IBOVESPA -0,11% | 139.187 Pontos
CÂMBIO -0,19% | 5,66/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou a última semana em alta de 2% em reais e 1,5% em dólares, aos 139.187 pontos, atingindo sua máxima histórica de fechamento.
O principal destaque positivo da semana foi a Marfrig (MRFG3, +26,3%), impulsionada pelo anúncio de fusão com a BRF (BRFS3, +8,2%) (veja mais detalhes aqui).
Na ponta negativa, o Banco do Brasil (BBAS3, -13,1%) liderou as perdas após a divulgação de seus resultados do primeiro trimestre de 2025 (1T25), que decepcionaram os investidores (veja o comentário dos nossos analistas aqui).
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Renda Fixa
No comparativo semanal, os juros futuros encerraram com fechamento na parte curta e abertura nos vértices intermediários e longos da curva. O diferencial entre os contratos com vencimento em janeiro de 2035 e 2026 saiu de –125,50 pontos-base (bps) na sexta-feira passada para -94,00 bps nesta semana. A curva, portanto, apresentou ganho de inclinação. As taxas de juro real tiveram aumento, com os rendimentos das NTN-Bs com vencimento em 2030 consolidando-se em patamares próximos a 7,46% a.a. (vs. 7,37% a.a. na semana anterior). O DI jan/26 encerrou a semana em 14,74% (- 5,5bps); DI jan/31 em 13,76% (+24bps).
Mercados globais
Nesta segunda-feira (19), os futuros dos EUA operam em queda (S&P 500: -1,2%; Nasdaq 100: -1,6%), após a agência Moody’s rebaixar a nota de crédito dos EUA de Aaa para Aa1, citando os crescentes déficits fiscais e os custos elevados de refinanciamento da dívida. A notícia pressiona os mercados após uma semana positiva, em que os índices celebraram o acordo tarifário temporário entre EUA e China. Na semana passada, o Nasdaq saltou mais de 7% e o S&P 500 subiu 5%.
As Treasuries disparam com o downgrade: a taxa do título de 30 anos sobe 10 bps, o de 10 anos vai +10 bps e o de dois anos sobe 2 bps, refletindo o aumento da percepção de risco fiscal.
Na Europa, as bolsas recuam (Stoxx 600: -0,7%), com investidores atentos à cúpula entre Reino Unido e União Europeia. Londres e Paris caem 0,5%, enquanto Frankfurt recua 0,2%. O encontro entre o premiê britânico Keir Starmer e Ursula von der Leyen pode marcar um redesenho das relações pós-Brexit, com pactos nas áreas de defesa, mobilidade juvenil e comércio.
Na China, os mercados fecharam em queda após dados mistos (HSI: -0,1%; CSI 300: -0,3%). As vendas no varejo cresceram 5,1% em abril, abaixo do esperado (5,5%), enquanto a produção industrial subiu 6,1%, superando as estimativas. O impacto das tarifas dos EUA foi mais brando do que o previsto.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) fechou a sexta-feira em alta de 0,47%, acumulando uma valorização de 0,77% no mês. Tanto os FIIs de papel quanto os de tijolo registraram desempenhos positivos na sessão, com valorizações médias de 0,31% e 0,45%, respectivamente. Entre os destaques positivos, estão: CCME11 (+2,8%), HGBS11 (+2,6%) e RBRP11 (+2,5%). Por outro lado, os destaques negativos foram: BLMG11 (-2,5%), BTRA11 (-2,4%) e RZAK11 (-1,2%).
Economia
A Moody’s – uma das principais agências de classificação de risco de crédito do mundo – rebaixou a nota dos Estados Unidos de Aaa (nota máxima) para Aa1 (2ª nota mais alta). O país mantinha nota máxima pela agência desde 1917. Após o anúncio, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano aumentaram. Na China, as vendas no varejo em abril cresceram 5,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, abaixo da expectativa de 5,5%. A produção industrial cresceu 6,1% na comparação anual, superando as projeções (5,5%). Ademais, o investimento em ativos fixos cresceu 4,0% no acumulado do ano até abril, levemente abaixo do esperado (4,2%).
No Brasil, as exportações de frango e derivados foram suspensas para nove destinos após a confirmação da gripe aviária em uma granja em Montenegro (RS). O Brasil era o único grande produtor mundial livre da doença.
