IBOVESPA +0,26% | 129.450 Pontos
CÂMBIO +1,01% | 5,48/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Ibovespa
O Ibovespa fechou ontem em leve alta de 0,3%, aos 129.450 pontos. O movimento foi oposto aos mercados globais, afetados pela rotação fora do setor de tecnologia, após notícias que o presidente dos EUA, Joe Biden, pretende ampliar restrições dos EUA de vendas de chips avançados para a China.
O principal destaque positivo da sessão na Bolsa brasileira foi Usiminas (USIM5, +5,0%), após reiteração na recomendação de compra feita por um banco de investimentos, enquanto a BlackRock aumentou sua participação acionária na empresa. Já o principal destaque negativo foi CVC Brasil (CVCB3, -5,8%), pressionada pela abertura da curva de juros futuros.
Para o pregão desta quinta-feira, teremos dados econômicos importantes como vendas no varejo de maio no Brasil e a decisão de política monetária na Zona do Euro. Para a temporada de resultados internacional, temos Infosys, Netflix e TSMC. Veja aqui o nosso calendário de resultados internacionais.
Renda Fixa
Os juros futuros encerraram a sessão de quarta-feira com abertura por toda extensão da curva. Domesticamente, apesar da fala do presidente da República aumentar a incerteza em relação à trajetória fiscal do país, o principal catalisador da elevação do prêmio de risco veio do ambiente externo. Indícios de que o Banco do Japão interveio no câmbio em prol do iene acabaram por desvalorizar as moedas emergentes, elevando a percepção de risco nesses mercados.
Nos EUA, os rendimentos das Treasuries – títulos soberanos americanos – de 2 anos fecharam em 4,42% (-1,0bps) e as de 10 anos em 4,16% (-1,0bps), após alta demanda no leilão do Tesouro. DI jan/25 fechou em 10,605% (alta de 3,2bps vs. pregão anterior); DI jan/26 em 11,18% (alta de 9bps); DI jan/27 em 11,43% (alta de 7bps); DI jan/29 em 11,77% (alta de 5bps).
Mercados globais
Nesta quinta-feira, os futuros nos Estados Unidos abrem em leve alta (S&P 500: 0,1%; Nasdaq 100: 0,2%), após um dia de queda aprofundada desencadeada por fala mais dura de Trump, aumento de tensões geopolíticas e fatores técnicos.
Hoje, a temporada de resultados do segundo trimestre de 2024 segue ganhando tração com a divulgação do balanço de Netflix nos EUA e de TSMC e Infosys em Taiwan e na Índia, respectivamente.
Na Europa, as bolsas operam em alta (Stoxx 600: 0,3%) e, na China, as bolsas fecharam em leve alta (CSI 300: 0,6%; HSI: 0,2%), em antecipação a anúncios do terceiro plenum, que ocorre ao longo dessa semana.
Economia
Após o início do ciclo de afrouxamento monetário em junho, o Banco Central Europeu (BCE) não deve alterar suas taxas de juros de referência e comunicação na decisão que será anunciada esta manhã. Os membros do BCE vêm enfatizando que o corte em junho não sinaliza uma redução linear de juros. Existe um consenso entre os analistas (temos o mesmo cenário-base) de que o BCE optará por reduzir as taxas de juros mais duas vezes em 2024, em setembro e dezembro. A nosso ver, os próximos passos da política monetária dependerão da inflação de serviços, elevação dos salários, gastos fiscais (particularmente na França e Itália) e decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA).
O Fed divulgou ontem o chamado Livro Bege, um relatório qualitativo que reúne informações sobre as condições econômicas correntes. Segundo o relatório, vários Distritos do Fed reportaram melhoria nas condições de oferta da mão de obra e menor ritmo de crescimento dos salários nos últimos meses. Além disso, os preços subiram a um ritmo modesto em praticamente todas as regiões, com certa estabilização nos custos com insumos. As informações do Livro Bege corroboram o cenário de reequilíbrio gradual do mercado de trabalho e continuidade da desinflação.
