IBOVESPA - 0,18% | 136.787 Pontos
CÂMBIO - 0,77% | 5,67/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa encerrou a segunda-feira em leve queda de 0,2%, aos 136.787 pontos, em um pregão de agenda mais esvaziada, com os investidores à espera de eventos relevantes ao longo da semana — incluindo os dados do mercado de trabalho dos EUA e a decisão de juros na Zona do Euro. As discussões em torno das tarifas anunciadas por Trump também seguem no radar.
O principal destaque positivo do dia na Bolsa brasileira foi Gerdau (GGBR4, +5,1%), após os EUA anunciarem um aumento na tarifa sobre o aço de 25% para 50%. A companhia tende a se beneficiar diretamente da medida, devido a sua produção baseada nos EUA (veja mais detalhes aqui). Na ponta negativa, São Martinho (SMTO3, -4,8%) liderou as perdas, após a Petrobras (PETR3 +2,5%; PETR4 +2,7%) anunciar um corte no preço da gasolina, movimento que tende a pressionar o etanol.
Para o pregão desta terça-feira, os destaques da agenda econômica serão o Relatório JOLTS nos EUA e dos dados de produção industrial no Brasil, ambos referentes ao mês de abril.
Renda Fixa
As taxas futuras de juros encerraram a sessão de ontem com movimento misto na curva. Nos EUA, os rendimentos dos títulos do Tesouro dos EUA subiram após o presidente Donald Trump anunciar o aumento das tarifas, refletindo em preocupações com o impacto inflacionário e a pressão sobre a dívida pública. No Brasil, a curva refletiu a percepção de um cenário inflacionário mais favorável, impulsionado pela redução nos preços da gasolina e pela melhora nas expectativas de IPCA no Boletim Focus, além da influência da alta nos rendimentos das Treasuries. O impacto da Moody's na curva foi menor do que o esperado. Na curva americana, os rendimentos das Treasuries de dois anos terminaram o dia em 3,94% (+3,91bp vs. pregão anterior), enquanto os de dez anos em 4,44% (+3,96bps). Na curva local, DI jan/26 encerrou em 14,77% (- 2,6bps vs. pregão anterior); DI jan/27 em 14,13% (+2,3bps); DI jan/29 em 13,63% (+4,1bps); DI jan/31 em 13,78% (+5bps).
Mercados globais
Nesta terça-feira, os futuros dos Estados Unidos operam em queda (S&P 500: -0,4%; Nasdaq 100: -0,4%), após o mercado encerrar o primeiro pregão de junho em alta. Apesar do otimismo inicial com a sazonalidade favorável, os riscos seguem elevados, especialmente após novas declarações de Trump e tensões comerciais com China e Europa.
Com o aumento da aversão ao risco, as taxas das Treasuries recuam de forma generalizada. A taxa dos títulos de 10 e 30 anos caem mais de 5 bps, enquanto o de 2 anos recua pouco mais de 2 bps, em meio ao corte na projeção de crescimento dos EUA pela OCDE devido às incertezas sobre tarifas.
Na Europa, os mercados operam em leve queda (Stoxx 600: -0,2%), com CAC 40 e DAX recuando 0,1% cada, após a divulgação de uma inflação abaixo da meta do BCE (1,9%) e novas críticas da Comissão Europeia ao plano de Trump de dobrar tarifas sobre o aço. A medida, segundo o bloco, “mina” as negociações em curso com os EUA.
Na China, os mercados fecharam em alta (CSI 300: +0,3%; HSI: +1,5%) apesar do dado fraco de manufatura, com o PMI Caixin caindo para 48,3 (pior nível desde 2022). O movimento foi interpretado como mais um reflexo das tarifas americanas e da piora nas negociações comerciais entre os dois países.
IFIX
O Índice de Fundos Imobiliários (IFIX) iniciou junho em queda de 0,49%, após o bom desempenho registrado em maio. Tanto os FIIs de Papel quanto os fundos de Tijolo apresentaram resultados negativos no primeiro pregão do mês, com desvalorizações médias de 0,40% e 0,63%, respectivamente. Entre os destaques positivos estiveram HTMX11 (+2,8%), DEVA11 (+1,6%) e RBRL11 (+1,5%), enquanto URPR11 (-7,2%), BROF11 (-3,6%) e BBIG11 (-3,4%) registraram as maiores quedas do dia.
