IBOVESPA +1,2% | 111.890 Pontos
CÂMBIO -1,2% | 4,77/USD
O que pode impactar o mercado hoje
Destaque do dia
Mercados amanhecem em alta, ainda reverberando a ata da última reunião do Federal Reserve e a queda do PIB do 1º trimestre dos EUA, divulgadas ontem (26). No documento, o Fed sinaliza altas de 0,5 p.p. nos juros para as próximas reuniões de junho e julho, afastando a percepção de que o banco central americano será mais agressivo nas próximas elevações das taxas de juros. Além disso, a queda do PIB americano do 1º trimestre veio acima do esperado pelo consenso, indicando um alívio momentâneo para os mercados, nas preocupações com um aperto mais agressivo da política monetária americana. Em dia de agenda nacional esvaziada, destaque para o PCE, o índice de preços preferido pelo Fed para a inflação.
Brasil
A bolsa brasileira subiu novamente nesta quinta-feira (26), acompanhando a forte recuperação dos mercados americanos. A ata da última reunião de política monetária dos Estados Unidos, divulgada ontem, confirmou o que muitos esperavam e afastou, momentaneamente, a percepção de que o Federal Reserve será mais agressivo nas próximas elevações de juros. Com isso, o Ibovespa fechou em alta de +1,2% aos 111.890 pontos. O dólar fechou em baixa após PIB fraco nos EUA e aprovação do texto de 17% no ICMS para energia e combustíveis. A moeda americana fechou em queda de -1,2%, a R$ 4,77. No mercado de renda fixa, os juros futuros apresentaram queda significativa em um dia movimentado pela maior demanda externa por ativos brasileiros. Além disso, as taxas sofreram redução com a perspectiva de mercado para a aprovação do projeto de lei complementar que limita a cobrança de ICMS em itens como combustíveis, energia e transportes, o que pode contribuir com o controle da inflação no curto prazo. DI jan/23 fechou em 13,355%; DI jan/24 em 12,81%; DI jan/25 em 12,085%; DI jan/27 encerrou em 11,92%; e DI jan/29 em 12,05%.
Mundo
Mercados globais amanhecem positivos (EUA +0,3% e Europa +0,7) enquanto se encaminham para encerrar a semana com ganhos, após várias semanas consecutivas de perdas. Nos EUA, hoje teremos a divulgação do núcleo do deflator do PCE, que é o indicador de inflação preferido do Federal Reserve. Participantes do mercado especulam que um número abaixo do esperado poderá aumentar a probabilidade de uma pausa na alta da taxa de juros americana em setembro. Na Europa, ações de consumo e tecnologia lideram os ganhos após anúncio do Reino Unido, pontuando que aplicará uma taxa única de 25% sobre as empresas de petróleo e gás, visando levantar um pacote de apoio de US$ 18,9 bi para as famílias com dificuldades para pagar às crescentes contas de energia. Na China, o índice de Hang Seng (+2,9%) encerra em alta, impulsionado pelos fortes resultados do Alibaba e Baidu, que contribuíram para uma melhora de sentimento e reduziram parte das preocupações com os lucros corporativos dadas as restrições locais contra a Covid-19.
PIB dos EUA
No cenário internacional, o PIB dos Estados Unidos contraiu a uma taxa anualizada de 1,5% no 1º trimestre de 2022 ante o 4º trimestre de 2021, de acordo com a segunda estimativa oficial divulgada ontem (26), confirmando o pior desempenho do indicador desde o 2º trimestre de 2020 (deflagração da pandemia). Em meio à persistência da pressão inflacionária e ao aperto mais intenso da política monetária local, os riscos de recessão estão no radar, especialmente para 2023.
Lucros das empresas industriais na China
Conforme divulgado no início desta manhã (27), os lucros das empresas industriais da China recuaram -8,5% entre abril de 2022 e o mesmo mês do ano passado, após terem crescido 12,2% em março com base na mesma métrica. Elevação acentuada dos custos com matérias-primas e interrupções nas cadeias de suprimentos – intensificadas pelas medidas de lockdown para combate à pandemia – vêm prejudicando bastante a atividade fabril, pressionando as margens corporativas.
