IBOVESPA -0,9% | 114.286 Pontos
CÂMBIO +0,9% | 5,25/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Nessa semana que começa, o cenário político continuará no radar, e indicadores importantes serão divulgações. No Brasil, em meio ao ambiente ainda turbulento, o foco se volta para a discussão de precatórios no Congresso. Entre os indicadores econômicos, destaque para o IBC-Br, proxy mensal do PIB do Banco Central, e a Pesquisa Mensal de Serviços. De destaques internacionais, teremos a divulgação da inflação ao consumidor nos EUA, que deverá calibrar as expectativas sobre a remoção de estímulos monetários. Teremos também a divulgação de dados de atividade econômica na China, e a inflação na Zona do Euro.
A semana passada foi marcada pelas manifestações do dia 7 de setembro, na qual discursos do presidente Bolsonaro elevaram as tensões entre os poderes constitucionais. No dia após o feriado, o Ibovespa registrou uma queda de -3,8%, perdas que foram parcialmente recuperadas depois da nota do presidente em um tom mais conciliador levando o índice brasileiro a fechar a semana com uma queda de -2,3% aos 114.286 pontos. Além disso, destacou-se a divulgação da inflação medida pelo IPCA, que veio acima das expectativas em 9,68% no acumulado de 12 meses. Enquanto isso, o Dólar fechou a semana com uma alta de +1,04% em relação ao Real, em R$ 5,25/USD. E no mercado de juros, as taxas futuras de juros avançaram na semana por toda a estrutura da curva repercutindo a escalada dos riscos políticos e a divulgação da inflação acima das expectativas.
Hoje, as Bolsas internacionais amanhecem positivas (EUA +0,5% e Europa +0,4%) ao passo que casos da variante Delta do coronavírus desaceleram nos EUA: a média de 7 dias atual está em 136 mil em comparação aos 150 mil registrados no final de agosto. Além disso, investidores agora aguardam os dados da inflação americana a serem divulgados nesta terça-feira, na qual o consenso espera uma alta de +5,3% em agosto. Na China (-0,4%), o setor de veículos elétricos registrou queda após pronunciamento do ministro Xiao Yaqing afirmando a necessidade de consolidação na indústria em virtude do seu grande número de empresas. O Alibaba caiu -4,2% após sinalização do governo em separar o Alipay, forçando a criação de um novo aplicativo de empréstimos. O petróleo (+1,3%) sobe na medida em que preocupações com a produção nos EUA continuam após o furacão Ida.
Em política internacional, o Senado americano retorna às atividades nesta segunda-feira (13). Um número de comissões tem agenda cheia e devem detalhar mais detalhes sobre o texto do Plano das Famílias Americanas até quarta-feira. Apesar da resistência de moderados, lideranças continuam pressionando para avançar com o valor de USD 3.5 trilhões, conforme defendido pelo ala mais à esquerda do partido. Vale lembrar que serão necessários 100% dos 50 votos democratas (mais o voto especial da vice-presidente Kamala Harris) para aprovar a iniciativa.
Por último, publicamos um e-book especial Navegando águas incertas: onde investir em tempos voláteis para ajudá-lo a investir em tempos de alta volatilidade causada por riscos riscais e políticos, que trazem incertezas, mas também oportunidades. Veja nesse link.
Tópicos do dia
Economia

- A inflação determinará o ritmo da redução monetária nos mercados desenvolvidos. Em EM, muitos bancos centrais já estão aumentando as taxas. No Brasil, o foco volta para a discussão de precatórios no Congresso
- Boletim FOCUS
Política

- Senado americano retorna às atividades nesta segunda-feira
- A menos de duas semanas da eleição alemã, Olaf Scholz se posiciona como claro favorito
Empresas

- Navegando águas incertas: onde investir em tempos voláteis
- Atualização de notícias sobre a proposta de fusão entre Localiza+Unidas
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias de hoje do setor
Internacional

- Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Apple vs. Epic
ESG

- Café com ESG: Conteúdos diários que transformam | 13/09
Veja todos os detalhes
Economia
A inflação determinará o ritmo da redução monetária nos mercados desenvolvidos. Em EM, muitos bancos centrais já estão aumentando as taxas. No Brasil, o foco volta para a discussão de precatórios no Congresso
- O principal indicador econômico esta semana é o IPC de agosto dos EUA, que sai amanhã. É um elemento-chave para definir o ritmo da redução monetária do Fed. Esperamos que o Fed anuncie um calendário de redução gradual dos estímulos em sua próxima reunião de política monetária, na semana que vem;
- Esta semana também serão divulgados a inflação ao consumidor na França, Itália e Reino Unido. Na semana passada, o BCE reduziu o ritmo de seu programa de compra de ativos. As expectativas de inflação a termo de cinco anos na Área do Euro atingiram 1,8% nesta manhã, o nível mais alto desde 2017;
- A inflação e as expectativas de inflação também estão em alta nos mercados emergentes. Muitos bancos centrais já estão aumentando as taxas de juros, como Brasil, Rússia, Chile, Peru e República Tcheca;
- No Brasil, em meio ao ambiente político ainda turbulento, o foco se volta para a discussão de precatórios no Congresso. Segundo notícias da Bloomberg, a equipe econômica quer negociar um limite anual para esses pagamentos – que aumentaram 80% frente ao ano passado – para resolver o impasse no orçamento de 2022. Proposta, que estava em negociação com o STF, seria incluída em projeto de lei que já tramita na Câmara dos Deputados.
Boletim FOCUS – Data de Referência: 10/09/21
- Destaque: Expectativas para Inflação e Taxa Selic seguem em elevação, enquanto as projeções para o PIB continuam em queda;
- A mediana das projeções do mercado para a variação do IPCA em 2021 segue em trajetória de alta, variando de 7,58% na semana passada para 8,00% na divulgação de hoje (estava em 7,05% há quatro semanas). No mesmo sentido, o consenso para o IPCA de 2022 registrou elevação de 3,95% para 4,03% (3,90% há 1 mês), ficando ainda mais distante da meta estabelecida para o próximo ano (3,50%). Com base em atualizações nos últimos 5 dias úteis, a previsão para o IPCA de 2021 ascendeu de 7,76% para 8,20%, enquanto a mediana para 2022 também subiu, de 3,98% para 4,10%;
- Por sua vez, a expectativa do mercado para o crescimento real do PIB em 2021 segue recuando, ao variar de 5,15% para 5,04% (estava em 5,28% há 4 semanas). Para o PIB de 2022, por sua vez, a previsão saiu de 1,93% e caiu para 1,72% (estava em 2,04% há 1 mês);
- As medianas das expectativas para a taxa Selic permaneceram em tendência altista. Para o final de 2021, elevação de 7,63% para 8,00% (7,50% há 4 semanas); para o final de 2022, aumento de 7,75% a.a. para 8,00% a.a. (estava em 7,50% a.a. há 4 semanas);
- Por fim, a projeção do mercado para a taxa de câmbio no final de 2021 continua a subir, de R$/US$ 5,17 na semana passada para R$/US$ 5,20 na publicação de hoje. Para o final de 2022, a mediana das expectativas permanece estável em R$/US$ 5,20.
Política
Senado americano retorna às atividades nesta segunda-feira
- Na seara internacional, o Senado americano retorna às atividades nesta segunda-feira (13). Um número de comissões tem agenda cheia e devem detalhar mais detalhes sobre o texto do Plano das Famílias Americanas até quarta-feira. Apesar da resistência de moderados, lideranças continuam pressionando para avançar com o valor de USD 3.5 trilhões, conforme defendido pelo ala mais à esquerda do partido;
- Vale lembrar que serão necessários 100% dos 50 votos democratas (mais o voto especial da vice-presidente Kamala Harris) para aprovar a iniciativa;
A menos de duas semanas da eleição alemã, Olaf Scholz se posiciona como claro favorito
- No lado das eleições alemãs, o partido de centro-esquerda SPD se mantém na liderança das pesquisas e amplia a margem sobre o CDU/CSU de Angela Merkel para 4% (25% a 21%), segundo o agregador Politico. Os partidos são seguidos pelos Verdes (16%), FDP (12%), AfD (11%) e Die Line/Esquerda (6%). A menos de duas semanas da eleição, Olaf Scholz se posiciona como claro favorito.
Empresas
Navegando águas incertas: onde investir em tempos voláteis
- Enquanto os mercados mundiais se recuperam, alguns deles praticamente em linha reta e com pouca volatilidade, como é o caso dos Estados Unidos, a Bolsa brasileira amarga queda de 4,2% até agora no ano em reais e 6,6% em dólares, mesmo diante de um cenário micro favorável às empresas. Por falar em dólar, o real já desvalorizou 2,4% em relação à moeda americana em 2021;
- Na frente política, um clima de tensão entre os poderes toma conta do noticiário. O desentendimento entre Executivo, Judiciário e Legislativo também dificulta a resolução de questões econômicas (como o imbróglio dos precatórios e o avanço de reformas e privatizações no Congresso) e agrava o risco fiscal, que já era alto, e faz disparar os juros futuros e os prêmios da Renda Fixa;
- Nesse caso, há chances de que o aumento da tensão do clima político não se dissipe rapidamente, uma vez que as eleições presidenciais se aproximam, e historicamente carregam consigo mais volatilidade para as bolsas;