Economia
Trump apressa países para que apresentem suas melhores propostas nesta quarta-feira. Nos Estados Unidos, sondagem industrial – pesquisa com gerentes de compras do setor sobre a situação econômica – contraiu em maio, ainda refletindo as incertezas comerciais. Por sua vez, na China, a sondagem recuou para 48,3 pontos (abaixo de 50 pontos indica que o setor está em contração). Por fim, inflação vem em linha com o consenso na Zona do Euro e a taxa de desemprego vem conforme o esperado pelo mercado.
No Brasil, o Boletim Focus voltou a mostrar queda na mediana das projeções para o IPCA em 2025. Ainda, o Ministério da Fazenda deve anunciar alternativas ao aumento do IOF hoje. Petrobras abaixa preço da gasolina em 5,6% nas bombas.
Na agenda internacional, o destaque fica para o JOLTS – pesquisa mensal do mercado de trabalho americano. Na agenda doméstica, temos a produção industrial de abril, em que esperamos um avanço de 0,4% contra março e 0,2% na comparação anual.
Veja todos os detalhes
Economia
Governo Trump determina deadline para propostas de acordo comercial
- A Casa Branca está pressionando países a apresentarem suas melhores propostas comerciais até amanhã, diante do fim da pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas impostas pelo governo Trump. Embora apenas o Reino Unido tenha firmado um acordo relevante até o momento, autoridades como Kevin Hassett (diretor do Conselho Econômico) indicam que outras negociações estão avançadas.
- Ainda nos Estados Unidos, o ISM da indústria – pesquisa com gerentes de compras do setor sobre a situação econômica – recuou de 48,7 para 48,5 em maio, abaixo da estimativa de mercado, que apontava uma recuperação para os 49,5 pontos. O indicador continua refletindo a incerteza no setor por conta das relações comerciais;
- Na China, o PMI Caixin da indústria – pesquisa com gerentes de compras do setor sobre a situação econômica – veio bem abaixo das expectativas de 50,6 pontos. O indicador recuou de 50,4 pontos em abril para 48,3 pontos em maio, se encontrando em patamar contracionista, revelando incerteza quanto à economia chinesa;
- Na Zona do Euro, a inflação desacelerou em maio, acumulando 1,9% em 12 meses, voltando a ficar abaixo da meta de 2% depois de seis meses, com destaque para a inflação de serviços, que foi de 4% para 3,2%, menor nível desde março de 2022. O núcleo de inflação – exclui os itens mais voláteis – desacelerou para 2,3%, reforçando expectativas para um corte de 0,25 p.p. na taxa de juros. Ademais, a taxa de desemprego se manteve em 6,2%;
- No Brasil, a mediana das projeções para o IPCA em 2025 cedeu de 5,50% para 5,46% de acordo com o Boletim Focus. Em relação ao crescimento do PIB, a mediana das projeções caiu para 2,13% em 2025, mas subiu de 1,70% para 1,80% em 2026;
- O Ministro Fernando Haddad deve anunciar hoje ao Congresso um plano em duas etapas como alternativa ao aumento do IOF. A primeira tem um caráter mais emergencial, com o objetivo de fechar as contas em 2025, por meio de leilões de áreas de exploração de petróleo, que podem arrecadar até R$ 10 bilhões. A segunda etapa é mais estrutural, para 2026 em diante;
- Ademais, Petrobras anunciou corte de 5,6% (R$ 0,17/L) nos preços da gasolina, o que equivale a um impacto baixista de 0,14 ponto percentual no IPCA. Já considerávamos esse corte em nossa projeção, mantendo nossa expectativa de 5,7% para o IPCA neste ano;
- Na agenda internacional, o destaque fica para o JOLTS – pesquisa mensal do mercado de trabalho americano. Na agenda doméstica, temos a produção industrial de abril, para a qual esperamos um avanço de 0,4% em relação a março e 0,2% na comparação anual.
