IBOVESPA -2,6% | 119.710 Pontos
CÂMBIO 1,64% | 5,31/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Poucas foram as ações que fecharam no campo positivo no dia de ontem. Não só no Brasil, como mundo afora: o Ibovespa derreteu 2,6% e teve sua maior queda desde março, seguindo as principais bolsas americanas, que também tiveram seus piores pregões desde janeiro (é o caso do Dow Jones, que caiu 1,99%) e fevereiro (como o S&P e o Nasdaq que recuaram 2,1% e 2,6%, respectivamente). As taxas futuras de juros encerraram a sessão de ontem em forte alta: DI jan/22 fechou em 4,885%; DI jan/24 encerrou em 7,72%; DI jan/26 foi pra 8,56%; e DI jan/28 fechou em 9,02%.
No radar dos investidores estavam os dados de inflação (CPI, na sigla em inglês) acima das expectativas do consenso de mercado da economia norte-americana divulgados ontem pela manhã. O indicador registrou alta de 0,8% em abril, levando o acumulado em doze meses a 4,2% – a maior alta desde 2008. Com o resultado, esperamos que o indicador alcance 4,6% ano/ano em maio, antes de arrefecer para 3,4% ao final do ano.
O maior receio é que o Fed, Banco Central dos EUA, também conhecido como o maior aspirador de dinheiro do mundo (vale dizer que hoje esse aspirador encontra-se desligado), suba os juros mais depressa que o esperado para conter a alta dos preços. Se isso acontecer, o dinheiro “do futuro” valeria menos hoje, o que diminui o valor das empresas e ainda “aspira” a liquidez dos mercados. Não à toa, tivemos uma quarta-feira típica de “Sell in May”.
Nesta manhã, o mal-estar continua: bolsas internacionais amanhecem em queda (EUA -0,4% e Europa -1,3%) e direcionam-se para 4º dia consecutivo de baixa. Hoje, o principal destaque internacional será a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI), que ganhou particular relevância após a surpresa no CPI.
No Brasil, hoje temos a divulgação do IBC-BR de março após surpresas com os resultados de varejo na semana passada e com o indicador mensal de serviços. As receitas de serviços contraíram em março, como reflexo do aperto das restrições de mobilidade. Ainda assim, o setor terciário mostrou expansão no 1º trimestre de 2021. Esperamos que a economia tenha recuado 3,3% m/m no mês (+6,3% a/a).
Do lado das empresas, tivemos a divulgação de resultados corporativos da Yduqs, Estapar, IMC, Via Varejo, Banrisul, Trisul, MRV, d1000, Locaweb, Equatorial, EDP, Aeris e BRF. Não deixem de conferir todos eles em nosso site de conteúdo.
Tópicos do dia
Acesse aqui o relatório internacional
Agenda de resultados
IMC (MEAL3): Antes da abertura
Ânima (ANIM3): Após o fechamento
Lojas Renner (LREN3): Após o fechamento
Even (EVEN3): Após o fechamento
Grupo Mateus (GMAT3): Após o fechamento
Lavvi (LAVV3): Após o fechamento
Melnick (MELK3): Após o fechamento
Mills (MILS3): Após o fechamento
Mosaico (MOSI3): Após o fechamento
Sanepar (SAPR11): Após o fechamento
Westwing (WEST3): Após o fechamento
Bradespar (BRAP4): Após o fechamento
EzTec (EZTC3): Após o fechamento
Cyrela (CYRE3): Após o fechamento
Sabesp (SBSP3): Após o fechamento
Br Malls (BRML3): Após o fechamento
Alliar (AALR3): Após o fechamento
Calendário do 1T21
Temporada de resultados do 1º trimestre 2021 – o que esperar?