Câmara aprova redução de ICMS sobre combustíveis e energia
O time econômico da XP reestimou os impactos potenciais da medida. No campo fiscal, a perda de receita dos governos estaduais, originalmente calculada em R$ 60 bilhões, subiu para cerca de R$ 103 bilhões. Em relação à inflação, as novas estimativas indicam efeito baixista de até 1,73pp no IPCA (de 1,38pp na versão original da proposta).
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Economia
Dados de inflação nos Estados Unidos no radar dos mercados globais; no Brasil, o projeto de lei de redução do ICMS segue dominando a pauta
- O PIB dos Estados Unidos contraiu a uma taxa anualizada (com ajuste sazonal) de 1,5% no 1º trimestre de 2022 ante o 4º trimestre de 2021, de acordo com a segunda estimativa oficial divulgada ontem (26), confirmando o pior desempenho do indicador desde o 2º trimestre de 2020 (deflagração da pandemia). Esse resultado surpreendeu negativamente o consenso de mercado, que apontava para queda de 1,3%, e também veio pior que a leitura inicial (contração de 1,4%). Revisões baixistas nos componentes de estoques privados e investimento residencial compensaram a mudança altista no consumo das famílias. A propósito, as despesas de consumo pessoal cresceram a uma taxa anualizada de 3,1% no último trimestre, acima da estimativa original de 2,7%. Os analistas de mercado esperam que o PIB dos Estados Unidos retorne ao território positivo no 2º trimestre, com base na reversão de alguns fatores que atuaram de forma bastante adversa no início do ano (por exemplo, o tombo dos investimentos em estoques privados). Olhando mais adiante, a economia americana deverá entrar em rota de desaceleração. Em meio à persistência da pressão inflacionária e ao aperto mais intenso da política monetária local, os riscos de recessão estão no radar, especialmente para 2023;
- A agenda internacional desta sexta-feira (27) traz a publicação de outros indicadores econômicos dos Estados Unidos, com destaque ao núcleo do deflator das despesas de consumo pessoal (PCE deflator, em inglês) de abril. Esta medida de inflação é a preferida do Federal Reserve (Fed, banco central local). O consenso de mercado aponta para elevação de 0,3% ante março e 4,9% no acumulado dos últimos 12 meses, enquanto o time de estratégia macro global da XP estima 0,25% e 4,8%, respectivamente. Além disso, haverá divulgação de dados de estoque no comércio atacadista e varejista em abril; renda e gastos pessoais em abril; e a leitura final da sondagem de confiança do consumidor da Universidade de Michigan referente a maio;
- Conforme divulgado no início desta manhã, os lucros das empresas industriais da China recuaram 8,5% entre abril de 2022 e o mesmo mês do ano passado, após terem crescido 12,2% em março com base na mesma métrica. Trata-se do pior resultado em mais de dois anos (desde março de 2020). Elevação acentuada dos custos com matérias-primas e interrupções nas cadeias de suprimentos – intensificadas pelas medidas de lockdown para combate à pandemia – vêm prejudicando bastante a atividade fabril, pressionando as margens corporativas. Os dados divulgados recentemente sugerem desaceleração relevante do crescimento econômico chinês;
- No Brasil, a arrecadação tributária federal totalizou R$ 195,1 bilhões em abril de 2022, aumento expressivo de 10,9% (ajustado pela inflação) em relação ao mesmo mês de 2021. O resultado veio em linha com o consenso de mercado (R$ 194,5 bilhões) e nossa estimativa (R$ 195,5 bilhões), e representou um recorde histórico para o mês (série de dados iniciada em 1995). A arrecadação federal somou R$ 743,2 bilhões entre janeiro e abril deste ano, um salto de 11,1% ante os quatro primeiros meses de 2021 e o melhor desempenho nesta métrica desde 2000. Em linhas gerais, as receitas tributárias continuaram em trajetória de crescimento sólido, refletindo a inflação elevada e a atividade econômica mais forte do que o esperado no início de 2022. As categorias de serviços financeiros, extração mineral, petróleo e gás, combustíveis e metalurgia foram os principais responsáveis pela expansão da arrecadação no período recente. Isto posto, acreditamos que o crescimento das receitas ocorrerá a um ritmo mais moderado no segundo semestre deste ano, devido sobretudo ao aperto das condições monetárias e arrefecimento da economia doméstica;