Veja todos os detalhes
Economia
Decisão de política monetária na Zona do Euro no centro das atenções
- Após o início do ciclo de afrouxamento monetário em junho, o Banco Central Europeu (BCE) não deve alterar suas taxas de juros de referência e comunicação na decisão que será anunciada esta manhã. Os membros do BCE vêm enfatizando que o corte em junho não sinaliza uma redução linear de juros. Além disso, eles aparentemente preferem esperar pelas novas projeções macroeconômicas trimestrais, a serem divulgadas em setembro. Existe um amplo consenso entre os analistas (temos o mesmo cenário base) de que o BCE optará por reduzir as taxas de juros mais duas vezes em 2024, em setembro e dezembro. A nosso ver, os próximos passos da política monetária dependerão da inflação de serviços, elevação dos salários, gastos fiscais (particularmente na França e Itália) e decisões do Federal Reserve (Fed, o banco central dos EUA);
- A produção industrial dos EUA cresceu acima das expectativas em junho, apesar da desaceleração em relação à leitura anterior. Conforme divulgado ontem pelo Fed, o volume produzido na indústria subiu 0,4% no mês passado, após elevação de 1,0% em maio. A mediana das estimativas de mercado indicava ganho de 0,2% na margem. Consequentemente, o indicador avançou a uma taxa anualizada de 3,4% no 2º trimestre, após contração de 1,3% no 1º trimestre. Por sua vez, a taxa de utilização da capacidade instalada na indústria aumentou de 78,3% em maio para 78,8% em junho, ainda 0,9 p.p. abaixo da média histórica (entre 1972 e 2023);
- O Fed também divulgou ontem o chamado Livro Bege, um relatório qualitativo que reúne informações sobre as condições econômicas correntes. Em linhas gerais, a maioria dos Distritos do banco central informou que a atividade econômica manteve o ritmo de crescimento modesto desde a divulgação anterior (final de maio). As expectativas para a economia indicam crescimento mais suave nos próximos seis meses, devido às incertezas em torno das eleições, conflitos geopolíticos e inflação. Além disso, a maioria dos Distritos reportou que o emprego ficou estável ou subiu ligeiramente no período. De grande importância, várias regiões registraram melhoria nas condições de oferta da mão de obra e menor ritmo de crescimento salarial na margem. Por sua vez, os preços subiram a um ritmo modesto em praticamente todos os Distritos, com certa estabilização nos custos com insumos. As informações do Livro Bege corroboram o cenário de reequilíbrio gradual do mercado de trabalho e continuidade da desinflação;
- Neste sentido, o Diretor do Fed Christopher Waller afirmou ontem que o momento de corte nos juros está se aproximando, desde que não haja surpresas relevantes nos próximos dados de inflação e emprego. De acordo com Waller, o mercado de trabalho vem emitindo sinais favoráveis, com aumento da ocupação e, ao mesmo tempo, arrefecimento dos salários. De forma semelhante, o Presidente do Fed de Nova Iorque, John Williams, disse em entrevista que os dados de inflação estão se movendo na direção correta com consistência. Os mercados futuros apontam para um corte inicial de 0,25 p.p. na taxa básica de juros em setembro, seguido de pelo menos mais uma redução até o final do ano.
Empresas
Saúde | Liderando: os grupos à frente no processo de recuperação do setor
- Estamos atualizando nossas estimativas e introduzindo preços-alvo para a Rede D’Or e a Hapvida para o final do ano de 2025:
- Embora considerando que o setor de saúde como um todo ainda esteja sob pressão – com os pagadores ainda com uma sinistralidade alta e os prestadores lidando com a deterioração do fluxo de caixa – acreditamos que o pior já passou;
- Além disso, vemos a Hapvida e a Rede D’Or em um novo passo no processo de recuperação, com ambas as empresas bem posicionadas para buscar crescimento e lucratividade em meio à fraqueza da concorrência.
- Estamos elevando a RDOR para a recomendação de Compra e selecionando a HAPV como nossa ação preferida no setor de saúde;
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Bens de Capital: O que os ciclos de capex de commodities nos dizem sobre a WEG?
- Este é o nosso Resumo Semanal de Bens de Capital, onde discutimos temas fundamentais para o setor. Nesta semana, destacamos:
- Os impactos que os ciclos de capex relacionados a commodities têm na receita da WEG, uma vez que a maior parte das vendas da EEI é composta por motores industriais e produtos relacionados à automação vendidos para indústrias expostas a commodities;
- Expectativas positivas para a Embraer no Farnborough Airshow, segundo o CEO;
- Possível anúncio de financiamento do BNDES para a Embraer nesta semana;
- Melhores números para a produção de ônibus no Brasil em Jun’24 (+29% A/A), com a Marcopolo mostrando um forte desempenho contínuo (+52% A/A, impulsionado por micro ônibus [+4x] e ônibus rodoviários +14% A/A);
- Preços mais altos de carros novos em Jun’24 (inflação acumulada de 12M em 4,4% e estável M/M); e
- Desaceleração no financiamento de veículos leves (+8% A/A em Jun’24 vs. +23% em Mai’24).
