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A semana na Renda Fixa (17/10 a 21/10)

O que aconteceu nesta semana na renda fixa? Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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O que aconteceu nesta semana na renda fixa?
Ao longo dos últimos dias, as taxas esperadas de juros apresentaram uma leve queda. A semana foi marcada por receios relacionados ao processo de aperto monetário nas economias desenvolvidas devido, principalmente, a pressão inflacionária registrada em muitos países. No Brasil, os investidores locais aguardam o desfecho do segundo turno da eleição presidencial, em um cenário em que o IGP-10 de outubro registra deflação e o IBC-BR (proxy do PIB do Banco Central) de agosto apresenta queda da atividade econômica local.

Enquanto isso, na economia norte-americana, o Livro Bege do FED, que coleta informações sobre a situação da economia americana, apontou piora das perspectivas da atividade econômica na margem devido à gargalos na oferta e inflação. Paralelo a isso, em meio à subida da taxa básica de juros e dados de inflação piores que o esperado, há otimismo para aumentos mais moderados nos preços. O mercado de trabalho segue apertado, entretanto, já parece haver alívio na contratação e retenção de mão de obra, de acordo com o relatório.

O que acompanhar na próxima semana?
No cenário internacional, o destaque será a divulgação dos dados de PMI e confiança do consumidor para os EUA, Zona do Euro e Alemanha. Além disso, venda de novas moradias, PIB, renda pessoal e deflator do PCE são os destaques para os EUA. Na Alemanha, será divulgado o CPI, PIB, e vendas no varejo. Por fim, há a expectativa da divulgação dos dados de PIB chinês, além de outros dados importantes relacionados à atividade do país, e a decisão de juro na Europa.

Já no Brasil, teremos a divulgação do IPCA-15 de outubro, a decisão do Copom acerca da taxa de juros Selic, taxa de desemprego da PNAD contínua, criação de empregos formais do CAGED, o IGP-M de outubro, dados fiscais e dados relacionados ao setor externo.

Para facilitar a navegação pelo conteúdo, utilize o índice à esquerda da página.

Cenário macroeconômico

Nesta semana, no cenário internacional, o presidente chinês Xi Jinping, anunciou a continuidade das medidas expansionistas. Apesar da manutenção da política de tolerância zero à Covid, o presidente chinês reiterou a continuidade das medidas de estímulo à atividade do país, cujo efeito levaria o PIB per capita ao nível de “um país de desenvolvimento médio”, representando um “novo salto” a ocorrer até 2035.

No continente europeu, a semana foi bastante agitada com a saída da primeira ministra Liz Truss com apenas 45 dias no cargo, se tornando o mandato mais curto da história do país. Isso ocorre uma semana depois da demissão do chanceler Kwasi Kwarteng, ex-ministro das finanças, e a repercussão negativa do programa econômico centrado em cortes de impostos, cujo efeito imediato foi a desvalorização da libra esterlina e aumento no custo de empréstimos e taxas de hipoteca. 

Nos Estados Unidos, o Livro Bege do FED, que coleta informações sobre a situação da economia americana, apontou piora das perspectivas da atividade econômica na margem devido à gargalos na oferta e inflação, com comportamento heterogêneo entre os distritos observados pela autoridade monetária (4 com atividade estável, 2 em declínio). Paralelo a isso, em meio à subida da taxa básica de juros e dados de inflação piores que o esperado, há otimismo para aumentos mais moderados nos preços. O mercado de trabalho segue apertado, entretanto, já parece haver alívio na contratação e retenção de mão de obra, de acordo com o relatório.

Enquanto isso, no Brasil, o IBC-BR (proxy do PIB do Banco Central) de agosto apresentou queda de 1,13% m/m, acima das expectativas (Consenso: -0,7%. XP: -0.8), e 4,86% no a/a (Consenso: 5,3%. XP 5,1%). Isso indica continuidade da tendência altista da atividade no Brasil, embora em menor intensidade quando comparado ao primeiro semestre. Ademais, o IGP-10 de outubro teve deflação de 1,04%, em linha com as expectativas, puxado pela manutenção da queda de preços industriais e variação negativa em maior intensidade para bens agrícolas.

Por fim, após anúncio da retomada de discussões de desindexação do orçamento público, o que poderia resultar em reajuste do salário-mínimo abaixo da inflação do ano anterior, o Ministério da Economia anunciou que não há a possibilidade de tal medida no próximo ano.

Leia o resumo completo de economia da semana

Juros e inflação

Ao longo dos últimos dias, as taxas esperadas de juros apresentaram uma leve queda. A semana foi marcada por receios relacionados ao processo de aperto monetário nas economias desenvolvidas devido, principalmente, a pressão inflacionária registrada em muitos países.

No Brasil, os investidores locais aguardam o desfecho do segundo turno da eleição presidencial, em um cenário em que o IGP-10 de outubro registra deflação e o IBC-BR (proxy do PIB do Banco Central) de agosto apresenta queda da atividade econômica local.