Economia

- Atenções voltadas para o inflação ao produtor nos EUA, após surpresa inflacionária de ontem
Política

- Senado vota projeto que suspende reajuste de medicamentos
- Relator promove alterações em parecer sobre medida provisória da Eletrobrás
- Sessão tensa em CPI tem pedido de prisão e bate-boca entre Renan e Flávio Bolsonaro
Empresas

- Equatorial Energia (EQTL3): Análise dos resultados do 1T21
- Via (VVAR3): Acelerando crescimento; Marketplace como o destaque do 1T21
- BRF (BRFS3): Apesar de margens pressionadas, a estratégia de valor agregado mais uma vez compensa
- Locaweb (LWSA3): Resultados sólidos no 1T21
- EDP Energias do Brasil (ENBR3): Resultado do 1T21 acima das nossas expectativas; Controle de custos é destaque positivo
- Yduqs (YDUQ3) – 1T21: Início difícil para 2021 com captação pouco inspiradora e pressão nas margens
- Aeris (AERI3): Resultados em linha com o esperado no 1T21, com EBITDA de R$57 milhões +3% vs. nossas estimativas e consenso
- MRV (MRVE3) – 1T21: Resultados mais fortes do que o esperado impulsionado pela AHS
- Banrisul (BRSR6): Lucros sólidos, resultados fracos | Revisão do 1T21
- Trisul (TRIS3) – 1T21: Melhores resultados e sólida margem bruta
- Estapar (ALPK3): Resultados fracos penalizados pela redução da mobilidade
- IMC (MEAL3): segunda onda de Covid prejudica resultados; mantemos Neutro
- d1000 (DMVF3): Resultado do 1T21 melhor do que esperado; Indicações positivas para frente
- CSN Mineração (CMIN3): Anúncio de um novo contrato de pré-pagamento de exportação
- Méliuz (CASH3): Aquisição de um e-commerce social
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
ESG

- Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 13/05
Veja todos os detalhes
Economia
Atenções voltadas para o inflação ao produtor nos EUA, após surpresa inflacionária de ontem
- O principal destaque de ontem foi a divulgação do índice de ao consumidor medido pelo CPI nos EUA. O indicador registrou alta de 0,8% em abril, levando o acumulado em doze meses a 4,2% – a maior alta desde 2008. O resultado acima do esperado foi puxado principalmente por alta recorde no preço de carros usados (que registraram alta de 10% no período), além de commodities e setores mais sensíveis a normalização da atividade, como hospedagem e passagens de avião. Com o resultado, esperamos que o indicador alcance 4,6% y/y em maio, antes de arrefecer para 3,4% ao final do ano. A reação nos juros futuros, entretanto, foi contida. As Treasuries de 5, 10 e 30 anos sobem menos de 1 bp nessa manhã, com o título de 10 anos operando a 1,70% a/a;
- Ainda nos EUA, o oleoduto que entre Texas e Nova York voltou a operar no fim da tarde ontem, mas deve levar alguns dias para que haja normalização no abastecimento dos postos de combustíveis;
- No Brasil, o setor de serviços, medido pela PMS, registrou alta de 4,5% na comparação entre março de 2021 e março de 2020, acima das expectativas. Em relação a fevereiro, entretanto, as receitas contraíram 4%. Este recuo decorreu, em grande medida, do aperto das medidas de distanciamento social para contenção da ‘segunda onda’ da pandemia;
- Começou o julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a incidência do ICMS na base de cálculo no PIS/Cofins, que pode significar uma perda bilionária para a Receita Federal ao longo dos próximos anos. Em um primeiro passo rumo ao desfecho de um impasse, a ministra Cármen Lúcia votou para a nova metodologia de cálculo seja aplicada sobre cobranças feitas após o julgamento original do caso, em março de 2017. Para datas anteriores a isso, a exclusão (e consequente crédito referente aos valores) valeria apenas para empresas que já houvesse ingressado com ações judiciais ou procedimentos administrativos sobre o tema. Ver mais detalhes no material do time XP Política, que tem apurado de perto o julgamento;