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Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- Fintechs brasileiras atraíram quase R$ 60 bi em investimentos em 10 anos, diz estudo sobre as startups que desafiam os bancos (O Globo);
- Conselho da Caixa discutirá afastamento de gerentes da Asset na segunda (Estadão);
- BC aperta o cerco da fiscalização em torno das instituições de pagamento digitais (O Globo);
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- Radar Tech XP: Notícias diárias do setor de Telecom e Tecnologia
- Oi recebe apenas uma proposta no leilão da base dos clientes de fibra (Valor);
- Alares compra a Azza e assume o quarto lugar no mercado de banda larga de SP (Telesíntese);
- No Brasil, América Móvil tem um olhar na concorrência e outro na inflação (Mobiletime);
- Meta inicia retirada de ferramenta de IA do WhatsApp após decisão de autoridade de dados (Valor);
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- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Temu se torna o aplicativo de compras mais baixado do Brasil (Folha de São Paulo);
- Mercado Livre e Shopee no topo do ranking da gula por galpões no Brasil (O Globo):
- Com queda de preço no campo, alimento zera inflação em São Paulo (Folha de São Paulo);
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- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- Alimentos
- China’s Probe of EU Pork Imports Takes Aim at Bloc’s Top Sellers – Bloomberg
- Ministério da Agricultura confirma foco de doença de Newcastle em aviário comercial no RS – GloboRural
- Operação Rei do Gado combate fraudes de R$ 1,4 bi em venda de bovinos – GloboRural
- Agro
- Senador anuncia acordo que pode facilitar pagamentos de dívidas de produtores do RS – GloboRural
- A Boa Safra, depois do follow-on, está mais “biológica”. Marino Colpo diz o que vem por aí –
- Biocombustíveis
- Australia’s largest sugar maker shuts mills as workers strike – Reuters
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- Alimentos
- Saúde: XP Daily | Sua dose diária de notícias
- Hospitais de referência acumulam R$ 37 milhões em prejuízos com novas tabelas do IPE Saúde em abril e maio (Setor Saúde);
- Porto cria convênio médico com cobertura hospitalar por bairro (Valor Econômico);
- O que Nvidia e Pfizer viram em Biotech que transforma doenças em dados (NeoFeed);
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- XP Daily: As principais notícias do setor Imobiliário
- Minha Casa, Minha Vida: governo vai limitar a 25% recursos para imóveis usados (O Globo);
- STF dá mais prazo para negociação sobre desoneração da folha de pagamentos (Sinduscon);
- EUA: Livro Bege do Fed mostra leve crescimento econômico e inflação em desaceleração (Infomoney);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
Estratégia
Depois de quase R$ 40 bi de saída de capital estrangeiro, julho começa com pé direito – Fluxo em foco
- Depois de uma forte saída de estrangeiros na 1ª metade de 2024, que acumulou quase -R$ 40 bi, os fluxos voltaram nesse início de julho;
- Vemos isso como resultado de uma melhora no cenário macro, com o aumento da probabilidade do Federal Reserve iniciar o ciclo de corte de juros em setembro, e também uma redução dos ruídos ao redor da política econômica doméstica;
- Olhando para a indústria de fundos, ela registrou seu primeiro mês negativo, em -R$ 16,5 bi em junho, com menor captação em fundos de RF e maior saída de multimercados;
- A exposição de investidores estrangeiros em futuros do Ibovespa diminuiu, com a exposição atual abaixo da média mensal de 2024 de ~155 mil contratos em aberto, líquido;
- O ADTV da B3 em junho caiu abaixo de R$ 24 bi pela primeira vez desde janeiro, enquanto a capitalização de mercado também caiu para R$ 4,2 tri, com 374 empresas listadas;
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Renda fixa
De Olho na Renda Fixa: principais notícias de crédito privado, mercados e renda fixa
- Treasury yields tick higher as markets digest comments by Fed officials (CNBC);
- Sem IPOs e com restrições a CRIs, CRAs, LCIs e LCAs, renda fixa domina emissões no 1º semestre; debêntures batem recorde de captação (Money Times);
- Credores das Casas Bahia aderem ao plano de recuperação extrajudicial (InfoMoney);
- Fitch Coloca Rating ‘AA+(bra)’ da Eneva em Observação Positiva (Fitch);
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Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Fundos imobiliários de tijolo têm desafio de atrair cotistas, mas gestores veem oportunidades (Valor Investe);
- FIIs de desenvolvimento entram no radar do mercado e viram aposta já no curto prazo (InfoMoney);
- Fundo imobiliário anuncia oferta de R$ 200 milhões; quem pode participar? (FIIs);
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ESG
Orizon (ORVR3) e Edge fecham contrato de comercialização de biometano | Café com ESG, 18/07
- O mercado encerrou o pregão de quarta-feira em alta, com o IBOV e o ISE subindo 0,26% e 0,29%, respectivamente.
- No lado das empresas, (i) a Edge assinou um novo contrato de aquisição de biometano com a Orizon prevendo a compra de todo o gás renovável que será produzido no aterro de Itapevi, na Região Metropolitana de São Paulo – o contrato tem duração de dez anos, com início de fornecimento previsto para o segundo semestre de 2026, e um volume médio estimado de, no mínimo, 25 mil m3/dia; e (ii) a Neoenergia anunciou ontem que formou uma joint-venture com a Carbon2Nature, uma controlada da espanhola Iberdrola voltada ao mercado de créditos de carbono – a parceria será dedicada ao desenvolvimento de projetos de reflorestamento e Blue Carbon, com geração e comercialização de créditos de carbono.
- Na política, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, terá uma reunião bilateral com a secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, à margem do encontro de ministros de Finanças e presidentes dos bancos centrais do G20, no Rio de Janeiro – entre os temas a serem tratados estão a situação da economia global, a taxação dos super-ricos e ações para mitigar os efeitos do aquecimento do clima.
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