Empresas
Petz (PETZ3): Cade aprova fusão com Cobasi sem restrições
- Segundo notícias locais, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) concedeu aprovação para a fusão entre Petz e Cobasi, sem a necessidade de medidas restritivas (remédios);
- Embora a aprovação ainda não tenha sido publicada nos canais oficiais (Diário Oficial da União), já está disponível no sistema online do Cade;
- A aprovação se tornará definitiva após 15 dias, caso não haja intervenções do Tribunal ou recursos de terceiros interessados. Uma vez finalizada, a operação seguirá para o fechamento;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Azzas 2154 (AZZA3): atualização após os resultados do 1T25
Após a superação das expectativas da AZZA no 1° trimestre, atualizamos nosso modelo, mas sem grandes mudanças nas estimativas:
- Ainda assim, vemos riscos de alta vindos de SG&A, principalmente em despesas eventuais e impostos sobre a renda, enquanto alertamos que a dinâmica da receita enfrentará comparações mais difíceis adiante, especialmente para as linhas de Roupas Masculinas e Democráticas;
- Mantemos nossa recomendação de COMPRA;
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas, Energia (óleo & gás e elétricas) e Saúde.
- Combustível XP: As principais notícias que movem o setor de Óleo & Gás
- A mídia reportou que o governo está preparando um pacote fiscal de R$ 35-40 bilhões voltado para o setor de óleo e gás. As medidas para aumentar as receitas do governo implicam riscos de um aumento da carga tributária, o que gera incerteza significativa para os investidores;
- Acreditamos que essa notícia provavelmente afetará o setor nas próximas semanas, mesmo que não esperemos que todos os riscos se concretizem. As empresas mais afetadas provavelmente serão a Petrobras e alguns de seus principais parceiros (por exemplo, Shell Brasil), seguidas pela PRIO e Brava;
- Também argumentamos que as possíveis retiradas da Petrobras podem reduzir os pagamentos de dividendos – dos quais o principal beneficiário é o próprio governo federal;
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- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- O consumo de energia aumentou em todo o país, com o crescimento médio semanal do SIN atualmente em +6,6% A/A semanal em maio de 2025;
- Os reservatórios do SIN permaneceram estáveis em aproximadamente 69%;
- A Energia Natural Afluente (ENA) apresentou tendências mistas em seus níveis atuais nos subsistemas durante a última semana;
- Os preços de energia de curto prazo aumentaram em todos os subsistemas durante a semana, mas caíram novamente no fim de semana;
- Os preços de energia de longo prazo permaneceram estáveis em comparação com a semana anterior;
- Um resumo dos eventos mais relevantes da semana passada;
- A agenda semanal da Aneel que, entre vários assuntos, inclui a proposta de abertura de Consulta Pública para colher subsídios e informações adicionais para o aprimoramento da proposta de Revisão Tarifária Periódica da Energisa Paraíba (EPB), com vigência a partir de 28 de agosto de 2025; e
- Valuation atraente para empresas de utilities, com uma TIR real implícita média de aproximadamente 9,7% para o setor.
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields slide as OECD slashes U.S. growth outlook on tariff uncertainty (CNBC);
- Medidas do setor de petróleo podem aumentar arrecadação do governo em R$ 35 bi até 2026 (Estadão);
- J&F toma crédito de R$ 15 bi do Bradesco, fará rolagem, dizem fontes (Bloomberg);
- Moody's Ratings takes action on Brazilian corporates following sovereign rating action (Moody´s Global);
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Estratégia
XP Short Scout: monitor de short selling no Brasil
- No relatório de hoje, atualizamos os dados de short selling dos ativos brasileiros com os dados de fechamento de 30 de maio 2025.
- O short interest (SI) mediano do Ibovespa caiu para 5,4%, em comparação a 5,5% em 16 de maio. O valor das posições em aberto caiu para R$ 111,8 bilhões
- Minerva (BEEF3) teve um aumento no SI de 6,2 p.p. na última semana, atingindo 25,0% do seu free float, que está 1,7 desvio-padrão acima da média de 1 ano. A taxa de aluguel continua baixa e estável em 1,8%.
- O SI de Banco do Brasil (BBAS3) aumentou para 11,0%, um nível 2,5 desvios-padrão acima da média de 1 ano. A taxa de aluguel continua baixa em 0,8%, com as posições vendidas chegando a 10,4 days to cover.
- Outras ações para ficar de olho: AERI3, AZUL4, CASH3, GFSA3, GOLL4, IGTI3, INTB3, MDNE3, VAMO3, VIVA3.
- Clique aqui para acessar o relatório.