- No debate do orçamento de 2021, o governo deve encaminhar um projeto de lei para restituir em torno de R$ 2.5 bilhões o orçamento de ministérios, principalmente para o Ministério do Desenvolvimento Regional tocar o programa Casa Verde e Amarela e ao Ministério do Meio Ambiente. Com o objetivo de atender mais demandas dos ministérios, há a previsão de um segundo projeto, a ser entregue após o próximo dia 22 – dia da divulgação do próximo relatório bimestral de receitas e despesas, publicado pelo Tesouro Nacional – que reduzirá a previsão orçamentária de obrigatórias, liberando até R$ 2 bilhões dentro do teto de gastos. Outras revisões, sobre o Benefício de Prestação Continuada (BPC), por exemplo, estão sendo analisadas;
- Na agenda do dia, destaque para a divulgação do índice de preços ao produtor (PPI) nos EUA, às 9:30, que ficou ainda mais relevante após a forte surpresa no CPI ontem. A expectativa é de 0.3% m/m e 5.8% y/y no headline e 0.4% m/m e 3.8% y/y no núcleo. No mesmo horário saem os dados semanais de seguro-desemprego;
- No Brasil, o BC divulga o IBC-BR de março após surpresas com os resultados de varejo na semana passada e com o indicador mensal de serviços. Esperamos que a economia tenha recuado 3.3% m/m no mês (+6.3% y/y) e chamamos atenção a uma descontinuidade no ajuste sazonal entre o 6.3% y/y e o 6.4% y/y, se o crescimento vier 0.1 p.p. melhor que o esperado no y/y, a queda no m/m s.a. passa para pouco mais de 1.5%. Dito isso, o consenso espera recuo de 3.4% no mês e crescimento de 6% y/y.
Política
Senado vota projeto que suspende reajuste de medicamentos
- No plenário, o Senado vota hoje o PL 939/2021, que proíbe o reajuste de medicamentos em 2021 e anula os que já foram concedidos neste ano. O tema entrou na pauta por acordo na última reunião de líderes, depois da desistência do relator, Eduardo Braga, de inserir no mesmo texto a suspensão do reajuste também de planos de saúde.
Relator promove alterações em parecer sobre medida provisória da Eletrobrás
- No plenário, o Senado vota hoje o PL 939/2021, que proíbe o reajuste de medicamentos em 2021 e anula os que já foram concedidos neste ano. O tema entrou na pauta por acordo na última reunião de líderes, depois da desistência do relator, Eduardo Braga, de inserir no mesmo texto a suspensão do reajuste também de planos de saúde.
Sessão tensa em CPI tem pedido de prisão e bate-boca entre Renan e Flávio Bolsonaro
- Sessão de depoismentos de quarta-feira da CPI da Pandemia teve momentos tensos, pedido de prisão do depoente, o ex-secretário de Comunicação do Planalto Fábio Wajngarten, e bate-boca entre Renan Calheiros e Flávio Bolsonaro. O acirramento dos ânimos atende aos dois lados na guerra midiática da CPI, mas deixa o ambiente do Senado mais longe da pacificação recomendada para avanço em outras matérias no plenário. O Planalto agora quer fazer com que Eduardo Pazuello, que depõe na próxima quarta, possa permanecer em silêncio.
Empresas
Equatorial Energia (EQTL3): Análise dos resultados do 1T21
- Em 12 de maio, a Equatorial Energia divulgou os resultados do 1T21. O Lucro Líquido foi de R$ 375 milhões, abaixo (-6,3%) de nossa estimativa de R$ 400,4 milhões e do consenso de mercado da Bloomberg de R$398,0 (-5,8%). O EBITDA ajustado (cálculos da empresa, refletindo principalmente a remoção de efeitos contábeis não-caixa do segmento de transmissão, linha com nossa metodologia) ficou em R$ 981,0 milhões, acima de nossa estimativa de R$ 826,5 milhões (+18,7%) e do consenso de mercado da Bloomberg de R$876,8 (+11,9%);
- Outros destaques operacionais incluem: o volume total de energia distribuída atingiu 5.804 GWh, com crescimento consolidado de +4,0% em relação ao mesmo trimestre do ano anterior, com destaque para o Maranhão, Piauí e Pará, que tiveram crescimento de +5,4%, +5,4 % e +3,7%, respectivamente;
- Temos uma visão ligeiramente positiva sobre os resultados da Equatorial no 1T21, uma vez que o EBITDA Ajustado divulgado ficou acima de nossas estimativas. Mantemos nossa recomendação Neutra na Equatorial Energia, com um preço-alvo de R$24/ação.