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Economia
Estados Unidos perdem nota de crédito máxima da Moody’s, avaliação que era mantida desde 1917
- Na sexta-feira, a Moody’s – uma das principais agências de classificação de risco de crédito do mundo – rebaixou a nota dos Estados Unidos de Aaa (nota máxima) para Aa1 (2ª nota mais alta), citando que a dívida e os encargos com juros do país são “significativamente mais elevados do que os de outros soberanos com classificação semelhante”. O país mantinha nota máxima pela agência desde 1917. Segundo dados do Departamento do Tesouro, a dívida pública americana soma US$ 36,22 trilhões. A Moody’s acrescentou que “sucessivos governos e congressos dos Estados Unidos falharam em aprovar medidas que revertam a tendência de déficits fiscais anuais elevados e custos crescentes com juros”. O Secretário do Tesouro dos Estados Unidos, Scott Bessent, minimizou o rebaixamento, classificando as notas como “indicadores defasados”. Após o anúncio, os rendimentos dos títulos do Tesouro americano registraram aumentaram.
- Paralelamente nos Estados Unidos, avança na Câmara um projeto de lei de corte de impostos defendido por Donald Trump. A proposta prevê a extensão dos cortes de 2017, isenções sobre gorjetas, e aumento nos gastos com defesa e segurança de fronteiras. No fim de semana, o projeto recebeu aprovação de uma comissão parlamentar estratégica após resistência inicial. Quatro congressistas mais conservadores — que haviam bloqueado a tramitação da proposta no final da semana passada — autorizaram o avanço do projeto. Um desses representantes, no entanto, declarou à imprensa que, embora tenha havido “progresso”, “ainda estamos longe do ideal”. O mercado estima que a medida pode adicionar entre US$ 3 trilhões e US$ 5 trilhões à dívida americana na próxima década.
- Na China, os dados econômicos de abril foram mistos. O impacto das tarifas dos Estados Unidos parece ter sido menor do que o inicialmente temido em abril. Ademais, o investimento em ativos fixos cresceu 4,0% no acumulado do ano até abril, levemente abaixo do esperado (4,2%). O setor imobiliário seguiu como o principal freio à atividade, com retração de 10,3% no mesmo período. A taxa de desemprego urbana recuou marginalmente, de 5,2% para 5,1%. Apesar da recente trégua tarifária entre China e Estados Unidos — com a suspensão de parte das tarifas por 90 dias —, o ambiente segue incerto.
- No Brasil, as exportações de frango e derivados foram suspensas para nove destinos após a confirmação da gripe aviária em uma granja em Montenegro (RS). O Brasil era o único grande produtor mundial livre da doença. Países como China, México, Chile, Argentina, Uruguai e os que compõem a União Europeia decidiram suspender a importação de carne de frango do Brasil enquanto não houver uma mitigação dos casos.
- Poucos indicadores na agenda internacional desta semana. Destaque para os índices PMIs nos Estados Unidos e na Zona do Euro – trata-se de sondagens com empresas sobre as suas percepções sobre custos, demanda e receitas. Ambos serão divulgados na quinta-feira.
- No Brasil, o principal evento econômico será a apresentação do Relatório Bimestral de Receita e Despesas pelo governo. Em termos de indicadores, o Banco Central divulgará hoje o IBC-BR de março, para o qual esperamos desaceleração no acumulado em 12 meses.
Empresas
Orizon (ORVR3): Resultados do 1T25; Resultados operacionais em linha com nossas expectativas
- A Orizon divulgou resultados do 1T25 amplamente em linha com nossas expectativas, com um EBITDA ajustado de R$109 milhões, ligeiramente acima de nossa estimativa de R$107 milhões.
- Esse resultado refletiu um preço médio de venda por tonelada mais alto durante o trimestre, enquanto os volumes aumentaram ligeiramente T/T.
- Além disso, a empresa continuou a relatar avanços em seus projetos em desenvolvimento, com a construção em andamento da usina de recuperação de energia URE Barueri, bem como a busca por aquisições de ativos de disposição final.
- Por outro lado, o lucro líquido ficou abaixo de nossas estimativas (-R$3,6 milhões vs. R$5,1 milhões XPe), parcialmente explicado por despesas financeiras mais altas e menor equivalência patrimonial.
- Mantemos uma visão positiva da empresa, com recomendação de Compra e um preço-alvo de R$56/ação.