Carteiras XP: Top Ações, Dividendos e Small Caps – Junho 2025
- Na Carteira Top Ações XP, removemos um papel de Instituições Financeiras, um papel de Alimentos & Bebidas e um outro papel de Construção Civil. Por outro lado, adicionamos um papel de Óleo, Gás e Petroquímicos e aumentamos dois papéis de Utilidade Pública e um papel de Transportes (clique aqui para conferir);
- Na Carteira Top Small Caps XP, reduzimos um papel de Varejo e dois papéis do setor Imobiliário. Ao mesmo tempo, adicionamos um papel de Óleo, Gás e Petroquímicos e aumentamos um papel de Bens de Capital (clique aqui para conferir);
- Por fim, na Carteira Top Dividendos XP, removemos um papel de Bancos e reduzimos um papel de Instituições Financeiras. Enquanto isso, adicionamos um papel de Utilidade Pública a aumentamos um outro papel de Bancos (clique aqui para conferir).
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- FII investe R$ 333 mi em terreno e vai construir galpão para o Mercado Livre (InfoMoney);
- MAXR11 convoca cotistas para decidir sobre venda de imóvel na Paraíba (FIIs);
- Zolver estreia no setor logístico com projeto de R$ 1 bilhão em parceria com BTG Pactual e locação ao Mercado Livre (SiiLA);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Carteiras de Alocação PJ: Junho de 2025
- Neste mês, não foram realizadas alterações na alocação por classe de ativo na carteira PJ, com exceção à duration média sugerida em renda fixa inflação que foi elevada de 5 para 6 anos;
- As carteiras seguem capturando rendimentos principalmente através do carrego positivo, especialmente nas classes de renda fixa pós-fixado e de inflação, as demais classes seguem próximas ao que consideramos como alocação “neutra”;
- Acesse aqui o conteúdo completo.
- Carteiras de Alocação PF: Junho de 2025
- Neste mês, não foram realizadas alterações na alocação por classe de ativo, com exceção à duration média sugerida em renda fixa inflação que foi elevada de 5 para 6 anos;
- Mantemos uma postura cautelosa na alocação de riscos, refletindo o elevado patamar de incertezas políticas e macroeconômicas globais e locais;
- As carteiras seguem capturando rendimentos principalmente através do carrego positivo, especialmente nas classes de renda fixa pós-fixado e de inflação, as demais classes seguem próximas ao que consideramos como alocação “neutra”;
- Acesse aqui o conteúdo completo.
ESG
Vale é a primeira empresa brasileira a adotar normas IFRS S1 e S2 | Café com ESG, 03/06
- O mercado fechou o pregão de segunda-feira em território negativo, com o IBOV e o ISE recuando 0,2% e 0,3%, respectivamente;
- No Brasil, (i) a Vale foi a primeira empresa listada na B3 a publicar um relatório com informações financeiras relacionadas à sustentabilidade já sob as normas IFRS S1 e S2, o novo padrão exigido pela CVM - além da Vale, a Renner é outra companhia que se propôs a já lançar o documento este ano, como forma de teste e preparação para quando for obrigatório (2027); e (ii) a Orizon firmou dois contratos para fornecimento de biometano comprimido durante um período de 10 anos com a Ultragaz - o compromisso será executado pela BioE, subsidiária da Orizon especializada em energia e gás renovável, com início estimado para o primeiro trimestre de 2028;
- No internacional, o conselho consultivo climático da União Europeia recomendou ontem que o bloco não use créditos de carbono internacionais para contabilizar suas metas climáticas, argumentando que isso prejudicaria os esforços nacionais para reduzir as emissões - segundo o conselho, a UE deve manter o objetivo de cortar as emissões de gases de efeito estufa em 90-95% até 2040, em comparação com os níveis de 1990, quando apresentar uma a meta climática no início do mês que vem;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.
Carteira ESG XP: Sem alterações no nosso portfólio para junho de 2025
- Com o objetivo de ajudar os investidores no processo de alocação de recursos, lançamos em set/21 nossa carteira ESG, combinando 10 nomes que gostamos sob uma perspectiva fundamentalista e que possuem altos padrões ESG;
- Para junho, não estamos fazendo nenhuma alteração na nossa Carteira ESG XP, mantendo as mesmas 10 ações;
- Clique aqui para acessar o relatório completo.


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