Via (VVAR3): Acelerando crescimento; Marketplace como o destaque do 1T21
- Via reportou sólidos resultados referentes ao primeiro trimestre de 2021 (1T21), em linha com nosso EBITDA, porém com lucro 10% abaixo devido a maiores despesas financeiras. O principal destaque do resultado foi a aceleração no crescimento de GMV online (+123% A/A vs. +106% no 4T20), sendo principalmente puxado pelo marketplace (+124% A/A vs. +84% no 4T20);
- A companhia expandiu margem bruta (+0,7p.p.) por conta de um impacto positivo de um benefício fiscal, porém houve uma queda de margem EBITDA decorrente a maiores investimentos no digital e menor alavancagem operacional por conta da queda de receita nas lojas físicas (-9,6% A/A) e investimento em time de tecnologia;
- Esperamos uma reação positiva do mercado uma vez que houve uma forte aceleração do crescimento do GMV online, com destaque para o marketplace, e acima do reportado por MELI (+92% A/A). Mantemos nossa recomendação de Neutro e preço alvo de R$20,0 por ação para o fim de 2021 para VVAR. Leia o relatório completo aqui.
BRF (BRFS3): Apesar de margens pressionadas, a estratégia de valor agregado mais uma vez compensa
- A BRF reportou resultados resilientes no 1T21, em grande parte alinhados com as nossas estimativas: embora os aumentos de preços não tenham sido suficientes para compensar as pressões nos custos devido ao aumento nos preços dos grãos, ainda assim o EBITDA ajustado consolidado veio 6% acima das nossas expectativas e atingiu R$ 1,2 bilhão (-4% A/A). Clique aqui para o relatório completo;
- O ponto-chave para esse resultado, a nosso ver, é que a BRF conseguiu aumentar os preços de seus produtos em 20% no trimestre em nível consolidado: um forte desempenho considerando a frágil situação econômica do Brasil. Do lado ruim, o aumento do preço dos grãos ainda foi mais forte, +25% A/A, comprimindo a margem bruta, que foi de 25% no 1T20 para 21% no 1T21, e ficou 90 pontos base abaixo da nossa estimativa de 22%;
- Os preços do milho e da soja continuam em tendência de alta em todo o mundo, com isso acreditamos que o “lado das commodities” do negócio deve permanecer em destaque no curto prazo devido ao seu impacto negativo nas margens;
- Apesar do trimestre agridoce, continuamos construtivos com a tese de investimento de médio e longo prazo da BRF. Mantemos nosso recomendação de Compra para a BRF com um preço-alvo de R$ 30 por ação.
Locaweb (LWSA3): Resultados sólidos no 1T21
- Locaweb reportou resultados sólidos referentes ao primeiro trimestre de 2021 (1T21) em linha com as nossas estimativas. O forte desempenho da receita líquida (+53,9,3% A/A) foi principalmente impulsionado pelo crescimento segmento de Commerce. Destacamos novamente o recorde de aceleração de +44,4% T/T de adição de novas lojas no segmento de Commerce, contribuindo para a maior participação do segmento na receita total (de 21,9% em 1T20 para 40,4% no 1T21);
- Esperamos uma reação positiva do mercado refletindo os resultados sólidos no 1T21, bem como o resultado positivo das recentes integrações de empresas adquiridas. Conforme mencionado em nosso relatório recente, continuamos otimistas com as perspectivas futuras, visto que vemos espaço para uma maior consolidação do mercado, dada a sólida posição de caixa após seu recente aumento de capital, enquanto acreditamos que a Locaweb possui um ecossistema digital completo para capturar e reter pequenas e médias empresas no canal digital. A companhia reportou o status quanto a integração das dez aquisições que realizou desde o seu IPO em fev/20, evidenciando uma sólida execução na captura de sinergias, trazendo um ARR (receita anual recorrente) contratado de R$172 milhões (incluindo Bling – ERP). Com isso, mantemos nossa recomendação de Compra e preço alvo de R$32,0 por ação para o fim de 2021 para LWSA3;
- Clique aqui para conferir o relatório completo.
