ORVR3 fecha mais um acordo de biometano; Temporada de resultados do 2° tri no radar

Como avaliamos os principais acontecimentos da semana

Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana. Considerando que informação é a melhor ferramenta para auxiliar os investidores na tomada de decisão, nosso objetivo é mantê-los atualizados com os acontecimentos mais relevantes no Brasil e no exterior da semana que passou, incluindo: (i) nossa visão sobre as principais notícias ESG; (ii) o desempenho dos principais índices ESG em diferentes países; e (iii) comparação da performance do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial).

#1. Orizon (ORVR3) e Edge fecham contrato de 10 anos para fornecimento de biometano; Perspectivas positivas em meio à crescente demanda

Na mídia. Edge fecha contrato com Orizon para aquisição de biometano de aterro em SP – Epbr, 17 de julho (link)

Nossa visão. A transformação de biogás de aterro sanitário em biometano provou ser uma decisão de investimento interessante para a Orizon, conforme destacado pela equipe de Utilities da XP (link). Na nossa visão, a demanda pelo combustível deve aumentar devido à crescente busca pela descarbonização global, além de incentivos por parte do governo - incluindo o projeto de lei do Combustível do Futuro¹ no Brasil e REIDI² na União Europeia -, conforme discutido na nossa reunião com a ABiogás (acesse aqui). Portanto, vemos com bons olhos o contrato de 10 anos da Orizon com a Edge, com um fornecimento esperado de 25.000 m³/dia a partir do 2° semestre de 2026. De modo geral, esse contrato reforça ainda mais o biometano como um dos pilares da estratégia de negócios da empresa, com potencial para novas parcerias e expansão de capacidade adiante.

#2. Começa a temporada de resultados do 2° tri; Reporte climático em destaque

Na mídia. Confira o calendário de resultados do 2º trimestre de 2024 da Bolsa brasileira – InfoMoney, 12 de julho (link)

Nossa visão. A temporada de resultados do 2° trimestre de 2024 para as companhias brasileiras listadas teve início nesta semana (16 de julho). Para as empresas que fazem parte da cobertura XP, a temporada começa oficialmente no dia 22 de julho - consulte o calendário completo de divulgação de resultados do 2° trimestre de 2024 da XP aqui. Entre os principais tópicos, espera-se que a divulgação de informações climáticas seja um ponto de destaque, especialmente em função da necessidade de reportar os impactos financeiros e sociais das fortes chuvas e enchentes que atingiram o Rio Grande do Sul (RS). Na nossa visão, os investidores institucionais estão cada vez mais interessados em integrar a análise do cenário climático em seus processos de investimento, conforme destacado no nosso relatório “ESG no 2º semestre de 2024: Cada vez mais próximo do centro da estratégia de negócios” (acesse aqui). De modo geral, as empresas estão respondendo a essa tendência aprimorando suas estruturas de gerenciamento de riscos climáticos, principalmente à medida que eventos climáticos extremos mais se tornam mais frequentes e testam a resiliência operacional. Para o 2° trimestre, acreditamos que as empresas (tanto as afetadas pelas enchentes no RS quanto as demais) divulguem mais informações sobre seus riscos climáticos, estratégias de adaptação, além de planos de resiliência.

¹ o projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020), que estabelece uma meta progressiva exigindo uma mistura mínima de biometano no gás natural, começando com 1% em janeiro/26

² REIDI oferece um esquema de incentivo especial para o desenvolvimento de infraestrutura

Índices ESG e suas performances

(1) O Índice ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial da B3) tem como objetivo ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de empresas com reconhecido comprometimento com o desenvolvimento sustentável, práticas e alinhamento estratégico com a sustentabilidade empresarial.
(2) O Índice S&P/B3 Brasil ESG mede a performance de títulos que cumprem critérios de sustentabilidade e é ponderado pelas pontuações ESG da S&P DJI. Ele exclui ações com base na sua participação em certas atividades comerciais, no seu desempenho em comparação com o Pacto Global da ONU e também cias sem pontuação ESG da S&P DJI.
(3) O ICO2 tem como propósito ser um instrumento indutor das discussões sobre mudança do clima no Brasil. A adesão das companhias ao ICO2 demonstra o comprometimento com a transparência de suas emissões e antecipa a visão de como estão se preparando para uma economia de baixo carbono.
(4) O objetivo do IGCT é ser o indicador do desempenho médio das cotações dos ativos de emissão de empresas integrantes do IGC que atendam aos critérios adicionais descritos nesta metodologia.
(5) A série de índices FTSE4Good foi projetada para medir o desempenho de empresas que demonstram fortes práticas ambientais, sociais e de governança (ESG).
(6) O Índice MSCI ACWI, que representa o desempenho de todo o conjunto de ações de grande e médio porte do mundo, em 23 mercados desenvolvidos e 26 emergentes.