- Mas, mesmo se estivéssemos diante de um cenário temporário, a verdade é que as crises seguirão acontecendo, e sempre serão pouco previsíveis. Não existe a possibilidade de investir de maneiras completamente diferentes em períodos de tempestade e de calmaria: é necessário ter um portfólio constantemente preparado para as tempestades;
- O momento é de ter cautela, mas não de tomar decisões precipitadas. Mantenha o foco e confie em um portfólio diversificado, que possa garantir maior tranquilidade para conseguir levar o barco devagar e aproveitar as oportunidades trazidas pelo mar mais agitado. Neste ebook especial, você aprende como fazer isso;
- Veja aqui o link para o e-book completo.
Atualização de notícias sobre a proposta de fusão entre Localiza+Unidas
- Na última terça-feira, a superintendência geral do CADE (órgão técnico do Conselho Antitruste do Brasil) recomendou oficialmente a aprovação da proposta de fusão da Localiza-Unidas mediante a assinatura de um acordo de concentração (incluindo remédios). Vimos esta notícia como positiva para RENT3 e LCAM3, uma vez que as soluções pareciam razoáveis para nós (embora ainda não devessem ser totalmente devidas);
- Constatamos que o mercado também fez uma leitura positiva desta notícia com as ações superando o IBOV de forma significativa na quarta-feira (RENT3 + 8%, Unidas + 7%, vs. IBOV -4%).
- Após o anúncio positivo, no entanto, a mídia relatou possíveis próximos passos com um tom negativo, sugerindo que a decisão judicial final do CADE poderia aumentar a severidade dos remédios para finalmente aprovar a fusão proposta;
- As ações sofreram no final da semana (ainda superando o IBOV desde as notícias positivas de terça-feira).
- Reiteramos nossa visão positiva tanto das ações da RENT3 + LCAM3 (e do setor de aluguel de carros), pois continuamos acreditando que as sinergias potenciais do negócio (XPe = R $ 7,8 bilhões) ainda não foram precificadas pelo mercado;
- Além disso, receberíamos notícias da mídia com cautela, pois observamos que a grande maioria das notícias tem sido negativa (embora a evolução do CADE tenha sido mais positiva, embora a decisão final já tenha sido tomada).
- Veja aqui o relatório completo.
Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Acesse este relatório com notícias do setor financeiro que complementam nossos comentários publicados no Morning Call, mas que não consideramos relevantes o suficiente para serem analisadas. Aqui você encontra o título com o link para a fonte original da notícia, além de uma breve descrição do conteúdo;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo nacional e internacional
- Nesta publicação diária, trazemos as principais notícias do setor de varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.) nacional e internacional, complementando nossa visão sobre as tendências e acontecimentos mais importantes do dia. Além disso, o relatório contém um resumo dos múltiplos e recomendações para as empresas de nossa cobertura;
- Clique aqui para acessar o relatório.
Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias de hoje do setor
- Quais tópicos costumamos abordar? Notícias relevantes para os segmentos de proteínas (bovina, suína e frango); açúcar & etanol; milho e soja; exportações brasileiras; dentre outras. Confira os destaques de hoje:
- Surging Chinese fish prices stir up food supplies (Reuters)
- Bigger Grain Stockpiles Signal Relief for Global Food Inflation (Bloomberg)
- Em nova safra de soja, clima volta a concentrar atenções (Valor)
- Clique aqui para acessar o relatório completo: Clipping XP Agro, Alimentos e Bebidas.
Internacional
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Apple vs. Epic
- Apple perdeu processo contra Epic Games e permitirá que aplicativos redirecionem usuários para outras opções de pagamento além da App Store;
- Amazon anunciou o lançamento de aparelhos de TV;
- General Motors afirma que o impacto da escassez de chips será mais intenso do que o planejado anteriormente;
- A rápida digitalização econômica da China causou forte transformação no setor de tecnologia, mídia e telecomunicações;
- Acesse aqui o relatório internacional.
ESG
Café com ESG: Conteúdos diários que transformam |13/09
- Na sexta-feira o mercado operou levemente negativo, com o Ibov encerrando o pregão em queda de -0,9% e o ISE de -0,6%. Na semana, o Ibov recuou -3%, enquanto o ISE segurou parte das perdas, caindo -2%;
- No Brasil, a B3 se prepara para uma emissão externa de dívida que conta com metas de diversidade, reforçando a tendência de títulos ESG, e contará com dois compromissos: (i) um da porta para dentro: ter 35% de mulheres em cargos de liderança até dezembro de 2026 (vs. 27,2% no fim de 2020); e (ii) um para estimular maior equidade da porta para fora: criação de um índice de diversidade até o fim de 2024;
- No internacional, (i) os preços globais dos painéis solares subiram +16% neste ano, em grande parte devido ao aumento dos custos do polissilício e da prata, o que, segundo a Rystad, pode ameaçar tornar mais lenta a transição para as energias limpas, necessária para conter as mudanças climáticas; e (ii) a universidade de Harvard anunciou que não vai mais investir em combustíveis fósseis, colocando os US$ 42 bilhões de seu endowment, um dos maiores e mais tradicionais do mundo, em linha com grandes gestoras que estão pulando fora de indústrias poluentes. Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.

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