EDP Energias do Brasil (ENBR3): Resultado do 1T21 acima das nossas expectativas; Controle de custos é destaque positivo
- Em 12 de maio, após o fechamento do mercado, a EdP Energias do Brasil reportou um EBITDA Ajustado do 1T21 de R$ 782,2 milhões, muito acima (+26,9%) da nossa estimativa de R$ 616,6 milhões e acima do consenso da Bloomberg de R$753,7 milhões (+3,8%);
- Esse desempenho reflete uma combinação de (i) uma margem de contribuição (receita menos custos de compra de energia e encargos de transmissão) melhor que nossas expectativas e (ii) custos gerenciáveis (pessoal, materiais, serviços e outros, normalmente agrupados sob a sigla PMSO) -3,9% abaixo das nossas expectativas e -0,7% inferiores aos níveis do 1T20, o que sinaliza um forte controle de custos pela companhia que consideramos positivo;
- O lucro líquido reportado no 1T21 foi de R$ 495,8 milhões, bem acima do nossos R$ 261,0 milhões e do consenso de R$ 295,1 milhões, refletindo principalmente a melhor performance nas linhas de resultados operacionais (receitas e custos);
- Temos uma visão positiva dos resultados da EDP no 1T21 dado que os números de EBITDA e Lucro vieram acima das nossas expectativas. Ressaltamos como positivo o controle de custos gerenciáveis (aqueles sobre os quais a companhia tem espaço de gestão para reduzir) apresentado no trimestre. Mantemos recomendação de Compra na EdP Energias do Brasil, com preço-alvo de R$21/ação.
Yduqs (YDUQ3) – 1T21: Início difícil para 2021 com captação pouco inspiradora e pressão nas margens
- A Yduqs registrou uma redução de 34% na sua captação consolidada para graduação com a pressão negativa da Covid-19 no trimestre. Além disso, como resultado de um ciclo de captação mais difícil e mais longo, a empresa gastou mais em marketing e teve maiores provisões para devedores duvidosos, como resultado de um ambiente macroeconômico pior também devido à pandemia;
- A base de alunos presencial atingiu em 282 mil alunos, 12% abaixo do ano anterior e 20% abaixo de nossas estimativas.
- No que diz respeito ao ensino a distância, o número de alunos atingiu 435 mil, o que representa um crescimento de 39% em relação ao ano anterior, mas 13% abaixo das nossas estimativas;
- A receita líquida atingiu R$1,08M, uma melhora de 17% em relação ao 1T20 e apenas 1% abaixo de nossas estimativas;
- Maiores provisões para devedores duvidosos impactadas pela Covid e maiores despesas de marketing devido a um ciclo de captação mais difícil e mais longo levaram a uma redução de 7,9pp na margem EBITDA. Consequentemente, o EBITDA Ajustado atingiu R$326M, uma redução de 7% A/A e apenas 1% abaixo das nossas estimativas;
- No entanto, é importante destacar que a empresa forneceu um guidance para o 1S21 com receita líquida 4% acima das nossas estimativas e EBITDA apenas 2% inferior considerando o meio do intervalo do guidance ou 5% acima considerando o topo dele;
- Além disso, estamos otimistas com o ciclo de captação do 2S21 devido ao processo de vacinação em andamento e acreditamos que a situação atual não altera as perspectivas de longo prazo para a empresa, pois acreditamos que o crescimento contínuo da base de alunos (impulsionado principalmente pela EAD), aliado ao processo de amadurecimento de seu novo modelo acadêmico presencial resultará em margens maiores. Assim, reiteramos nossa recomendação de Compra para YDUQ3 e o preço alvo de R$50,7/ação. Clique aqui para acessar o relatório.
