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A semana na Renda Fixa (08/05 a 12/05)

O que aconteceu nesta semana na renda fixa? Acompanhe os principais movimentos da semana no mercado de renda fixa e o que esperar para a semana que se inicia.

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O que aconteceu nesta semana na renda fixa?
As taxas futuras de juros terminaram a semana com leve alta nos vértices curtos, enquanto houve fechamento da curva nos vértices de médio e longo prazo. Os principais destaques foram (i) a indicação do secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a diretoria de política monetária do Banco Central (BC); (ii) a ata do Copom; (iii) o IPCA de abril acima da mediana do mercado; (iv) a perspectiva de que o arcabouço fiscal possa sair mais restritivo do Congresso Nacional; e (v) a elevada demanda por títulos públicos.

No cenário internacional, apesar de a inflação ao consumidor de abril nos EUA ter vindo abaixo do consenso de mercado, a possibilidade de manutenção de juros elevados pelo Federal Reserve (Fed) e as expectativas de inflação ainda altas fortaleceram os rendimentos das Treasuries na semana. Comparando com o fechamento da sexta-feira anterior (05), a taxa de 2 anos passou de 3,92% para 3,98% e a de 10 anos saiu de 3,44% para 3,46%. 

O que esperar para a próxima semana?
Na semana que vem, no Brasil, atenções voltadas para a votação do projeto de lei do novo arcabouço fiscal na Câmara e no Senado. Na seara de indicadores, o IBGE publicará os números da Pesquisa Mensal do Comércio e Pesquisa Mensal de serviços, ambos de março, e o BCB divulgará o IBC-Br, proxy mensal do PIB, também referente à março.

Para facilitar a navegação pelo conteúdo, utilize o índice à esquerda da página.

Cenário macroeconômico

No Brasil, os destaques foram a indicação de Gabriel Galípolo como novo diretor do Banco Central e a ata do Copom, que manteve o tom duro. Ademais, o IPCA desacelerou de 0,71% em março para 0,61% em abril, acima da mediana do mercado, de 0,55%. A surpresa com o índice cheio foi acompanhada também por aceleração da média dos cinco núcleos de inflação acompanhados pelo Banco Central, de 0,37% para 0,51%, demostrando o processo lento e resistente de desinflação em curso.

No cenário internacional a inflação ao consumidor dos Estados Unidos ficou abaixo do esperado e trouxe otimismo ao mercado. As atenções se voltaram também para os debates acerca do limite à dívida pública americana.

Na China, dados baixos do setor externo e da inflação sugerem que a atividade econômica pode não estar se recuperando como o imaginado. O Banco da Inglaterra voltou a elevar sua taxa básica de juros em 0,25 p.p.

Leia o resumo completo de economia da semana

Juros e inflação

As taxas futuras de juros terminaram a semana com leve alta nos vértices curtos, enquanto houve fechamento da curva nos vértices de médio e longo prazo. Os principais destaques foram (i) a indicação do secretário-executivo da Fazenda, Gabriel Galípolo, para a diretoria de política monetária do Banco Central (BC); (ii) a ata do Copom; (iii) o IPCA de abril acima da mediana do mercado; (iv) a perspectiva de que o arcabouço fiscal possa sair mais restritivo do Congresso Nacional; e (v) a elevada demanda por títulos públicos.

O movimento altista no curto prazo da curva reflete, principalmente, as preocupações, com a nomeação de Galípolo ao BC, pois, de acordo com agentes do mercado, o secretário-executivo do Ministério da Fazenda pode aumentar os ruídos na comunicação da autarquia. Além disso, os dados de inflação referente ao mês de abril, acima da mediana do mercado, e a ata do Copom, com sinalizações “hawkish” (favoráveis ao aperto monetário), contribuíram para elevar as taxas no curto prazo.

Em contrapartida, a ponta longa da curva foi influenciada pelo otimismo com a inclusão de mecanismos de controle (“enforcement”) no novo arcabouço fiscal e pelo leilão de prefixados na semana. O Tesouro Nacional conseguiu colocar o lote integral de LTNs e de NTN-Fs a taxas mais baixas, em um sinal de que há elevada procura pelos papéis.

No cenário internacional, apesar de a inflação ao consumidor de abril nos EUA ter vindo abaixo do consenso de mercado, a possibilidade de manutenção de juros elevados pelo Federal Reserve (Fed) e as expectativas de inflação ainda altas fortaleceram os rendimentos das Treasuries na semana. Comparando com o fechamento da sexta-feira anterior (05), a taxa de 2 anos passou de 3,92% para 3,98% e a de 10 anos saiu de 3,44% para 3,46%. 

A curva de juros pode ser compreendida como as expectativas dos rendimentos médios de títulos públicos prefixados sem cupom (ou seja, sem pagamentos semestrais), de hoje até uma determinada data futura, a partir dos contratos futuros de juros (ou DI). Enquanto isso, a Taxa Selic Esperada é a rentabilidade da taxa básica de juros esperada no final de cada período. Entenda mais aqui.

