XP Expert

A semana na Renda Fixa (13/02 a 17/02)

O que aconteceu nesta semana na renda fixa? Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

Compartilhar:

  • Compartilhar no Facebook
  • Compartilhar no X
  • Compartilhar no Whatsapp
  • Compartilhar no LinkedIn
  • Compartilhar via E-mail
Onde Investir em 2025 banner

O que aconteceu nesta semana na renda fixa?
Depois de algumas semanas em alta, a curva de juros fechou em queda, com alívio na inclinação. As atenções dos agentes financeiros nesta semana se voltaram aos ruídos em torno das relações entre o Banco Central (BC), e o poder executivo. Ao que tudo indica, as instituições parecem agora demonstrar maior coordenação entre as políticas monetária e fiscal.

Apesar do alívio recente, entendemos que o mercado permanecerá atento a todas as movimentações em torno da política monetária e fiscal do país.

Na esteira de dados expansionistas da economia norte-americana, os rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) fecharam a semana em alta. O T-note de 2 anos avançou para 4,6%, enquanto o T-note de 10 anos subiu para 3,82%.

O que esperar para a próxima semana?
No Brasil, a semana do carnaval deve contribuir para reduzir a temperatura do debate acerca dos juros e da meta de inflação. Na sexta-feira, será divulgado o índice de inflação ao consumidor de meio de fevereiro (IPCA-15).

Para facilitar a navegação pelo conteúdo, utilize o índice à esquerda da página.

Cenário macroeconômico

Nesta semana, no âmbito doméstico, o presidente do Banco Central (BC) buscou reduzir a tensão entre a autoridade monetária e o governo. Em entrevista, Campos Neto afirmou que o BC deve trabalhar em conjunto com o Poder Executivo para o bem da economia brasileira, e destacou que o foco do BC é melhorar as condições sociais e o bem-estar por meio da contenção da inflação. 

No campo fiscal, o Ministro da Fazenda Fernando Haddad afirmou que a apresentação do novo arcabouço fiscal será antecipada para março. O novo marco vai dar diretrizes sobre despesas e receitas nos próximos anos, em substituição ao atual teto de gastos. Além disso, o Presidente Lula disse mais uma vez que não há razão para os juros estarem tão altos, pois – ao seu ver – a atual alta da inflação não é impulsionada pela demanda. 

Enquanto isso, nos EUA, a inflação resistente e números sólidos da atividade econômica – mercado de trabalho, vendas no varejo – começam a levantar a hipótese do banco central americano (Fed) ter que reacelerar o ritmo de alta de juros. No continente europeu, a economia da região provou ser mais resiliente do que se temia diante da guerra na Ucrânia, com o PIB revisado devendo confirmar um crescimento de 0,1% no último trimestre de 2022. 

Leia o resumo completo de economia da semana

Juros e inflação

Depois de algumas semanas em alta, a curva de juros fechou em queda, com alívio na inclinação. As atenções dos agentes financeiros nesta semana se voltaram aos ruídos em torno das relações entre o Banco Central (BC), e o poder executivo. Ao que tudo indica, as instituições parecem agora demonstrar maior coordenação entre as políticas monetária e fiscal.

A melhora na percepção de risco dos agentes também foi respaldada pela confirmação do Conselho Monetário Nacional (CMN) de que não há expectativa de alterar a meta de inflação e pela declaração do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, de que pode antecipar para março a apresentação da nova âncora fiscal. 

Apesar do alívio recente, entendemos que o mercado permanecerá atento a todas as movimentações em torno da política monetária e fiscal do país.

Na esteira de dados expansionistas da economia norte-americana, os rendimentos (yields) dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) fecharam a semana em alta. O T-note de 2 anos avançou para 4,6%, enquanto o T-note de 10 anos subiu para 3,82%.

A curva de juros pode ser compreendida como as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos prefixados sem cupom (ou seja, sem pagamentos semestrais), de hoje até uma determinada data futura, a partir dos contratos futuros de juros (ou DI). Enquanto isso, a Taxa Selic Esperada é a rentabilidade da taxa básica de juros esperada no final de cada período. Entenda mais aqui.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 14/02 – NTN-B e LFT

Na terça-feira, o Tesouro Nacional (TN) ofertou 800 mil Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B). Além disso, ofertou 2 milhões de Letras Financeiras do Tesouro (LFT), expandindo a oferta para ambas categorias.

As NTN-Bs ofertadas foram parcialmente absorvidas em todos os vencimentos. Nos três vencimentos, as taxas ficaram acima de 6,0% a.a. e o volume financeiro foi de, aproximadamente, R$ 2,5 bilhões.

O TN obteve performance semelhante com as LFTs, uma vez que foram parcialmente absorvidas também. Nos vencimentos, o volume financeiro somado foi cerca de R$ 12,7 bilhões.

Leilão do dia 16/02 – LTN e NTN-F

No leilão de quinta-feira, houve oferta de 10 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN), com vencimentos para os próximos três anos, e 650 mil Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F), divididas em duas séries de vencimentos em 2029 e 2033. Houve manutenção da oferta para a primeira categoria de título e redução para a segunda.

O TN obteve demanda para uma parcela das LTNs ofertadas. O volume financeiro totalizou R$ 6,7 bilhões.

As NTN-Fs, por sua vez, também foram parcialmente colocadas. Nos dois vencimentos, as taxas ficaram acima de 13% a.a. e o volume financeiro foi de R$ 550 milhões.

Mercado Secundário

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F).

