luca Giacovazzi, à Reuters."
Fonte: Reuters, 12/03/2024
Política
Alemanha lança programa de 4 bilhões de euros para descarbonizar setor industrial
"A Alemanha anunciou nesta terça-feira (12) um programa de 4 bilhões de euros para ajudar setores da indústria a fazerem a transição para energia limpa através de “contratos de carbono”, contribuindo para os esforços do país em reduzir as emissões de gases de efeito estufa até 2045. No programa, o governo compensará empresas em setores como aço, cimento e vidro por despesas adicionais devido ao uso de tecnologias mais limpas em comparação com processos convencionais. Os candidatos apresentam propostas em leilões para o montante de apoio necessário, com os lances mais baixos recebendo financiamento. "Hoje é um bom dia para a Alemanha, para a proteção do clima e para empregos sustentáveis. As indústrias subsidiadas apenas na primeira rodada de licitação economizarão vários milhões de toneladas de CO2", disse o ministro da Economia alemão, Robert Habeck, segundo a “Bloomberg”."
Fonte: Valor Econômico, 12/03/2024
Parlamento da UE aprova lei para tornar os edifícios mais eficientes em termos de energia
"O Parlamento Europeu aprovou na terça-feira uma nova lei que exige que os estados-membros incentivem a renovação de edifícios para torná-los mais eficientes em termos de energia e reduzir as emissões de carbono da UE. Uma maioria de 370 membros do Parlamento Europeu votou a favor do projeto de lei, enquanto 199 se opuseram e 46 se abstiveram. Os edifícios são responsáveis por 40% do uso de energia da União Europeia, e a maioria é aquecida por combustíveis fósseis. As novas regras levarão à modernização dos edifícios para que usem menos energia - uma medida que também visa a reduzir o consumo de gás russo nos países e diminuir as contas das famílias. "Essa lei ajudará as pessoas a economizar dinheiro em suas contas de energia e tirará as pessoas da pobreza energética, ao mesmo tempo em que reduzirá as emissões de nossos edifícios e diminuirá a demanda por importações de combustíveis fósseis", disse o deputado verde Ciaran Cuffe, que negociou a lei."
Fonte: Reuters, 12/03/2024
Índices ESG e suas performances


(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.
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