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Destaques da reunião com a ABiogás: Entendendo o potencial do biometano no Brasil

Uma conversa sobre o potencial do biometano com a CEO da ABiogás, Renata Isfer

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Mapeando as oportunidades e desafios do uso do biometano para substituir o gás natural

Com as discussões sobre bioenergia ganhando força, o time de Research ESG da XP, junto com a equipe responsável pela cobertura de Energia, realizou ontem uma reunião com a Sra. Renata Isfer, CEO da Associação Brasileira de Biogás (ABiogás). As principais conclusões foram: (i) explorando a capacidade de produção para aumentar a oferta; (ii) políticas públicas impulsionando a demanda; (iii) infraestrutura, regulamentação e financiamento como principais barreiras; e (iv) uso para transporte e desenvolvimento de novas tecnologias como tendências.


Explorando a capacidade de produção para aumentar a oferta. De acordo com a Abiogás, estima-se que a capacidade de produção brasileira aumente de 1 milhão para 7 milhões de m³/dia até 2029¹, com o número de plantas atingindo 90 (vs. 20 atualmente)¹, sendo a maioria no estado do Paraná. Em relação aos métodos de produção, ela apontou que o principal envolve o tratamento de resíduos orgânicos oriundos de aterros, embora o potencial adiante dos setores de agronegócio e cana-de-açúcar² também tenha sido mencionado. Quanto à distribuição, o biometano pode ser transportado por meio de gasodutos de gás natural já existentes ou via caminhões – o método mais comum no Brasil -, com apenas 2 plantas conectadas a dutos atualmente. Por fim, foram discutidas políticas públicas para impulsionar a produção, com destaque para os incentivos do REIDI³ e o programa RenovaBio.

Políticas públicas impulsionando a demanda. Quando questionada se o crescimento da demanda manterá o ritmo do aumento da oferta, a Sra. Isfer mencionou a combinação de metas de descarbonização e políticas de incentivo governamentais como os principais impulsionadores da demanda. No Brasil, dentre os programas mencionados4, o projeto de lei do Combustível do Futuro (PL 528/2020) foi especialmente enfatizado – ele estabelece um mandato de aumento progressivo, exigindo uma mistura mínima de biometano no gás natural (começando com 1% em jan/26). Em sua visão, essas iniciativas são fundamentais para desbloquear investimentos e aumentar o nível de confiança dos investidores, fornecendo uma melhor perspectiva de demanda olhando para frente.

Infraestrutura, regulamentação e financiamento como principais barreiras. A Sra. Isfer ressaltou os principais desafios que o crescimento do mercado localmente enfrenta: (i) falta de infraestrutura: a rede de gasodutos do Brasil, inicialmente planejada para a distribuição de gás natural, é limitada e requer uma expansão para áreas (ainda) não atendidas; (ii) lacuna regulatória: o Brasil ainda não possui um mandato bem estabelecido para o biometano, com regulamentações voltadas principalmente para o gás natural; e (iii) financiamento: principalmente para os pequenos produtores (maioria dos fornecedores), que enfrentam desafios na hora de conseguir acesso ao financiamento de novos projetos.

Uso para transporte e desenvolvimento de novas tecnologias como tendências. Discutindo tendências de mercado, a Sra. Isfer destacou: (i) o uso do biogás e do biometano como combustíveis alternativos para o transporte, citando seu potencial para diminuir o consumo de diesel na frota de caminhões do país em 70% – embora os veículos movidos a diesel representem apenas 6% da frota total, eles são responsáveis por 53% das emissões de CO2 do setor; e (ii) o avanço tecnológico e em pesquisa e desenvolvimento, ambos essenciais para aumentar a produção e a eficiência.

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