Aeris (AERI3): Resultados em linha com o esperado no 1T21, com EBITDA de R$57 milhões +3% vs. nossas estimativas e consenso
- Notamos que a margem EBITDA apresentou melhora de 150bps no 1T21 vs. 4T20 (8,5% vs. 7,0%), embora ainda abaixo dos níveis do 1T20 de 11,8%, possivelmente explicado pela pressão de margem relacionada à pandemia, que impediu a empresa de otimizar ainda mais sua produtividade durante o trimestre (altos níveis de absenteísmo);
- Em outra frente, saudamos a divulgação da Aeris de diversos dados operacionais, incluindo (i) receita líquida potencial de contratos de longo prazo (R$8,9 bilhões, ou 3,3 anos de receita considerando a receita anualizada do 1T21, que se compara a ~2,6 anos para a TPI Composites, seu principal concorrente), e (ii) níveis de rentabilidade das linhas de produção em diferentes estágios, o que nos dá mais visibilidade sobre a evolução dos níveis de retorno dentro dos diferentes ciclos de produção de uma pá eólica;
- Reforçamos nossa visão positiva de longo prazo em relação a Aeris, reiterando nossa recomendação de Compra e preço alvo de R$15,00/ação;
- Clique aqui para acessar o relatório.
MRV (MRVE3) – 1T21: Resultados mais fortes do que o esperado impulsionado pela AHS
- MRV (MRVE3) publicou resultados sólidos do 1T21, impulsionado pela robusta performance operacional e resultados financeiros mais fortes do que o esperado. Embora acreditamos em uma reação levemente positiva, mantemos nossa visão conservadora para a ação e mantemos nossa recomendação neutra e preço-alvo de R$23,0/ação;
- A receita líquida atingiu R$1,598 milhões (+6% A/A e em linha com nossas estimativas), com margem bruta de 30,0% (-1,1 p.p A/A e -0,5 p.p vs. XPe). A margem menor foi atribuída principalmente pelo impacto do aumento dos custos de construção. Ainda, os resultados financeiros mais sólidos das operações da AHS nos Estados Unidos impulsionaram o lucro líquido de R$137 milhões (+31% A/A e +24% XPe);
- No balanço patrimonial, MRV reportou uma queima de caixa de R$384 milhões em razão da: i) aquisição de terrenos nos Estados Unidos para fomentar o plano de crescimento da AHS; ii) aceleração na aquisição de matéria prima para conter a inflação de custos e possíveis faltas na cadeia de suprimentos; iii) impacto negativo nos repasses durante o trimestre (já normalizado). Como resultado, MRV terminou o trimestre com a alavancagem de 41% dívida líquida/ patrimônio líquido.
Banrisul (BRSR6): Lucros sólidos, resultados fracos | Revisão do 1T21
- O Banrisul acaba de apresentar resultados fracos no 1T21, com o operacional antes do custo do crédito e impostos vindo 22% abaixo das nossas estimativas, em R$ 663 milhões;
- O resultado foi impactado por: i) menores margens financeiras, que caíram 4% A/A para R$ 1,2 bilhão, impulsionado por menores margens líquidas de juros; ii) tarifas que caíram 3% A/A, impactadas pela queda das tarifas de varejo e adquirência; e iii) custos que se deterioraram 2% A/A, visto que o banco aumentou as provisões trabalhistas que saltaram 107% A/A para R$ 119 milhões. Não obstante, o banco também consumiu 15 pontos-base de cobertura sobre inadimplência para 303%, 20 pontos-base de capital de nível I para 14,8% e deteriorou o seu spread em 93 pontos-base para 5,8%;
- No geral, acreditamos que o mercado deve reagir negativamente ao resultado no pregão de amanhã. No entanto, mantemos nossa recomendação de compra e preço-alvo de R$ 19, pois acreditamos que o banco está operacionalmente defendido com empréstimos consignados e uma fonte de captação estável, enquanto apresenta um desconto atrativo de ~40% ao patrimônio líquido. Clique aqui para acessar o relatório completo.