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EZTEC (EZTC3): Lucro acima das expectativas devido à despesas controladas e receita financeira sólida
- A EZTEC apresentou resultados positivos no 1T25, motivados, em grande parte, por um lucro superior ao esperado. Os principais destaques incluem:
- (i) expansão positiva da receita de +30% A/A e +6% vs. XPe, suportada pelo aumento das vendas líquidas A/A e um nível positivo sustentado de vendas de estoques concluídos;
- (ii) a margem bruta foi um destaque, melhorando para 39,6% (+5,5 p.p. A/A), impulsionada por margens sólidas de projetos mais antigos;
- (iii) o EBITDA aumentou para R$70 milhões (+111% A/A), superando nossas estimativas com SG&A abaixo do esperado, apesar do ambiente de lançamentos mais elevados;
- (iv) o lucro líquido aumentou significativamente para R$94 milhões (+66% A/A), impulsionado pela manutenção de fortes receitas financeiras.
- Acreditamos que os resultados podem incentivar uma reação positiva das ações;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos
- Japan halts some poultry imports from Brazil after bird flu outbreak – Reuters
- Gripe aviária chega ao Brasil. China, UE, Argentina, Chile, Uruguai e México interrompem importação de aves do país – InvestNews
- Preços dos ovos e frango cairão como consequência dos embargos às exportações – Globo Rural
- Agro
- Funds get short CBOT corn but ink record bullish oilshare bets – Reuters
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- 30-year Treasury passes 5% after Moody’s downgrades U.S. credit rating (CNBC);
- Preocupação fiscal volta a pressionar câmbio e juros (Valor Econômico);
- Gripe Aviária: China suspende habilitação de todos os frigoríficos de frango do Brasil; veja lista (Estadão);
- BRF S.A. ‘BB’ Ratings Placed On CreditWatch Positive On Planned Merger With Marfrig Global Foods S.A (S&P Global);
- Clique aqui para acessar o clipping.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FII HGRE11 conclui venda de imóveis em SP por R$ 68 milhões e ágio de 30% (InfoMoney);
- FIIs renovam máxima histórica e Ifix acumula alta de quase 10% em 2025 (InfoMoney);
- TRBL11: gestão de fundo imobiliário explica prejuízo contábil milionário (FIIs);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
Orizon (ORVR3) e Google fecham acordo de comercialização de créditos de carbono | Café com ESG, 19/05
- O mercado fechou a semana passada em alta, com o Ibovespa e o ISE subindo 2,0% e 3,3%, respectivamente. Já o pregão de sexta-feira fechou em território misto, com o IBOV recuando 0,1%, enquanto o ISE avançou 0,3%;
No Brasil, (i) a Orizon fechou um acordo com o Google para a comercialização de créditos de carbono – ao todo, serão 750 mil créditos entregues à companhia entre 2027 e 2029, viabilizando investimentos para transformar um aterro em Cuiabá (MT) em um ecoparque; e (ii) segundo dados do Boletim Anual da Abeeólica, o Brasil registrou em 2024 um aumento de 10,76% na capacidade instalada proveniente de usinas eólicas, que alcançou 33,7 gigawatts (GW) em dezembro, em comparação com os 30,45 GW um ano antes – apesar do crescimento, a entidade destaca que houve uma desaceleração na adição de nova capacidade (3,3 GW e a instalação de 76 parques eólicos em 2024 vs. 4,8 GW de potência e 123 usinas);
No internacional, a General Motors está pressionando o governo da Califórnia para flexibilizar a meta de eliminar as vendas de todos os veículos não eletrificados até 2035 – mesmo sendo uma defensora dos veículos elétricos, a companhia está preocupada com a agressividade da meta frente a baixa adesão dos VEs, até mesmo na Califórnia; - Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Nova composição do ISE da B3; Brasil avança em biometano; EUA e Emirados Árabes Unidos investem em IA | Brunch com ESG
- Pensando em melhor auxiliar os investidores, o Brunch com ESG é um relatório publicado pelo time ESG do Research da XP que busca destacar os principais tópicos da agenda na semana;
- Na última semana, destacamos: (i) a 20ª carteira do ISE B3; (ii) a regulamentação do biometano no Brasil; e (iii) a parceria entre EUA e Emirados Árabes Unidos em data centers;
- Clique aqui para ler o conteúdo completo.


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