Ambos são calculados pela Anbima e podem sofrer variações devido à dinâmica de oferta e demanda de títulos no mercado, reflexo das movimentações no cenário econômico.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Depois de algumas semanas em alta, a curva de juros fechou em queda, com alívio na inclinação. As atenções dos agentes financeiros nesta semana se voltaram aos ruídos em torno das relações entre o Banco Central (BC), e o poder executivo - vide seção "Juros e Inflação" para mais detalhes. Nessa semana, os títulos públicos federais apresentaram valorização. Além disso, as taxas de títulos mais longos de inflação ficaram abaixo do patamar de IPCA + 6,3% e os prefixados fecharam abaixo de 13%.

Acompanhe as taxas do títulos do Tesouro Direto disponíveis para compra e para resgate

Crédito Privado

Fluxo

Nesta seção, analisamos os dados da Anbima de negociações definitivas de crédito privado, realizando um filtro cujo spread (diferença) entre os preços máximo e mínimo negociados representam mais do que 0,01% do volume negociado no dia, com o intuito de descartar o que acreditamos serem as operações diretas dentro de instituições.

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 887 milhões (ante R$ 1.351 milhões na semana anterior), R$ 349 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 285 milhões), R$ 137 milhões em CRIs (vs. 95 milhões) e R$ 248 milhões em CRAs (vs. R$ 210 milhões).

Os papéis mais negociados por classe de ativos foram as debêntures da Eletrobras (ELET13), a debênture incentivada da Cemig (CMGD28), CRI do Corp. HSI Bemol e, por fim, CRA da ECTP.

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira não são considerados.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

O que esperar - Semana de 20/02 a 24/02

Agenda econômica

A semana do carnaval deve contribuir para reduzir a temperatura do debate acerca dos juros e da meta de inflação. Na sexta-feira, será divulgado o índice de inflação ao consumidor de meio de fevereiro (IPCA-15).

No cenário internacional, o destaque será a inflação. Nos EUA serão divulgados os dados de consumo e deflator do consumo das famílias. O deflator do consumo é a medida favorita de inflação do Fed. Um número mais forte pode aquecer as apostas na reaceleração dos juros. Teremos também inflação ao consumidor na Alemanha e no México.

Leilões do Tesouro Nacional

Devido ao carnaval, não haverá leilão na terça-feira (21).

Vencimentos de debêntures da próxima semana

Não há vencimentos para a próxima semana.

Relatórios recentes em destaque

Renda Fixa

Outras editorias

Gostou? Tem alguma sugestão? Não deixe de avaliar e deixar seus comentários!

XPInc CTA

Se você ainda não tem conta na XP Investimentos, abra a sua!

XP Expert

Avaliação

O quão foi útil este conteúdo pra você?


Newsletter
Newsletter

Gostaria de receber nossos conteúdos por e-mail?

Cadastre-se e receba grátis nossos relatórios e recomendações de investimentos

Disclaimer:

Este material foi elaborado pela XP Investimentos CCTVM S/A (“XP Investimentos” ou “XP”) tem caráter meramente informativo, não constitui e nem deve ser interpretado como sendo material promocional, solicitação de compra ou venda, oferta ou recomendação de qualquer ativo financeiro, investimento, sugestão de alocação ou adoção de estratégias por parte dos destinatários. Os prazos, taxas e condições aqui contidas são meramente indicativas. As informações contidas neste relatório foram consideradas razoáveis na data em que ele foi divulgado e foram obtidas de fontes públicas consideradas confiáveis. A XP Investimentos não dá nenhuma segurança ou garantia, seja de forma expressa ou implícita, sobre a integridade, confiabilidade ou exatidão dessas informações. Este relatório também não tem a intenção de ser uma relação completa ou resumida dos mercados ou desdobramentos nele abordados.
Os instrumentos financeiros discutidos neste material podem não ser adequados para todos os investidores. Este material não leva em consideração os objetivos de investimento, situação financeira ou necessidades específicas de qualquer investidor. Os investidores devem obter orientação financeira independente, com base em suas características pessoais, antes de tomar uma decisão de investimento. A XP Investimentos não se responsabiliza por decisões de investimentos que venham a ser tomadas com base nas informações divulgadas e se exime de qualquer responsabilidade por quaisquer prejuízos, diretos ou indiretos, que venham a decorrer da utilização deste material ou seu conteúdo. Os desempenhos anteriores não são necessariamente indicativos de resultados futuros. Este relatório é destinado à circulação exclusiva para a rede de relacionamento da XP Investimentos, incluindo agentes autônomos da XP e clientes da XP, podendo também ser divulgado no site da XP. Fica proibida sua reprodução ou redistribuição para qualquer pessoa, no todo ou em parte, qualquer que seja o propósito, sem o prévio consentimento expresso da XP Investimentos. A Ouvidoria da XP Investimentos tem a missão de servir de canal de contato sempre que os clientes que não se sentirem satisfeitos com as soluções dadas pela empresa aos seus problemas. O contato pode ser realizado por meio do telefone: 0800 722 3710.

A XP Investimentos CCTVM S/A, inscrita sob o CNPJ: 02.332.886/0001-04, é uma instituição financeira autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.Toda comunicação através de rede mundial de computadores está sujeita a interrupções ou atrasos, podendo impedir ou prejudicar o envio de ordens ou a recepção de informações atualizadas. A XP Investimentos exime-se de responsabilidade por danos sofridos por seus clientes, por força de falha de serviços disponibilizados por terceiros. A XP Investimentos CCTVM S/A é instituição autorizada a funcionar pelo Banco Central do Brasil.


Este site usa cookies e dados pessoais de acordo com a nossa Política de Cookies (gerencie suas preferências de cookies) e a nossa Política de Privacidade.