Trisul (TRIS3) – 1T21: Melhores resultados e sólida margem bruta
- Trisul divulgou resultados positivos, embora um pouco abaixo de esperado em razão de uma receita líquida mais baixa e despesa financeira maior do que o esperado. Não vemos o resultado como um gatilho para a ação e mantemos nossa visão positiva para a ação e recomendação de compra e preço-alvo de R$14,0/ação;
- Receita líquida foi de R$202 milhões (+18% A/A; -4% vs. XPe), o que vemos como resultado de um crescimento de vendas e lançamentos ano contra ano. Além disso, sua forte margem bruta de 40,3% (+1,4 p.p A/A e 2,7 p.p vs. XPe) não apresentou impactos do aumento de custo de construção, provavelmente devido ao repasse da inflação nos preços. Como resultado, lucro líquido foi de R$35 milhões no trimestre (+13% A/A e -15% vs. XPe);
- No balanço patrimonial, a companhia reportou uma pequena queima de caixa de R$22 milhões o que levou sua dívida líquida/Patrimônio líquido para 7%, um nível baixo em nossa visão.
Estapar (ALPK3): Resultados fracos penalizados pela redução da mobilidade
- Estapar divulgou resultados fracos no 1T21 com a pandemia penalizando as principais operações e margens, compensando o desempenho positivo da linha On-Street (concessões em via pública);
- A redução da mobilidade devido à pandemia levou a uma diminuição nas receitas e, consequentemente, nas margens nas principais operações da ALPK, que compensou o desempenho positivo das operações On-Street (lucro bruto de R$9,8 milhões vs R$2,2 milhões no 1T20 e 29,6% acima de nossas estimativas), já que o 1T21 teve o resultado integral da concessão da Zona Azul de São Paulo iniciada em novembro de 2020;
- A Estapar divulgou uma receita líquida consolidada de R$165,5 milhões (queda de 32% a/a e 13,7% abaixo das nossas estimativas), um EBITDA de R$38,6 milhões (-48,4% a/a e 14,9% abaixo dos nossos números) e um prejuízo líquido de R$64,7 milhões (vs prejuízo de R$25,1M no 1T20 e nossa estimativa de um prejuízo de R$43,7M);
- Não esperamos que esse cenário mude no curto prazo, portanto reiteramos nossa recomendação Neutra com preço-alvo de R$9,7 por ação;
- Clique aqui para mais detalhes.
IMC (MEAL3): segunda onda de Covid prejudica resultados; mantemos Neutro
- A IMC (Neutro, R$ 4,00 de preço-alvo) reportou seus resultados do primeiro trimestre de 2021 (1T21) nesta manhã, ainda fortemente afetados pela segunda onda da Covid. Suas margens foram pressionadas devido a uma combinação de desalavancagem operacional e inflação nos alimentos. A receita líquida consolidada no trimestre foi de R$ 322 mi, 10% acima de nossas expectativas (-12,2% A/A), mas o EBITDA de R$ 2,3 mi ficou 18% abaixo de nossa projeção, principalmente devido aos custos acima do previsto, o que manteve a margem bruta em 23,2% (-16bps A/A). Clique aqui para acessar o relatório completo;
- As operações internacionais foram o principal destaque positivo, com Estados Unidos e Caribe apresentando resultados sequencialmente mais fortes e também impulsionados pela câmbio desvalorizado. Além disso, o Frango Assado mais uma vez mostrou sua resiliência, com a receita líquida diminuindo apenas 3% A/A. Por outro lado, a divisão KFC, Pizza Hut, Viena e outras apresentou um resultado operacional negativo e um desempenho significativamente pior do que o esperado;
- Como já dissemos anteriormente, acreditamos que a IMC está caminhando na direção certa, mas gostaríamos que algumas iniciativas de médio prazo ganhassem força antes de ficarmos construtivos com o papel. Olhando para o futuro, a recuperação do volume de vendas em abril/maio foi mais rápida do que em 2020, de acordo com a IMC. Com isso, a receita poderia aumentar no curto prazo, caso não ocorram outros solavancos no caminho, como a segunda onda de Covid. Diante desse cenário desafiador, mantemos nossa recomendação de Neutro e nosso preço-alvo de R$4,0 por ação.