- Apesar do sólido desempenho no curto prazo, os dados de arrecadação exercem pouco impacto sobre os mercados. As atenções continuam voltadas para medidas de renúncia tributária e seus efeitos nas finanças públicas. Neste sentido, destaque para a aprovação, na Câmara dos Deputados, do substitutivo do PLP nº18/2022 com diversas alterações em relação ao projeto original. O projeto de lei altera a classificação de combustíveis, gás natural, energia elétrica, transporte público coletivo e telecomunicações para bens e serviços essenciais, limitando assim a alíquota de cobrança do ICMS. O time econômico da XP reestimou o impacto fiscal da medida, que se elevou substancialmente em função das mudanças trazidas pelo substitutivo aprovado pelos deputados. A perda de receita dos governos estaduais, originalmente calculada em R$ 60 bilhões, subiu para cerca de R$ 103 bilhões, sendo: R$ 43,6 bilhões em energia elétrica; R$ 48,7 bilhões em combustíveis; e R$ 11,1 bilhões em telecomunicações. Considerando-se as perdas estimadas nos seis meses deste ano, apenas os estados que aderiram ao RRF (Regime de Recuperação Fiscal) teriam de ser compensados pela União, no montante de aproximadamente R$ 3,4 bilhões. Em relação à inflação, a reestimativa de impacto levou em consideração: (I) a inclusão do GLP na classificação de bens essenciais; (II) a retirada dos serviços de transmissão e distribuição (TUST e TUSD) e de encargos com energia elétrica do âmbito de incidência do ICMS; e (III) a mudança da alíquota máxima a depender da unidade da federação (entre 17% e 20%). Para energia elétrica, o impacto deflacionário (-) estimado subiu de 0,29pp para 0,69pp. O efeito calculado sobre o preço da gasolina caiu de 0,73pp para 0,69pp, ao passo que não houve alteração no caso do etanol (0,01pp) e mudança sutil de 0,34pp para 0,31pp em telecomunicações; para o GLP, a estimativa indica impacto baixista de 0,03pp. Portanto, os novos cálculos indicam efeito deflacionário potencial de até 1,73pp no IPCA (de 1,38pp na versão original do texto).
Empresas
Saúde: Ajustes da ANS – Um Alívio Bem Vindo para o Setor
- A ANS divulgou o teto de reajuste de preço de planos individuais para 2022, em 15,5%;
- O teto de ajuste de dois dígitos é uma recuperação do ajuste negativo de 2021 (-8,2%) e resulta em um aumento médio de 3% para os dois anos;
- A sinistralidade das operadoras de saúde estava sendo pressionada pela queda de preços do ano passado, e o aumento deste ano irá compensar o efeito;
- Estimamos uma redução de 0,9 p.p. na sinistralidade caixa da Hapvida no 2T22;
- Os prestadores – RDOR, KRSA, MATD, ONCO, FLRY e PARD – também podem ter algum benefício, pois poderão negociar melhores preços com os pagadores;
- Por outro lado, o aumento de preço pode impactar o número de beneficiários de planos de saúde no mercado.
- Acesse o relatório aqui.
Unifique (FIQE3): Reuniões com Investidores (NDR); Ressaca pós-covid
- Ontem (25/05), participamos de um non deal roadshow (reunião com investidores institucionais) com o fundador e CEO da Unifique, Fabiano Busnardo, Jose Wilson (CFO) e Guilherme Villani (RI). Durante as reuniões, os executivos comentaram que, apesar da região Sul continuar com baixa taxa de desemprego, o atual contexto inflacionário tem afetado o poder de compra das famílias e tem trazido maior pressão na PDD e consequentemente no aumento do Churn;
- Por conta do aumento da inadimplência, a companhia tomou a decisão em março de encurtar o período para desligamento de clientes inadimplentes. Além da pressão inflacionária, o management acredita que parte dessa desaceleração acontece como reflexo da reabertura da economia e gastos com outros itens ganhando espaço no share of wallet dos clientes pós pandemia. Mantemos nossa recomendação de Compra e preço-alvo de R$13,00/ação para FIQE3;
- Clique aqui para conferir o conteúdo completo.