Enquanto isso, na economia norte-americana, o Livro Bege do FED, que coleta informações sobre a situação da economia americana, apontou piora das perspectivas da atividade econômica na margem devido à gargalos na oferta e inflação. Paralelo a isso, em meio à subida da taxa básica de juros e dados de inflação piores que o esperado, há otimismo para aumentos mais moderados nos preços. O mercado de trabalho segue apertado, entretanto, já parece haver alívio na contratação e retenção de mão de obra, de acordo com o relatório.

Além disso, as taxas de juros reais apresentaram uma singela queda ao longo da semana, refletindo uma redução na inflação esperada para os próximos anos.

A curva de juros pode ser compreendida como as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos prefixados sem cupom (ou seja, sem pagamentos semestrais), de hoje até uma determinada data futura, a partir dos contratos futuros de juros (ou DI). Entenda mais aqui.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 18/10 – NTN-B e LFT

Na terça-feira, o Tesouro Nacional (TN) ofertou 950 mil de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B). Além disso, ofertou 750 mil de Letras Financeiras do Tesouro (LFT), reduzindo expressivamente a oferta do primeiro título e mantendo o volume do segundo frente a semana anterior.

As NTN-Bs ofertadas foram parcialmente absorvidas. Nos três vencimentos, as taxas permaneceram abaixo de 6% a.a. e o volume financeiro foi cerca de R$ 3,4 bilhões.

O TN obteve resultado semelhante com o LFT, uma vez que foi também parcialmente, performance inferior à semana anterior. No vencimento único em 2029, a parcela prefixada foi de 0,1735, com um volume financeiro de R$ 5,4 bilhões.

Leilão do dia 20/10 – LTN e NTN-F

No leilão de quinta-feira, houve oferta de 14 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN), em vencimentos para os próximos quatro anos, e 500 mil Notas do Tesouro Nacional - Série F (NTN-F) divididas em duas séries de vencimentos em 2029 e 2033, aumentando o volume na primeira categoria e reduzindo na segunda frente a semana anterior.

O TN teve forte colocação e vendeu integralmente as LTNs, conseguindo atingir um volume financeiro de R$ 10,4 bilhões. A demanda pelos títulos aumentaram frente a semana anterior. Seguindo a mesma trajetória, as NTN-Fs também foram totalmente colocadas, somando cerca de R$ 935 milhões de volume financeiro.

Mercado Secundário

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B).
O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F).

Ambos são calculados pela Anbima e podem sofrer variações devido à dinâmica de oferta e demanda de títulos no mercado, reflexo das movimentações no cenário econômico.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Nesta semana, os títulos públicos apresentaram uma performance mista, em uma semana marcada por aversão a títulos de risco no mercado global, influenciada, principalmente por pressões inflacionárias ao redor do mundo - vide seção "Juros e Inflação" para mais detalhes. Além disso, as taxas de títulos mais longos permaneceram afastadas do patamar de IPCA + 6%, seguindo a tendência da semana anterior.

Acompanhe as taxas do títulos do Tesouro Direto disponíveis para compra e para resgate

Crédito Privado

Fluxo

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 563 milhões (ante R$ 360 milhões na semana anterior), R$ 341 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 400 milhões), R$ 131 milhões em CRIs (vs. 110,9 milhões) e R$ 283 milhões em CRAs (vs. R$ 266,1 milhões).

Os papeis mais negociados por classe de ativos foram as debêntures da Simpar (SIMH14), a debênture incentivada da CCR (CCROB6), CRI da Rede D'Or e, por fim, CRA da Yara Fertilizantes.

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados.

Nesta seção, analisamos os dados da Anbima de negociações definitivas de crédito privado, realizando um filtro cujo spread (diferença) entre os preços máximo e mínimo negociados representam mais do que 0,01% do volume negociado no dia, com o intuito de descartar o que acreditamos serem as operações diretas dentro de instituições.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

O que esperar - Semana de 24/10 a 28/10

Agenda econômica

No cenário internacional, o destaque será a divulgação dos dados de PMI e confiança do consumidor para os EUA, Zona do Euro e Alemanha. Além disso, venda de novas moradias, PIB, renda pessoal e deflator do PCE são os destaques para os EUA. Na Alemanha, será divulgado o CPI, PIB, e vendas no varejo. Por fim, há a expectativa da divulgação dos dados de PIB chinês, além de outros dados importantes relacionados à atividade do país, e a decisão de juro na Europa.

Já no Brasil, teremos a divulgação do IPCA-15 de outubro, a decisão do Copom acerca da taxa de juros Selic, taxa de desemprego da PNAD contínua, criação de empregos formais do CAGED, o IGP-M de outubro, dados fiscais e dados relacionados ao setor externo.

Leilões do Tesouro Nacional

Vencimentos de debêntures da próxima semana

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Os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710.

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