d1000 (DMVF3): Resultado do 1T21 melhor do que esperado; Indicações positivas para frente
- A d1000 reportou uma melhora de resultados no primeiro trimestre de 2021 (1T21). Apesar da receita bruta ter vindo levemente abaixo do nosso número (-1,6% vs XPie) e com queda de 8,7% A/A (vs. -7,2% XPie), o EBITDA Ajustado (excluindo o efeito não recorrente negativo de R$900 mil referente a despesas com rescisões contratuais) veio 24% acima da nossa estimativa, explicado por uma margem bruta acima do esperado e redução de despesas em geral;
- Esperamos uma reação positiva do mercado dado que a companhia entregou uma margem bruta muito sólida combinada com uma melhora de 0,4p.p. A/A na margem de contribuição (vs. -1p.p. A/A no 4T20), mesmo com uma queda de receita bruta e venda média por loja A/A. Além disso, a companhia retomou seu plano de expansão de lojas, abrindo 9 lojas no trimestre;
- Mantemos nossa recomendação de Compra e preço alvo de R$13,0 por ação para o fim de 2021 para DMVF3. Leia o relatório completo aqui.
CSN Mineração (CMIN3): Anúncio de um novo contrato de pré-pagamento de exportação
- Em Comunicado ao Mercado publicado ontem (12), a CSN Mineração anunciou a assinatura de um novo contrato de exportação de longo prazo de minério de ferro. O contrato prevê o pré-pagamento de US$ 350 milhões em troca do fornecimento da commodity em um período de até 12 anos;
- Vemos o anúncio como positivo, uma vez que a operação terá papel importante na expansão das operações da Mina Casa de Pedra, incluindo investimentos na independência de barragens por meio da filtragem de rejeitos. Temos recomendação de Compra para CSN (preço-alvo de R$55 por ação) e CMIN (preço-alvo de R$14 por ação), seguindo nossa perspectiva positiva para os preços do minério de ferro.
Méliuz (CASH3): Aquisição de um e-commerce social
- A Méliuz acaba de anunciar a aquisição do Promobit, um e-commerce social que promove o compartilhamento de avaliações de produtos, promoções e cupons entre seus usuários, por R$13 milhões (4% do caixa divulgado no 4T20);
- A aquisição ainda aguarda a aprovação dos acionistas, mas acreditamos que poderia ajudar a Méliuz a aumentar sua base de clientes e promover o engajamento de seus usuários a um custo baixo, por isso gostamos da aquisição. Também destacamos que o site da empresa adquirida recebeu 9 milhões de visitas em abril e seu aplicativo é classificado com 5 estrelas (nota máxima);
- Por fim, reiteramos nossa classificação de compra e preço-alvo de R$41, pois acreditamos que a Méliuz é o melhor veículo para se beneficiar da concorrência agressiva nos setores de e-commerce e financeiro.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Acesse este relatório com notícias do setor financeiro que complementam nossos comentários publicados no Morning Call, mas que não consideramos relevantes o suficiente para serem analisadas. Aqui você encontra o título com o link para a fonte original da notícia, além de uma breve descrição do conteúdo;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
- Nesta publicação diária, trazemos as principais notícias do setor de varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.) nacional e internacional, complementando nossa visão sobre as tendências e acontecimentos mais importantes do dia. Além disso, o relatório contém um resumo dos múltiplos e recomendações para as empresas de nossa cobertura.
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 13/05
- Neste relatório diário publicado todas as manhãs pelo time ESG do Research da XP, buscamos trazer as últimas notícias para que você comece o dia bem informado e fique por dentro do que o Brasil e o mundo falam sobre um tema que tem ficado cada vez mais relevante: ESG – do termo em inglês Environmental, Social and Governance ou, em português, ASG – Ambiental, Social e Governança;
- Quais tópicos abordamos ao longo do conteúdo? (i) Notícias no Brasil e no mundo acerca do tema ESG; (ii) Performance dos principais índices ESG em diferentes países; (iii) Comparativo da performance histórica do Ibovespa vs. ISE (Índice de Sustentabilidade Empresarial, da B3); e (iv) Lista com os últimos relatórios publicados pelo Research ESG da XP;
- Por que essas informações são importantes? Porque elas indicam os temas dentro da agenda ESG que estão sendo cada vez mais monitoradas por parte dos investidores e das empresas, e podem impactar os preços das ações de diferentes companhias. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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