Principais notícias dos setores
Nestas publicações diárias, trazemos as principais notícias nacionais e internacionais dos setores: Financeiro, Varejo (e-commerce, supermercados, lojas de roupa, farmácias, etc.), Agro, Alimentos e Bebidas e Energia (óleo & gás e elétricas).
- Notícias Diárias do Setor Financeiro
- BRB tem lucro líquido de R$ 70,666 milhões no 1 º trimestre, queda de 39,7% (Valor);
- Cielo (CIEL3): ações fecham em alta de 11,3% após JP Morgan elevar recomendação para compra (InfoMoney);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Entrega XP: Notícias diárias do setor de varejo
- Fluxo no varejo físico sobe 11% em abril ante março, mostra IPV. (Exame);
- Alta da inadimplência chega às financeiras de grandes varejistas. (Estadão);
- Clique aqui para acessar o relatório.
- Agro, Alimentos & Bebidas: confira as principais notícias
- BRF faz demissões e elimina 25% dos cargos de diretoria (Valor);
- Faturamento da Nitro no agro chegará a R$ 1 bi (Valor);
- Aumento dos custos da gasolina e dos alimentos pesam nos planos de biocombustíveis de Biden (Bloomberg);
- Clique aqui para acessar o relatório completo.
- Radar Energia XP: Notícias diárias do setor de energia
- Petrobras: por que todos os erros cometidos (e todas as consequências) não mudarão os preços do seu combustível. (IstoÉ Dinherio);
- Câmara aprova projeto que limita ICMS sobre energia e combustíveis. (Canal Energia);
- Petróleo fecha em alta diante de demanda apertada e dólar mais fraco. (Valor Econômico);
- Clique aqui para acessar o relatório.
Mercados
Radar Global: Análises das principais empresas e tendências sob o nosso Radar | Alibaba sobe mesmo divulgando o menor crescimento já registrado
- Alibaba não dá muitos detalhes sobre o futuro ao apresentar menor crescimento de receita já registrado;
- Dell supera estimativas com resultado puxado pela demanda comercial;
- Ações da Macy’s disparam após divulgação de fortes resultados com a volta das pessoas aos shoppings;
- Risco de falência de empresas nos Estados Unidos aumenta diante do cenário macro desafiador;
- Acesse aqui o relatório internacional.
Alocação & Fundos
Principais notícias
- Fundos Imobiliários (FIIs): confira as principais notícias
- Setor imobiliário investe no glamour em Fortaleza (Valor);
- Mudanças no CVA dão alívio para construtoras em meio à pressão de custos: veja empresas mais beneficiadas (MoneyTimes);
- Fundos imobiliários de papel despontam entre maiores altas; CARE11 cai 4,54% (MoneyTimes);
- Clique aqui para acessar o relatório.
ESG
BNDES seleciona cinco empresas para a compra de créditos de carbono | Café com ESG, 27/05
- O mercado fechou o pregão de quinta-feira em território positivo, com o Ibov estável e o ISE em alta de +1,2% e +1,5%, respectivamente;
- No Brasil, o BNDES irá comprar R$ 8,7 milhões em créditos de carbono de cinco empresas, que participaram de uma chamada pública para aquisição de até R$ 10 milhões em créditos de carbono, para a qual foram apresentadas 11 propostas – as empresas selecionadas foram Biofílica, Solví, Sustainable Carbon, Carbonext e Tembici;
- No internacional, (i) a vinculação de bônus a metas ESG parece estar virando uma regra no mundo corporativo, para incentivar os executivos a não ficarem só no discurso – das empresas que fazem parte do índice FTSE 100, da bolsa de Londres, 45% já aderiram ao mecanismo; e (ii) Tim Buckley, presidente-executivo da Vanguard, 2a maior gestora de ativos do mundo (US$ 8,1 trilhões sob gestão) e maior investidor em empresas de carvão em todo o mundo, disse que está determinado a proteger seus clientes dos riscos climáticos, mas isso não exigiria que ele encerrasse novos compromissos com as indústrias de combustíveis fósseis;
- Clique aqui para acessar o relatório e começar o dia bem informado com as principais notícias ao redor do Brasil e do mundo quando o tema é ESG.


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