Títulos públicos

Mercado primário (leilões)

Para mais informações sobre o funcionamento de leilões de títulos públicos, clique aqui.

Leilão do dia 09/05 – NTN-B e LFT

Na terça-feira, o Tesouro Nacional (TN) ofertou 1,5 milhão de Notas do Tesouro Nacional – Série B (NTN-B). Além disso, ofertou 600 mil Letras Financeiras do Tesouro (LFT), reduzindo a oferta para a primeira categoria e aumentando para a segunda, em comparação ao último leilão.

As NTN-Bs ofertadas foram totalmente absorvidas, com todos os vencimentos com taxas inferiores a 6% a.a.. Por sua vez, o volume financeiro foi de, aproximadamente, R$ 6,3 bilhões.

Por outro lado, o TN não obteve performance semelhante com as LFTs, uma vez que foram parcialmente absorvidas. No vencimento de 2029, único demandado, o volume financeiro foi cerca de R$ 3,9 bilhões.

Leilão do dia 11/05 – LTN e NTN-F

No leilão de quinta-feira, houve oferta de 20 milhões de Letras do Tesouro Nacional (LTN), com vencimentos para os próximos três anos, e 450 mil Notas do Tesouro Nacional – Série F (NTN-F), divididas em duas séries de vencimentos em 2029 e 2033. Houve aumento para a primeira categoria e redução para a segunda, em comparação com o volume da semana anterior.

O TN obteve demanda para a totalidade das LTNs ofertadas. O volume financeiro atingiu R$ 15,1 bilhões. Além disso, vale mencionar que todos os vértice fecharam abaixo do patamar de 13% a.a..

As NTN-Fs, por sua vez, também foram totalmente colocadas. Com taxas inferiores a 13% a.a., o volume financeiro foi de R$ 0,4 bilhão.

Vale mencionar ainda que ambas as categorias conseguiram demanda integral a taxas inferiores ao consenso de mercado.

Mercado Secundário

O IMA-B representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos indexados ao IPCA (NTN-B). O IRF-M representa a evolução, a preços de mercado, da carteira de títulos públicos prefixados (LTN e NTN-F).

Ambos são calculados pela Anbima e podem sofrer variações devido à dinâmica de oferta e demanda de títulos no mercado, reflexo das movimentações no cenário econômico.

O preço dos títulos sobe quando a expectativa de juro futuro cai (e vice-versa) devido à relação inversa entre os dois. Esse mecanismo que mostra o efeito dos juros sobre preços é a marcação a mercado. Entenda mais aqui.

Acompanhe as taxas do títulos do Tesouro Direto disponíveis para compra e para resgate

Crédito Privado

Fluxo

Nesta seção, analisamos os dados da Anbima de negociações definitivas de crédito privado, realizando um filtro cujo spread (diferença) entre os preços máximo e mínimo negociados representam mais do que 0,01% do volume negociado no dia, com o intuito de descartar o que acreditamos serem as operações diretas dentro de instituições.

Na última semana, o fluxo médio diário de negociações em debêntures não incentivadas foi de R$ 839 milhões (ante R$ 713 milhões na semana anterior), R$ 549 milhões em debêntures incentivadas (vs. R$ 441 milhões), R$ 139 milhões em CRIs (vs. 203 milhões) e R$ 276 milhões em CRAs (vs. R$ 292 milhões).

Os papéis mais negociados por classe de ativos foram as debêntures da B3 (BSA316), a debênture incentivada da Elektro Redes (EKTRC1), o CRI da GTIS e, por fim, o CRA da Klabin.

Como não são disponibilizados a tempo da publicação do relatório, os dados desta sexta-feira serão considerados no acumulado da próxima semana.

Ações de rating

Ratings são notas atribuídas por agências classificadoras de risco de crédito que podem impactar diretamente seus investimentos em Renda Fixa. Entenda mais aqui.

O que esperar – Semana de 15/05 a 19/05

Agenda econômica

No Brasil, atenções voltadas para a votação do projeto de lei do novo arcabouço fiscal na Câmara e no Senado. Na seara de indicadores, o IBGE publicará os números da Pesquisa Mensal do Comércio e Pesquisa Mensal de serviços, ambos de março, e o BCB divulgará o IBC-Br, proxy mensal do PIB, também referente à março.

No cenário internacional, serão divulgados dados de atividade na China e dos EUA. Para os Estados Unidos, destaque também para o pronunciamento de diretores regionais e do presidente do Federal Reserve. Além disso, relativo à Zona do Euro, serão publicadas a inflação ao consumidor de abril, produção industrial de março e a prévia do PIB do 1º trimestre. Por fim, na Alemanha, a divulgação do índice de preços ao produtor será destaque.

Leilões do Tesouro Nacional

Vencimentos de debêntures da próxima semana

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